quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Possuídos

Título no Brasil: Possuídos
Título Original: Fallen
Ano de Lançamento: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gregory Hoblit
Roteiro: Nicholas Kazan
Elenco: Denzel Washington, John Goodman, Donald Sutherland, Embeth Davidtz, Elias Koteas, James Gandolfini

Sinopse:
O detetive John Hobbes (Denzel Washington) acredita ter encerrado um terrível caso ao capturar e testemunhar a execução de um serial killer. Mas logo estranhos assassinatos começam a acontecer seguindo o mesmo padrão, e Hobbes descobre que algo sobrenatural está por trás — uma entidade demoníaca chamada Azazel, capaz de saltar de corpo em corpo, levando o mal adiante e desafiando a lógica e a fé do detetive.

Comentários:
Esse filme não funcionou! Não foi apenas por causa da fraca bilheteria em seu lançamento original, mas também por causa dessa mistura de filmes de ação com elementos sobrenaturais que praticamente nunca deu certo no cinema, que o diga Arnold Schwarzenegger e seu filme "Fim dos Dias" que igualmente fracassou nas bilheterias. Há uma cena em "Possuídos" que resume bem esse aspecto. O demônio, conhecido como Azazel (um carneirinho citado no velho testamento) sai pulando de corpo em corpo no meio de uma multidão colocando o personagem principal em apuros! Ora, meus caros, essa coisa de possessão demoníaca (que é uma tremenda cascata!) só funciona bem em cenas com muito clima, com sombras sinistras, nevoas, escuridão... tudo bem preparado para o psicológico do público, como vimos no clássico "O Exorcista". Feito de outro modo vira logo uma coisa pra lá de ridícula, como vemos na cena desse filme que deixou muito a desejar. Enfim, não recomendo. Nem para quem curte filmes de terror e tampouco para quem é fã de filmes de ação. Não tem jeito, essa é uma mistura indigesta que definitivamente não dá certo! 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 28 de outubro de 2025

O Último Tiro

O Último Tiro
No mesmo ano em que Henry Fonda estrelou o clássico “Era uma Vez no Oeste”, ele realizou ao lado do amigo James Stewart esse “Firecreek” (No Brasil o filme recebeu o título de "O Último Tiro". Esse é um de seus melhores filmes de western. Infelizmente não é de seus trabalhos mais conhecidos hoje em dia, o que é uma injustiça. Muito subestimada, a fita tem um excelente roteiro, um argumento excepcional e é muito bem produzida. Na estória acompanhamos a chegada do bando de Bob Larkin (Henry Fonda) na pequenina cidadela de Firecreek. Essa é uma comunidade extremamente pacífica cuja população é formada basicamente por humildes comerciantes e pequenos proprietários rurais, entre eles Johnny Cobb (James Stewart), cuja esposa está em trabalho de parto em seu rancho. Ao visitar a cidade para comprar mantimentos acaba encontrando Larkin e seus facínoras no local. O problema maior para Cobb é que apesar de não ter treinamento e nem experiência com armas, responde pela segurança da cidade, servindo no posto de xerife interino enquanto não é nomeado um oficial da lei pelo Estado. Obviamente Larkin e sua quadrilha não deixarão os moradores em paz após descobrir que o homem responsável pela lei no lugar não é páreo para eles, pistoleiros profissionais. Assim são colocados em lados extremos o pistoleiro rápido no gatilho, com várias mortes nas costas e um simples e pacato cidadão que apenas quer que a lei e a ordem continue reinando na cidadezinha. É a antiga metáfora do cordeiro contra o lobo, que se sacrificará se for necessário para proteger os que lhe são queridos e caros.

Assistir um filme com Henry Fonda e James Stewart no mesmo elenco já é um prazer para qualquer cinéfilo, agora imaginem ver esses dois grandes astros duelando pelo que é certo e justo numa cidade perdida do velho oeste americano! Não existe melhor representatividade da mitologia do velho oeste do que essa. Henry Fonda era um ator extremamente expressivo que conseguia transmitir tudo apenas com um olhar. Seu personagem Bob Larkin é um envelhecido pistoleiro tentando manter a autoridade entre seu grupo de bandidos. Já James Stewart explora muito bem sua imagem de homem trabalhador, ético, honesto, devotado à sua família e íntegro, algo que aliás era parte de sua personalidade real e não apenas um jogo de imagem ou marketing dos estúdios de cinema.

Esse é o melhor filme do diretor Vincent McEveety um veterano da TV que dirigiu entre outros os grandes ícones televisivos, como a série clássica "Jornada nas Estrelas". Também dirigiu episódios de séries policiais populares da época como "Os Intocáveis" e "Columbo". Sua direção aqui é segura e centrada, tudo resultando em um faroeste realmente excepcional, bem acima da média. Em conclusão podemos classificar “O Último Tiro” como um belo momento do cinema western, resultado de mais uma feliz união profissional entre James Stewart e Henry Fonda. É um filme de faroeste puro sangue que agradará em cheio os fãs e puristas admiradores desse gênero cinematográfico.

O Último Tiro (Firecreek, Estados Unidos, 1968) Direção: Vincent McEveety / Roteiro: Calvin Clement Sr / Elenco: James Stewart, Henry Fonda, Inger Stevens, Gary Lockwood, Dean Jagger, Ed Begley / Sinopse: Após participar de um tiroteiro, Bob Larkin (Henry Fonda) procura por abrigo na pequena cidade de Firecreek com seu bando de pistoleiros. No local acaba entrando em confronto com Johnny Cobb (James Stewart) um simples rancheiro nomeado xerife honorário do local.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Os Filmes de Marilyn Monroe - Parte 3

O Segredo das Joias
Mais um clássico, muito bem dirigido, pelo mestre John Huston. Na história uma quadrilha de criminosos é recrutada para um plano ousado, um roubo de joias em um banco. O cofre é bem guardado, mas o plano do roubo é muito bem arquitetado por um homem que acabou de sair da prisão. Ele é conhecido no meio criminal como "O Doutor". De certo modo é um gênio do crime. Só que para realizar seu plano ele precisa de um financiador. Um advogado ouve sobre o roubo e decide bancar a empreitada criminosa. Só que ele esconde o fato de que na realidade está falido e não tem como comprar as joias depois que elas forem roubadas. 

É um autêntico filme de crime, produzido no começo dos anos 50. Curiosamente dentro do bom elenco quem iria se tornar mesmo uma estrela era a ainda jovem Marilyn Monroe. Ela interpreta a jovem amante do advogado que está envolvido no roubo das joias. Chamada de Angela, a personagem de Marilyn não passa de uma Sugar Baby bem ingênua que em um primeiro momento mente para salvar seu amante mais velho das garras da polícia. E isso poderia inclusive lhe trazer muitos problemas. Marilyn Monroe já estava nesse filme com o visual que a consagraria no cinema, com cabelos platinados. Ainda bem magra e jovem ela estava linda em cena! Só não tinham ainda lhe dado a chance para brilhar, o que iria acontecer em breve na sua carreira. 

O Segredo das Joias (The Asphalt Jungle, Estados Unidos, 1950) Direção: John Huston / Roteiro: Ben Maddow, John Huston, W.R. Burnett / Elenco: Sterling Hayden, Louis Calhern, Jean Hagen, Sam Jaffe, Marilyn Monroe / Sinopse: Quadrilha é formada para realizar um bem planejado roubo de joias. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção, melhor roteiro, melhor ator coadjuvante (Sam Jaffe) e melhor direção de fotografia (Harold Rosson). 

Por um Amor
Depois da consagração do filme anterior, o clássico "O Segredo das Jioias", Marilyn Monroe esperava por algo melhor. Ainda trabalhando no estúdio Metro-Goldwyn-Mayer sob contrato, ela estava ansiosa por seu próximo papel. Só que suas esperanças foram por água abaixo. Nesse filme ele iria interpretar mais uma personagem bem secundária, a ponto de seu nome não constar nem no cartaz do filme e nem nos letreiros iniciais de apresentação da película. Ela interpretava uma garota chamada Dusky Ledoux. Sem qualquer destaque na história ela ficou muito decepcionada, mas guardou as mágoas para si mesma. Não tinha como reclamar pois ainda era uma atriz de baixo escalão dentro do estúdio. 

O filme em si era um drama esportivo cuja história se passava no mundo do boxe. O ator Ricardo Montalban interpretava um boxeador decadente que lutava por uma última grande chance na carreira. Só que fisicamente ele estava mesmo com os dias contados. Nesse espiral de fracassos ele parecia apenas contar com o apoio de uma mulher que no fundo era perdidamente apaixonada por ele, em papel interpretado pela atriz June Allyson. Eu até considero um bom filme, mas para Marilyn Monroe, naqueles tempos, foi sem dúvida uma oportunidade perdida. Ela definitivamente ficou bem decepcionada com o papel sem importância que teve que interpretar. 

Por um Amor (Right Cross, Estados Unidos, 1950) Direção: John Sturges / Roteiro: Charles Schnee / Elenco: June Allyson, Dick Powell, Ricardo Montalban, Marilyn Monroe / Sinopse: Um boxeador decadente tenta, pela última vez, emplacar vitórias em sua fracassada carreira no esporte. 

O Faísca
Mais um filme sem importância para Marilyn Monroe na época. O contrato dela com a Metro estava acabando e ela estava aliviada sobre isso. A verdade é que a Metro nunca lhe deu uma grande oportunidade e ela sabia que ali não iria para lugar nenhum. Queria voltar para a Fox, onde sem dúvida teria maiores oportunidades. De qualquer forma pelo menos nesse filme a atriz se divertiu. Ela interpretava uma jovem chamada Polly que se apaixonava pelo protagonista do filme, aqui interpretado pelo baixinho Mickey Rooney que era bem popular naquela época. Marilyn acabou se dando muito bem com ele, a ponto de se tornarem amigos fora das telas. 

A história era feita para o público juvenil e aproveitava a moda do Rollerbal, uma espécie de corridas com patins. Marilyn não sabia andar de patins, mas teve que aprender na marra! Depois de alguns tombos foi pegando jeito e acabou se divertindo muito nas filmagens. Ela estava na verdade, sem saber, se despedindo dessa primeira fase de filmes em sua carreira. Em breve novas e melhores oportunidades iriam surgir em sua vida artística. 

O Faísca (The Fireball, Estados Unidos, 1950) Direção: Tay Garnett / Roteiro:Tay Garnett, Horace McCoy / Elenco: Mickey Rooney, Pat O'Brien, Beverly Tyler, Marilyn Monroe / Sinopse: Filme juvenil que conta a história de um grupo de jovens que entra na onda das corridas de patins! 

A Malvada
Esse filme é considerado o melhor da carreira de Bette Davis por muitos críticos de cinema. Ela fez tantos filmes maravilhosos que, em minha opinião, é complicado afirmar qual seria realmente o seu melhor filme. Mas de qualquer modo, esse é seguramente um dos mais consagradores de sua atuação. Essa foi uma atriz realmente diferenciada, que enchia os olhos do público com seu talento espetacular. O roteiro do filme trata de questões extremamente relevantes, como o ressentimento, a ambição, a ganância e até mesmo a inveja que impera nos meios artísticos. A personagem Eve surge extremamente complexa no roteiro. Ela age como cortadinha, uma mulher boazinha, mas que no fundo esconde a alma de uma mulher ambiciosa que apenas quer subir na vida de qualquer jeito. Ótima interpretação da atriz Anne Baxter. 

Em termos de elenco, outro destaque vem com a presença de uma jovem Marilyn Monroe, interpretando uma bela loira platinada que serve de troféu para um figurão do meio teatral durante uma festa. Ela tem apenas duas cenas no filme, mas chama bastante atenção por causa de seu figurino elegante e de sua exuberante beleza. Eu considero esse um roteiro tecnicamente perfeito, sem nuances negativas. Entretanto, é bom chamar a atenção para um certo moralismo que não tem mais sentido nos dias de hoje. Em determinado momento, a personagem Eve é condenada por relacionamentos de seu passado, por ter se relacionado com um homem casado. Isso não seria um crime. De qualquer forma o filme é excelente, acima de qualquer crítica mais mordaz. Merece nota máxima em termos de sétima arte!

A Malvada (All About Eve, Estados Unidos, 1950) Direção: Joseph L. Mankiewicz / Roteiro: Joseph L. Mankiewicz / Elenco: Bette Davis, Anne Baxter, Marilyn Monroe, George Sanders, Celeste Holm, Hugh Marlowe / Estúdio: Twentieth Century Fox / Sinopse: Margo (Bette Davis), uma veterana atriz de teatro, com a chegada da idade, começa a se sentir prejudicada. Além disso, ela precisa enfrentar a acirrada concorrência de atrizes mais jovens, entre elas um ambiciosa mulher que trabalha como sua assistente pessoal. Filme vencedor de 6 Oscars entre eles o de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro.

Em cada Lar, um Romance
Pois é, Marilyn Monroe não se tornou estrela de cinema do dia para a noite. Foram muitos altos e baixos na carreira. Ela fazia um bom filme, se destacava, pensava que agora sua carreira iria decolar, para tudo se perder no filme seguinte onde ela voltava para os velhos papéis insignificantes. É o caso desse filme feito logo após o sucesso de "A Malvada". Marilyn pensou de forma equivocada que agora a coisa ia melhorar, mas a Fox meio que lavou as mãos, a emprestou novamente para a Metro-Goldwyn-Mayer que a escalou para mais uma personagem secundária. 

A história desse filme explorava a força da imprensa nas eleições. Um candidato derrotado volta para sua cidade natal para trabalhar novamente como jornalista. Só então ele entende que o jornal onde trabalha era na verdade uma força potencial na captação de votos dos eleitores. Marilyn não teve muito espaço nesse filme, mas pelo menos estava deslumbrante em cena, com um suéter muito sexy. Com seios pontudos, ela roubou todas as cenas em que participou. Nunca subestime a força do apelo sexual de uma jovem e bonita mulher, meu caro! 

Em cada Lar, um Romance (Home Town Story, Estados Unidos, 1951) Direção: Arthur Pierson / Roteiro: Arthur Pierson / Elenco: Jeffrey Lynn, Donald Crisp, Marjorie Reynolds, Marilyn Monroe / Sinopse: Jornalista tenta reerguer sua carreira política usando para isso o jornal onde trabalha. Ela passa a usar a imprensa como ferramenta de conquista de votos dos eleitores. 

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de outubro de 2025

Lilo & Stitch

Título no Brasil: Lilo & Stitch
Título Original: Lilo & Stitch
Ano de Lançamento: 2025 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Walt Disney 
Direção: Dean Fleischer Camp 
Roteiro: Chris Kekaniokalani e Mike Van Waes 
Elenco: Maia Kealoha, Sydney Elizebeth Agudong, Billy Magnussen, Tia Carrere, Hannah Waddingham, Courtney B. Vance, Zach Galifianakis.

Sinopse:
Lilo é uma garotinha havaiana adorável. Apesar disso sua vida passa longe de ser apenas de flores. Ela tem uma família fora dos padrões, vivendo apenas com sua irmã mais velha que tenta segurar as pontas da casa, ao mesmo tempo em que precisa convencer a assistência social que pode criar a irmãzinha. Uma noite, Lilo, solitária e triste, pede para ter um verdadeiro amigo e eis que surge, vindo do céu, o endiabrado alien Stitch! Agora, a diversão (e a confusão) estarão completas! 

Comentários: 
A Disney tinha muitas esperanças que essa nova versão do desenho tradicional lançado anos atrás fosse bem nas bilheterias. Para surpresa dos executivos do estúdio Disney a versão Live Action de "Lilo & Stitch" explodiu, se tornando um fenômeno de bilheteria, ultrapassando mais de 1 bilhão de dólares de faturamento nos cinemas! Só para se ter uma ideia do sucesso ao redor do mundo, basta dizer que só no Brasil quase 3 milhões de pessoas foram aos cinemas assistir ao filme! Assim essa nova versão acabou se tornando a maior bilheteria de 2025! Nem o mais otimista especialista em cinema conseguiu prever esse enorme sucesso comercial. E é bom que seja assim. Essa nova versão, com atores e criaturinhas digitais, é bem cativante. É praticamente um remake da animação original, se diferenciando apenas por algumas pequenas mudanças em detalhes na história. Stitch é fofinho, ao mesmo tempo em que se comporta feito um diabinho. As crianças, claro, adoram ele. E assim a Disney vai vendendo todos os tipos de produtos com o bichinho vindo do espaço. É uma mina de ouro de vendas! E com tanto sucesso não foi nenhuma surpresa ao ver o estúdio correndo para confirmar mais uma continuação para muito em breve! Afinal, negócios são negócios! 

Pablo Aluísio. 

sábado, 25 de outubro de 2025

Monstro – A História de Ed Gein

Título no Brasil: Monstro – A História de Ed Gein
Título Original: Monster: The Ed Gein Story 
Ano de Lançamento: 2025 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Netflix 
Direção: Ian Brennan, Ryan Murphy
Roteiro: Ian Brennan
Elenco: Charlie Hunnam, Laurie Metcalf, Suzanna Son, Tom Hollander, Vicky Krieps

Sinopse:
A série retrata a vida de Ed Gein, o assassino em série e violador de tumbas da década de 1950 nos EUA, cuja reputação macabra inspirou clássicos do terror como Psicose e O Massacre da Serra Elétrica. A narrativa explora sua infância marcada pelo fanatismo religioso da mãe, sua crescente insanidade, os crimes que chocaram o país e o impacto cultural de sua história. 

Comentários: 
Uma série da Netflix que está chocando o público e fazendo grande sucesso. Fruto mais uma vez da mente de Ryan Murphy que rapidamente se tornou um nome de grife dentro do universo de séries americanas. Houve muitas críticas sobre a forma como se contou essa história macabra e bizarra. A mais recorrente afirmava que Murphy estava, de alguma forma, glorificando esse assassino. Não concordo muito com essa visão. Penso que a história do Ed Gein já nasceu controversa. Uma mente doentia que escandalizou os Estados Unidos na época e que segue sendo chocante, mesmo 70 anos depois dos acontecimentos. No fundo é uma história que mostra como a doença mental pode ser algo devastador para um ser humano e para a comunidade onde ele vive. O Ed Gein era esquizofrênico em grau severo. Quando sua mãe morreu, ele ficou sozinho morando naquela fazenda isolada. De certa maneira era algo que era até esperado de acontecer. Doentes mentais como ele precisam ser monitorados pelo Estado, caso contrário acontece aquele tipo de horror que vemos na série. É uma história triste, acima de tudo. 

Pablo Aluísio. 

Sandman - Segunda Temporada

Título no Brasil: The Sandman – 2ª Temporada
Título Original: The Sandman Season 2
Ano de Lançamento: 2025 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Netflix
Direção: Allan Heinberg
Roteiro: Neil Gaiman
Elenco: Tom Sturridge, Jenna Coleman, Kirby Howell Baptiste, Gwendoline Christie, Adrian Lester, Barry Sloane 

Sinopse:
Nesta segunda e última temporada, Morpheus (Tom Sturridge), o senhor dos sonhos, enfrenta as consequências de seus atos e busca restaurar seu reino, enquanto viaja por múltiplos mundos — mitológicos, históricos e de fantasia. E dentro dessa jornada encontra finalmente seu destino ao qual não pode evitar!

Comentários:
Neil Gaiman, o criador desse universo, se envolveu em problemas legais bem graves. Foi acusado por diversas mulheres de crimes sexuais. Com isso a Netflix ficou em uma encruzilhada. Ou cancelava logo a série ou tentava salvar a segunda temporada, afinal os trabalhos já estavam bem adiantados. Para não perder milhões gastos na produção, as filmagens foram aceleradas, muitos dos roteiros foram reescritos para encerrar tudo por aqui, de uma vez por todas. Pois é, há males que vem para o bem. Ao decidir terminar a série logo nessa segunda temporada não houve mais tempo para enrolação. A história assim caminhou logo para o final e isso foi muito bom, tanto que considero essa segunda temporada bem melhor do que a primeira. O arco de histórias também é melhor, com mais ritmo, embora Sandman jamais tenha perdido aquele clima e aquela cadência mais sombria e de leve tédio. Faz parte da obra principal. Enfim, ficou tudo muito satisfatório. Fechou muito bem essa adaptação de Sandman para as telas. Não poderia ficar melhor para dizer a verdade. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Megalópolis

Título no Brasil: Megalópolis
Título Original: Megalopolis 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Estados Unidos 
Estúdio: American Zoetrope / Caesar Film
Direção: Francis Ford Coppola 
Roteiro: Francis Ford Coppola 
Elenco: Adam Driver, Giancarlo Esposito, Nathalie Emmanuel, Aubrey Plaza, Shia LaBeouf, Laurence Fishburne 

Sinopse:
Em um mundo futurista distópico se ergue uma imponente cidade chamada Nova Roma. Nela vive um arquiteto que sonha em aumentar ainda mais a grandeza daquela grande cidade, mas que encontra ferrenha oposição no prefeito, um sujeito corrupto que apenas deseja se dar bem com os lucros que seu cargo pode lhe trazer. 

Comentários: 
Eu sempre terei Francis Ford Coppola no meu altar de grandes cineastas da história. Ele tem todo o meu respeito pelo que já fez em sua maravilhosa carreira no passado. Isso porém não me faz elogiar esse filme. Lamento, mestre, mas esse novo filme é péssimo, horrível, ruim demais! É um daqueles filmes tão ruins, mas tão ruins, que você precisa dar um tempo para tentar chegar até o final. Tem que parar, deixar para ver outras partes no dia seguinte, ir nesse ritmo lento. Imagino a tortura de quem estava no cinema, não podendo fazer isso, tomar um pouco de ar fresco no meio de tanta ruindade! O pior é saber que foi o próprio Francis Ford Coppola que escreveu esse roteiro! É uma daquelas histórias sem pé, nem cabeça, que só fazem torrar nossa paciência de cinéfilos. É tudo mal costurado, mal enquadrado dentro de um contexto que é mais do que confuso. E para piorar o que já era muito ruim, o diretor resolveu abusar dos falsos cenários, construídos em computação gráfica. Aquele dourado fake me deu vontade de desistir do filme com menos de 30 minutos. Se ao menos o enredo fosse bom, ainda teria deixado isso passar, mas como já escrevi, a história é ainda pior do que a direção de arte. Enfim, em minha opinião, temos aqui o pior filme da filmografia de um mestre da sétima arte. Era melhor ele ter se aposentado, sinceramente...

Pablo Aluísio. 

Conflitos no Inverno

Título no Brasil: Conflitos no Inverno
Título Original: Winter People
Ano de Lançamento: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ted Kotcheff
Roteiro: (não encontrado nos dados disponíveis)
Elenco: Kurt Russell, Kelly McGillis, Lloyd Bridges, Mitch Ryan, Jeffrey Meek, Don Michael Paul

Sinopse:
Nos anos 1930, durante a Grande Depressão, um relojoeiro chega à região montanhosa da Carolina do Norte e se apaixona por uma mãe solteira. No entanto, o romance deles é dificultado pelo pai da criança e por uma antiga contenda entre famílias.

Comentários:
Na década de 1930, nos Apalaches, um relojoeiro viúvo se apaixona por uma mãe solteira e se vê no meio de uma longa disputa entre dois clãs. Intitulado originalmente de "Winter People" esse filme procurava unir aspectos bem característicos de filmes românticos, mas também com algumas pitadas de aventura e ação, afinal a história se passava em uma região selvagem, onde a sobrevivência era uma questão de saber lidar com aquele meio ambiente. Apesar dos nomes envolvidos no elenco, todos bem conhecidos na década de 1980, o filme foi pouco conhecido, não fazendo sucesso nas bilheterias dos Estados Unidos. E no Brasil as coisas foram ainda piores pois não tenho nenhuma lembrança se um dia chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros. Kelly McGillis já vinha de um blockbuster de sucesso ao lado de Tom Cruise no filme "Top Gun - Ases Indomáveis" e Kurt Russell, bem, os anos 80 foram os anos de seu grande sucesso popular em uma série de filmes de ótimas bilheterias ao redor do mundo. De qualquer forma é um bom filme que vale a recomendação, apesar de hoje em dia ser bem complicado de achar para assistir. 
 
Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Missão Titã

Título no Brasil: Missão Titã
Título Original: Slingshot 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Estados Unidos, Hungria, Indonésia
Estúdio: Bluestone Entertainment 
Direção: Mikael Håfström 
Roteiro: R. Scott Adams, Nathan Parker 
Elenco: Casey Affleck, Laurence Fishburne, Emily Beecham, Tomer Capone, David Morrissey, Charlotta Lövgren 

Sinopse:
Uma nave espacial chamada Odyssey 1 é enviada para uma distante Lua de Saturno. Em Titã essa missão deve extrair metais e gases raros e preciosos para trazer de volta ao Planeta Terra. O problema é que se trata de uma viagem espacial de longa duração e o astronauta John (Casey Affleck) começa a perder contato com a realidade. Em determinado momento ele não consegue mais separar os delírios de sua mente com o que realmente se passa ao seu redor. E essa situação pode ser fatal. 

Comentários: 
Esse filme é mais um que segue aquela linha mais psicológica que ultimamente temos visto bastante em novos filmes de ficção na linha de "Ad Astra" e "Gravidade". Eu particularmente gosto bastante dessa linha cinematográfica porque esses roteiros exploram muito bem o impacto que pode causar grandes e longas viagens espaciais na mente humana. O protagonista é mais um impactado por esse tipo de missão rumo a um mundo distante. Não podemos nos esquecer que existe mesmo, no mundo real, essa barreira que muito provavelmente jamais será superada pela humanidade. A própria fragilidade do ser humano como entidade biológica tornam essas viagens praticamente impossíveis de serem realizadas. No quadro geral, temos um bom filme, mas particularmente destaco seu final. Achei muito interessante, corajoso e coerente. Em determinado momento o personagem é colocado numa encruzilhada onde deve decidir em qual caminho deve seguir. Os rumos que o roteiro toma a partir desse momento foram justamente o que eu estava esperando. Nota 10 pela coerência com tudo o que se assiste nessa história. A coragem dos roteiristas sem dúvida é um grande ponto diferencial. Enfim, merecem todos os nossos elogios. 

Pablo Aluísio. 

Kursk

Kursk
Eu me recordo muito bem da história desse filme. Acompanhei pela imprensa. Em agosto de 2000 o submarino nuclear russo K-141 Kursk perdeu contato com sua frota no Mar de Barents. Era uma das máquinas de guerra mais importantes da frota do norte. Após algumas buscas descobriu-se que o submarino havia sofrido um acidente grave. Um dos torpedos explodiu dentro do Kursk. Nele havia uma tripulação de 118 homens. A maioria morreu na explosão. Apenas 20 sobreviventes tentaram pedir por socorro, batendo com martelos nas grossas camadas de aço do submarino.

O filme se concentra justamente nessa operação de salvamento. Inicialmente os russos tentaram salvar os tripulantes sobreviventes, porém como bem mostrado no filme, a frota do norte estava sucateada (um aspecto bem presente nas forças armadas russas atualmente). Feridos em seu orgulho patriótico, os comandantes da marinha russa hesitaram muito em pedir ajuda internacional. Até porque eles entendiam que isso seria uma espécie de humilhação pública perante o mundo. Enquanto decidiam o que fazer os marinheiros ficaram no fundo do oceano, esperando por um socorro que parecia nunca chegar.

Esse bom filme foi produzido pelo cineasta Luc Besson. Ele contratou pessoalmente dois excelentes atores para o elenco. O primeiro deles foi o grande Max von Sydow. Ele interpreta esse velho homem do mar, um almirante russo cheio de orgulho que não quer a ajuda dos ingleses no resgate. Já Colin Firth é o oficial inglês, que oferece os meios mais modernos para resgatar os marinheiros russos. O filme captou muito bem toda a atmosfera da tragédia do Kursk, não esquecendo de também desenvolver a vida dos marujos, de suas famílias e as perdas que sofreram. Sob o ponto de vista cinematográfico é uma bela obra. Na ótica histórica também não deixa nada a desejar.

Kursk (Bélgica, França, Luxemburgo, 2018) Direção: Thomas Vinterberg / Roteiro: Robert Rodat, baseado no livro "A Time to Die" de Robert Moore / Elenco: Max von Sydow, Colin Firth, Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Peter Simonischek / Sinopse: O filme resgata a história da tragédia que envolveu o submarino nuclear Kursk em agosto de 2000.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

As Loucas Aventuras de Elvira

Título no Brasil: As Loucas Aventuras de Elvira
Título Original: Elvira's Haunted Hills
Ano de Lançamento: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Sam Irvin
Roteiro: Cassandra Peterson
Elenco: Cassandra Peterson, Sam Irvin, Mary Scheer, Scott Atkinson, Heather Hooper, Mary Jo Smith

Sinopse:
Após mais uma turnê pela Europa Oriental, Elvira (Cassandra Peterson) segue viagem em direção a Paris onde pretende inaugurar um novo show de variedades. Só que as coisas vão de mal a pior e ela fica perdida no meio da estrada ao lado de seu fiel assistente. Por um lance de sorte acaba arranjando uma carona numa antiga carruagem, só que vai parar em um sinistro castelo que pertence a um nobre decadente, pra lá de esquisito! 

Comentários:
Os americanos adoram essa personagem da Elvira! Bom, tem gosto pra tudo nesse mundo. Na verdade a atriz Cassandra Peterson foi bem espertinha! Ela pegou o visual da Vampira, uma antiga atriz de filmes B dos anos 40 e 50 e a modernizou para esses filmes tolinhos que fez nos anos 80. Sem dúvida a moça se deu bem, pois foram vários filmes, cada um fazendo mais sucesso do que o outro, embora esse sucesso, devemos frisar, acontecia mais dentro de um certo nicho de mercado bem restrito, a dos fãs de filmes trash de terror. Os jovens dos anos 80 também gostavam porque afinal de contas a Cassandra Peterson tinha bem o biótipo das pornstars, com seios grandes e maquiagem exagerada. E ela não se poupava em nada para aproveitar esses, digamos, dotes pessoais. No final de tudo, temos esses filmes, com roteiros bem bobinhos, humor pastelão e a senhorita Elvira desfilando toda a sua exuberância sexy e kitsch em cada cena! Só recomendado mesmo para quem gosta!

Pablo Aluísio. 

Nos Domínios do Terror

Título no Brasil: Nos Domínios do Terror
Título Original: Twice-Told Tales
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Sidney Salkow
Roteiro: Robert E. Kent, Nathaniel Hawthorne
Elenco: Vincent Price, Joyce Taylor, Sebastian Cabot, Brett Halsey, Beverly Garland, Richard Denning

Sinopse: 
Trilogia de episódios baseada em contos de Nathaniel Hawthone. "Dr. Heidegger's Experiment" (cientista desenvolve uma fórmula para o rejuvenescimento, mas com consequências assustadoras); "Rappaccini's Daughter" (versão bizarra de "Romeo e Julieta"); "The House of the Seven Gables" (adaptação de um filme que o próprio Vincent Price fez nos anos 40).

Comentários:              
Vincent Price em trilogia de terror baseado na obra de Nathaniel Hawthorne. Esse formato foi muito popular no cinema de terror dos anos 60 e 70. Sempre havia um fio narrador central e contos que iam se desenvolvendo ao longo da projeção do filme. Tão marcante foi essa estrutura que Spielberg tentou repetir o sucesso desse tipo de produção na TV nos anos 80 com a série "Contos Assombrosos". Particularmente acho muito charmoso e nostálgico.  O fio condutor de todos os contos de terror é a presença carismática de Vincent Price. O que acho curioso nele é que apesar de sempre estar presente em filmes de horror por toda a sua longa carreira havia um claro tom de cinismo e até mesmo humor em todas as suas atuações. Na vida real ele era um homem bem culto, colecionador de obras de arte e penso que ele via todos esses filmes com uma certa ironia, um certo humor e isso era passado para o espectador, mesmo que de forma bem implícita, algo sugerido sutilmente. Aqui os produtores seguiram a forma de trazer três contos de terror em um mesmo filme. A questão era simples de explicar. Mesmo que o espectador não viesse a gostar de um dos contos era bastante provável que ele fosse gostar de outro. Assim sairia satisfeito do cinema, de uma maneira ou outra. Um tiro certo!  Bem pragmático não é mesmo? Nos Estados Unidos esse filme foi lançado em DVD duplo junto com outro pequeno clássico de Price, "Tales of Terror". Para quem aprecia os filmes do ator não poderia haver algo melhor. Quem sabe um dia as produtoras nacionais sigam o exemplo. Vamos torcer.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Obrigado a Matar

Calem Ware (Randolph Scott) é um xerife numa pequena cidade do velho oeste. Habitualmente ele tem que lidar com forasteiros, arruaceiros e bêbados em geral. Mas não é só a isso que se resume a vida de um homem da lei naquele ambiente hostil. Por ter um passado de muitos duelos ele também tem que enfrentar a presença de vários pistoleiros que de um jeito ou outro querem acabar com sua fama de rápido no gatilho. “Obrigado a Matar” mostra o cotidiano de um xerife naqueles tempos onde o colt era a única autoridade que realmente era respeitada. O roteiro é excelente e mostra alguns dias na vida desse homem da lei. Sem família, morando numa pensão, muitas vezes sem remuneração adequada, ele tem que diariamente se impor aos valentões que chegam na cidade. Uma das regras que determina é a proibição de usar armas dentro da comunidade. Isso obviamente lhe traz todo tipo de problema com os facínoras que não aceitam ser desarmados. Outro aspecto muito bem retratado no filme é a vida pessoal do xerife. Ele tem um longo relacionamento com uma atriz de teatro, Tally Dickenson (Angela Lansbury), mas sua vida amorosa é prejudicada pela vida que leva. Afinal qual mulher não ficaria apreensiva em se relacionar com um homem que a qualquer momento pode ser alvejado por algum bandido? Não é definitivamente um romance de sonhos. 

Randolph Scott está muito bem em seu papel. Após matar um pistoleiro que o desafia, ele volta para sua delegacia e podemos sentir toda a tensão e stress que passa naquele momento. É um dos personagens mais humanos interpretados pelo ator. Ao contrário de xerifes durões de outros filmes que nada sentem, esse aqui tem crises de consciência após matar mais um criminoso. Em essência é um bom homem, cheio de grandes valores e virtudes que tem que lidar com a escória da sociedade. Outro momento marcante de “Obrigado a Matar” acontece em um saloon, onde Scott é atingido na cabeça por um tiro certeiro. Em determinado momento quase acreditei que assistiria ao primeiro filme de Scott onde o eterno mocinho morreria na cena seguinte! Felizmente em pouco tempo as coisas voltam ao normal. Em suma, “Obrigado a Matar” tenta trazer o lado mais humano desses profissionais que tentaram durante todo o período do velho oeste americano trazer alguma lei e ordem nas cidades onde atuavam. Verdadeiros heróis da colonização do oeste bravio e selvagem que recebem nessa produção uma merecida homenagem.

Obrigado a Matar (A Lawless Street, Estados Unidos, 1955) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Kenneth Gamet, Brad Ward / Elenco: Randolph Scott, Angela Lansbury, Warner Anderson / Sinopse: Xerife do velho oeste tenta lidar com uma cidade violenta ao mesmo tempo que decide reviver um grande amor do passado.

Pablo Aluísio.

Chuva de Balas

Depois de chegar de trem à cidade de Soldier Springs, Mike Ryan (Joel McCrea), um agente federal que resolveu mudar de cidade, arranjar um emprego e viver no anonimato, decide pegar a primeira carruagem para a cidade de Bancroft - pequena cidade no Arizona. Mike viaja na companhia da bela Molly Jones (Joan Weldon). No meio da viagem porém, a carruagem é parada e assaltada por dois bandidos. Todos os passageiros são assaltados e Mike, obrigado a entregar seu coldre junto com seu revólver. Todo este panorama de violência seria normal dentro do universo de um filme de faroeste, se o principal assaltante, Velvet Clark - o "mão de veludo" - (Mark Stevens), não fosse um dos cidadãos mais respeitados da pequena Bancroft. Dono de uma ótima reputação e boa condição financeira, Velvet, além de um homem educado, é um bom pianista e jogador de cartas famoso. Ou seja: um sujeito que praticamente ninguém desconfia. Porém, a (boa) vida dupla do "mão de veludo" pode estar com os seus dias contados com a chegada à cidade do experiente agente federal, Mike Ryan.

Chuva de Balas (Gunsight Ridge -1957) que conta com uma direção regular do mediano diretor Frank Lyon, está longe de ser um clássido do gênero western, mas cumpre bem o seu papel, com um bom roteiro e uma ótima fotografia em preto e branco. Além disso tem a velha classe do ótimo Joel McCrea na pele de Mike Ryan. Como curiosidade o longa traz ainda o jovem Jody McCrea, então com 23 anos - filho de Joel - que faz uma pequena participação. Na verdade o filho de McCrea só iria ganhar uma certa fama em meados da década de 60 quando, depois de ganhar um corpanzil com exercícios de musculação, passou a atuar em filmes do tipo "praia dos músculos" que virou febre na época, inclusive com a participação quase onipresente do cantor Frank Avalon em vários desses filmes.

Chuva de Balas (Gunsight Ridge, EUA, 1957) Direção: Francis D. Lyon / Roteiro: Talbot Jennings, Elisabeth Jennings / Elenco: Joel McCrea, Mark Stevens, Joan Weldon / Sinopse: Procurando por uma nova vida um agente federal acaba indo parar numa pequena cidade do Arizona. Após ser assaltado durante a viagem acaba descobrindo que o ladrão é na verdade um rico e influente morador da comunidade para onde pretende se instalar para viver.

Telmo Vilela Jr.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Tudo Isto e o Céu Também

Título no Brasil: Tudo Isso e o Céu Também
Título Original: All This, and Heaven Too
Ano de Lançamento: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Anatole Litvak
Roteiro: Casey Robinson, Rachel Field
Elenco: Bette Davis, Charles Boyer, Barbara O’Neil, Jeffrey Lynn, June Lockhart, Virginia Weidler

Sinopse:
No século XIX, Henriette Deluzy-Desportes (Bette Davis) é uma governanta francesa contratada para cuidar dos filhos do Duque de Praslin (Charles Boyer). Gentil e educada, ela conquista a afeição das crianças e desperta a paixão do Duque — o que gera o ciúme devastador de sua esposa, a Duquesa de Praslin (Barbara O’Neil). Quando a duquesa é misteriosamente assassinada, Henriette torna-se o centro de um escândalo que abala a sociedade francesa. O filme acompanha sua luta por dignidade e justiça, além do amor impossível que a marcou para sempre.

Comentários: 
A história desse filme, embora baseada em um romance, se inspirava numa história real de crime e traição ocorrida na França do século XIX. As bases e premissas são reais, com a morte de uma Duquesa, um crime envolvendo o Duque e sua amante, a própria governanta de sua mansão! Uma excelente oportunidade para reunir novamente Bette Davis e Charles Boyer. Eles tinham feito muito sucesso de público e crítica com o filme "Cartas de Amor" e esperavam por um bom roteiro para voltarem a trabalhar juntos. Quando Davis leu a história enviada pelo estúdio nem pensou duas vezes e aceitou interpretar sua personagem marcante. Para ela foi uma nova vitória, exatamente no momento de auge em sua carreira, pois ainda estava colhendo o sucesso de seus filmes anteriores, Jezebel (1938) e Vitória Amarga (1939). A direção ficou a cargo do cineasta europeu Anatole Litvak. Ele recebeu muitos elogios por sua direção refinada e de bom gosto nesse filme. E tudo acabou se traduzindo em mais um sucesso de bilheteria, além de várias indicações ao Oscar, principalmente nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia em Preto e Branco.

Pablo Aluísio. 

A Dama das Camélias

Título no Brasil: A Dama das Camélias
Título Original: Camille
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Cukor
Roteiro: Zoe Akins, Frances Marion
Elenco: Greta Garbo, Robert Taylor, Lionel Barrymore, Elizabeth Allan, Jessie Ralph, Henry Daniell

Sinopse:
Filme baseado no romance escrito por Alexandre Dumas. Na história uma cortesã parisiense precisa escolher entre o amor de jovem que a ama ou o interesse de barão insensível que a quer, mesmo quando sua própria saúde começa a falhar.

Comentários:
Greta Garbo foi a maior estrela de cinema de sua época. Ela era de família humilde, havia começado a trabalhar como assistente numa barbearia, mas acabou sendo descoberta por produtores americanos que viram na bela jovem uma aposta de estrelato. Ela acabou fazendo uma série de filmes de sucesso e se tornou a mais popular estrela de cinema do mundo. Curiosamente sua fama a incomodava bastante e ela largou a carreira muito cedo, se tornando uma mulher reclusa e misteriosa até o fim de seus dias, algo que acabou gerando ainda mais interesse do público, a tornando uma diva absoluta. Esse filme aqui é um de seus grandes sucessos comerciais, quando ela já pensava em abandonar o cinema. Baseado em livro do grande Alexandre Dumas, um dos mais consagrados autores da literatura, é uma daquelas obras cinematográficas que conseguiram resistir até mesmo ao teste do tempo.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de outubro de 2025

Filmografia Leonardo DiCaprio - Parte 3

A Praia
Um jovem norte-americano, em férias pela Ásia, ouve falar de uma praia maravilhosa, realmente paradisíaca, ainda inexplorada por turistas. Instigado pela lenda ele decide fazer uma viagem até lá e realmente a encontra. Um lugar muito bonito, mas também perigoso, que colocará sua vida em risco. Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de Titanic, que havia se tornado o filme de maior bilheteria da história, o ator Leonardo DiCaprio poderia escolher qualquer filme, qualquer super produção de Hollywood naquela época. Só que para surpresa de todo mundo ele acabou optando por esse filme menor, sem grande expressividade. 

Não foi uma boa escolha. O filme realmente apresentava muitos problemas de roteiro e foi arrasado pela crítica em seu lançamento. Havia mesmo uma enorme pressão sobre o Leo e ao que tudo indica ele preferiu mesmo apostar em algo mais modesto. O filme até que não é tão ruim como os críticos falaram, mas temos que reconhecer que de fato é bem esquecível e nada marcante. Tem uma história simples, que até se torna interessante em alguns momentos, mas no geral realmente se torna algo decepcionante para um ator que vinha de um sucesso tão grandioso como Titanic. 

A Praia (The Beach, Estados Unidos, 2000) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Danny Boyle / Roteiro: John Hodge, Alex Garland / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tilda Swinton, Daniel York / Sinopse: Jovem norte-americano decide conhecer uma praia exótica, de complicado acesso, no meio selvagem e acaba caindo numa armadilha mortal. 

Gangues de Nova York
Assisti a esse filme no cinema, na época de seu lançamento original. Jamais poderia pensar que a elegante e fina Nova Iorque teria tido um passado tão violento e brutal. O diretor Martin Scorsese sempre foi apaixonado pela cidade e resolveu contar esse período histórico pouco lisonjeiro do lugar, em um tempo onde cada palmo de território era disputado no braço por violentos membros de Gangues. Esteticamente bem realizado, com excelente produção, algo que era mesmo de se esperar de um filme dirigido por Martin Scorsese, esse "Gangs of New York" nunca me agradou muito. Achei o filme sujo e violento em demasia, com pouco espaço para uma melhor dramaturgia. Em poucas palavras? Muita briga para pouca história.

Foi, se não estou enganado, o primeiro filme da parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio. Assim o diretor deixava de trabalhar ao lado de Robert De Niro, seu ator preferido e habitual desde os anos 60, para dirigir DiCaprio, um astro de Hollywood, com grande força comercial nas bilheterias. O resultado em meu ponto de vista foi apenas morno. Além disso sempre achei um desperdício contratar um ator brilhante e talentoso como Daniel Day-Lewis para atuar como um mero butcher, um açougueiro irascível e brutal, com facão nas mãos. Sua indicação ao Oscar inclusive foi mais pelo conjunto da obra de sua carreira do que por sua atuação no filme.  

Outro ponto é que Scorsese amenizou bastante o racismo que imperava nas ruas de Nova Iorque na época histórica que o filme retrata. Afinal as gangues eram todas unidas por fatores raciais, de origem, principalmente as que envolviam imigrantes. Bom, de uma forma ou outra, mesmo não sendo um filme que me agradou totalmente, devo dizer que a produção tem seu lugar dentro da rica e inigualável filmografia de Scorsese, um verdadeiro mestre da sétima arte.

Gangues de Nova York (Gangs of New York, Estados Unidos, 2002) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Martin Scorsese, Jay Cocks / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Daniel Day-Lewis, John C. Reilly, Liam Neeson / Sinopse: A história do filme se passa em 1863 quando o jovem Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) chega a Nova Iorque em busca de vingança. Ele quer a cabeça de Bill 'The Butcher' Cutting (Daniel Day-Lewis) que matou seu pai anos antes. Não será algo fácil já que Nova Iorque estava completamente dominada por gangues violentas de rua. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia (Michael Ballhaus).

Prenda-Me se for Capaz
Qual é a história contada no filme? Frank Abagnale Jr. (Leonardo DiCaprio) resolve se passar por médico, advogado, piloto de avião comercial e tudo mais que conseguir convencer para as pessoas ao seu redor. Para isso usa sua lábia, seu conhecimento básico das profissões que finge exercer e muito carisma. Com apenas 18 anos coleciona uma série de pequenos golpes que acabam lhe trazendo muitos benefícios, inclusive acesso amplo a ambientes que lhe seriam negados caso não inventasse todas as suas lorotas. Após participar de um roubo milionário o FBI resolve seguir seus passos. É justamente isso que faz o agente Carl Hanratty (Tom Hanks) ir em seu encalço. A tentativa de capturá-lo porém não será das mais fáceis.

Esse é um filme leve, divertido, alto astral mesmo que o personagem seja no fundo apenas um estelionatário. Steven Spielberg no fundo não quis fazer um filme sobre um criminoso e seus crimes. Ele na verdade quis explorar o absurdo das situações, sempre com um largo sorriso na face. Funciona? Certamente sim, só que não é dos melhores filmes do diretor. Considero uma obra menor dentro da vasta e importante filmografia de Spielbeg, que alterou várias coisas da história real (sim, o filme é baseado numa história real). O personagem de Tom Hanks, por exemplo, nunca existiu de fato, foi uma criação para ajudar a tocar a história, já que na vida real foram vários agentes diferentes. Já o personagem vivido pelo Di Caprio era um escroque pé de chinelo que o FBI colocou as mãos e depois foi trabalhar com a agência para capturar outros meliantes. Então é isso. Um filme menor do diretor, porém divertido.

Prenda-Me Se For Capaz (Catch Me If You Can, Estados Unidos, 2002) Estúdio: DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Jeff Nathanson / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hanks, Christopher Walken, Amy Adams, Martin Sheen / Sinopse: A história real de um criminoso que enganou todo mundo nos Estados Unidos durante os anos 60. Baseado em fatos reais.

O Aviador
Howard Hughes (1905 - 1976) não era um sujeito comum. Filho único de um dos maiores industriais dos Estados Unidos, já nasceu bilionário. Excêntrico ao extremo, cheio de manias, entrou para a história americana por causa de seus projetos ousados e inovadores. Foi o primeiro a visualizar a oportunidade de tornar comercialmente viável uma rota de aviação para transporte regular de passageiros entre Estados Unidos e Europa. Investiu em filmes na era de ouro de Hollywood, criando sob sua produção alguns clássicos imortais da sétima arte. Além disso foi figura de ponta em suas indústrias pois amava tecnologia e investiu pesadamente na área criando nesse processo uma série de invenções que até hoje fazem parte do dia a dia de milhares de pessoas mundo afora. 

Era aventureiro e revolucionário mas em segredo escondia vários problemas mentais que foram minando o homem ao longo dos anos. Com uma história tão rica não faltaria assunto certamente para contar sua biografia no cinema. O diretor Martin Scorsese há muitos anos queria mostrar a vida de Howard Hughes nas telas e conseguiu após receber um excelente roteiro feito sob encomenda escrito por John Logan. O texto era enxuto e se focava nos aspectos mais interessante da vida de Hughes, exatamente o que Scorsese buscava há muitos anos.

Para surpresa de muitos o diretor acabou escalando para o papel principal o ator Leonardo DiCaprio. Certamente ele não era parecido com Howard Hughes mas demonstrou ter tanta paixão pelo material e pelo roteiro que Scorsese simplesmente não conseguiu recusá-lo. Decisão acertada pois Leonardo demonstra muita sensibilidade para interpretar o famoso industrial. Fugindo de armadilhas fáceis que poderia cair por interpretar uma pessoa com problemas mentais, ele optou por uma atuação no tom correto, respeitosa e que nunca cai na caricatura. Embora excelente o ator foi completamente ignorado pelo Oscar que resolveu premiar sua partner em cena, a talentosa Cate Blanchett que aqui interpreta a grande Katherine Hepburn, um mito do cinema que era amiga pessoal de Hughes. Por falar em Oscar o filme teve várias indicações mas fora o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante dado a Blanchett, tudo o que conseguiu vencer foram Oscars técnicos (Edição, Direção de Arte, Figurino e Fotografia). Em minha opinião merecia mais. Uma produção que consiga captar tão bem a essência de uma pessoa tão complexa como Hughes merecia bem mais.

O Aviador (The Aviator, Estados Unidos, 2004) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, Jude Law / Sinopse: Cinebiografia do industrial Howard Hughes, um homem à frente de seu tempo que tinha que lidar não apenas com os desafios de sua posição mas também com um terrível problema mental que o afligia.

Os Infiltrados
Na violenta Boston há uma guerra surda entre o departamento de polícia local e os membros de uma gangue de traficantes de drogas de origem irlandesa! Para descobrir o que se passa no mundo do crime os policiais infiltram um de seus homens entre os criminosos. Curiosamente ao mesmo tempo a gangue também resolve implantar um de seus homens dentre os tiras. Está formada a guerra de informações.

É um dos filmes que menos gosto de Martin Scorsese. Olhando para produções como esse noto um certo desvirtuamento no estilo do cineasta. Ao longo dos anos ele foi ficando cada vez mais intenso, para não dizer exagerado. Nesse processo perdeu grande parte de sua classe. O elenco é fenomenal, com destaque para a presença de Jack Nicholson, mas no geral o filme não conseguiu funcionar plenamente, pelo menos em minha forma de ver. Há um uso excessivo de cenas violentas e algumas de extremo mau gosto que me fazem questionar o que estaria se passando na cabeça do velho Scorsese. Claro que nada disso fará grande diferença pois "The Departed" foi sucesso de crítica e público. 

É mais um fruto da parceria do diretor com o ator Leonardo DiCaprio que, coitado, segue sua sina de ir atrás do Oscar de todas as formas sem conseguir nada. Nesse aqui as coisas foram ainda piores, o agente de Leo fez grande promoção para o ator na Academia - o que de fato era merecido pois ele está bem no filme - mas ele sequer conseguiu ser indicado! Até o velho Jack foi esquecido - provavelmente por causa da pouca participação de seu personagem na trama em geral. Ao invés disso os membros da Academia resolveram premiar o medíocre Mark Wahlberg com uma indicação de Melhor Ator Coadjuvante. Sinceramente? Sua indicação me pareceu ser uma piadinha de humor negro dos membros votantes do Oscar...

Os Infiltrados (The Departed, Estados Unidos, 2006) Estúdio: Warner Bros / Direção: Martin Scorsese / Roteiro: William Monahan, Alan Mak / Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Vera Farmiga, Alec Baldwin / Sinopse: A violência explode no submundo do crime em uma grande cidade dos Estados Unidos. Filme vencedor do Oscar de Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Edição e Direção. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Direção.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de outubro de 2025

Sob Pressão

Título no Brasil: Sob Pressão
Título Original: Bad Day on the Block
Ano de Lançamento: 1997 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Largo Entertainment 
Direção: Craig R. Baxley 
Roteiro: Betsy Giffen Nowrasteh 
Elenco: Charlie Sheen, Mare Winningham, David Andrews, John Ratzenberger, Dawnn Lewis, Noah Fleiss 

Sinopse:
Lyle Wilder, um bombeiro respeitado em Los Angeles, é celebrado como herói por um ato de bravura, mas por trás de sua reputação existe um homem instável. Quando sua esposa e filho o deixam por causa de seu comportamento agressivo, Lyle acha que seus vizinhos são responsáveis pela partida da família. Ele entra numa espiral de paranoia e vingança, começando a atormentar o casal ao lado e situações ainda mais extremas ocorrem quando sua fúria se intensifica. A polícia, confiando em sua imagem pública, reluta em acreditar nas acusações dos vizinhos, deixando-os desprotegidos diante do comportamento ameaçador de Wilder.

Comentários: 
Um bombeiro condecorado é abandonado pela esposa e pelo filho por causa de suas tendências violentas, incluindo jogar roleta-russa com a esposa. O único problema é que ele acredita que o casal de vizinhos e seus dois filhos são os culpados pela partida, enchendo a cabeça da esposa com bobagens. Ele então decide punir a família por suas falhas. Mas quando o casal o denuncia à polícia, a polícia não acredita no casal por causa do status do bombeiro na comunidade. A situação se agrava até que ele mata um técnico, depois a polícia e, finalmente, lança um ataque totalmente terrorista contra a família, incluindo novamente jogar roleta-russa com eles. Um filme até interessante, mas que foi prejudicado pelo próprio ator. Nessa época Charlie Sheen já vivia ele mesmo uma vida de muitas drogas e prostituição. A carreira já estava praticamente decadente! É incrível como ele destruiu tudo em tão pouco tempo! 

Pablo Aluísio. 

Medidas Desesperadas

Título no Brasil: Medidas Desesperadas
Título Original: Desperate Measures 
Ano de Lançamento: 1998 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Mandalay Entertainment 
Direção: Barbet Schroeder
Roteiro: David Klass 
Elenco: Michael Keaton, Andy García, Marcia Gay Harden, Brian Cox, Erik King, Joseph Cross 

Sinopse:
Frank Conner, policial em São Francisco, precisa urgentemente encontrar um doador de medula óssea para salvar seu filho, que está com leucemia. O único doador compatível é Peter McCabe, um presidiário perigoso condenado por assassinatos. McCabe aceita ajudar, mas aproveita a transferência ao hospital como oportunidade para fugir. Agora Conner deve capturá-lo vivo, pois a saúde de seu filho depende disso - e a tensão cresce conforme McCabe tenta explorar cada fraqueza da situação.

Comentários: 
O enredo é meio banal, mas até que eficiente, mostrando um policial honesto que precisa desesperadamente salvar a vida do filho. No entanto, depois de perder toda a esperança, ele descobre que um criminoso  é sua única chance de salvação. Pois é, depois de Batman os estúdios tentaram muito transformar Michael Keaton em um astro de Hollywood. Não deu muito certo. Ele até fez alguns filmes interessantes, bem feitos, boas produções, mas nunca decolou de forma consistente. E isso era fácil de entender. Batman de 1989 fez um enorme sucesso não por causa do Keaton, mas por causa do próprio personagem, um ícone do mundo dos quadrinhos. Então não adiantava mesmo tentar fazer de Keaton o que ele, no fundo, nunca foi de verdade! 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Minha Família Quer Que Eu Case

Título no Brasil: Minha Família Quer Que Eu Case 
Título Original: What’s Love Got to Do with It? 
Ano de Lançamento: 2023 
País: Reino Unido, Estados Unidos
Estúdio: StudioCanal 
Direção: Shekhar Kapur 
Roteiro: Jemima Khan 
Elenco: Lily James, Shazad Latif, Emma Thompson, Shabana Azmi, Adeel Akhtar, William Fox 

Sinopse:
Zoe Stevenson (Lily James) é uma jovem inglesa que está apaixonada por Kaz Khan (Shazad Latif), um velho "amigo". Só que há um probleminha pela frente. Ele é de origem paquistanesa e está entrando em um daqueles casamentos arranjados por seus pais. E para Zoe a situação ficará ainda mais delicada porque ela resolve filmar tudo, para lançar em um futuro documentário! 

Comentários:
O filme tem sua dose de simpatia e boas intenções. Além disso oferece um roteiro socialmente consciente com os dias atuais, onde em países como o Reino Unido há uma interação maior entre culturas de países tão diferentes. É o tal do multiculturalismo entrando nos mais diversos setores da sociedade. Mas calma, não espere por uma aula prática de sociologia aplicada. nada disso. A história do filme vai se desenrolando como uma daquelas comédias românticas dos anos 90. Só que há um problema maior que penso ser insuperável nessa produção. A atriz Lily James tem sua parte de carisma e simpatia, além de talento natural, mas não considero que ela ainda consiga levantar o interesse do público para um filme como esse. Por isso quase ninguém assistiu ou deu muita bola para esse romance que, de diversas maneiras, não consegue superar a barreira do banal, do comum, do que estamos acostumados a assistir entre tantos outros filmes semelhantes. 

Pablo Aluísio.