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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O Chamado do Mal

Um casal se muda para uma nova cidade. O marido é professor universitário de matemática e vai começar um novo trabalho na universidade daquela região. A esposa está grávida do primeiro filho deles. A chegada nesse novo local parece ser mais uma benção. Ele foi contratado para ensinar em uma boa universidade e ela tem muitos planos para sua maternidade. Só que aquilo que parecia ser um sonho logo se torna um pesadelo. E as coisas começam a ficar ruins por causa de um simples objeto, uma pequena caixa que no passado pertenceu a um ritual de aprisionamento de entidades do mal. Não deixa de ser curioso o roteiro desse filme porque não faz muito tempo assisti a um documentário no Discovery mostrando uma antiga crença da religião judaica onde rabinos aprisionavam espíritos do mal em pequenas caixas de madeira. É uma antiga crença, anterior até mesmo ao nascimento de Jesus. Não sei se ainda hoje esse tipo de ritual é praticado pelos judeus, mas de uma forma ou outra o roteiro desse filme se vale principalmente dessa antigas crenças para apoiar o argumento do filme.

E ficou bom, eu gostei desse filme. Há bons sustos e uma interessante galeria de criaturas do além. Claro, velhos clichês ainda desfilam pela tela, mas há igualmente bom uso de personagens interessantes como o veterano professor da universidade que decidiu se dedicar ao estudo do sobrenatural e do ocultismo depois que perdeu a sua visão. E o uso de crianças, até mesmo bebês, como entidades sobrenaturais dão também uma boa dose de sustos aos espectadores. Enfim, como gostei do resultado final desse filme de terror deixo a recomendação para quem gosta do estilo. Você nunca mais verá a maternidade da mesma forma depois de assistir a essa produção.

O Chamado do Mal (Malicious, Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Winnick / Roteiro: Michael Winnick / Elenco: Josh Stewart, Bojana Novakovic, Delroy Lindo, Melissa Bolona / Sinopse: Casal passa a ser aterrorizado por entidades do sobrenatural e do além depois que se mudam para uma nova casa perto da universidade onde o marido irá trabalhar como professor de matemática.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Instinct

Assisti ao episódio piloto dessa nova série da CBS. Primeira observação é a de que temos aqui uma série feita para ser exibida na grade de programação desse canal aberto nos Estados Unidos. Mal sinal. Séries assim costumam ser completamente sem criatividade, originalidade. É o que os brasileiros chamam de "enlatado americano". O enredo me animou um pouquinho, mas foi em vão. Na trama temos uma policial do departamento de homicídios (a atriz eslava Bojana Novakovic) que resolve contactar um professor de psicologia forense. Autor de sucesso, o Dr.Dylan Reinhart (interpretado pelo sempre bom Alan Cumming) escreveu um best seller sobre a psicologia dos psicopatas, dos assassinos em série.

Então eis que começam a surgir vários corpos. Todos foram mortos seguindo as linhas do livro de Reinhart. Assim o renomado escritor e professor se une aos policiais na investigação. Não espere por nada muito interessante. A série peca por ser quadradinha demais, emoldurada em demasia. Não tem um pingo de ousadia. O roteiro desse primeiro episódio é completamente despido de novidades. A resolução dos crimes decepciona por ser fácil demais, óbvio até dizer chega! Com esse primeiro episódio já deu para perceber que não há nada de novo no front. Convencional e quadrada demais, é uma série que foi feita para passar na CBS para um público tão médio, mas tão médio, que chego a pensar que os produtores americanos estão mesmo convencidos que seus espectadores são meros idiotas. Assim não dá! Subestimar demais a inteligência do público geralmente costuma dar bem errado.

Instinct (Instinct, Estados Unidos, 2018) Direção: Douglas Aarniokoski, Constantine Makris     / Roteiro: Howard Roughan, James Patterson / Elenco: Alan Cumming, Bojana Novakovic, Michael B. Silver / Sinopse: Um professor universitário, autor de livros sobre serial killers, se une a uma jovem policial para investigar uma série de crimes. O assassino deixa cartas do baralho nas cenas dos assassinatos, mostrando que ele está seguindo um método descrito pelo escritor.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Demônio

Título no Brasil: Demônio
Título Original: Devil
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Erick Dowdle
Roteiro: Brian Nelson, M. Night Shyamalan
Elenco: Chris Messina, Geoffrey Arend, Bojana Novakovic, Logan Marshall-Green
  
Sinopse:
Um grupo de pessoas, sem qualquer aparente ligação entre si, fica preso em um elevador de um grande prédio de uma metrópole americana. Diante dessa situação verdadeiramente claustrofóbica começam a ocorrer eventos inexplicáveis, de natureza sobrenatural. Atos de violência são cometidos dentro do elevador e todos procuram sobreviver àquele caos e desespero. 

Comentários:
M. Night Shyamalan acabou virando um diretor do tipo “ame ou odeie”. Embora tenha começado muito bem sua carreira com filmes intrigantes como "O Sexto Sentido" o fato inegável é que o cineasta anda meio perdido atualmente. Como se não bastassem os fracassos de público e crítica ele agora tenta inovar em um gênero que o diretor mostra não ter muito domínio. Aqui ele tentou segundo suas próprias palavras "criar um terror no ambiente urbano das grandes cidades". Embora o filme "Demônio" seja assinado pelo inexpressivo John Erick Dowdle a verdade é que essa produção tem a marca inconfundível do indiano. Além de produzir "Demônio" o texto é de sua autoria. Então nem adianta colocar um verdadeiro “laranja” como diretor pois todos sabemos que se trata na realidade de um filme de Shyamalan. A premissa é até promissora, tudo passado em apenas um ambiente. Tudo bem em tentar extrair de uma única situação todos os acontecimentos para realizar um filme, o problema é quando a monotonia e o tédio atingem o espectador. Certamente Shyamalan tenta de todas as formas evitar que isso aconteça, mas em vão. Em vários momentos a trama cai no lugar comum, isso quando não se torna puramente absurda e forçada. O argumento inclusive me lembrou de outro filme chamado "Enterrado Vivo" que acabou sendo mais bem sucedido nesse tipo de produção que explora um evento único. Shyamalan também não consegue escapar de cair na pura bobagem. O filme mais parece um episódio do antigo seriado "The Twillight Zone", "Amazing Stories" ou até mesmo "Contos da Cripta". O problema é que se naqueles seriados os episódios duravam pouco mais de meia hora, aqui o filme se estende por quase uma hora e meia... então é inevitável que haja muita enrolação (e tédio). Eu olhei bastante para o relógio durante a exibição do filme e isso definitivamente nunca é um bom sinal. O tempo passou devagar... devagar... Talvez fosse mais produtivo que o filme fosse dividido em duas pequenas estórias de terror já que não cansaria tanto o espectador. Além do mais no final se poderia ao menos gostar de um ou outro episódio do filme. Pena que não pensaram assim. Para falar a verdade Devil é um tanto previsível e chato (e quando sua identidade foi finalmente revelada eu literalmente bocejei pois já tinha perdido o interesse pelo roteiro lá pelos 45 minutos de exibição). Definitivamente não fiquei satisfeito com o desfecho... Enfim, não recomendo muito o filme. Ainda prefiro meus seriados de contos de terror de antigamente. Eram mais honestos em sua proposta. Não foi dessa vez que o indiano acertou novamente.

Pablo Aluísio.