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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Druk - Mais Uma Rodada

Título no Brasil: Druk - Mais Uma Rodada
Título Original: Druk, Another Round (EUA)
Ano de Produção: 2020
País: Dinamarca
Estúdio: Zentropa Entertainments
Direção: Thomas Vinterberg
Roteiro: Thomas Vinterberg, Tobias Lindholm
Elenco: Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang, Lars Ranthe, Maria Bonnevie, Susse Wold

Sinopse:
Tanto a vida pessoal como a vida profissional vão mal para o professor de ensino médio Martin (Mads Mikkelsen). Os pais de alunos até mesmo andaram reclamando de seu trabalho na escola. Ao lado de amigos Martin decide beber antes da aulas, para melhorar seu desempenho, algo que definitivamente não dará muito certo.

Comentários:
Mais um bom exemplo do cinema escandinavo. O filme é estrelado pelo ator Mads Mikkelsen, um nome internacional, muito conhecido do público americano. Ele interpreta esse professor que é considerado um chato insuportável por seus próprios alunos. Durante um jantar com amigos ele descobre que existe uma pesquisa que afirma que o corpo humano tem uma defasagem de álcool em seu organismo. Assim uma dose ou duas por dia ajudaria melhor na conversação, no humor, etc. Então Martin decide beber todos os dias antes de dar aula. O que começa como algo inofensivo logo desanda. Seus amigos, também professores, embarcam nessa teoria maluca e começam a encher a cara. Não é complicado imaginar os problemas que vão surgir daí. Filme bom, que apesar do tema consegue ser até leve e divertido, embora também tenha seus momentos de drama. Só achei estranha a mensagem um tanto dúbia desse roteiro. Ao mesmo tempo que tenta demonstrar que a bebida pode trazer problemas na vida dos personagens, há algo ali que também corrobora a tese de que alguns drinks antes do trabalho também podem ajudar bastante.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de abril de 2019

Kursk

Eu me recordo muito bem da história desse filme. Acompanhei pela imprensa. Em agosto de 2000 o submarino nuclear russo K-141 Kursk perdeu contato com sua frota no Mar de Barents. Era uma das máquinas de guerra mais importantes da frota do norte. Após algumas buscas descobriu-se que o submarino havia sofrido um acidente grave. Um dos torpedos explodiu dentro do Kursk. Nele havia uma tripulação de 118 homens. A maioria morreu na explosão. Apenas 20 sobreviventes tentaram pedir por socorro, batendo com martelos nas grossas camadas de aço do submarino.

O filme se concentra justamente nessa operação de salvamento. Inicialmente os russos tentaram salvar os tripulantes sobreviventes, porém como bem mostrado no filme, a frota do norte estava sucateada (um aspecto bem presente nas forças armadas russas atualmente). Feridos em seu orgulho patriótico, os comandantes da marinha russa hesitaram muito em pedir ajuda internacional. Até porque eles entendiam que isso seria uma espécie de humilhação pública perante o mundo. Enquanto decidiam o que fazer os marinheiros ficaram no fundo do oceano, esperando por um socorro que parecia nunca chegar.

Esse bom filme foi produzido pelo cineasta Luc Besson. Ele contratou pessoalmente dois excelentes atores para o elenco. O primeiro deles foi o grande Max von Sydow. Ele interpreta esse velho homem do mar, um almirante russo cheio de orgulho que não quer a ajuda dos ingleses no resgate. Já Colin Firth é o oficial inglês, que oferece os meios mais modernos para resgatar os marinheiros russos. O filme captou muito bem toda a atmosfera da tragédia do Kursk, não esquecendo de também desenvolver a vida dos marujos, de suas famílias e as perdas que sofreram. Sob o ponto de vista cinematográfico é uma bela obra. Na ótica histórica também não deixa nada a desejar.

Kursk (Bélgica, França, Luxemburgo, 2018) Direção: Thomas Vinterberg / Roteiro: Robert Rodat, baseado no livro "A Time to Die" de Robert Moore / Elenco: Max von Sydow, Colin Firth, Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Peter Simonischek / Sinopse: O filme resgata a história da tragédia que envolveu o submarino nuclear Kursk em agosto de 2000.

Pablo Aluísio.