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sábado, 29 de julho de 2023

Bem-vindos à Vizinhança

Bem-vindos à Vizinhança
Eu já tinha visto essa história antes, em um documentário do Discovery Channel. É baseado em fatos reais, só que agora ressurge em formato de minissérie na Netflix. Conta a história de um casal que compra uma linda casa que está sendo vendida por um preço muito abaixo do normal. Ora, quem conhece filmes de terror e suspense já sabe de antemão que casa barata demais, ainda mais em bairro nobre nos Estados Unidos, é sinal de fria na certa. Provavelmente tem algum passado tenebroso ou algo do tipo. E é justamente o que ocorre nesse caso. 

Assim que a família se muda para seu novo lar começa o inferno. Os vizinhos mais próximos são tipos bizarros, complicados de se lidar. E o clima parece hostil entre os moradores da cidade, só que ninguém parece disposto a explicar nada. As coisas começam a piorar quando cartas ameaçadoras começam a chegar pelo correio (sim, a história original foi passada nos anos 80, ainda existiam as cartas de papel!). Pois bem, a situação vai ficando tensa, o casal passa a ficar paranoico e se sentir muito ameaçado. É uma boa história, mas devo antecipar que no fundo, no fundo, é tudo pastel de vento. A solução (ou a falta de solução) do caso torna tudo ainda mais frustrante. 

Bem-vindos à Vizinhança (The Watcher, Estados Unidos, 2022) Direção: Paris Barclay, Ryan Murphy, Jennifer Lynch / Roteiro: Ryan Murphy, Ian Brennan / Elenco: Naomi Watts, Bobby Cannavale, Mia Farrow / Sinopse: Casal compra uma belíssima casa com um preço bem abaixo do mercado. Após se mudarem passam a ser ameaçados por cartas anônimas e vizinhos nada simpáticos e amigáveis. Baseado em fatos reais. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Hollywood

Série muito boa da Netflix. A história se passa na Hollywood dos anos 1940 e 1950. Um jovem rapaz vai para Hollywood em busca do sonho de se tornar um ator de sucesso. Ele já é casado e sua esposa está grávida de gêmeos. É preciso ganhar a vida de algum jeito. Enquanto uma oportunidade nos grandes estúdios de cinema não surge, ele arranja emprego num posto de gasolina. Só que a função de frentista é apenas uma fachada. Na realidade, ele começa a trabalhar como um garoto de programa. E sua clientela é variada, que vai desde senhoras, esposas de produtores de cinema, até mesmo compositores homossexuais que se encontram com ele. No primeiro episódio, vemos Cole Porter, o famoso compositor, marcando um programa com esse mesmo personagem. E também encontramos Rock Hudson, uma lenda do cinema, que em seus primeiros passos em Hollywood também usava dos serviços de tal posto de gasolina. Essa história desse posto é real. Está em um interessante livro sobre a velha Hollywood. 

E Rock Hudson é um dos personagens centrais dessa nova série. No segundo episódio, ele conhece aquele que viria a se tornar seu principal agente, Henry Willson. Curiosamente interpretado pelo ator Jim Parsons, que todos conhecem como o Sheldon da série cômica "The Big Bang Theory". Esse agente foi uma figura central na vida de Rock Hudson. Sendo bem sincero, foi quem o transformou em astro. Era muito bem relacionado na cidade e tinha os contatos certos para os filmes de grande projeção. Há uma cena bem polêmica mostrando o assedio sexual que acontecia com frequência em Hollywood na época. A coisa toda, bem descarada, pode chocar alguns, mas fazia parte do jogo em Hollywood naqueles tempos. Assim, deixo a dica dessa preciosa série, para quem gosta da história do cinema americano. Tudo ultracolorido e visualmente plástico. Gostei! Vou acompanhar os próximos episódios com certeza absoluta.

Hollywood (Hollywood, Estados Unidos, 2020) Episódios: Hooray for Hollywood e Hooray for Hollywood Part 2 / Direção: Ryan Murphy, Daniel Minahan / Elenco: David Corenswet, 
Jim Parsons, Jake Picking / Sinopse: A série conta a história da velha Hollywood das décadas de 1940 e 1950 em 7 episódios. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de março de 2012

Comer, Rezar, Amar

Liz Gilbert (Julia Roberts) é uma mulher com vários problemas emocionais e afetivos. Para superar os problemas decorrentes de seu divórcio ela resolve viajar ao redor do mundo para conhecer outras pessoas, outras culturas. Nesse processo de conhecimento dos costumes e culturas de outros países acaba se descobrindo a si mesma. De uma forma em geral o filme "Comer, Rezar, Amar" poderia trocar de nome e se denominar "Guia de turismo para balzaquianas divorciadas", isso porque o argumento mais parece um guia de turismo passando por diversos países como Itália, Bali e Índia. Nesses lugares a personagem principal (interpretada por Julia Roberts) tenta superar seu divórcio problemático e para isso medita, viaja, come as especiarias locais e tem casos amorosos com os homens interessantes que encontra pelo caminho. Tudo muito soft, com cara de cartão postal o que ajuda no resultado final pois a fotografia do filme ficou muito bonita. O problema é que os americanos não conseguem fazer filmes sobre outras culturas que não caiam numa visão estereotipada. Todos os personagens não americanos do filme são clichês. Os italianos, por exemplo, só falam alto, gesticulam em excesso e comem massa o dia inteiro. Os indianos são todos pobres miseráveis, vivendo pelas ruas, mas obviamente espiritualizados. O filme inclusive tem uma frase horrível sobre a Índia quando Julia Roberts é aconselhada a não "tocar em nada", nem em uma garrafa de refrigerante local, para não pegar uma doença ou uma difteria. Mais preconceituoso impossível!

Nem os brasileiros escapam dos clichês. A primeira personagem brasileira que aparece no filme está numa loja procurando por um "chapéu de bananas" (Valha-me Deus, como se todas as brasileiras fossem covers da Carmen Miranda!) O ator Javier Bardem também interpreta um brasileiro que não sabe pronunciar uma única frase em português sem parecer um portunhol horripilante. Também passa o dia ouvindo bossa nova e beija o filho na boca (costume que seu filho diz ser comum no Brasil!). Para completar a clichezada seu filho também aparece com uma bola de soccer na mão! Enfim, com todos esses defeitos "Comer, Rezar, Amar" não foge daqueles clichês românticos banais que estamos acostumados a ver em novelas da pior qualidade. O filme até que não é ruim de todo e nem aborrece muito mas também não tem profundidade nenhuma. Pra falar a verdade poderia facilmente ser adaptado pela Globo para virar uma novela das oito que ninguém iria notar a diferença.

Comer, Rezar, Amar (Eat Pray Love, Estados Unidos, 2010) Direção: Ryan Murphy / Roteiro: Ryan Murphy, Jennifer Salt / Elenco: Julia Roberts, Javier Bardem, Richard Jenkins / Sinopse: Liz Gilbert (Julia Roberts) é uma mulher com vários problemas emocionais e afetivos. Para superar os problemas decorrentes de seu divórcio ela resolve viajar ao redor do mundo para conhecer outras pessoas, outras culturas. Nesse processo de conhecimento dos costumes e culturas de outros países acaba se descobrindo a si mesma.

Pablo Aluísio.