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terça-feira, 10 de outubro de 2023

Scorpio

Título no Brasil: Scorpio
Título Original: Scorpio
Ano de Lançamento: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: The Mirisch Corporation
Direção: Michael Winner
Roteiro: David W. Rintels, Gerald Wilson
Elenco: Burt Lancaster, Alain Delon, Paul Scofield

Sinopse:
Jean Laurier (Alain Delon) é um assassino que passa a planejar seu próximo serviço. E seu alvo agora é um veterano agente da CIA chamado Cross (Burt Lancaster). Há suspeitas dentro da agência de inteligência de que ele estaria repassando informações secretas para os russos em plena guerra fria. 

Comentários:
Alain Delon já era um dos nomes mais famosos e populares do cinema europeu quando foi aos Estados Unidos contracenar com o veterano astro da velha Hollywood Burt Lancaster. O resultado ficou muito bom como bem podemos conferir nesse filme de espionagem. Só que Delon tinha mesmo alguns problemas com a língua inglesa, algo que também aconteceu com Brigitte Bardot e que de certa maneira o impediu de ter uma carreira mais consistente dentro da indústria cinematográfica norte-americana. Ainda assim temos aqui certamente um bom filme, com roteiro bem escrito e trama cheia de surpresas e reviravoltas, como era de se esperar de um filme desse estilo. Pouco lembrado nos dias atuais, Scorpio é uma boa amostra desse gênero cinematográfico sempre relevante. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Os Que Chegam Com a Noite

Durante sua longa carreira o ator Marlon Brando poucas vezes flertou com o gênero terror! Um profissional formado no Actors Studio, em Nova Iorque, ele certamente pensou que esse estilo de cinema jamais cruzaria seu caminho. Uma breve e rara exceção ocorreu com esse "Os Que Chegam Com a Noite". Não era essencialmente um filme tradicional no gênero, mas apostava em um enredo que seria uma espécie de prévia do que acontecia em um dos filmes de terror mais clássicos da história do cinema, "Os Inocentes" de 1961. Nesse primeiro filme Deborah Kerr teve uma de suas mais elogiadas atuações. Anos depois decidiu-se contar o que teria acontecido antes da trama de "Os Inocentes". O resultado foi esse hoje considerado cult "Os Que Chegam com a Noite". Aliás uma boa dobradinha para o cinéfilo seria assistir os dois filmes em sequência. Primeiro o de Deboarh Kerr, depois esse com Marlon Brando.

Esse foi o último filme que Marlon Brando fez antes de sua consagração em "O Poderoso Chefão". Ele foi filmado na Inglaterra, o que levou muitos jornalistas a decretarem o fim de sua carreira na época! Muitos diziam que nenhum estúdio de Hollywood bancaria mais filmes com o ator, não apenas por seu terrível temperamento nas filmagens, mas também porque Brando não significava mais retorno imediato nas bilheterias, uma vez que seus últimos lançamentos se tornaram fracassos comerciais. Processado por ex-mulheres, sendo perseguido pela imprensa por causa de sua disfuncional vida familiar, o ator não viu outra saída senão trocar de ares - o que fez muito bem. "Os Que Chegam Com a Noite" é um filme por demais interessante. Todo rodado na Inglaterra rural a produção também se apresenta como um prequel do famoso livro de Henry James, "Turn of the Screw" (no Brasil, "A Volta do Parafuso").

Certamente eu já tinha propensão a gostar desse estilo de filme por dois motivos: gosto de tramas passadas na Inglaterra rural (sou fã de cineastas como James Ivory) e tenho a tendência de sempre gostar das atuações de Marlon Brando, mesmo quando ele não está particularmente inspirado. Aqui o ator se apresenta de forma natural, sem exageros à la Actors Studio. O personagem simplista, um trabalhador comum chamado Peter Quint, caiu como uma luva para a personalidade do ator. Cabelos grisalhos, grandes e despenteados Brando dá um tom selvagem e indomado ao criado da bela mansão do filme e mais uma vez rouba as atenções para si. Também gostei do clima bucólico que reina em praticamente todo o filme. O que acaba enganando o espectador pois por baixo dessa normalidade se esconde uma situação terrível, o que desencadeará eventos macabros. É uma daquelas tramas que parecem caminhar para uma direção, mas que no final chegará em algo completamente diverso do que o espectador estava esperando. O terror é psicológico, sutil e no final se mostra bem impactante.

Os Que Chegam Com a Noite (The Nightcomers, Inglaterra, 1971) Direção: Michael Winner / Roteiro: Michael Hastings inspirado na obra de Henry James, "A Volta do Parafuso" / Elenco: Marlon Brando, Stephanie Beacham, Thora Hird / Sinopse: O filme mostra os acontecimentos que antecedem a trama do livro "A Volta do Parafuso" do consagrado escritor Henry James. Na história o trabalhador Peter Quint (Marlon Brando) acaba se aproximando de uma família rica, numa propriedade rural na Inglaterra. Isso dará origem a eventos trágicos e terríveis. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Marlon Brando).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Os Que Chegam Com a Noite

Esse foi o último filme que Brando fez antes de sua consagração em "O Poderoso Chefão". Ele foi filmado na Inglaterra o que levou muitos jornalistas a decretarem o fim de sua carreira na época! Muitos diziam que nenhum estúdio de Hollywood bancaria mais filmes com o ator não apenas por seu terrível temperamento nas filmagens mas também porque Brando não significava mais retorno imediato nas bilheterias uma vez que seus últimos lançamentos se tornaram fracassos comerciais. Processado por ex-mulheres, sendo perseguido pela imprensa por causa de sua disfuncional vida familiar o ator não viu outra saída senão trocar de ares - o que fez muito bem. "Os Que Chegam Com a Noite" é um filme por demais interessante. Todo rodado na Inglaterra rural a produção se apresenta como um prequel do famoso livro de Henry James, "Turn of the Screw" (no Brasil, "A Volta do Parafuso").

Certamente eu já tinha propensão a gostar desse estilo de filme por dois motivos: gosto de tramas passadas na Inglaterra rural (sou fã de cineastas como James Ivory) e tenho a tendência de sempre gostar das atuações de Marlon Brando, mesmo quando ele não está particularmente inspirado. Aqui o ator se apresenta de forma natural, sem exageros à la Actors Studio. O personagem simplista, um trabalhador comum chamado Peter Quint, caiu como uma luva para a personalidade do ator. Cabelos grisalhos, grandes e despenteados Brando dá um tom selvagem e indomado ao criado da bela mansão do filme e mais uma vez rouba as atenções para si. Também gostei do clima bucólico que reina em praticamente todo o filme. O que acaba enganando o espectador pois por baixo dessa normalidade se esconde uma situação terrível, o que desencadeará eventos macabros. Inclusive para uma experiência cultural plena aconselho não apenas assistir a esse "The Nightcomers" mas também a leitura do livro, seguida da exibição de outra produção inspirada na mesma obra, o muito bem sucedido "Os Inocentes", um marco do terror psicológico.

Os Que Chegam Com a Noite (The Nightcomers, EUA, 1971) Direção: Michael Winner / Roteiro: Michael Hastings inspirado na obra de Henry James, "A Volta do Parafuso" / Elenco: Marlon Brando, Stephanie Beacham, Thora Hird / Sinopse: O filme mostra os acontecimentos que antecedem a trama do livro "A Volta do Parafuso" do consagrado escritor Henry James.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de abril de 2018

Renegado Impiedoso

Após o fim das chamadas guerras indígenas, muitos nativos americanos levaram suas famílias para o deserto impiedoso para tentar levar uma vida pacífica no meio daquele ambiente hostil e selvagem. É o caso de Pardon Chato (Charles Bronson), um apache que vive no meio do deserto com sua família. De vez em quando ele tem que ir até a cidade em busca de provimentos para levar para casa. Para aliviar um pouco o calor decide também ir até o Saloon mais próximo para tomar alguns goles de whisky. Chegando lá acaba sendo hostilizado pelo xerife local. A implicância é de fundo puramente racista. Após uma série de ofensas proferidas o corrupto xerife resolve sacar sua arma o que se revela uma péssima ideia pois Pardon é rápido no gatilho e em legitima defesa mata o homem da lei. Assim que a noticia se espalha um veterano confederado da guerra civil, o capitão Quincey Whitmore (Jack Palance), resolve formar um grupo para ir até o deserto capturar e matar o apache foragido. Recrutando fazendeiros e pequenos proprietários rurais ele parte para uma caçada humana sem tréguas. O que ele não contava é que iria agora entrar em um conflito armado justamente nas terras do índio Pardon, em seu território, o que tornaria tudo muito mais complicado. E para piorar o apache estaria à sua espera, com forte desejo de vingança.

Charles Bronson trabalhou em sete filmes ao lado do diretor Michael Winner, sendo que esse foi o primeiro deles. Esse cineasta logo entendeu que Bronson (que até aquele momento havia desempenhado muitos papéis coadjuvantes) poderia muito bem se adaptar a um tipo de personagem ideal, com poucas falas mas muita ação física. É justamente o que acontece aqui. O ator tem apenas duas linhas de diálogo o filme inteiro mas em compensação protagoniza várias cenas de ação no meio daquela paisagem árida e rústica. Em ótima forma física, Bronson começa a liquidar um por um seus perseguidores, alguns com requintes de crueldade extrema. O filme aliás é bem mais violento do que os faroestes de sua época o que fez a produção ter alguns problemas com a censura que ameaçou só o liberar para uma faixa etária mais elevada (acima de 18 anos). Há uma cena de estupro coletivo que causou muitos problemas para o estúdio na época. Só após vários cortes é que o filme finalmente foi liberado para exibição para maiores de 16 anos. Além da violência o filme também se destacava pelo bom elenco. Charles Bronson está completamente convincente como o apache fugitivo e o cenário do deserto acaba também virando um personagem vivo dentro da trama. Jack Palance, como o velho veterano confederado, novamente marca presença com sua mentalidade típica dos sulistas americanos. Ator de traços marcantes ele aqui também surpreende pela vivacidade de seu papel. O resultado final é um filme cru, violento e sem concessões como seriam vários filmes com Charles Bronson dali pra frente. Dois anos depois o ator finalmente estrelaria o filme símbolo de sua carreira, “Desejo de Matar”, com o mesmo diretor e praticamente o mesmo argumento. A partir daí sua trajetória artística jamais seria a mesma novamente, algo que esse “Renegado Impiedoso” já antecipava. Não deixe de assistir, pois é um western visceral e obrigatório para os fãs desse ator.
   
Renegado Impiedoso / Renegado Vingador (Chato´s Land, Estados Unidos, 1972) Direção: Michael Winner / Roteiro: Gerald Wilson / Elenco: Charles Bronson, Jack Palance, James Whitmore / Sinopse: Após matar um xerife em legitima defesa um índio apache começa a ser caçado pelo meio do deserto por um veterano da guerra civil e seu grupo, formado por fazendeiros e pequenos proprietários rurais. No meio do deserto só sobreviverão os mais fortes e aptos para aquele ambiente completamente hostil e selvagem.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de setembro de 2014

Desejo de Matar 3

Título no Brasil: Desejo de Matar 3
Título Original: Death Wish 3
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Michael Winner
Roteiro: Don Jakoby, Brian Garfield
Elenco: Charles Bronson, Deborah Raffin, Ed Lauter

Sinopse:
O arquiteto e justiceiro Paul Kersey (Charles Bronson) vai para Nova Iorque para vingar a morte de um amigo policial, causada por uma violenta quadrilha de bairro. Agora, armado com um poderoso equipamento bélico, ele está decidido a livrar as ruas daquela marginália infecta.

Comentários:
Terceiro e considerado o mais violento exemplar da franquia "Death Wish 3". A premissa é praticamente a mesma de todos os demais filmes da série. Alguma pessoa próxima a Kersey é assassinada e ele não encontra respostas do sistema legal em punir os criminosos. Assim resolve agir com as próprias mãos, aplicando aquilo que entende ser o mais justo possível. Nesse exemplar realizado nos anos 80, onde todos os filmes pareciam competir entre si para ser o mais violento, Bronson chega a utilizar um lançador de mísseis para detonar os bandidos!!! Como se trata mais uma produção da Cannon a sutileza certamente foi deixada de lado completamente. Já Charles Bronson continua em seu tipo habitual, personagem de poucas palavras e muita ação! Nesse exemplar da série ele mata mais gente do que em praticamente todos os dois filmes anteriores - virando literalmente um exterminador de bandidos urbanos. Ecos de uma época em que os filmes de ação dominavam as bilheterias em Hollywood.

Pablo Aluísio.

Desejo de Matar 2

Título no Brasil: Desejo de Matar 2
Título Original: Death Wish II
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Films
Direção: Michael Winner
Roteiro: David Engelbach, Brian Garfield
Elenco: Charles Bronson, Jill Ireland, Vincent Gardenia

Sinopse:
Cidadão comum, pacato arquiteto, não consegue superar o trauma da morte de sua família (eventos mostrados no primeiro filme da franquia). Assim acaba descobrindo que um grupo de punks esteve envolvido na morte de sua filha. Sem pensar duas vezes ele resolve se armar com pistolas de grande calibre para passar fogo em todos aqueles marginais, verdadeiras escórias da sociedade.

Comentários:
Segundo filme da saga do justiceiro Paul Kersey, que acabou se tornando o personagem mais famoso e popular da carreira do ator Charles Bronson. Como se sabe o primeiro filme causou um certo debate sobre a validade da justiça feita pelas próprias mãos. Essa sequência já não tem mais nenhuma preocupação em levantar qualquer tipo de bandeira sobre isso, se contentando em disponibilizar ao público um filme de ação bem realizado, com bem movimentadas cenas de confronto entre o arquiteto interpretado por Brando (representando a indignação do homem comum, honesto) contra os jovens punks (que estão ali para materializar tudo o que está errado dentro da sociedade corrompida por valores destrutivos). Quem acaba ganhando no final são os próprios fãs de Charles Bronson, que certamente não terão do que reclamar. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Desejo de Matar

Título no Brasil: Desejo de Matar
Titulo Original: Death Wish
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio:  Dino De Laurentiis Company, Paramount Pictures
Direção: Michael Winner
Roteiro:  Brian Garfield, Wendell Mayes
Elenco: Charles Bronson, Vincent Gardenia

Sinopse: 
Paul Kersey (Charles Bronson) vê sua vida desmoronar após sua família sofrer um ataque de um grupo de criminosos insanos. Eles violentam e agridem sua jovem filha e mata sem piedade sua esposa. Após esse ato bárbaro Kersey se convence que a única forma de um cidadão se defender adequadamente desses bandidos é se armar até os dentes para responder fogo com fogo.

Comentários:
Charles Bronson passou anos de sua carreira fazendo personagens secundários. Nunca havia conquistado o status de grande astro e campeão de bilheteria até estrelar esse violento drama policial que explorava a indignação da população com o aumento da criminalidade nas grandes cidades. Sua mensagem bem clara caiu imediatamente no gosto do público e "Desejo de Matar" se tornou um grande campeão de bilheteria. Esse foi de certa forma o filme definitivo de Bronson que teria a partir daí seguido por uma linha de filmes mais violentos e com muita pancadaria. De certa forma Bronson foi um pioneiro do tipo de cinema de ação que iria imperar na década seguinte, os anos 80.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Jogo Sujo

Título no Brasil: Jogo Sujo
Título Original: The Stone Killer
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Dino de Laurentiis Studios
Direção: Michael Winner
Roteiro: Gerald Wilson, John Gardner
Elenco:  Charles Bronson, Martin Balsam, Jack Colvin, Paul Koslo, Norman Fell, David Sheiner

Sinopse:
Quadrilhas de criminosos começam a recrutar veteranos da guerra do Vietnã para cometer os crimes pelas ruas de Los Angeles. O policial Lou Torrey (Charles Bronson) é então designado para limpar as ruas dos bandidos. Apenas a força de uma arma fumegante, cheia de balas, iria colocar ordem naquele caos urbano.

Comentários:
Na época o filme foi mal recebido pela crítica americana. Isso tudo porque foi considerado extremamente violento. Um jornalista de Nova Iorque chegou ao ponto de escrever que o novo filme de Charles Bronson era "estupidamente brutal, violento e em alguns casos até mesmo sádico". Ora, era justamente isso que os fãs do veterano ator queriam ver nas telas de cinema. Curiosamente é uma produção ítalo americana, pois parte da produção foi bancada pelo famoso produtor italiano Dino de Laurentiis. Dessa forma o filme ganhou uma bela carreira na Europa onde obteve uma excelente bilheteria. Do meu ponto de vista o roteiro é muito parecido com os da série "Dirty Harry" de Clint Eastwood. A temática é praticamente igual e o protagonista, um policial que resolve tudo na base da justiça pelas próprias mãos, poderia ser o próprio Dirty Harry que ninguém iria notar a diferença. No saldo final o filme ainda se mantém interessante por causa da estética mais realista e crua que imperava nos filmes policiais dos anos 1970. Ali não havia espaço para superficialidades do politicamente correto. Era mesmo um jogo sujo pelas ruas violentas de Los Angeles.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Mato em Nome da Lei

Neste excelente faroeste, com um elenco de primeira grandeza, que conta com nomes como: Robert Ryan e também com um (quase) desconhecido Robert Duvall - Burton Stephen Lancaster, ou simplesmente, Burt Lancaster, vive na pele de Jered Maddox, um agente da lei na pequena cidade de Bannock. Certa noite, com Maddox ausente, um bando de arruaceiros e assassinos entram na pequena Bannock e promovem um tremendo quebra-quebra, culminando com a morte de um senhor inocente. Passado alguns mêses, Maddox chega à pequena cidade de Sabbath e imediatamente vai ao encontro do xerife Cotton Ryan (Robert Ryan). Maddox mostra uma lista de nomes a Cotton onde estão relacionados todos os baderneiros que estiveram em Bannock, e diz que ele tem até o meio-dia do dia seguinte para prender os vaqueiros e entregá-los a ele (Maddox) para que sejam julgados pelo assassinato em Bannock.

Cotton abre o jogo com Maddox e diz a ele que os vaqueiros da lista, trabalham para o rico fazendeiro Vincente Bronson (Lee J. Cobb). Cotton explica que foi Bronson quem o nomeou xerife, e além disso grande parte das pessoas que vivem ali, também trabalham para o fazendeiro, mesmo que indiretamente. Ou seja: os habitantes daquele povoado, ou gostam realmente de Bronson, ou têm medo dele. Uma coisa é certa: ele é o dono da cidade. Sendo assim Ryan deixa claro à Maddox que não vai ajudá-lo em nada. Furioso, Maddox diz à Ryan que todos os vaqueiros serão presos. Por bem ou por mal. No dia seguinte, Ryan parte em direção à fazenda de Bronson para dar-lhe o recado de Maddox. Para surpresa, Bronson não age como um cafajeste desumano; pelo contrário: o fazendeiro mostra-se um homem equilibrado e arrependido pelo que seus homens fizeram na pequena cidade. Na verdade, Bronson não quer entregar seus homens e nem a si mesmo a Maddox, e faz uma proposta: indenizar à família do senhor que morreu na baderna, além de indenizar também o xerife Maddox para que ele esqueça as ordens de prisão. Mas Ryan adverte que Maddox não aceitará a proposta.

À noite, descansando no hotel, Maddox recebe a visita da bela Laura Shelby (Sheree North) uma linda mulher que no passado foi sua amante. Ela pede ao implacável agente que poupe a vida de seu atual marido que também está na lista: Hurd Price (J.D. Cannon). Maddox não dá ouvidos à ex-amante e diz que vai prender seu marido também. Na fazenda, Vincent Bronson reúne seus vaqueiros e diz o que está acontecendo. Os homens se revoltam e pensam num meio de contornar o problema e tirar Maddox da jogada. A reunião esquenta e o braço direito e capataz de Bronson, Harvey Stenbaugh (Albert Salmi), revolta-se com a situação, diz que não vai negociar, e vai até a cidade para matar Maddox. Os dois vão para a rua e ficam frente a frente. Maddox, numa frieza impressionante, saca sua arma e, rápido como um raio, mata Stenbaugh.

Depois de saber da morte de seu amigo e braço direito, Bronson se desespera, reúne seus homens e juntos seguem para a pequena Sabbath para o enfrentamento final contra o implacável agente da lei. Apesar do título infeliz recebido no Brasil, "Mato em Nome da Lei" (Lawman - 1971) é um excelente faroeste, dirigido pelo inglês Michael Winner, que três anos depois dirigiria o explosivo "Desejo de Matar" com Charles Bronson. "Mato em Nome da Lei", destaca-se não só pelo excelente roteiro mas também pela excelente jogada de utilizar elementos de outros clássicos do western como "Matar ou Morrer". Outra qualidade do filme é a construção da história em torno da enorme categoria e carisma do grande Burt Lancaster, encarnado no papel de um impagável, obsessivo e incorruptível xerife Maddox.

Mato em Nome da Lei (Lawman, Estados Unidos,1971) Direção: Michael Winner / Roteiro: Gerald Wilson / Elenco: Burt Lancaster, Robert Ryan, Lee J. Cobb, Robert Duvall / Sinopse: Jered Maddox (Burt Lancaster) é um xerife que vai até outra cidade para prender um grupo de criminosos, algo que não será nada fácil para ele.

Telmo Vilela Jr.