Mais um filme da lista do Oscar 2022. O filme conta dois momentos da vida da professora universitária Leda, um no passado, outro no presente. Quando tinha apenas vinte e poucos anos o seu sonho era entrar no mundo acadêmico, se tornar professora em uma boa universidade no norte dos Estados Unidos. Ela segue estudando e escrevendo artigos e fica muito feliz quando recebe uma oferta de emprego. Só que ela tem marido, duas filhas e tudo fica mais complicado. No passado a protagonista é interpretada pela atriz Jessie Buckley. Já no tempo presente encontramos Leda como uma mulher madura que vai até a Grécia passar um mês de férias. Divorciada, sozinha, ela só quer um tempo para escrever alguns artigos e esfriar a cabeça. Só que viajar para outro país de férias sozinha também traz seus riscos.
O grande tema desse roteiro é a discussão entre maternidade e vida profissional. Algumas mulheres sofrem muito para conciliar esses dois aspectos da vida. No caso de Leda ela tem duas filhas e ao mesmo tempo tenta entrar em um mercado de trabalho muito competitivo que é o mundo acadêmico e universitário. Tem que se esforçar muito, estudar muito, mas como fazer isso com duas filhas pequenas? Outro tema em discussão é que muitas mulheres simplesmente não possuem vocação para serem mães. A sociedade muitas vezes impõe isso a elas, como pressão social, gerando mulheres infelizes e frustradas. A personagem interpretada pela atriz Dakota Johnson vem para reforçar que isso atravessa gerações, não apenas no passado, mas no presente também. Ela é uma jovem mãe e não está nada satisfeita com esse papel.
Um filme que gostei, tanto do ponto de vista da proposta do roteiro como também pela bela interpretação de todo o elenco feminino. Aliás duas das atrizes que atuam no filme foram indicadas ao Oscar, algo raro de acontecer. Jessie Buckley, que interpreta a personagem principal em sua época de juventude, foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Já a velha Leda, interpretada por uma ótima Olivia Colman, rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. Nada mal para um filme que discute a mulher, em fases diferentes da vida e os desafios que surgem pela frente.
A Filha Perdida (The Lost Daughter, Estados Unidos, 2021) Direção: Maggie Gyllenhaal / Roteiro: Maggie Gyllenhaal / Elenco: Olivia Colman, Jessie Buckley, Dakota Johnson, Ed Harris, Peter Sarsgaard / Sinopse: A vida de uma mulher, uma professora universitária, em dois momentos distintos de sua vida. Quando jovem e mãe de duas crianças pequenas e na fase da maturidade quando tenta encontrar paz e tranquilidade numa viagem de férias na Grécia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Olivia Colman), melhor atriz coadjuvante (Jessie Buckley) e melhor roteiro adaptado (Maggie Gyllenhaal).
Pablo Aluísio.
A Filha Perdida
ResponderExcluirThe Lost Daughter
Pablo Aluísio.
E a Dakota Johnson, filha do Don Johnson e da Melanie Griffith, fazendo bom cinema. Talento de pais pra filha; coisa rara.
ResponderExcluirBom, uma coisa é certa... ela é bonita mesmo! A beleza dela já tinha chamado minha atenção em filmes anteriores. Nesse filme aqui ela interpreta uma jovem mãe, infiel e infeliz, mas nem isso tirou a beleza dela. Uma das mais belas de sua geração.
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