Aissa Wayne traz um retrato muito terno do velho ícone do cinema. O retrata como uma pessoa extremamente bondosa, amigo leal de todos que lhe eram próximo. Também mostra aspectos pouco conhecidos da personalidade do pai. Poucos sabem mas John Wayne era uma pessoa bem reservada, chegando às raias da timidez.
Tratava todos no set com grande cordialidade e educação e não perdia sua pose nem quando os outros profissionais não tinham o mesmo comportamento para com ele. John Ford, por exemplo, muitas vezes era um diretor difícil de lidar, cabeça quente e impulsivo, mas nem seu temperamento explosivo tirava Wayne de seu modo de ser. Em uma ocasião Ford irritou-se com Wayne e gritou a plenos pulmões: "Vamos lá seu hipopótamo, me dê alguma expressão nessa cena!";
O Duke se limitou a fechar a cara. Em seu até curto relato (o livro tem pouco mais de 200 páginas) Aissa ainda põe por terra alguns mitos que duraram anos no que diz respeito ao ator. Ela afirma, por exemplo, que é pura ficção a velha estória que dizia que Wayne tinha vergonha de seu verdadeiro nome, Marion (que em inglês tem uma conotação dúbia, podendo ser um nome tanto masculino como feminino). Aissa diz que Wayne não se importava de ser chamado de Marion e nunca presenciou ele censurando alguém por fazê-lo, apenas esclarece que poucos dias antes de morrer o Duke pediu a família que em sua lápide fosse colocado seu nome artístico e não o real em respeito aos fãs que ele tanto adorava. Em suma, "John Wayne, My Father" é outro excelente livro para conhecermos esse grande ícone do western de uma maneira privada e familiar. Uma bela dica de leitura para os amantes do gênero e da história do cinema americano.
Pablo Aluísio.
ResponderExcluirCine Western
Pablo Aluísio.
Biografia escrito por filhos amorosos e isso ai.
ResponderExcluirPensando nisso a Lisa Marie ficou devendo essa. Ela se foi e não escreveu um livro sobre o pai. Também posso entender pois sua vida foi cheia de problemas emocionais.
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