terça-feira, 5 de abril de 2011

O feminismo e a mulher atual

É incrível como os relacionamentos atuais andam superficiais. Muitos podem dizer que é um reflexo do mundo em que vivemos. Os casais já não possuem o dom de ouvir um ao outro, as brigas se tornam cada vez mais frequentes e o rompimento quase sempre é inevitável. O homem já não sabe como se comportar direito e a mulher não aceita mais as coisas como antigamente. Pense um pouco. Se você tem mais de 40 anos de idade certamente foi criado em um ambiente familiar onde os papéis entre homens e mulheres eram bem definidos. O homem era o grande provedor, trabalhando para manter o sustento de sua casa. Era o lado forte da relação. A mulher era mãe, dona de casa e esposa. A sensibilidade e a ternura dentro de uma família. Na minha concepção não existe nada de errado nesse tipo familiar. Penso inclusive ser o correto. Os filhos recebem apoio e crescem em um ambiente muito sadio, com tudo perfeitamente encaixado. A harmonia nasce dessa verdadeira divisão de funções dentro da família.

O feminismo teve importante papel na história da humanidade mas se equivocou em condenar esse tipo de estrutura dentro da família. De repente a mãe teve que também ir ao mercado de trabalho a todo custo. O problema é que a mulher que antes exercia um papel bem definido dentro da família acabou acumulando muitas novas funções. Se tornou não apenas mãe e esposa, mas também trabalhadora, provedora e muitas vezes a única fonte de renda da família, haja visto que cresce a cada ano o número de mães solteiras. Claro que é praticamente impossível ser tudo ao mesmo tempo agora. Essa nova posição da mulher dentro da sociedade acaba prejudicando ela mesma, de uma forma ou outra. De repente a mulher se torna uma mãe ausente, com seus filhos sendo criados por babás ou em creches de tempo integral. Ou então se prejudica na carreira por causa dos filhos, que de uma forma ou outra acabam se ressentindo de sua ausência. Se analisarmos bem o feminismo trouxe o rompimento com o padrão antigo mas não mostrou o caminho, a solução para esse impasse.

Está cada vez mais dificil encontrar famílias no estilo tradicional. As mulheres estão mais livres, isso é positivo, mas também estão mais sobrecarregadas, mais infelizes, estressadas e deprimidas, revelam vários estudos e pesquisas. A vida pode se tornar muito dura para uma mulher quando ela assume todas as obrigações na criação dos filhos. Por mais que as feministas afirmem que homens e mulheres devem ser tratados de forma igual o fato é que para muitas delas isso logo se torna um farto de vida muito complicado de se lidar. Conheço mulheres que se consideram mães ausentes na criação de seus filhos pois se sentem extremamente exaustas e esgotadas em ter que lidar também com uma jornada de trabalho fora de casa e outra dentro, cuidando dos filhos no pouco tempo livre que lhes restam. Muitas não possuem nenhum tipo de lazer, entrando numa cirando de obrigações profissionais e familiares sem fim. Como é que ainda se surpreendem pelo alto número de mulheres infelizes hoje em dia?

Essa visão liberal demais também trouxe distorções na visão das mulheres mais modernas. Muitas delas olham com certo desdém para a mulher que decide ser dona de casa, aquela que prioriza a criação de seus filhos. É um absurdo esse tipo de visão. O trabalho feito dentro do lar é tão digno quanto o trabalho desenvolvido fora de casa. Não existe hierarquia sobre essas duas formas de levar a vida. Não existe coisa mais bela do que a criação dos próprios filhos. Acha antiguado? Pois saiba que por gerações e gerações essa fórmula deu muito certo dentro da humanidade. Muitas mulheres se realizaram e foram felizes apenas sendo boas mães e boas esposas. É melhor ser uma mulher do lar feliz e realizada do que uma profissional estressada, frustrada e infeliz com os rumos de sua própria vida. O problema é que o feminismo simplificou demais a questão do papel da mulher da sociedade, querendo transformar ela em um espelho do próprio homem. Isso foi um erro e tanto dessa bandeira. Não me admira em nada o grande número de mulheres com problemas de auto estima, depressão e demais males por causa da loucura da vida atual. Afinal de contas vamos ser sinceros pois mais importante do que ser bem sucedida na carreira é ser feliz na vida.

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Pablo:

    eu concordo tanto com o que você escreveu que eu poderia ter escrito este post e seria idêntico. Mas, meu amigo, você está mexendo num vespeiro que nem te falo. Até as mulheres que acreditam no que você diz serão contra só pra não parecerem retrógradas frente as outras modernosas.

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  3. O problema de certas ideologias como o feminismo é que elas impõe um modo de ser para as pessoas e decreta que esse modo de ser é o certo e todos os outros são errados. O socialismo é assim também. Bobagem. Cada pessoa é dona de seu destino. Se a mulher deseja ser uma boa esposa, mãe e dona do lar não há nada de errado nisso. Se ela quiser ter uma vida profissional plena também não há nada de equivocado sobre sua escolha. O que não dá para aceitar é a imposição a ferro e fogo de uma maneira de ser a todas as mulheres. Isso leva à frustração e à depressão, como bem está sendo mostrado por pesquisas recentes. A mulher nunca foi tão infeliz como nos dias de hoje. O feminismo e sua visão de vida contribuiu demais para esse estado de coisas. Pablo Aluísio.

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  4. Pablo:

    Primeiro devemos entender que não é fácil ser sempre a segunda numa realção. Pra algumas mulheres podia se tolerável, mas sempre degradante e pouco gratificante no âmbito pessoal, era bom para os homens.

    Segundo, se você disser que a moda é andar de sutiã na rua é o que ela fará, tai o bustie que não me deixa mentir.

    Ou seja, se um gropo formador de opinião diz a todas as mulheres que ser dona de casa é degradante e pouco, ou nada, gratificante o que podemos esperar que elas irão fazer? Imitar o que o homem faz para sair da antiga posição.

    Com os homens quie você conhece, podemos critica-las?

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  5. Essa questão de ser o primeiro ou o segundo numa relação é antes de tudo uma briga pelo poder dentro do relacionamento. Essa visão de certas mulheres é muito equivocada. O interessante é que elas muitas vezes brigam pela posição de dominadora de seus homens mas uma vez atingido seu objetivo começam a automaticamente ter uma visão desvalorizada de seu marido, namorado, etc. E nisso há uma mentalidade conservadora e tradicional, muito embora elas neguem. O homem que se deixa dominar por sua mulher, passando a ocupar uma posição subalterna perante ela perde automaticamente seu valor dentro da forma de pensar das próprias mulheres. O homem dominado é apenas uma sombra. Afinal, quem consegue entender as mulheres? Rsrsrsrsrs. Pablo Aluísio.

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  6. é isso aí Pablo:

    Como disse o Freud "afinal, o que querem as mulheres?"

    Abs.

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