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quinta-feira, 11 de março de 2021

O Pacto

Título no Brasil: O Pacto
Título Original: El Pacto
Ano de Produção: 2018
País: Espanha
Estúdio:  4 Cats Pictures, Ikiru Films
Direção: David Victori
Roteiro: Jordi Vallejo, David Victori
Elenco: Belén Rueda, Darío Grandinetti, Mireia Oriol, Antonio Durán 'Morris', Jordi Recasens, Carlus Fàbrega

Sinopse:
Após a filha ficar em coma, sua mãe, uma defensora pública, fica desesperada. Ele então decide se encontrar com uma estranha figura. Esse lhe promete que sua filha vai sobreviver, voltará ao normal, mas que para isso ela precisa firmar um pacto. E só depois ele lhe dirá o que ela precisará fazer para pagar sua parte nesse sinistro acordo.

Comentários:
O cinema espanhol já se firmou como um dos grandes centros produtores de filmes de terror no mundo. E são bons filmes de terror, tanto que muitos deles  acabam virando remakes nos Estados Unidos. Algo que também acontece no Japão, outro pólo cinematográfico muito conhecido pelos filmes de terror que são produzidos todos os anos. Pois bem, aqui temos uma nova versão sobre uma velha história. Na cultura judaico-cristã é muito conhecido essa coisa toda de pactos com o Diabo. É uma premissa religiosa até bem conhecida. E é justamente esse aspecto que o roteiro explora, porém numa levada mais psicológica, sem apelar para criaturas de efeitos digitais e nem em seguidores de Lúcifer com chifres. Tudo é desenvolvido mais em um tipo de realismo nada fantástico. O próprio Diabo pode surgir como um homem comum, que está ao seu lado nas ruas, na vida cotidiana. Sob esse aspecto até que o filme se mostra bem interessante. Um pouco arrastado, bem no estilo do cinema europeu, esse filme não vai agradar a todos, mas tem suas boas ideias em um roteiro que até mesmo surpreende em alguns momentos.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de março de 2019

O Orfanato

No passado Laura (Rueda) viveu em um orfanato no litoral da costa espanhola. Após ser adotada por um casal ela acabou perdendo o contato com seus amiguinhos de infância. Agora, já adulta, casada e mãe de um garotinho, ela resolve voltar para o velho casarão onde funcionava esse mesmo orfanato em que ela passou seus primeiros anos. O lugar, apesar de eventuais reformas, seguia basicamente o mesmo. O que Laura não sabia é que após sua saída de lá fatos aterrorizantes aconteceram envolvendo os órfãos que ficaram para trás. Após manifestações sobrenaturais, ela entra em desespero ao descobrir que seu filho simplesmente desapareceu. Para entender o que está acontecendo Laura resolve investigar o passado do orfanato, algo que não será tão simples de desvendar.

O que me levou a conferir esse terror foi o nome do diretor Guillermo del Toro na produção do filme. Sua presença já garante no mínimo uma fita bem produzida, com roteiro interessante e direção de arte de encher os olhos. Nesses aspectos realmente não me decepcionei. A produção recria um velho orfanato espanhol, com seus ambientes escuros, lugares inóspitos e cheios de suspense. O uso das aparições de fantasmas jamais caem no gratuito, no sensacionalismo. Longe disso, tudo é muito bem desenvolvido. A trama aos poucos vai sendo desvendada, em um roteiro até mesmo sutil. O texto é inteligente e jamais apela para sustos fáceis e banais. Na realidade o tema central é não apenas a nostalgia que jamais deixa o passado ir embora para sempre como também a força do amor maternal que não recua diante de nada, nem mesmo dos inúmeros mistérios que envolvem o sobrenatural.

O elenco, inclusive as crianças que atuam no filme, é realmente muito bom, com destaque para a atriz Belén Rueda que interpreta Laura. Intercalando momentos de desespero e coragem, ela resolve ir a fundo sobre tudo o que está acontecendo, enfrentando a tudo e a todos para reencontrar seu filho desaparecido. O final do filme provavelmente vá chocar aos mais sensíveis, pois apesar da suposta ternura que envolve a decisão final de Laura, o fato é que o espectador é colocado frente a frente com um ato de dar fim a própria existência, algo realmente definitivo e diria até mesmo avassalador. O diretor J.A. Bayona (que também trabalha na série Penny Dreadful) optou de forma acertada por envolver tudo em um clima que nos remete até mesmo a um certo sentimento de fábula. A cena final retrata muito bem toda essa sua intenção. Enfim, "O Orfanato" é realmente um ótimo exemplar do excelente momento em que passa o cinema espanhol nessa linha de filmes de terror. Cada vez mais as produções ibéricas surpreendem. Por isso fique sempre de olho no que está sendo produzido nesse país. Para o fã do gênero terror não poderia haver nada melhor do que fugir um pouco das já saturadas produções americanas. Aproveite e não deixe passar esse excelente terror espanhol em branco.

O Orfanato (El Orfanato, Estados Unidos, Espanha, 2007) Estúdio: Warner Bros, Canal + / Direção:  J.A. Bayona / Roteiro: Sergio G. Sánchez / Elenco: Belén Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep / Sinopse:  Uma mulher adulta e mãe, decide voltar para rever o antigo orfanato onde viveu quando era criança. Acaba descobrindo uma terrível ligação entre o passado e o presente, agora envolvendo seu filho.

Pablo Aluísio.