Napoleão Bonaparte
Ontem assisti novamente ao grande clássico "Waterloo - A Batalha de Napoleão", cuja resenha completa você pode acessar clicando aqui. Fazia seguramente uns vinte anos que o tinha visto pela última vez. Por essa razão já não me lembrava mais de todos os detalhes. O que havia ficado bem marcante em minha lembrança mesmo durante todos esses anos era realmente a grande atuação do ator Rod Steiger como Napoleão. Ele era bem parecido fisicamente com o imperador francês e aliado a essa semelhança ainda conseguiu realizar um trabalho brilhante de atuação. Seu Napoleão é um sujeito já decadente, tentando se agarrar a um passado distante, dos tempos áureos em que teve em suas mãos praticamente toda a Europa. Sempre suando, com expressão de dor, ele vai ficando consciente que seu tempo passou, que ele não é mais aquele jovem destemido dos campos de batalha do passado, ainda mais agora que segue sofrendo terríveis dores de estômago, algo que até hoje é discutido por historiadores, sobre qual seria o mal exato que tanto atormentava o general e que curiosamente ficou incorporado em sua imagem, a do general com as mãos dentro de seu uniforme militar. No meio desse caos em que sua vida havia se transformado ele ainda tentava de todas as maneiras juntar os pedaços de seu império destroçado.
O Napoleão da história é seguramente uma das figuras mais emblemáticas da humanidade. Ele foi em essência um grande ceifador de vidas, estando no mesmo nível que um Júlio César ou Hitler. Era um ditador sanguinário que queria passar o poder para seus parentes, tal como as monarquias que dizia combater. Não admitia oposição e aniquilava a todos que ousassem contestar seus loucos sonhos de dominação continental. Isso porém não inibiu os franceses de o terem alçado ao posto de herói nacional, algo que sinceramente nunca consegui compreender completamente. Ora, vejo muitas contradições em Napoleão e sua trajetória. Ele foi fruto da revolução francesa, que pregava a soberania da vontade popular em oposição ao regime da nobreza hereditária, mas ao mesmo tempo acabou trazendo os velhos valores absolutistas da monarquia deposta para seu governo e isso da pior maneira possível. Megalomaníaco e ambicioso, tentou conquistar todos os países europeus, destronando dinastias e colocando em seus tronos parentes e amigos completamente incapacitados para exercer o poder nessas nações. Tampouco se importava com a vontade dos povos desses países conquistados a ferro e fogo. Dizia ser um representante do poder do povo, mas ao mesmo tempo ignorava a vontade popular e qualquer sinal de democracia nas terras onde impunha sua dominação através de guerras de conquista. Falava que amava suas origens humildes e a sabedoria popular do povo mais pobre, mas ao mesmo tempo adorava mesmo era o luxo e a pompa das mais tradicionais monarquias europeias, se vestindo tal como os reis do passado, o que o fazia ser basicamente um grande hipócrita.
Também tal como Hitler era um tanto quanto louco. Ao tentar invadir o imenso e congelado território russo se viu massacrado pelo famoso "General Inverno" que aniquilou suas tropas que morreram congeladas e famintas nas estepes russas sem fim. Não satisfeito tentou destruir a Inglaterra e seus ideais de liberdade e direitos fundamentais (algo que ignorava completamente na prática, embora se mostrasse publicamente como um liberal constitucional). E assim como Hitler se deu muito mal ao tentar destruir "a Ilha", como os ingleses carinhosamente chamavam seu país. Pior do que tudo foi a devastação que causou em termos de vidas humanas e bens materiais. As chamadas Guerras Napoleônicas custaram as vidas de mais de oito milhões de pessoas - algo absurdo para o tamanho da população naqueles tempos. Cidades inteiras, algumas delas milenares, foram queimadas por seus soldados. No final, quando praticamente toda a população francesa masculina havia morrido nos campos de batalha, Napoleão começou a recrutar adolescentes e até crianças para as fileiras de seu exército. Uma das coisas que mais chocou o general Arthur Wellesley, o 1.º Duque de Wellington, que o venceu na batalha decisiva de Waterloo, foi contemplar os corpos de crianças mortas no campo de batalha com o uniforme do exército de Napoleão. Enterradas na lama da guerra elas perderam suas vidas com 12 e até 11 anos de idade! E depois de tantas mortes, massacres e guerras sem sentido esse megalomaníaco chamado Napoleão ainda é considerado nos dias de hoje um herói nacional pelos franceses?! Quem pode realmente entender os caminhos sombrios da mente humana...
Pablo Aluísio.
Pablo, por falar em grande atuação você precisa assistir a serie Narcos. Pra começar o Wagner Moura some dentro do Pablo Escobar, a ponto de você nunca se lembrar que ele foi o Capitão Nascimento, um personagem tão marcante e tão recente; é um show a parte. Dizem que ele tem um problema de sotaque com os colombianos, já que o Moura não falava espanhol, mas para nos não faz a menor diferença. Mas de quem eu vim falar mesmo é do ator que faz o Cezar Gaviria, que viria a ser o presidente que mataria o Pablo Escobar. O Ator é o Raúl Méndez; esse sujeito é um jovem Al Pacino e, bem dito, nos tempos do Poderoso Chefão. Confira, o cara é um mestre da atuação minimalista.
ResponderExcluirÓtima dica. Narcos está sendo muito elogiado por público e crítica. Assim que tiver um tempo livre vou começar a acompanhar.
ResponderExcluirAh sobre meu time de futebol, tem uma resposta pra você lá.
ResponderExcluirMuito bom este texto do Pablo sobre Napoleão - o maior general da história - porém, gostaria de fazer algumas considerações. A principal é com relação à comparação entre Napoleão e Hitler. Embora os dois comandantes se equivalessem no tocante ao ego gigantesco, existiam diferenças absurdas entre os dois. A primeira diz respeito à formação dos dois. Napoleão foi fruto de uma brilhante carreira militar que culminou com a sua chegada ao posto de general com apenas 24 anos. Hitler jamais passou de um cabo do exército. Napoleão era um visionário, sem dúvida, porém um gênio militar, e não era especialista somente em tática, mas também em estratégia. Hitler era apenas um louco visionário, pois a genialidade do exército alemão ficava por conta de seus extraordinários generais. Napoleão também foi um gênio político que apoiado pelo Iluminismo Francês transformou-se na liderança que sepultaria para sempre os Regimes Absolutistas em toda a Europa. E Hitler politicamente fez o quê? Nada. Porém, aquilo que é mais grave e imperdoável em Adolf Hitler, foi o extermínio étnico, onde mais de 6 milhões de judeus foram calcinados. Napoleão também perseguiu e matou, mas jamais promoveu uma "limpeza étnica" contra nenhum povo ou raça, como nos moldes nazistas. Mas o maior legado para toda a sociedade foi seu "Código Civil" ou "Código Napoleônico" que juntamente com uma concordata com a Igreja Católica, permearam a ideologia de boa parte do mundo capitalista-ocidental até hoje, o Estado laico e a propriedade privada inalienável. O "Código Napoleônico" não é um legado apenas na França, mas em muitos países europeus onde código foi adotado, moderado e adaptado em alguns casos. Era a promessa, em vários aspectos, de direitos iguais. Além das idéias oriundas da Revolução Francesa, Napoleão legou uma administração fortemente centralizada, porém eficiente, a essas regiões ocupadas; um sistema de cobrança de impostos e administração pública bem organizado; o sistema métrico e seu Código Civil, que não poderia deixar de ser lembrado. Durante o exílio, Napoleão escreveu: “Minha verdadeira glória não é ter vencido 40 batalhas. Minhas vitórias serão apagadas da memória das pessoas por causa de Waterloo. O que ninguém destruirá, o que viverá para sempre, é o meu Código Civil”.
ResponderExcluirOlá Telmo, antes de mais nada obrigado pelas pertinentes considerações. Sobre elas vou aproveitar a oportunidade para comentar alguns aspectos do que você escreveu. Inicialmente com as observações que concordo com você. Seguramente Napoleão não pode ser comparado a Hitler em termos militares. Nesse ponto você está certo. Napoleão foi um militar de carreira e entendia muito bem o que fazia em termos de estratégia nos campos de batalha. Hitler em última análise foi o principal culpado pela derrota da Alemanha por ser um verdadeiro inapto em termos de arte da guerra.
ResponderExcluirSegundo ponto interessante se refere ao Código Civil de Napoleão lembrado por você. Não o citei por dois motivos básicos. O primeiro é que na realidade se trata da obra de grandes juristas da França na época. Napoleão apenas chancelou sua elaboração. Mesmo assim é válido o que você disse. Agora, não podemos também perder o fio da história. No fundo esse Código Civil é apenas um herdeiro tardio do maravilhoso Corpus Juris Civilis do Imperador romano Justiniano. Em suma, tudo faz parte de uma longa tradição jurídica histórica que vem desde os tempos da Roma antiga.
De tudo o que você escreveu - e muito bem - apenas divirjo da questão do absolutismo. De fato Napoleão subiu ao poder como uma resposta ao absolutismo da dinastia Bourbon, porém uma vez no poder ele acabou traindo esses ideais e valores, se tornando ele também um absolutista, um soberano com poderes ilimitados. Nesse ponto ele foi um traidor da revolução francesa. Além disso usou de seu enorme carisma para encantar as massas, sendo em essência um populista. Enfim, como se pode ver o tema é amplo e pode dar origem a várias interpretações e visões históricas e isso é o mais importante.
Um grande abraço amigo, Pablo Aluísio.
Nossa Pablo, você escreveu "De fato Napoleão subiu ao poder como uma resposta ao absolutismo da dinastia Bourbon, porém uma vez no poder ele acabou traindo esses ideais e valores, se tornando ele também um absolutista"; porque isso me faz lembrar do PT?, guardadas as devidas proporções em todos os quesitos,, é claro.
ResponderExcluirExatamente Serge. A situação é praticamente a mesma. O PT chegou ao poder para defender os interesses do povo brasileiro, sob um viés social, dizia-se até ser um partido de esquerda e tudo mais, porém uma vez no poder se tornaram os mais ferozes capitalistas que se tem notícia, sendo impulsionados por dinheiro, propina e corrupção. Trocando em miúdos, usar uma determinada ideologia ou linha política para apenas subir ao poder, uma vez lá se esquecem de tudo o que o fizeram chegar aonde estão.
ResponderExcluirPablo. Por favor, eu só não quero ser visto como um defensor de Napoleão, longe disso. Até porque toda essa turma de reis, príncipes, duques, imperadores...etc...etc...era uma cambada de déspotas sanguinários que raramente lembravam que o povo existia, a não ser para cobrar-lhes os pesados impostos. Com relação ao fato de que Napoleão expulsou os absolutistas do poder, mas depois inebriado por este mesmo poder, tornou-se um deles, é fato. Não se pode negar que no fundo, o pequeno corso, traiu a alma quase imaculada do triunvirato que moveu a Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Mas, não obstante à tudo isso, o que se sucedeu em toda a Europa, de uma certa forma, compensou os desvarios de Napoleão. Ou seja: Não caiu apenas o absolutismo francês, mas sim, o absolutismo de toda a Europa em sequência, como um castelo de baralhos. Foi isto que diz dizer: o fator "Napoleão" gerou uma força de propagação dos governos constituintes em toda a Europa. O continente, assim, ficava a um passo de governos mais democráticos.
ResponderExcluirPablo. Você também disse não entender de onde vem tanta adoração do povo francês pelo imperador. Eu tenho uma visão muito particular sobre essa questão: Afora as explicações lógicas, como por exemplo, a impopularidade do regime bourbon restituído com o povo francês. É inegável que Napoleão deixou um capital simbólico imenso que contrastava com um governo considerado abjeto e estabanado por parte dos Bourbon. Quem estava descontente depois de 1815 relembrava uma era gloriosa onde a França passou a dar as cartas na Europa. Elevando assim de forma considerável o moral do povo francês. O carisma de Napoleão era absurdo e extrapolava às raias do normal. Ele tinha uma visão muito clara da grandiosidade da França, de seu lugar na Europa — uma ambição quase imperial de que era o novo Carlos Magno, imperador de toda a Europa —, ele tinha um programa não só de política externa, mas interna também e, acima de tudo, ele era um grande comunicador e dono de um marketing pessoal gigantesco, conseguiu se conectar com o povo francês, conseguiu articular seu desejo de ter um papel importante na Europa e também conseguiu transmitir parte disso a outros povos europeus.
Caramba, maravilhoso: eu vi o Telmo num comício. Parabéns meu caro; e não é ironia.
ResponderExcluirClaro Telmo, eu entendo seu ponto de vista. Você explicou excepcionalmente bem sua visão sobre o tema. História é uma das minhas paixões e é sempre um enorme prazer debater esse tipo de assunto com pessoas tão articuladas e inteligentes como você. Obrigado pelos ótimos textos que postou aqui no blog, isso é algo que engrandece muito esse nosso espaço na internet.
ResponderExcluirGrande abraço amigo Telmo
Pablo Aluísio.
Obrigado pelas palavras Sergio Renine. Mas ainda tem mais para escrever sobre Napoleão. Um forte abraço!
ResponderExcluirPablo. Primeiro, obrigado pelos elogios. Para mim é um enorme prazer participar deste Blog, não só falando de história que também é minha paixão, mas escrevendo textos dos filmes que tanto amo. Obrigado de coração. Mas eu ainda não acabei o assunto Napoleão...kkkkkkk. Abração amigo. Mais tarde eu volto.
ResponderExcluirGuerra não faz ninguém grande já dizia o mestre Yoda! O ser humano herdou durante a evolução uma parte do cérebro dos reptilianos, o que faz sua selvageria sempre se manifestar, mais cedo ou mais tarde. Essa parte do córtex cerebral é que se torna responsável pela guerra em nossa história. Também é ela que torna carniceiros como Napoleão verdadeiros heróis a serem admirados pelo povão. Tudo uma questão de biologia meus caros.
ResponderExcluirCuriosamente os ventos napoleônicos que mudaram alguns paradigmas na Europa, também foram soprar nas Américas e mudar por completo o destino dos Estados Unidos e de forma indireta também o destino do Brasil. Senão vejamos: Em 1803, Napoleão precisava de dinheiro para fortalecer o exército francês, com um objetivo bem claro: Expandir seu império por toda a Europa. Foi então que resolveu vender para os Estados Unidos o território da Luisiana que até então pertencia à França. Na época, o presidente americano Thomas Jefferson topou o negócio imediatamente e pagou ao imperador francês cerca de 15 milhões de dólares (60 milhões de francos) - nos valores de hoje, 340 milhões de dólares para um território de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados. A Inglaterra foi contra a compra do território francês e advertiu Jefferson que não daria um centavo para ajudá-lo na compra. O território francês da Luisiana incluía muito mais área do que o atual estado de Luisiana. Estas terras incluíam partes ou toda as regiões dos atuais estados de Luisiana, Arkansas, Missouri, Iowa, Minnesota, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Nebrasca, Novo México, Texas, Oklahoma, Kansas, Montana, Wyoming e Colorado. Este enorme território responde por 23% dos Estados Unidos da América. Em 1803, a adição do território dobrou o tamanho do território total dos Estados Unidos. Este vultoso negócio mudou o destino da economia americana, pois possibilitou uma grande expansão econômica para o oeste. Dificilmente os Estados Unidos seriam a potência econômica que são hoje se este negócio não tivesse sido fechado.
ResponderExcluirE com relação ao Brasil, temos a chegada da família real portuguesa no Brasil, liderada por D.João VI, mais precisamente no Rio de Janeiro, fugindo do famoso Bloqueio Continental de Napoleão. Com a família real fixada definitivamente no Brasil, o país muda de patamar, passa a se desenvolver mais rapidamente, além de atrair os olhos do mundo para o novo império. Além de trazer transformações no jogo econômico, o governo de Dom João VI empreendeu outras mudanças. Adotada como capital do império, a cidade do Rio de Janeiro sofreu diversas modificações. Missões estrangeiras vieram ao país avaliar as riquezas da região, a Biblioteca Real foi construída, o primeiro jornal do país foi criado. Além disso, novos prédios públicos foram estabelecidos. A Casa da Moeda, Banco do Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico foram algumas das obras públicas do período joanino.
Nas questões externas, Dom João VI empreendeu duas campanhas militares nas fronteiras do país. No ano de 1809, tropas britânicas e portuguesas conquistaram a cidade de Caiena, capital da Guina Francesa. A manobra, que tinha por objetivo agredir o governo francês, colocou a região sob o domínio do Brasil até quando o Congresso de Viena restituiu a região à França. No ano de 1817, as tropas imperiais invadiram a Província Cisplatina.
Excelente texto Telmo. O interessante é que a Lousiana nunca deixou de ser culturalmente muito diferente do resto dos Estados Unidos, justamente por causa dessa sua origem. New Orleans, por exemplo, é extremamente musical e possui uma das culturas mais diversificadas e ricas daquele país. Herança de seu DNA francês. Em relação a fuga de D. João VI ao Brasil existe um fato muito curioso. Quando Napoleão resolveu invadir Portugal a família real entrou em pânico. O rei não podia ceder aos caprichos nem da França e nem da Inglaterra e assim no meio de duas potências D. João VI fez sua fuga rumo ao nosso país junto de sua corte. Foi um exagero. Segundo historiadores o exército de Napoleão que chegou a invadir Portugal era pequeno, despreparado e com poucas armas. Se D. João VI tivesse ficado em Lisboa ele muito provavelmente teria vencido as forças de Napoleão já que o imperador mandou apenas os "restos" de seu exército para ocupar Portugal. Foi mais desespero dos portugueses do que uma ameaça real. De uma maneira ou outra nossa nação se beneficiou como você bem escreveu. Os portos brasileiros foram abertos às nações amigas e essa velha colônia esquecida pelo reino português finalmente deu seus primeiros passos de verdadeiro desenvolvimento. Grande abraço amigo Telmo.
ResponderExcluirVeja Pablo, como o destino às vezes encaminha os passos de uma determinada nação: Não fosse a compra da Louisiana pelo governo americano e com certeza os Estados Unidos não seriam a potência que comanda, econômica e militarmente o mundo desde o início do século XX. Ou seja, uma área gigantesca de mais de 2 milhões de km² - ou 23% do território americano - É muita coisa. É praticamente uma área do tamanho da Argélia, por exemplo. Não tenho a menor dúvida de que ali, ao fechar a negociação, os americanos deram o primeiro passo para comandar o mundo.
ResponderExcluirSim, concordo plenamente com você. Além do mais pense bem, é um dos poucos países do mundo banhados ao mesmo tempo pelo Oceano Atlântico e Pacífico. Tirando o Canadá e algumas nações da América Central (que são pequenas demais para fazer diferença) esse se torna um grande diferencial geográfico. E isso foi fruto da conquista do oeste, tão celebrada pelo cinema americano em seus filmes de western de que tanto gostamos.
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