quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Possuídos
terça-feira, 28 de outubro de 2025
O Último Tiro
O Último TiroAssistir um filme com Henry Fonda e James Stewart no mesmo elenco já é um prazer para qualquer cinéfilo, agora imaginem ver esses dois grandes astros duelando pelo que é certo e justo numa cidade perdida do velho oeste americano! Não existe melhor representatividade da mitologia do velho oeste do que essa. Henry Fonda era um ator extremamente expressivo que conseguia transmitir tudo apenas com um olhar. Seu personagem Bob Larkin é um envelhecido pistoleiro tentando manter a autoridade entre seu grupo de bandidos. Já James Stewart explora muito bem sua imagem de homem trabalhador, ético, honesto, devotado à sua família e íntegro, algo que aliás era parte de sua personalidade real e não apenas um jogo de imagem ou marketing dos estúdios de cinema.
Esse é o melhor filme do diretor Vincent McEveety um veterano da TV que dirigiu entre outros os grandes ícones televisivos, como a série clássica "Jornada nas Estrelas". Também dirigiu episódios de séries policiais populares da época como "Os Intocáveis" e "Columbo". Sua direção aqui é segura e centrada, tudo resultando em um faroeste realmente excepcional, bem acima da média. Em conclusão podemos classificar “O Último Tiro” como um belo momento do cinema western, resultado de mais uma feliz união profissional entre James Stewart e Henry Fonda. É um filme de faroeste puro sangue que agradará em cheio os fãs e puristas admiradores desse gênero cinematográfico.
O Último Tiro (Firecreek, Estados Unidos, 1968) Direção: Vincent McEveety / Roteiro: Calvin Clement Sr / Elenco: James Stewart, Henry Fonda, Inger Stevens, Gary Lockwood, Dean Jagger, Ed Begley / Sinopse: Após participar de um tiroteiro, Bob Larkin (Henry Fonda) procura por abrigo na pequena cidade de Firecreek com seu bando de pistoleiros. No local acaba entrando em confronto com Johnny Cobb (James Stewart) um simples rancheiro nomeado xerife honorário do local.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Os Filmes de Marilyn Monroe - Parte 3
domingo, 26 de outubro de 2025
Lilo & Stitch
sábado, 25 de outubro de 2025
Monstro – A História de Ed Gein
Sandman - Segunda Temporada
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Megalópolis
Conflitos no Inverno
quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Missão Titã
Kursk
O filme se concentra justamente nessa operação de salvamento. Inicialmente os russos tentaram salvar os tripulantes sobreviventes, porém como bem mostrado no filme, a frota do norte estava sucateada (um aspecto bem presente nas forças armadas russas atualmente). Feridos em seu orgulho patriótico, os comandantes da marinha russa hesitaram muito em pedir ajuda internacional. Até porque eles entendiam que isso seria uma espécie de humilhação pública perante o mundo. Enquanto decidiam o que fazer os marinheiros ficaram no fundo do oceano, esperando por um socorro que parecia nunca chegar.
Esse bom filme foi produzido pelo cineasta Luc Besson. Ele contratou pessoalmente dois excelentes atores para o elenco. O primeiro deles foi o grande Max von Sydow. Ele interpreta esse velho homem do mar, um almirante russo cheio de orgulho que não quer a ajuda dos ingleses no resgate. Já Colin Firth é o oficial inglês, que oferece os meios mais modernos para resgatar os marinheiros russos. O filme captou muito bem toda a atmosfera da tragédia do Kursk, não esquecendo de também desenvolver a vida dos marujos, de suas famílias e as perdas que sofreram. Sob o ponto de vista cinematográfico é uma bela obra. Na ótica histórica também não deixa nada a desejar.
Kursk (Bélgica, França, Luxemburgo, 2018) Direção: Thomas Vinterberg / Roteiro: Robert Rodat, baseado no livro "A Time to Die" de Robert Moore / Elenco: Max von Sydow, Colin Firth, Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Peter Simonischek / Sinopse: O filme resgata a história da tragédia que envolveu o submarino nuclear Kursk em agosto de 2000.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
As Loucas Aventuras de Elvira
Nos Domínios do Terror
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Sidney Salkow
Roteiro: Robert E. Kent, Nathaniel Hawthorne
Elenco: Vincent Price, Joyce Taylor, Sebastian Cabot, Brett Halsey, Beverly Garland, Richard Denning
Sinopse:
Trilogia de episódios baseada em contos de Nathaniel Hawthone. "Dr. Heidegger's Experiment" (cientista desenvolve uma fórmula para o rejuvenescimento, mas com consequências assustadoras); "Rappaccini's Daughter" (versão bizarra de "Romeo e Julieta"); "The House of the Seven Gables" (adaptação de um filme que o próprio Vincent Price fez nos anos 40).
Comentários:
Vincent Price em trilogia de terror baseado na obra de Nathaniel Hawthorne. Esse formato foi muito popular no cinema de terror dos anos 60 e 70. Sempre havia um fio narrador central e contos que iam se desenvolvendo ao longo da projeção do filme. Tão marcante foi essa estrutura que Spielberg tentou repetir o sucesso desse tipo de produção na TV nos anos 80 com a série "Contos Assombrosos". Particularmente acho muito charmoso e nostálgico. O fio condutor de todos os contos de terror é a presença carismática de Vincent Price. O que acho curioso nele é que apesar de sempre estar presente em filmes de horror por toda a sua longa carreira havia um claro tom de cinismo e até mesmo humor em todas as suas atuações. Na vida real ele era um homem bem culto, colecionador de obras de arte e penso que ele via todos esses filmes com uma certa ironia, um certo humor e isso era passado para o espectador, mesmo que de forma bem implícita, algo sugerido sutilmente. Aqui os produtores seguiram a forma de trazer três contos de terror em um mesmo filme. A questão era simples de explicar. Mesmo que o espectador não viesse a gostar de um dos contos era bastante provável que ele fosse gostar de outro. Assim sairia satisfeito do cinema, de uma maneira ou outra. Um tiro certo! Bem pragmático não é mesmo? Nos Estados Unidos esse filme foi lançado em DVD duplo junto com outro pequeno clássico de Price, "Tales of Terror". Para quem aprecia os filmes do ator não poderia haver algo melhor. Quem sabe um dia as produtoras nacionais sigam o exemplo. Vamos torcer.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de outubro de 2025
Obrigado a Matar
Calem Ware (Randolph Scott) é um xerife numa pequena cidade do velho oeste. Habitualmente ele tem que lidar com forasteiros, arruaceiros e bêbados em geral. Mas não é só a isso que se resume a vida de um homem da lei naquele ambiente hostil. Por ter um passado de muitos duelos ele também tem que enfrentar a presença de vários pistoleiros que de um jeito ou outro querem acabar com sua fama de rápido no gatilho. “Obrigado a Matar” mostra o cotidiano de um xerife naqueles tempos onde o colt era a única autoridade que realmente era respeitada. O roteiro é excelente e mostra alguns dias na vida desse homem da lei. Sem família, morando numa pensão, muitas vezes sem remuneração adequada, ele tem que diariamente se impor aos valentões que chegam na cidade. Uma das regras que determina é a proibição de usar armas dentro da comunidade. Isso obviamente lhe traz todo tipo de problema com os facínoras que não aceitam ser desarmados. Outro aspecto muito bem retratado no filme é a vida pessoal do xerife. Ele tem um longo relacionamento com uma atriz de teatro, Tally Dickenson (Angela Lansbury), mas sua vida amorosa é prejudicada pela vida que leva. Afinal qual mulher não ficaria apreensiva em se relacionar com um homem que a qualquer momento pode ser alvejado por algum bandido? Não é definitivamente um romance de sonhos.
Randolph Scott está muito bem em seu papel. Após matar um pistoleiro que o desafia, ele volta para sua delegacia e podemos sentir toda a tensão e stress que passa naquele momento. É um dos personagens mais humanos interpretados pelo ator. Ao contrário de xerifes durões de outros filmes que nada sentem, esse aqui tem crises de consciência após matar mais um criminoso. Em essência é um bom homem, cheio de grandes valores e virtudes que tem que lidar com a escória da sociedade. Outro momento marcante de “Obrigado a Matar” acontece em um saloon, onde Scott é atingido na cabeça por um tiro certeiro. Em determinado momento quase acreditei que assistiria ao primeiro filme de Scott onde o eterno mocinho morreria na cena seguinte! Felizmente em pouco tempo as coisas voltam ao normal. Em suma, “Obrigado a Matar” tenta trazer o lado mais humano desses profissionais que tentaram durante todo o período do velho oeste americano trazer alguma lei e ordem nas cidades onde atuavam. Verdadeiros heróis da colonização do oeste bravio e selvagem que recebem nessa produção uma merecida homenagem.
Pablo Aluísio.
Chuva de Balas
Chuva de Balas (Gunsight Ridge -1957) que conta com uma direção regular do mediano diretor Frank Lyon, está longe de ser um clássido do gênero western, mas cumpre bem o seu papel, com um bom roteiro e uma ótima fotografia em preto e branco. Além disso tem a velha classe do ótimo Joel McCrea na pele de Mike Ryan. Como curiosidade o longa traz ainda o jovem Jody McCrea, então com 23 anos - filho de Joel - que faz uma pequena participação. Na verdade o filho de McCrea só iria ganhar uma certa fama em meados da década de 60 quando, depois de ganhar um corpanzil com exercícios de musculação, passou a atuar em filmes do tipo "praia dos músculos" que virou febre na época, inclusive com a participação quase onipresente do cantor Frank Avalon em vários desses filmes.
Chuva de Balas (Gunsight Ridge, EUA, 1957) Direção: Francis D. Lyon / Roteiro: Talbot Jennings, Elisabeth Jennings / Elenco: Joel McCrea, Mark Stevens, Joan Weldon / Sinopse: Procurando por uma nova vida um agente federal acaba indo parar numa pequena cidade do Arizona. Após ser assaltado durante a viagem acaba descobrindo que o ladrão é na verdade um rico e influente morador da comunidade para onde pretende se instalar para viver.
Telmo Vilela Jr.
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Tudo Isto e o Céu Também
A Dama das Camélias
Título Original: Camille
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Cukor
Roteiro: Zoe Akins, Frances Marion
Elenco: Greta Garbo, Robert Taylor, Lionel Barrymore, Elizabeth Allan, Jessie Ralph, Henry Daniell
Sinopse:
Filme baseado no romance escrito por Alexandre Dumas. Na história uma cortesã parisiense precisa escolher entre o amor de jovem que a ama ou o interesse de barão insensível que a quer, mesmo quando sua própria saúde começa a falhar.
Comentários:
Greta Garbo foi a maior estrela de cinema de sua época. Ela era de família humilde, havia começado a trabalhar como assistente numa barbearia, mas acabou sendo descoberta por produtores americanos que viram na bela jovem uma aposta de estrelato. Ela acabou fazendo uma série de filmes de sucesso e se tornou a mais popular estrela de cinema do mundo. Curiosamente sua fama a incomodava bastante e ela largou a carreira muito cedo, se tornando uma mulher reclusa e misteriosa até o fim de seus dias, algo que acabou gerando ainda mais interesse do público, a tornando uma diva absoluta. Esse filme aqui é um de seus grandes sucessos comerciais, quando ela já pensava em abandonar o cinema. Baseado em livro do grande Alexandre Dumas, um dos mais consagrados autores da literatura, é uma daquelas obras cinematográficas que conseguiram resistir até mesmo ao teste do tempo.
Pablo Aluísio.


















