segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Explosão da Challenger

28 de janeiro de 1986. Quem gosta de ciência certamente lembrará dessa data pois foi nesse dia que o ônibus espacial Challenger explodiu em um dos maiores desastres da história do programa de naves da NASA. O interessante é que os ônibus espaciais eram considerados uma solução para os problemas da corrida espacial. Um bom atalho para a corrida rumo ao espaço pois eram reaproveitáveis, bem ao contrário dos antigos foguetes que eram destruídos poucos minutos após saírem da nossa atmosfera. E justamente por serem usados mais de uma vez as decolagens dos ônibus acabaram virando rotina, sem grande interesse do público e da imprensa. Como era de se esperar a tragédia da Challenger reacendeu o interesse nesse tipo de espaçonave.

Tudo foi pelos ares por causa de uma pequena fissura em um dos enormes tanques de combustível que ficavam acopladas para dar o impulso necessário para vencer a gravidade da Terra. O terrível foi que entre os mortos não havia apenas astronautas profissionais mas uma simpática professora, Christa McAuliffe. Sua entrada na missão era justamente para que a imprensa americana voltasse a noticiar as expedições, afinal a NASA também precisava da aprovação do povo americano para que o congresso desse apoio orçamentário para as caras e dispendiosas missões.

Hoje em dia, infelizmente, as naves estão aposentadas. E por uma ironia enorme do destino os astronautas americanos acabaram virando caroneiros das naves russas para irem na Estação Orbital Internacional. Com a crise na economia americana e o fim da guerra fria a NASA foi ficando cada vez com menos dinheiro, a ponto de praticamente todo o programa ser deixado de lado. O futuro agora cabe às missões não tripuladas, feitas por robôs, como os recentes pousos em Marte. Afinal levar seres humanos a outros planetas é caro, perigoso e muitas vezes não conta com o apoio popular. Os americanos aliás estão mais preocupados em arranjar um emprego do que em pisar em Marte ou qualquer outro lugar do universo.

Pablo Aluísio.

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