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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Um Morto Muito Louco

Título no Brasil: Um Morto Muito Louco
Título Original: Weekend at Bernie's
Ano de Lançamento: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Ted Kotcheff
Roteiro: Robert Klane
Elenco: Andrew McCarthy, Jonathan Silverman, Terry Kiser

Sinopse:
Dois jovens sem noção nenhuma da vida decidem levar o corpo de seu patrão, morto algumas horas antes, em uma bizarra aventura nas praias da Flórida. Eles querem curtir o fim de semana, mesmo que para isso precisem levar o presunto junto! E eles não estão sós, pois passam a ser perseguidos por homens realmente perigosos! 

Comentários:
Esse tem sido o filme mais falado no Brasil nesses últimos dias. E a razão não deixa de ser bizarra pois uma vigarista levou um homem morto até uma agência bancária no Rio para tirar um empréstimo no nome dele! Inacreditável, a sordidez humana realmente não tem limites! Deixando isso de lado e voltando ao filme, bom, o que temos aqui é uma comédia bem sem noção dos anos 1980 (só poderia ter sido produzida naquela década mesmo, vamos convir!). Pois bem, eu nunca achei uma comédia muito engraçada, até porque se trata de um daqueles roteiros que se apoiam em apenas uma piada que se repete o filme inteiro. Isso é bem cansativo. De qualquer forma o humor negro se destaca, pois a situação é bem bizarra realmente. E quem poderia imaginar que um dia isso iria acontecer mesmo no mundo real? Na época eu me lembro de ter ficado admirado e surpreso do ator Andrew McCarthy ter feito esse filme, logo ele, o mais mauricinho de sua geração! Sua carreira estava parando, então ele tinha mesmo que aceitar qualquer coisa. E para surpresa de muitos essa estranha e esquisita comédia acabou virando um "clássico" da Sessão da Tarde em nosso país! Tem coisas que só acontecem no Brasil...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Matando Sem Compaixão

“Billy Two Hats “ (Matando Sem Compaixão, no Brasil) é um western árido, cru, selvagem e muito eficiente. O enredo é muito simples: dois criminosos são implacavelmente caçados por um xerife sanguinário no meio do deserto, na fronteira árida e seca entre Estados Unidos e México. Nesse lugar onde não existe água e nem perdão, os dois fugitivos tentarão de todas as formas sobreviver, enfrentando não apenas a tenacidade do homem da lei, mas também a selvageria de um grupo de Apaches que vivem entre os despenhadeiros do lugar. Gregory Peck interpreta Arch Deans, um velho pistoleiro e ladrão de bancos que ao lado de seu fiel escudeiro, Billy Two Hats (Desi Arnaz Jr.), um mestiço que se torna seu braço direito no meio daquela terra de ninguém, tenta escapar do longo braço da lei e do grupo selvagem apache. O Xerife que persegue os bandoleiros no meio do nada é interpretado pelo sempre bom ator Jack Warden, veterano de longa tradição no gênero faroeste. Seu personagem é um sujeito rude e disposto a capturar os dois criminosos, custe o que custar.

“Matando Sem Compaixão” foi dirigido por Ted Kotcheff que até aquele momento só tinha experiência em dirigir telefilmes, sendo que esse foi o seu primeiro filme no cinema. Sua habilidade para dirigir seqüências de ação – bem demonstrada aqui nesse western – lhe valeu a indicação anos depois para dirigir seu maior sucesso nas telas, o famoso “Rambo – Programado Para Matar”, filme ícone com Sylvester Stallone, que dispensa maiores apresentações. Analisando bem, ambos os filmes possuem certas semelhanças. O enredo deles tratam sobre um mesmo tema, a perseguição implacável pela lei a homens que no fundo só estão tentando sobreviver ao ambiente violento em que encontram. Olhando por esse lado não há muita diferença entre o pistoleiro interpretado por Gregory Peck e o veterano do Vietnã feito por Stallone. Além de carismáticos são extremamente resistentes.

Um exemplo disso acontece quando o personagem de Peck fica encurralado pelos Apaches bem no meio do deserto. Sem saída procura se proteger embaixo de sua velha carruagem, mas isso acaba se tornando praticamente impossível pelas circunstâncias em que se encontra. O desfecho acaba sendo um dos momentos marcantes do filme. Curiosamente o filme foi realizado não no Novo México e nem no Arizona, locais tradicionais onde eram rodados filmes de westerns nos Estados Unidos, mas sim em Israel! Isso mesmo, a produção foi rodada em pleno deserto israelense, no Oriente Médio. Os produtores tomaram essa decisão não apenas em razão dos custos mais baixos de se filmar por lá, mas também por ser aquela região uma das mais secas do mundo, o que a tornava ideal para a história do filme. Enfim, fica a recomendação desse “Matando Sem Compaixão”, um western de ação que certamente vai agradar aos apreciadores desse tipo de filme de faroeste mais cru e violento.

Matando Sem Compaixão (Billy Two Hats, Estados Unidos, Israel, 1974) Direção: Ted Kotcheff /  Roteiro: Alan Sharp / Elenco: Gregory Peck, Desi Arnaz Jr, Jack Warden, David Huddleston, Sian Barbara Allen / Sinopse: O Xerife  Henry Gifford (Jack Warden) sai no encalço de dois fugitivos, Arch (Peck) e Billy (Arnaz), bem no meio do deserto, na fronteira entre México e Estados Unidos. O ambiente hostil e árido da região será o palco dessa caçada sem trégua.

Pablo Aluísio.