quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Jornada nas Estrelas III - À Procura de Spock

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas III - À Procura de Spock
Título Original: Star Trek III - The Search for Spock
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Leonard Nimoy
Roteiro: Gene Roddenberry, Harve Bennett
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley

Sinopse:
Após o terrível combate com Khan, o capitão Kirk (William Shatner) toma consciência do alto preço que sua nave e tripulação tiveram que pagar ao enfrentar seu inimigo. Entre as maiores perdas está justamente a morte de seu principal oficial, o Dr. Spock (Leonard Nimoy), cujo corpo é enviado para o planeta Gênesis. Algo porém parece estar errado, pois a consciência de Spock, ao que tudo indica, sobreviveu à morte de seu corpo! Agora Kirk fará de tudo para trazer seu leal amigo de volta à vida. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films em cinco categorias, entre elas Melhor Filme de Ficção, Melhor Direção e Melhor Ator (William Shatner).
                                                                                                                                                                            
Comentários:
Considerado até hoje um dos melhores filmes da franquia "Star Trek". O motivo que levou muitos a creditarem tantos méritos ao filme nem são tão complicados de explicar. Logo nos créditos descobrimos que a direção foi entregue ao próprio Sr. Spock, ou melhor dizendo, ao ator Leonard Nimoy. Para quem acompanha cinema não foi uma novidade digna de nota já que Nimoy é considerado não apenas um bom ator, mas também um cineasta de mão cheia. Antes de estrear no cinema como diretor nesse filme ele dirigiu algumas séries como "Carro Comando" na TV. Tão elogiado foi por essa direção que voltaria em "Jornada nas Estrelas IV - A Volta para Casa", esse considerado por muitos o melhor filme de "Star Trek" no cinema. O enredo dá sequência aos acontecimentos que foram mostrados no filme anterior, criando uma ligação essencial e obrigatória entre os dois filmes. Por essa razão aconselho rever "Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan" antes de assistir a esse. É também o filme da franquia que melhor explora as nuances e complexidades do personagem Spock, que sempre foi um dos pilares de "Star Trek", tanto na TV como no cinema.  Some-se a isso bons efeitos especiais e um roteiro envolvente e esclarecedor, e você terá um excelente marco não apenas dentro do universo de "Jornada nas Estrelas" como também de todo o gênero Sci-fi.

Pablo Aluísio.

Jogos de Guerra

Título no Brasil: Jogos de Guerra
Título Original: WarGames
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Badham
Roteiro: Lawrence Lasker, Walter F. Parkes
Elenco: Matthew Broderick, Ally Sheedy, John Wood

Sinopse:
David (Matthew Broderick) é um jovem com muito talento para o mundo da informática que acaba descobrindo uma maneira de entrar no computador central do sistema de segurança do governo americano. Uma vez lá, ele percebe que se quiser poderá até mesmo dar origem a uma guerra nuclear entre União Soviética e Estados Unidos. Filme indicado aos Oscars de Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Som.

Comentários:
Um clássico da guerra fria. Assim de forma bem singela poderíamos definir esse "WarGames", um filme que captou como poucos o clima de paranóia que estava no ar durante os anos do governo Reagan. Por décadas o mundo viveu o temor de presenciar uma guerra nuclear entre as duas maiores potências militares da época. Agora imagine se tudo acontecesse por causa de um adolescente, que adentrasse o sistema de defesa, e começasse uma guerra real a partir da invasão dos computadores de alta segurança do Pentágono! Afinal de contas o mundo informatizado ainda dava pequenos passos nos anos 1980. Curiosamente o evento mostrado no filme, embora seja mera ficção, quase aconteceu de fato durante uma invasão ao mesmo sistema mostrado no filme. Isso aliado a um bom roteiro e a um clima muito bem recriado garante o interesse em "WarGames" mesmo nos dias de hoje. Foi o primeiro filme de repercussão de um ainda quase adolescente Matthew Broderick que, apesar da pouca idade, já dava sinais de que se tornaria um astro nos anos que viriam. Um bom resumo de uma época que já não existe mais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Conspiração Tequila

Título no Brasil: Conspiração Tequila
Título Original: Tequila Sunrise
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Robert Towne
Roteiro: Robert Towne
Elenco: Mel Gibson, Michelle Pfeiffer, Kurt Russell

Sinopse:
"Mac" Mckussic (Mel Gibson) é um traficante de drogas que deseja endireitar sua vida após um último grande golpe. Nick Frescia (Kurt Russell) é um tira que deseja descobrir seus planos. Curiosamente Mac e Nick tinham sido grandes amigos no passado, quando ambos eram apenas dois jovens de Nova Iorque. Para desvendar os próximos passos de Mac, Nick decide usar Jo Ann (Michelle Pfeiffer), uma bonita proprietária de restaurantes pelo qual Mac se sente particularmente atraído. O problema é que Nick acaba também revelando ter uma queda pela charmosa loira. Está assim armado então esse perigoso triângulo amoroso.

Comentários:
Nos anos 80 como todos sabemos o cinema de ação viveu seus dias de glória. Aqui temos dois astros do gênero reunidos em um filme só, Mel Gibson e Kurt Russell. Eles resolveram dar um tempo em suas respectivas franquias de sucesso para co-dividir o estrelato nessa, que podemos qualificar como uma "comédia romântica de ação" (por mais estranho que isso hoje em dia possa parecer). Sem abrir mão de cenas violentas o filme procurava também explorar a tensão sexual e romântica dos três personagens centrais, interpretados com muito carisma por Gibson, Russell e Pfeiffer. Essa última aliás está linda, mostrando toda sua beleza estética em belas tomadas e closes centrais. Até passa a impressão ao espectador que o diretor Robert Towne estava perdidamente apaixonado por ela (e segundo fofocas de bastidores da época foi exatamente isso que aconteceu). De uma maneira ou outra, apesar de ter tantas estrelas em seu elenco o sucesso do filme foi bastante moderado, bem abaixo das expectativas dos produtores. Mas isso não foi um problema pois como se vivia no auge do mercado VHS o filme logo recuperou seu investimento, gerando bastante lucro quando foi lançado em vídeo alguns meses depois. Hoje em dia não é muito lembrado, embora possa ser encontrado em reprises esporádicas pelas TVs a cabo. Se não viu, vale a pena dar uma olhada, mesmo que seja só para matar as saudades daqueles tempos.

Pablo Aluísio.

Splash - Uma Sereia em Minha Vida

Título no Brasil: Splash - Uma Sereia em Minha Vida
Título Original: Splash
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Brian Grazer, Bruce Jay Friedman
Elenco: Tom Hanks, Daryl Hannah, Eugene Levy, John Candy 

Sinopse:
Allen Bauer (Tom Hanks) é um cara comum que vai levando sua vida até o dia em que encontra uma garota muito especial, Madison (Daryl Hannah). Ela certamente não se parece com as outras mulheres e isso é fácil de entender, Madison na verdade não é uma humana mas sim uma sereia! Quando era criança Allen havia sido salvo no mar por uma sereia mas com o passar dos anos se convenceu que tudo aquilo não passava de um sonho - que agora está prestes a se tornar realidade novamente.

Comentários:
Bom, todo mundo precisa começar a carreira de algum jeito. Com Tom Hanks foi com essa comédia muito simples chamada "Splash - Uma Sereia em Minha Vida". Se fosse depender do mercado de cinema ele certamente estaria em apuros já que o filme não fez qualquer sucesso nas bilheterias mas... o mercado de vídeo estava nascendo nos Estados Unidos e assim a fita VHS de "Splash" logo se tornou um dos primeiros sucessos de vendas nesse novo nicho de consumo. É a tal coisa, nem sempre o que não funcionava no cinema poderia ser descartado nas locadoras pois era certamente o tipo de diversão descompromissada que agradaria toda a família em sua própria casa. A produção é da Touchstone Pictures, que pertence aos estúdios Disney. Assim nada acontece de muito sério em cena, ficando tudo ali na comédia inofensiva, ao estilo pueril. O roteiro é fraquinho mas o elenco, esse sim carismático, segura as pontas perfeitamente. Hanks, jovem e disposto a vencer no mundo dos filmes, se empenha ao máximo para agradar mas quem acaba roubando a cena mesmo é a sereia Madison (Daryl Hannah). Ela viraria símbolo sexual e estamparia as capas de revistas por causa de seu longo e conturbado namoro com o filho de JFK. Até o bom comediante John Candy faz uma pontinha. Então é isso, tem curiosidade para ver como as pessoas se divertiam em casa com seus video cassetes durante os anos 80? Eis aí "Splash" para você sanar suas dúvidas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

City Hall - Conspiração no Alto Escalão

Título no Brasil: City Hall - Conspiração no Alto Escalão
Título Original: City Hall
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment, Columbia Pictures
Direção: Harold Becker
Roteiro: Ken Lipper, Paul Schrader
Elenco: Al Pacino, John Cusack, Bridget Fonda

Sinopse:
Um garoto negro de apenas seis anos é morto acidentalmente pela força policial durante uma troca de tiros com bandidos. O fato lamentável acaba criando grande repercussão na mídia, levando uma crise inesperada para o centro do poder na cidade. Diante disso o prefeito John Pappas (Al Pacino) começa então um jogo de interesses nos bastidores, sendo muitas de suas ações contestadas. Para revelar toda a verdade surge então um jovem idealista, Kevin Calhoun (John Cusack), disposto a descobrir todos os menores detalhes do caso.

Comentários:
Um bom filme da carreira de Al Pacino que hoje em dia está praticamente esquecido. Mostra os bastidores da chamada pequena política americana, onde tomamos consciência que a corrupção não é apenas uma epidemia no Brasil, mas em todos os sistemas governamentais ao redor do planeta, até mesmo na hipocritamente sociedade puritana e sacrossanta dos Estados Unidos. A direção do filme é levemente burocrática, diria até arrastada e sem maiores surpresas, o que deixa a película com uma insuspeita cara de telefilme. Isso porém é superado rapidamente por causa do trio central de atores. Pacino, como sempre, rouba os holofotes, embora tenha sido criticado na época de lançamento do filme por usar de certos artifícios de interpretação para criar uma falsa sensação de grande atuação. John Cusack, o eterno ator indie do cinema americano, também traz grande relevância para seu papel, de um sujeito que logo descobre as (sujas) regras do jogo. Por fim temos a simpatia da Bridget Fonda que nos anos 90 era muito bonita e charmosa. "City Hall" não está entre os grandes filmes da filmografia de Al Pacino (o que seria impensado pelas inúmeras obras primas em que atuou ao longo de todos esses anos), mas seguramente é um dos mais interessantes por causa de seu tema sempre atual, que o diga os brasileiros.

Pablo Aluísio.

Olga

Título no Brasil: Olga
Título Original: Olga
Ano de Produção: 2004
País: Brasil
Estúdio: Europa Filmes, Globo Filmes
Direção: Jayme Monjardim
Roteiro: Rita Buzzar, baseada no livro de Fernando Morais
Elenco: Camila Morgado, Caco Ciocler, Fernanda Montenegro

Sinopse:
O filme Olga narra parte da rica biografia da alemã Olga Benário (1908 - 1942), uma das mais importantes militantes comunistas de seu período. Perseguida pelo regime autoritário de seu país de origem ela foge para Moscou e depois vem parar em terras brasileiras onde alimenta o sonho utópico de participar ao lado de seus companheiros de uma revolução socialista em nosso país. Filme vencedor de diversos prêmios ao redor do mundo, entre eles o Havana Film Festival, SESC Film Festival, Cinema Brazil Grand Prize e ABC Cinematography Award nas categorias Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Durante muitos anos o cinema brasileiro sofreu de um certo preconceito de que não poderia realizar bons filmes históricos, seja por questões orçamentárias, seja por falta de experiência maior de seus cineastas (sempre envolvidos com outros gêneros como a pornochanchada ou os dramas sociais). Pois bem, aqui temos um filme nacional extremamente bem realizado, com excelente reconstituição de época, contando a vida de uma personagem importante dentro da trajetória política do país. Obviamente que um roteiro que fosse tratar da biografia de Olga Benário poderia cair em várias armadilhas, inclusive ideológicas, pois a película facilmente cairia na vala comum da panfletagem política mais rasteira. Felizmente os realizadores conseguiram contar sua vida fugindo desse tipo de armadilha fatal para qualquer produção cinematográfica digna. Não há o levante de bandeiras, sejam elas vermelhas ou reacionárias. O cineasta se propõe apenas a contar parte da vida de Olga passada no Brasil de forma bem honesta e imparcial. Sua ideologia inclusive é tratada com uma certa nostalgia melancólica, de um tempo que não existe mais, quando os partidários do movimento de esquerda eram mais sonhadores, ideológicos e menos cínicos e corruptos. Uma pureza de intenções que se perderia no tempo. Assim o que temos é um produto muito inspirado, com atuações maravilhosas e produção requintada. Nada que lembre os anos sombrios do cinema brasileiro. Assista sem receios.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown

Título no Brasil: Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown
Título Original: Death Wish 4 - The Crackdown
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Brian Garfield, Gail Morgan Hickman
Elenco: Charles Bronson, Kay Lenz, John P. Ryan

Sinopse:
Depois de vingar a morte de entes queridos nos filmes anteriores tudo o que Paul Kersey (Charles Bronson) deseja é reconstruir sua vida e viver em paz. Ele conhece uma mulher interessante e começa um bom relacionamento com ela, mas infelizmente a criminalidade não dá tréguas. A filha de sua namorada se torna vítima de uma gangue de traficantes de crack. Sem outra opção Kersey resolve voltar às ruas para limpar a escória da sociedade.

Comentários:
Quarto e penúltimo filme da violenta franquia "Death Wish". Aqui Charles Bronson resolveu voltar ao papel após uma proposta irrecusável da Cannon, que havia adquirido os direitos de filmagem de várias franquias de sucesso do passado como "Superman" e é claro, "Desejo de Matar". A parceria foi muito bem sucedida fazendo inclusive Bronson a estrelar outras fitas da produtora. Aqui nada de muito original, aliás todos os filmes da série "Desejo de Matar" são variações apenas do primeiro filme. Nada de muito inovador, a não ser a idade de Bronson que começava a se tornar um problema para as cenas mais agitadas. Mesmo assim o ator conseguiu manter seu carisma à prova de falhas. O filme segue de perto a linha das produções de ação dos anos 80, assim se você curte esse estilo certamente não ficará decepcionado. Afinal de contas Bronson sempre foi um ídolo supremo dos fãs de action movies.

Pablo Aluísio.

O Atirador - Legado

Título no Brasil: O Atirador - Legado
Título Original: Sniper - Legacy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Don Michael Paul
Roteiro: John Fasano
Elenco: Asen Asenov, Tom Berenger, Chad Michael Collins

Sinopse:
Vários oficiais de uma antiga operação militar denominada "Sentinela" (realizada no Afeganistão durante a intervenção americana naquele país) começam a ser assassinados por um misterioso atirador de elite. Os Marines então enviam um grupo especial de snipers para localizar e matar o assassino. Enquanto isso o jovem Brandon Beckett (Chad Michael Collins) resolve desobedecer ordens diretas de seus superiores para ir também atrás do atirador que matou seu pai, o lendário Thomas Beckett (Tom Berenger). A caçada vai começar.

Comentários:
Mais uma sequência tardia de uma antiga franquia de ação. O primeiro filme foi realizado em 1993 e no Brasil recebeu o título de "Sniper, O Atirador". Depois em 2002 veio sua continuação "O Atirador 2", sendo seguida em 2004 por "O Atirador 3". Dez anos depois temos esse quarto filme. Tom Berenger, já bastante envelhecido, retorna no papel do militar Thomas Beckett, considerado o melhor atirador de elite da história dos fuzileiros navais americanos. Aqui para tentar abrir uma possibilidade de novas sequências futuras, seu bastão é passado para seu próprio filho, Brandon (interpretado por Chad Michael Collins, um jovem ator de séries de TV, como por exemplo "CSI: Investigação Criminal" e "Blue Bloods"). O tema do roteiro é obviamente batido e não traz maiores surpresas, mas o filme é bem realizado (produzido pela Sony, não poderia ser diferente) e conta com boas cenas de ação, principalmente naquelas que envolvem tocaias e execuções pelos snipers, tanto no Afeganistão como na Síria, onde parte do enredo se passa. Para quem assistiu aos filmes anteriores se torna uma boa pedida, uma opção válida de diversão em uma tarde entediada de domingo. Vale a pena arriscar e assistir ao filme.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de setembro de 2014

Desejo de Matar 3

Título no Brasil: Desejo de Matar 3
Título Original: Death Wish 3
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Michael Winner
Roteiro: Don Jakoby, Brian Garfield
Elenco: Charles Bronson, Deborah Raffin, Ed Lauter

Sinopse:
O arquiteto e justiceiro Paul Kersey (Charles Bronson) vai para Nova Iorque para vingar a morte de um amigo policial, causada por uma violenta quadrilha de bairro. Agora, armado com um poderoso equipamento bélico, ele está decidido a livrar as ruas daquela marginália infecta.

Comentários:
Terceiro e considerado o mais violento exemplar da franquia "Death Wish 3". A premissa é praticamente a mesma de todos os demais filmes da série. Alguma pessoa próxima a Kersey é assassinada e ele não encontra respostas do sistema legal em punir os criminosos. Assim resolve agir com as próprias mãos, aplicando aquilo que entende ser o mais justo possível. Nesse exemplar realizado nos anos 80, onde todos os filmes pareciam competir entre si para ser o mais violento, Bronson chega a utilizar um lançador de mísseis para detonar os bandidos!!! Como se trata mais uma produção da Cannon a sutileza certamente foi deixada de lado completamente. Já Charles Bronson continua em seu tipo habitual, personagem de poucas palavras e muita ação! Nesse exemplar da série ele mata mais gente do que em praticamente todos os dois filmes anteriores - virando literalmente um exterminador de bandidos urbanos. Ecos de uma época em que os filmes de ação dominavam as bilheterias em Hollywood.

Pablo Aluísio.

Desejo de Matar 2

Título no Brasil: Desejo de Matar 2
Título Original: Death Wish II
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Films
Direção: Michael Winner
Roteiro: David Engelbach, Brian Garfield
Elenco: Charles Bronson, Jill Ireland, Vincent Gardenia

Sinopse:
Cidadão comum, pacato arquiteto, não consegue superar o trauma da morte de sua família (eventos mostrados no primeiro filme da franquia). Assim acaba descobrindo que um grupo de punks esteve envolvido na morte de sua filha. Sem pensar duas vezes ele resolve se armar com pistolas de grande calibre para passar fogo em todos aqueles marginais, verdadeiras escórias da sociedade.

Comentários:
Segundo filme da saga do justiceiro Paul Kersey, que acabou se tornando o personagem mais famoso e popular da carreira do ator Charles Bronson. Como se sabe o primeiro filme causou um certo debate sobre a validade da justiça feita pelas próprias mãos. Essa sequência já não tem mais nenhuma preocupação em levantar qualquer tipo de bandeira sobre isso, se contentando em disponibilizar ao público um filme de ação bem realizado, com bem movimentadas cenas de confronto entre o arquiteto interpretado por Brando (representando a indignação do homem comum, honesto) contra os jovens punks (que estão ali para materializar tudo o que está errado dentro da sociedade corrompida por valores destrutivos). Quem acaba ganhando no final são os próprios fãs de Charles Bronson, que certamente não terão do que reclamar. 

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de setembro de 2014

Rhinestone - Um Brilho na Noite

Título no Brasil: Rhinestone - Um Brilho na Noite
Título Original: Rhinestone
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bob Clark
Roteiro: Phil Alden Robinson
Elenco: Sylvester Stallone, Dolly Parton, Richard Farnsworth

Sinopse:
Jake Farris (Parton) é uma cantora nascida no Tennessee que vai até Nova Iorque para tentar se tornar uma estrela. Contratada por um night club as coisas não se mostram tão simples como ela imaginava. Assim ela decide voltar para sua terra natal, mas é impedida por seu contrato. Para tentar se livrar ela decide fazer uma aposta com o dono do club. Ela treinará um taxista brutamontes chamado Nick (Stallone) para tomar seu lugar. Se o sujeito realmente aprender a cantar ela estará finalmente liberada!

Comentários:
Já que falamos de Sylvester Stallone que tal recordar um de seus filmes menos lembrados? Hoje em dia "Rhinestone - Um Brilho na Noite" é pouco citado, mesmo entre cinéfilos veteranos. A fita já mostra a vontade que Sly tinha em fazer algo diferente na carreira. Assim quando esse roteiro caiu em suas mãos ele deixou a vergonha de lado e abraçou o projeto - agora imagine ver uma comédia em que Stallone tenta soltar o vozeirão ao lado de ninguém menos do que a estrela country Dolly Parton! O humor nasce justamente desse choque de pessoas tão diferentes. Dolly cheia de vida, esbanjando exageros, tanto nos figurinos como no modo de agir contrasta completamente com o jeito rude e fora de ambiente do personagem de Sly. Afinal Stallone interpreta um bronco de Nova Iorque, um taxista que não leva o melhor jeito para a música. O resultado não é grande coisa, mas se salva por alguns poucos momentos realmente divertidos. O curioso é que a recepção fria do filme não mudaria a opinião de Stallone que tentaria voltar para a comédia muitos anos depois com películas como "Oscar" e "Pare, Senão Mamãe Atira!", duas outras bombas da carreira do eterno Rocky Balboa.

Pablo Aluísio.

CBGB

Título no Brasil: CBGB
Título Original: CBGB
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Unclaimed Freight Productions
Direção: Randall Miller
Roteiro: Jody Savin, Randall Miller
Elenco: Alan Rickman, Rupert Grint, Malin Akerman, Richard de Klerk

Sinopse:
A vida não anda nada fácil para Hilly Kristal (Alan Rickman). Beirando os cinquenta anos, ele carrega duas falências nas costas e um divórcio complicado. Após ter problemas com a lei, resolve comprar um bar caindo aos pedaços em Nova Iorque. Com o dinheiro da mãe resolve investir na espelunca, remodelando tudo, dando o nome de CBGB (sigla de Country, Bluegrass and Blues). O local que deveria ser um club de country e blues porém logo vira o point de bandas jovens, iniciantes, que acabariam se tornando os maiores ícones do movimento Punk!

Comentários:
Muito bom esse filme que se propõe a contar a história do club CBGB, aquele que foi provavelmente o lugar mais sagrado para o Punk americano. Basta dar uma pequena olhada na lista nos grandes nomes que passaram por lá para ter uma ideia de sua importância para o Punk Music: Ramones, Blondie, Talking Heads, Iggy Pop, Dead Boys, Elvis Costello, The Police, Nirvana e Pearl Jam, entre tantos outros. A lista é realmente praticamente infinita. O interessante é que o diretor Randall Miller resolveu contar os primórdios do lugar de um jeito muito bacana, leve e divertido, com uma narrativa que lembra uma história em quadrinhos ou a linguagem da revista Punk, outro marco daqueles anos pioneiros. O elenco é excepcionalmente bom, mas destaco mesmo Alan Rickman. Sempre o considerei um ator muito subestimado, pois até quando é um mero coadjuvante costuma roubar o show para si. Aqui não é diferente. Sua caracterização do dono do CBGB está mais do que inspirada, afinal dar vida a um sujeito como esse (que não tinha absolutamente nada a perder como os grupos que passaram pelo palco de seu estabelecimento) não deve ter sido nada fácil. Enfim, para quem curte Punk e a história da música jovem americana, o filme "CBGB" é de fato obrigatório. Ótima diversão embalada por uma grande trilha sonora. Para reviver os bons tempos não há nada melhor do que isso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Havana

Título no Brasil: Havana
Título Original: Havana
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Judith Rascoe
Elenco: Robert Redford, Lena Olin, Alan Arkin

Sinopse:
Jack Weil (Robert Redford) é um jogador profissional americano que chega a Cuba em dezembro de 1958 para organizar uma milionária partida de poker entre figurões locais e turistas endinheirados. O que parece ser um promissor evento porém se torna uma arapuca por causa do instável quadro político do país. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música Original (Dave Grusin). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.

Comentários:
Realizando um pequeno revival sobre os anos 1990 chegamos nesse esquecido "Havana". Muito provavelmente tenha sido o último filme em que Robert Redford explorou exclusivamente o seu lado de galã de cinema. Como todos sabemos o tempo passa, a idade chega e de repente os atores que construíram suas carreiras sendo galãs perdem o prazo de validade e são trocados por outros, bem mais jovens. Não é o caso de Robert Redford que em sua longa filmografia soube muito bem construir excelentes atuações, dirigindo e produzido bons filmes, muito embora também tenha usufruído de sua boa aparência, surgindo muitas vezes como mero galã em determinadas películas. Esse "Havana" foi sua despedida nesse tipo de trabalho. O filme é muito bonito, tem ótimas cenas de pôr de sol,  com excelente fotografia, mas derrapa ao adotar um mundo que nunca existiu. A Havana onde o personagem de Robert Redford transita é mera peça de ficção. O cenário assim funciona apenas para um enredo ao estilo "Sabrina" e romances do tipo, não muito condizentes com os fatos reais. Além disso fica uma sensação ruim de que os realizadores possuem uma quedinha pela causa de Fidel Castro, o ditador eterno da ilha caribenha. No saldo geral é isso, uma produção com cara de cartão postal e enredo de literatura romântica de bolso. O bom e velho Redford poderia passar sem essa.

Pablo Aluísio.

Mina Abandonada

Título no Brasil: Mina Abandonada
Título Original: Dead Mine
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Indonésia
Estúdio: HBO, Infinite Studios
Direção: Steven Sheil
Roteiro: Ziad Semaan, Steven Sheil
Elenco: Miki Mizuno, Sam Hazeldine, Ario Bayu

Sinopse:
Grupo de pesquisadores resolve seguir a pista de uma antiga lenda sobre a Segunda Guerra Mundial que afirma haver uma fortuna escondida em uma mina na Indonésia que serviu de bunker para o Exército Imperial Japonês durante aquele conflito. Após encontrar o local todos ficam presos dentro da mina e para completo desespero descobrem que não estão sozinhos naquele labirinto subterrâneo.

Comentários:
Terrorzinho oriental B que contou com co-produção do canal americano HBO. O enredo é manjado, trazendo de volta a tentativa de se criar suspense em uma velha mina abandonada que foi usada pelos japoneses durante a guerra. O problema é que o lugar não era apenas usado pelas tropas mas também como centro de terríveis experiências com cobaias humanas, geralmente prisioneiros aliados. Como se trata de uma produção até modesta não vá esperando por grande coisa em termos de orçamento. A mina onde tudo acontece não é das mais bem feitas e as criaturas que surgem das profundezas também não são das mais assustadoras - na verdade já tínhamos visto algo parecido em outros filmes com temática parecida. O único diferencial vem mesmo do fato do enredo explorar essa questão da presença japonesa em ilhas perdidas e selvagens da Indonésia. Por falar nisso esse é outro aspecto que pode vir a agradar já que pelo menos em seu começo o filme traz belas tomadas das florestas tropicais daquele país. Pena que fora isso nada mais de interessante venha para recomendar o filme que é mesmo rotineiro e até banal.

Pablo Aluísio.

Soldado Anônimo 2 - Campo em Chamas

Título no Brasil: Soldado Anônimo 2 - Campo em Chamas
Título Original: Jarhead 2 - Field of Fire
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Michael Paul
Roteiro: Berkeley Anderson, Ellis Black
Elenco: Josh Kelly, Danielle Savre, Cole Hauser

Sinopse:
O cabo Merrimette (Josh Kelly) acaba recebendo a liderança de seu esquadrão após a morte violenta de seu sargento. Agora ele terá que liderar seus homens em um perigoso campo aberto dominado pelos Talibãs no Afeganistão. No caminho acabam encontrando um membro das forças especiais SEALs, o tenente Fox (Hauser), que tem a missão de levar uma jovem afegã sã e salva até os Estados Unidos, um objetivo que não será nada fácil de alcançar naquela terra devastada pela guerra.

Comentários:
O primeiro filme "Jarhead" de 2005 era uma excelente crônica sobre o cotidiano de um soldado americano nas vésperas da invasão do Iraque. Com Jake Gyllenhaal como protagonista e um ótimo roteiro, extremamente bem escrito, a fita já é considerada uma pequena obra prima nos dias atuais. Essa sequência deixa muito a desejar. Esqueça as qualidades do filme original, "Jarhead 2 - Field of Fire" não apresenta qualquer pretensão de ser algo mais do que uma fita de ação ligeira, dessas que são lançadas todos os meses no mercado americano, em sistema de venda direta ao consumidor. O roteiro é primário, mostrando um pequeno esquadrão em uma missão de rotina que acaba virando um jogo de vida e morte para os militares americanos e para uma mulher afegã que é caçada pelos Talibãs por ter cometido o crime de procurar se educar! Pois é, fundamentalismo pouco é bobagem! Infelizmente esse pano de fundo, que até poderia ser interessante, se perde numa sucessão de cenas clichês envolvendo tiroteios entre americanos e fundamentalistas. No final das contas não marca, mas se você não estiver em busca de nenhuma obra prima mas apenas um filme de ação para o final da tarde quem sabe pode até funcionar. Passa longe de ser tão bom quanto o primeiro filme, porém com as expectativas em baixa pode até ser uma diversão ligeira, sem qualquer compromisso.

Pablo Aluísio.