Título no Brasil:
Quo Vadis Título Original: Quo Vadis
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Mervyn LeRoy
Roteiro: John Lee Mahin, S.N. Behrman
Elenco: Robert Taylor, Deborah Kerr, Peter Ustinov, Leo Genn
Sinopse:Durante o governo do sanguinário e louco imperador romano Nero uma nova doutrina religiosa chamada Cristianismo avança entre a sociedade de Roma. Pregada por pessoas como o apóstolo Pedro e seus seguidores, a nova religião trazia uma mensagem de esperança, fé e amor ao próximo. Logo a nova crença em um Messias da Judeia chamado Jesus se torna um problema para o império e seus deuses pagãos, dando origem a uma série de perseguições violentas. Épico histórico baseado em fatos reais ocorridos nos primeiros anos do cristianismo em Roma.
Comentários:Filme indicado a oito prêmios Oscar, incluindo melhor filme, ator (Peter Ustinov), fotografia, edição e música (a cargo do grande compositor Miklós Rózsa). Não restam dúvidas que é uma obra prima de Hollywood. Fazia bastante tempo que havia assistido "Quo Vadis" pela última vez, por isso resolvi rever essa grande produção épica dos estúdios Metro. Realmente o filme continua muito bom. Ele é um precursor dos vários filmes que seriam produzidos sobre a Roma imperial nos anos seguintes. Tem uma produção muito bonita e rica. Naquela época não havia como fazer nada por computador, então nas grandes cenas se utilizavam realmente de centenas de milhares de figurantes, dando um tom de grandiosidade a tudo que se via na tela. De fato tudo é impressionante, inclusive sua duração: mais de duas horas e quarenta minutos de metragem! É um épico típico de Hollywood naquela época. Tudo soa superlativo, inclusive a trilha sonora que é completamente suntuosa. Os personagens desfilam em cena com toda a pompa e a circunstância devidas.
Muito do que se vê na tela é pura ficção, embora haja também grandes trechos adaptados do novo testamento em sua parte chamada "Atos dos Apóstolos", ou seja, o filme se passa nos anos imediatamente posteriores à morte de Jesus Cristo, justamente quando seus seguidores se espalharam pelo mundo afora divulgando a boa nova (o Evangelho). Em termos gerais um dos grande atrativos em "Quo Vadis" vem da presença de um elenco muito bom, acima da média. Robert Taylor e Deborah Kerr estão bem, embora seus personagens não fujam muito do lugar comum. Quem brilha realmente é Peter Ustinov como Nero. Fazendo um imperador mimado, abobalhado, tirano, sanguinário e com ares de grandeza artística, Ustinov marcou para sempre o personagem, tanto que todos os atores que depois interpretaram o imperador louco de Roma foram pelo mesmo caminho desenvolvido por ele. Outro destaque vem da inspirada atuação do ator Finlay Currie como Pedro, o apóstolo pescador, dando toda a dignidade que o papel merece. Em conclusão é um grande épico da história do cinema americano, sempre lembrado, o que é justo haja visto sua excelente qualidade. "Quo Vadis" realmente merece ser descoberto (e redescoberto) sempre que possível, principalmente para quem gosta de épicos clássicos. Imperdível.
Pablo Aluísio.