Título no Brasil: Um Dia para Relembrar
Título Original: Two Bits
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: James Foley
Roteiro: Joseph Stefano
Elenco: Al Pacino, Mary Elizabeth Mastrantonio, Jerry Barone, Andy Romano, Donna Mitchell
Sinopse:
O garotinho Gennaro (Jerry Barone) é muito afeiçoado ao seu avô (interpretado por Al Pacino). Um dia o velho lhe pede um grande favor. Acontece que ele ainda tem assuntos inacabados com o passado e precisa agora da ajuda do neto para resolvê-los.
Comentários:
Essa produção da Miramax foi lançada timidamente no Brasil. Acredito que não chegou nem a entrar em cartaz nos cinemas brasileiros, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo. É um drama, com pequenos toques de nostalgia, que mostra o relacionamento entre um avô sonhador e até mesmo romântico e seu pequeno neto, um garotinho bem esperto. Assim essa produção mais requintada do que o habitual é mais indicada para um público que preze por filmes mais familiares, que lidem com os relacionamentos envolvendo todos os parentes, porém em especial nesse tipo de aproximação mais carinhosa entre o avô e seu neto. Curiosamente Al Pacino e Mary Elizabeth já tinham trabalhado juntos antes, no violento "Scarface", porém lá eles eram irmãos. Foi por indicação dele que ela acabou sendo contratada para esse filme. E como tudo estava em casa mesmo, o próprio Al Pacino confessou numa entrevista que só havia feito o filme por causa da consideração que tinha com o diretor James Foley, com quem ele já tinha trabalhado em "O Sucesso a Qualquer Preço" (1992). Conforme ele mesmo explicou: "Quando um grande amigo faz um convite para você, fica impossível simplesmente dizer não!".
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Highlander 2 - A Ressurreição
Título no Brasil: Highlander 2 - A Ressurreição
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock
Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.
Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.
Pablo Aluísio.
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock
Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.
Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.
Pablo Aluísio.
O Custo da Coragem
Título no Brasil: O Custo da Coragem
Título Original: Veronica Guerin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Carol Doyle
Elenco: Cate Blanchett, Colin Farrell, Brenda Fricker, Ciarán Hinds, Gerard McSorley, David Murray
Sinopse:
Baseado em uma história verídica, o filme mostra a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett). Repórter do The Sunday Independent, ela começa a expor, numa série de reportagens, o mundo do crime na cidade de Dublin, o que a torna alvo de traficantes e poderosos barões do crime.
Comentários:
Muitas pessoas não param para pensar muito nisso, mas a verdade é que a profissão de jornalista é uma das mais perigosas do mundo. Principalmente quando esses profissionais começam a revelar, em suas matérias investigativas, crimes envolvendo pessoas poderosas. Esse filme conta a história de uma dessas jornalistas que acaba tendo sua vida ameaçada. Ela denuncia um grupo de poderosos, todos envolvidos com o mundo do crime em sua cidade, Dublin, na Irlanda. A partir daí ela começa a perceber o cerco se fechando ao seu redor. Como é um drama conceituado, o filme precisava mesmo de um bom elenco. E contando com a excelente Cate Blanchett, tudo ficou perfeitamente recriado na tela. Essa atriz já é considerada uma das melhores de sua geração. E sua filmografia, tirando algumas pequenas derrapadas, é muito boa e relevante. Inclusive ela foi indicada ao Globo de Ouro por sua boa atuação. Em minha opinião deveria ter vencido, não apenas por seu trabalho, que foi realmente excelente, mas também como uma forma de apoio a jornalistas que trabalham ao redor do mundo e são ameaçados como a própria protagonista do filme. A boa mensagem do roteiro chama bastante atenção para justamente isso. Enfim, um filme acima da média, muito indicado a quem gosta de um cinema mais politizado e engajado em causas importantes para a sociedade.
Pablo Aluísio.
Título Original: Veronica Guerin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Carol Doyle
Elenco: Cate Blanchett, Colin Farrell, Brenda Fricker, Ciarán Hinds, Gerard McSorley, David Murray
Sinopse:
Baseado em uma história verídica, o filme mostra a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett). Repórter do The Sunday Independent, ela começa a expor, numa série de reportagens, o mundo do crime na cidade de Dublin, o que a torna alvo de traficantes e poderosos barões do crime.
Comentários:
Muitas pessoas não param para pensar muito nisso, mas a verdade é que a profissão de jornalista é uma das mais perigosas do mundo. Principalmente quando esses profissionais começam a revelar, em suas matérias investigativas, crimes envolvendo pessoas poderosas. Esse filme conta a história de uma dessas jornalistas que acaba tendo sua vida ameaçada. Ela denuncia um grupo de poderosos, todos envolvidos com o mundo do crime em sua cidade, Dublin, na Irlanda. A partir daí ela começa a perceber o cerco se fechando ao seu redor. Como é um drama conceituado, o filme precisava mesmo de um bom elenco. E contando com a excelente Cate Blanchett, tudo ficou perfeitamente recriado na tela. Essa atriz já é considerada uma das melhores de sua geração. E sua filmografia, tirando algumas pequenas derrapadas, é muito boa e relevante. Inclusive ela foi indicada ao Globo de Ouro por sua boa atuação. Em minha opinião deveria ter vencido, não apenas por seu trabalho, que foi realmente excelente, mas também como uma forma de apoio a jornalistas que trabalham ao redor do mundo e são ameaçados como a própria protagonista do filme. A boa mensagem do roteiro chama bastante atenção para justamente isso. Enfim, um filme acima da média, muito indicado a quem gosta de um cinema mais politizado e engajado em causas importantes para a sociedade.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Vida que Segue
Título no Brasil: Vida que Segue
Título Original: Moonlight Mile
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Brad Silberling
Elenco: Jake Gyllenhaal, Dustin Hoffman, Susan Sarandon, Alexia Landeau, Bob Clendenin, Richard Fancy
Sinopse:
Um jovem permanece na casa da família de sua noiva, após sua morte acidental. Todos estão obviamente chocados, entristecidos e de luto. O caso acaba indo parar na justiça, com diversos desdobramentos. Enquanto isso o rapaz acaba se apaixonando novamente, mesmo que ele tente lutar contra esses novos sentimentos.
Comentários:
A Touchstone Pictures era um braço da Disney para filmes voltados para a família. Na maioria das vezes eram comédias, mas daquelas inofensivas, que poderiam ser assistidos em um ambiente familiar. Raramente esse selo lançava algo mais dramático, mais voltado para uma carga de dramaturgia maior. Uma dessas exceções foi justamente esse drama psicológico "Vida que segue". A primeira coisa que chama a atenção é seu ótimo elenco. Aqui o veterano Dustin Hoffman trabalhou pela primeira vez xom o jovem (e elogiado) Jake Gyllenhaal e com a atriz e ativista de esquerda Susan Sarandon. A combinação deu bastante certo. O diretor Brad Silberling vinha do sucesso da série "Felicity" e incorporou muito da linguagem que usava no programa para o filme. Seu estilo mais introspectivo já havia se destacado em "Cidade dos Anjos" e aqui ele procurava repetir a dose. Digo que ficou muito bom. Todos os elementos combinam e no filme ficamos com aquela satisfação de quem acabou de assistir a um bom filme. Nada seria melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Moonlight Mile
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Brad Silberling
Elenco: Jake Gyllenhaal, Dustin Hoffman, Susan Sarandon, Alexia Landeau, Bob Clendenin, Richard Fancy
Sinopse:
Um jovem permanece na casa da família de sua noiva, após sua morte acidental. Todos estão obviamente chocados, entristecidos e de luto. O caso acaba indo parar na justiça, com diversos desdobramentos. Enquanto isso o rapaz acaba se apaixonando novamente, mesmo que ele tente lutar contra esses novos sentimentos.
Comentários:
A Touchstone Pictures era um braço da Disney para filmes voltados para a família. Na maioria das vezes eram comédias, mas daquelas inofensivas, que poderiam ser assistidos em um ambiente familiar. Raramente esse selo lançava algo mais dramático, mais voltado para uma carga de dramaturgia maior. Uma dessas exceções foi justamente esse drama psicológico "Vida que segue". A primeira coisa que chama a atenção é seu ótimo elenco. Aqui o veterano Dustin Hoffman trabalhou pela primeira vez xom o jovem (e elogiado) Jake Gyllenhaal e com a atriz e ativista de esquerda Susan Sarandon. A combinação deu bastante certo. O diretor Brad Silberling vinha do sucesso da série "Felicity" e incorporou muito da linguagem que usava no programa para o filme. Seu estilo mais introspectivo já havia se destacado em "Cidade dos Anjos" e aqui ele procurava repetir a dose. Digo que ficou muito bom. Todos os elementos combinam e no filme ficamos com aquela satisfação de quem acabou de assistir a um bom filme. Nada seria melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
Seu Marido e Minha Mulher
Título no Brasil: Seu Marido e Minha Mulher
Título Original: Waking Up in Reno
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Jordan Brady
Roteiro: Brent Briscoe, Mark Fauser
Elenco: Billy Bob Thornton, Charlize Theron, Patrick Swayze, Natasha Richardson, Holmes Osborne, Cleo King
Sinopse:
Dois casais de amigos decidem passar as férias juntos. Tudo muito bem planejado, todos bem animados com essa oportunidade de se divertir e relaxar. Só que as coisas começam a complicar quando o marido de um dos casais acaba se apaixonando pela esposa do outro.
Comentários:
É um tipo de comédia romântica que se leva mais à sério do que o habitual. O roteiro explora esse tipo de situação que é usado por romances e livros há anos, ou melhor dizendo, há séculos. "Não cobiçareis a mulher do próximo" já afirmava um dos mandamentos do velho testamento. Ora, e é justamente nessa cobiça que a história se desenvolve. Esses dois casais saem de férias e o maridão acaba ficando louco para roubar a mulher do próximo, logo ele sendo um de seus amigos. Claro, situação venenosa e explosiva, mas aqui tudo sendo levado numa tomada mais light. O marketing do filme aproveitou para instigar a curiosidade do público ao adotar o slogam: "Eles eram amigos bem próximos! Talvez próximos demais, mais do que os outros". Pois é, meus caros, marido que não dá assistência acaba abrindo concorrência! Mas enfim. O elenco traz um Patrick Swayze, ainda se aproveitando de seu estilo galã, algo que seria deixado para trás por causa de um câncer agressivo que iria ter e uma bela e jovem Charlize Theron. Ela não era uma grande estrela de Hollywood na época, mas apenas uma loira exuberante tentando encontrar seu lugar no mercado. Por fim o triângulo amoroso se completava com Billy Bob Thornton no papel de marido corno (quase) manso. Enfim, bom programa. Envelheceu um pouquinho, mas ainda diverte.
Pablo Aluísio.
Título Original: Waking Up in Reno
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Jordan Brady
Roteiro: Brent Briscoe, Mark Fauser
Elenco: Billy Bob Thornton, Charlize Theron, Patrick Swayze, Natasha Richardson, Holmes Osborne, Cleo King
Sinopse:
Dois casais de amigos decidem passar as férias juntos. Tudo muito bem planejado, todos bem animados com essa oportunidade de se divertir e relaxar. Só que as coisas começam a complicar quando o marido de um dos casais acaba se apaixonando pela esposa do outro.
Comentários:
É um tipo de comédia romântica que se leva mais à sério do que o habitual. O roteiro explora esse tipo de situação que é usado por romances e livros há anos, ou melhor dizendo, há séculos. "Não cobiçareis a mulher do próximo" já afirmava um dos mandamentos do velho testamento. Ora, e é justamente nessa cobiça que a história se desenvolve. Esses dois casais saem de férias e o maridão acaba ficando louco para roubar a mulher do próximo, logo ele sendo um de seus amigos. Claro, situação venenosa e explosiva, mas aqui tudo sendo levado numa tomada mais light. O marketing do filme aproveitou para instigar a curiosidade do público ao adotar o slogam: "Eles eram amigos bem próximos! Talvez próximos demais, mais do que os outros". Pois é, meus caros, marido que não dá assistência acaba abrindo concorrência! Mas enfim. O elenco traz um Patrick Swayze, ainda se aproveitando de seu estilo galã, algo que seria deixado para trás por causa de um câncer agressivo que iria ter e uma bela e jovem Charlize Theron. Ela não era uma grande estrela de Hollywood na época, mas apenas uma loira exuberante tentando encontrar seu lugar no mercado. Por fim o triângulo amoroso se completava com Billy Bob Thornton no papel de marido corno (quase) manso. Enfim, bom programa. Envelheceu um pouquinho, mas ainda diverte.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de fevereiro de 2020
Entre Facas e Segredos
Um escritor de livro de mistérios, rico e famoso, é encontrado morto em seu escritório. Supostamente ele teria cometido suicídio com uma faca. Porém a sua morte deixa inúmeras dúvidas. Afinal ele não demonstrava que queria acabar com sua vida. Um detetive particular, Benoit Blanc (Daniel Craig), é contratado por uma pessoa desconhecida para participar das investigações. Com todos os familiares do morto reunidos em sua mansão começam as especulações. Todos ali pareciam ter bons motivos para matar o velho. Mas afinal quem seria o real assassino? E como teria sido cometido esse assassinato? São perguntas que Blanc tentará responder.
Essa é a premissa básica desse "Entre Facas e Segredos". Para quem conhece livros de mistério fica claro que o roteiro aqui bebe de uma fonte bem conhecida. A obra literária de Agatha Christie é uma referência óbvia. Sempre há uma morte misteriosa e todos os personagem que gravitaram em torno de morto são suspeitos. Filhos, filhas e netos são suspeitos.
Com ótimo elenco, esse filme recebeu uma indicação honrosa ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Dito isso, devo confessar que não achei o mistério tão inspirado assim. Qualquer livro de Agatha Christie tem trama muito mais bem elaborado. O filme procura criar um clima pois o enredo se passa praticamente todo dentro de uma velha mansão, mas até nisso penso que o filme ficou um pouco superficial. O grande mérito desse filme em minha opinião vem do elenco, todo muito bom. A começar pelo veterano Christopher Plummer, um ator que não canso de elogiar. Ele interpreta o escritor que é encontrado morto. Porém não se preocupe, ele tem várias cenas no filme, sempre retornando em longos flashbacks. A bonita Ana de Armas interpreta a assistente e enfermeira do velho escritor. Ele é ponto central da história. Com olhos azuis, quase sempre olhando para o vazio, ela ainda consegue ser expressiva. Penso que é um bom filme, mas para quem é leitor dos grandes livros de mistério do passado, sua trama não soará tão excelente como andaram dizendo por aí. É sim algo até bem trivial.
Entre Facas e Segredos (Knives Out, Estados Unidos, 2019) Direção: Rian Johnson / Roteiro: Rian Johnson / Elenco: Daniel Craig, Christopher Plummer, Chris Evans, Ana de Armas, Jamie Lee Curtis, Michael Shannon, Toni Collette / Sinopse: O detetive particular Benoit Blanc (Daniel Craig) vai até uma velha mansão para investigar uma morte misteriosa. O rico e famoso escritor de livros de mistério Harlan Thrombey (Christopher Plummer) foi encontrado morto. Há uma versao oficial de que ele teria se matado, mas será que isso seria a verdade dos fatos? Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Ana de Armas) e Melhor Ator (Daniel Craig).
Pablo Aluísio.
Essa é a premissa básica desse "Entre Facas e Segredos". Para quem conhece livros de mistério fica claro que o roteiro aqui bebe de uma fonte bem conhecida. A obra literária de Agatha Christie é uma referência óbvia. Sempre há uma morte misteriosa e todos os personagem que gravitaram em torno de morto são suspeitos. Filhos, filhas e netos são suspeitos.
Com ótimo elenco, esse filme recebeu uma indicação honrosa ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Dito isso, devo confessar que não achei o mistério tão inspirado assim. Qualquer livro de Agatha Christie tem trama muito mais bem elaborado. O filme procura criar um clima pois o enredo se passa praticamente todo dentro de uma velha mansão, mas até nisso penso que o filme ficou um pouco superficial. O grande mérito desse filme em minha opinião vem do elenco, todo muito bom. A começar pelo veterano Christopher Plummer, um ator que não canso de elogiar. Ele interpreta o escritor que é encontrado morto. Porém não se preocupe, ele tem várias cenas no filme, sempre retornando em longos flashbacks. A bonita Ana de Armas interpreta a assistente e enfermeira do velho escritor. Ele é ponto central da história. Com olhos azuis, quase sempre olhando para o vazio, ela ainda consegue ser expressiva. Penso que é um bom filme, mas para quem é leitor dos grandes livros de mistério do passado, sua trama não soará tão excelente como andaram dizendo por aí. É sim algo até bem trivial.
Entre Facas e Segredos (Knives Out, Estados Unidos, 2019) Direção: Rian Johnson / Roteiro: Rian Johnson / Elenco: Daniel Craig, Christopher Plummer, Chris Evans, Ana de Armas, Jamie Lee Curtis, Michael Shannon, Toni Collette / Sinopse: O detetive particular Benoit Blanc (Daniel Craig) vai até uma velha mansão para investigar uma morte misteriosa. O rico e famoso escritor de livros de mistério Harlan Thrombey (Christopher Plummer) foi encontrado morto. Há uma versao oficial de que ele teria se matado, mas será que isso seria a verdade dos fatos? Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Ana de Armas) e Melhor Ator (Daniel Craig).
Pablo Aluísio.
Sou Espião
Título no Brasil: Sou Espião
Título Original: I Spy
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures,
Direção: Betty Thomas
Roteiro: Morton S. Fine, David Friedkin
Elenco: Eddie Murphy, Owen Wilson, Famke Janssen, Malcolm McDowell, Gary Cole, Viv Leacock
Sinopse:
Quando o Switchblade, o mais sofisticado protótipo de caça furtivo criado até agora, é roubado do governo dos EUA, um dos principais espiões da América, Alex Scott (Owen Wilson), é chamado à ação. O que ele nem poderia esperar era ter que lidar com Kelly Robinson (Eddie Murphy), um sujeito que quer ajudar, mas que no final só atrapalha.
Comentários:
Dois comediantes de que gosto muito... em um filme simplesmente ruim demais para se levar em conta. Eu poderia resumir tudo assim, de forma rápida e eficaz. Não é segredo para ninguém que Eddie Murphy é um dos mais talentosos humoristas dos Estados Unidos. Só que ele sempre teve um grave problema. Muitas vezes o bom e velho Eddie não sabe escolher os roteiros certos. Esse "Sou Espião" é um exemplo perfeito disso. Ele iria trabalhar ao lado de Owen Wilson, outro ator de comédias muito bacana. Um cara divertido e engraçado. Só que ao invés de haver uma escolha de um bom material para que a dupla brilhasse em cena, acabou se escolhendo um tipo de humor fora de moda, cafona mesmo. Essa coisa de satirizar filmes de espião já ficou para trás - e há muitos anos. Talvez se Eddie ainda estivesse nos anos 80, ainda vá lá. Com um pouco de boa vontade haveria como gostar disso. Mas agora? Perdeu o timing certo. No final sobra um filme sem graça com dois ótimos comediantes. Como isso é possivel? Ora, pela péssima escolha do roteiro certo. Só isso. E talvez por isso o filme também tenha se tornado um dos grandes fracassos de bilheteria daquele ano. E olha que foi até muito merecido...
Pablo Aluísio.
Título Original: I Spy
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures,
Direção: Betty Thomas
Roteiro: Morton S. Fine, David Friedkin
Elenco: Eddie Murphy, Owen Wilson, Famke Janssen, Malcolm McDowell, Gary Cole, Viv Leacock
Sinopse:
Quando o Switchblade, o mais sofisticado protótipo de caça furtivo criado até agora, é roubado do governo dos EUA, um dos principais espiões da América, Alex Scott (Owen Wilson), é chamado à ação. O que ele nem poderia esperar era ter que lidar com Kelly Robinson (Eddie Murphy), um sujeito que quer ajudar, mas que no final só atrapalha.
Comentários:
Dois comediantes de que gosto muito... em um filme simplesmente ruim demais para se levar em conta. Eu poderia resumir tudo assim, de forma rápida e eficaz. Não é segredo para ninguém que Eddie Murphy é um dos mais talentosos humoristas dos Estados Unidos. Só que ele sempre teve um grave problema. Muitas vezes o bom e velho Eddie não sabe escolher os roteiros certos. Esse "Sou Espião" é um exemplo perfeito disso. Ele iria trabalhar ao lado de Owen Wilson, outro ator de comédias muito bacana. Um cara divertido e engraçado. Só que ao invés de haver uma escolha de um bom material para que a dupla brilhasse em cena, acabou se escolhendo um tipo de humor fora de moda, cafona mesmo. Essa coisa de satirizar filmes de espião já ficou para trás - e há muitos anos. Talvez se Eddie ainda estivesse nos anos 80, ainda vá lá. Com um pouco de boa vontade haveria como gostar disso. Mas agora? Perdeu o timing certo. No final sobra um filme sem graça com dois ótimos comediantes. Como isso é possivel? Ora, pela péssima escolha do roteiro certo. Só isso. E talvez por isso o filme também tenha se tornado um dos grandes fracassos de bilheteria daquele ano. E olha que foi até muito merecido...
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
Transformers - A Vingança dos Derrotados
Título no Brasil: Transformers - A Vingança dos Derrotados
Título Original: Transformers - Revenge of the Fallen
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks, Paramount Pictures
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger, Roberto Orci
Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, John Turturro, Ramon Rodriguez
Sinopse:
Sam Witwicky (Shia LaBeouf) deixa os Autobots para trás para tenter levar uma vida normal. Mas quando sua mente fica cheia de símbolos enigmáticos, os Decepticons o atacam e ele é arrastado de volta à guerra dos Transformers. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Mixagem de Som.
Comentários:
Também conhecido como Transformers 2, esse filme colecionou uma série de absurdos que só poderiam acontecer mesmo dentro da indústria americana de cinema. Primeiro de tudo foi o orçamento. O diretor Michael Bay pediu 200 milhões de dólares para rodar esse segundo filme! Isso mesmo, 200 milhões! E os estúdios deram essa grana toda para ele! Como se isso já não fosse louco o bastante, quando o filme começou a ser rodado ele não tinha o roteiro pronto. A produção foi realizada bem no meio da grande greve de roteiristas. Isso comprometeu demais o resultado final. O próprio diretor pediu desculpas e admitiu que o roteiro havia sido escrito às pressas, enquanto as filmagens avançavam. Ele mesmo foi criando as cenas, meio ao acaso, bem no improviso. Por isso não estranhe se a trama tiver mais furos que um queijo suíço. E não para por ai. A atriz Megan Fox brigou feio com Michael Bay e eles deixaram de se falar nas filmagens. E o mais absurdo de tudo aconteceu depois, quando o filme finalmente chegou nas telas de cinema do mundo todo. Mesmo com todo o caos, Transformers 2 virou um mega sucesso de bilheteria, recuperando rapidamente seu investimento no mercado interno e faturando mais de 800 milhões de dólares pelo mundo afora! Nada mal para um filme que nem roteiro tinha...
Pablo Aluísio.
Título Original: Transformers - Revenge of the Fallen
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks, Paramount Pictures
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger, Roberto Orci
Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, John Turturro, Ramon Rodriguez
Sinopse:
Sam Witwicky (Shia LaBeouf) deixa os Autobots para trás para tenter levar uma vida normal. Mas quando sua mente fica cheia de símbolos enigmáticos, os Decepticons o atacam e ele é arrastado de volta à guerra dos Transformers. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Mixagem de Som.
Comentários:
Também conhecido como Transformers 2, esse filme colecionou uma série de absurdos que só poderiam acontecer mesmo dentro da indústria americana de cinema. Primeiro de tudo foi o orçamento. O diretor Michael Bay pediu 200 milhões de dólares para rodar esse segundo filme! Isso mesmo, 200 milhões! E os estúdios deram essa grana toda para ele! Como se isso já não fosse louco o bastante, quando o filme começou a ser rodado ele não tinha o roteiro pronto. A produção foi realizada bem no meio da grande greve de roteiristas. Isso comprometeu demais o resultado final. O próprio diretor pediu desculpas e admitiu que o roteiro havia sido escrito às pressas, enquanto as filmagens avançavam. Ele mesmo foi criando as cenas, meio ao acaso, bem no improviso. Por isso não estranhe se a trama tiver mais furos que um queijo suíço. E não para por ai. A atriz Megan Fox brigou feio com Michael Bay e eles deixaram de se falar nas filmagens. E o mais absurdo de tudo aconteceu depois, quando o filme finalmente chegou nas telas de cinema do mundo todo. Mesmo com todo o caos, Transformers 2 virou um mega sucesso de bilheteria, recuperando rapidamente seu investimento no mercado interno e faturando mais de 800 milhões de dólares pelo mundo afora! Nada mal para um filme que nem roteiro tinha...
Pablo Aluísio.
Sobrou pra Você
Título no Brasil: Sobrou pra Você
Título Original: The Next Best Thing
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Tom Ropelewski
Elenco: Madonna, Rupert Everett, Benjamin Bratt, Illeana Douglas, Michael Vartan, Josef Sommer
Sinopse:
Abbie Reynolds (Madonna), cansada de relacionamentos fracassados, tem uma noite de amor com seu amigo gay, o simpático Robert Whittaker (Rupert Everett). E desse encontro casual surge um problema. Ela descobre que está grávida! E agora, como ela irá seguir em frente com esse relacionamento?
Comentários:
Madonna convence como atriz? Será que vale a pena ainda hoje ir atrás de um filme com a cantora em que ela apenas atua? Olha, na minha opinião Madonna não é uma grande atriz. Passa longe disso, mas convence, ou melhor dizendo, engana bem nessa função. Acontece que goste-se dela ou não, o fato é que Madonna tem muito carisma. E ela se aproveita disso em seus filmes ditos convencionais, onde ela não canta e nem se utiliza de seus talentos musicais. E esse filme também pode ser visto como um presente da cantora para seu público gay que é enorme. Madonna sabe muito bem disso e decidiu que iria fazer um filme para eles. Um projeto bem pessoal de agradecimento da artista para seus admiradores do grupo LGBT. Aqui ela teve a sorte de lidar com um roteiro bem interessante, que enfoca a questão dos gays de uma maneira mais leve. Algumas mulheres possuem esse aspecto de se apaixonarem por gays. Não é algo incomum. Algumas até se casam com eles. Nesse filme esse tipo de questão não é discutida muito a fundo. Na realidade o filme está mais para uma comédia romântica onde o casal é mais fora do comum, uma mulher e um homossexual. Será que algo assim poderia dar certo? Assista ao filme e descubra seu final.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Next Best Thing
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Tom Ropelewski
Elenco: Madonna, Rupert Everett, Benjamin Bratt, Illeana Douglas, Michael Vartan, Josef Sommer
Sinopse:
Abbie Reynolds (Madonna), cansada de relacionamentos fracassados, tem uma noite de amor com seu amigo gay, o simpático Robert Whittaker (Rupert Everett). E desse encontro casual surge um problema. Ela descobre que está grávida! E agora, como ela irá seguir em frente com esse relacionamento?
Comentários:
Madonna convence como atriz? Será que vale a pena ainda hoje ir atrás de um filme com a cantora em que ela apenas atua? Olha, na minha opinião Madonna não é uma grande atriz. Passa longe disso, mas convence, ou melhor dizendo, engana bem nessa função. Acontece que goste-se dela ou não, o fato é que Madonna tem muito carisma. E ela se aproveita disso em seus filmes ditos convencionais, onde ela não canta e nem se utiliza de seus talentos musicais. E esse filme também pode ser visto como um presente da cantora para seu público gay que é enorme. Madonna sabe muito bem disso e decidiu que iria fazer um filme para eles. Um projeto bem pessoal de agradecimento da artista para seus admiradores do grupo LGBT. Aqui ela teve a sorte de lidar com um roteiro bem interessante, que enfoca a questão dos gays de uma maneira mais leve. Algumas mulheres possuem esse aspecto de se apaixonarem por gays. Não é algo incomum. Algumas até se casam com eles. Nesse filme esse tipo de questão não é discutida muito a fundo. Na realidade o filme está mais para uma comédia romântica onde o casal é mais fora do comum, uma mulher e um homossexual. Será que algo assim poderia dar certo? Assista ao filme e descubra seu final.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
Os Assassinatos de Amityville
Você já deve ter assistido muitos filmes da franquia cinematográfica Amityville. É uma das mais longas séries de filmes de terror da história. Virou uma espécie de marca registrada. Pois bem, eu também já vi muitos filmes dessa linha, mas esse foi o primeiro que assisti que enfoca na origem de tudo. E tudo começou por causa de um crime terrível. Em novembro de 1974 um rapaz de 23 anos de idade subiu as escadas de sua casa e matou a sangue frio, com um rifle, seus pais, suas duas irmãs adolescente e seus dois irmãos caçulas, na época eles eram apenas garotos. Um crime horroroso que abalou os Estados Unidos e o mundo.
O assassino era Butch DeFeo. Barbudo, viciado em drogas, ele começou a ouvir vozes que diziam que deveria matar toda a sua família. Quando foi preso afirmou que matou por ordem de um demônio. Nos diversos filmes sobre Amityville os roteiros exploravam o fato da casa ser mal-assombrada, algo relatado principalmente pelas famílias que foram morar lá depois do massacre envolvendo o que aconteceu com a família original.
Esse filme aqui não vai por esse caminho. Ele explora justamente os acontecimentos que ocorreram e levaram à morte todas aquelas pessoas. Por isso achei um dos mais interessantes. Não sabia, por exemplo, que o pai DeFeo era um sujeito violento, abusivo, que provavelmente tinha ligações também com criminosos. E o Jovem Ronald DeFeo ganha maiores contornos. Ele provavelmente teve uma crise psicótica por abusar de drogas. Afinal drogas são catalizadoras de doenças mentais. Como ele vivia drogado, não é de se admirar que tenha cometido um crime tão bárbaro.
Só tem um probleminha nesse roteiro. Ele, muitas vezes, abraça a teoria sobrenatural, que havia mesmo um demônio agindo sobre o assassino. Bem, isso é algo impossível de confirmar. Foi apenas o alegado pelo Butch após matar seus familiares. Assim o filme deixa um pouco de lado o retrato real daquelas pessoas para abraçar mais um linha de filmes de terror. Penso que se tivesse tomado outro caminho, abraçando mais o realismo (como sugerem as fotos reais das vítimas na última cena) a coisa teria ficado muito mais relevante. Porém, provavelmente por motivos comerciais, o roteiro abraçou mesmo o sobrenatural. Mesmo assim o filme não se estraga por esse detalhe. Ele vale muito a pena, principalmente para quem curte filmes de terror com o selo Amityville.
Os Assassinatos de Amityville (The Amityville Murders, Estados Unidos, 2018) Direção: Daniel Farrands / Roteiro: Daniel Farrands / Elenco: John Robinson, Chelsea Ricketts, Paul Ben-Victor, Diane Franklin / Sinopse: O filme recria o brutal crime ocorrido em Amityville, interior do Estado de Nova Iorque, quando um jovem com problemas ligados a drogas, matou toda a sua família com um rifle. O caso daria origem a uma série de histórias de terror envolvendo a casa onde tudo aconteceu. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
O assassino era Butch DeFeo. Barbudo, viciado em drogas, ele começou a ouvir vozes que diziam que deveria matar toda a sua família. Quando foi preso afirmou que matou por ordem de um demônio. Nos diversos filmes sobre Amityville os roteiros exploravam o fato da casa ser mal-assombrada, algo relatado principalmente pelas famílias que foram morar lá depois do massacre envolvendo o que aconteceu com a família original.
Esse filme aqui não vai por esse caminho. Ele explora justamente os acontecimentos que ocorreram e levaram à morte todas aquelas pessoas. Por isso achei um dos mais interessantes. Não sabia, por exemplo, que o pai DeFeo era um sujeito violento, abusivo, que provavelmente tinha ligações também com criminosos. E o Jovem Ronald DeFeo ganha maiores contornos. Ele provavelmente teve uma crise psicótica por abusar de drogas. Afinal drogas são catalizadoras de doenças mentais. Como ele vivia drogado, não é de se admirar que tenha cometido um crime tão bárbaro.
Só tem um probleminha nesse roteiro. Ele, muitas vezes, abraça a teoria sobrenatural, que havia mesmo um demônio agindo sobre o assassino. Bem, isso é algo impossível de confirmar. Foi apenas o alegado pelo Butch após matar seus familiares. Assim o filme deixa um pouco de lado o retrato real daquelas pessoas para abraçar mais um linha de filmes de terror. Penso que se tivesse tomado outro caminho, abraçando mais o realismo (como sugerem as fotos reais das vítimas na última cena) a coisa teria ficado muito mais relevante. Porém, provavelmente por motivos comerciais, o roteiro abraçou mesmo o sobrenatural. Mesmo assim o filme não se estraga por esse detalhe. Ele vale muito a pena, principalmente para quem curte filmes de terror com o selo Amityville.
Os Assassinatos de Amityville (The Amityville Murders, Estados Unidos, 2018) Direção: Daniel Farrands / Roteiro: Daniel Farrands / Elenco: John Robinson, Chelsea Ricketts, Paul Ben-Victor, Diane Franklin / Sinopse: O filme recria o brutal crime ocorrido em Amityville, interior do Estado de Nova Iorque, quando um jovem com problemas ligados a drogas, matou toda a sua família com um rifle. O caso daria origem a uma série de histórias de terror envolvendo a casa onde tudo aconteceu. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
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