D. Pedro II
Nossa história não foi feita apenas de homens execráveis e inescrupulosos, muito pelo contrário. Também tivemos bons homens em momentos chaves. Um deles foi o segundo e último imperador do Brasil, Dom Pedro II. Ao contrário de seu pai que muitas vezes podia ser temperamental e rude, Pedro II era um homem elegante, educado, muito solícito e ponderado. Ele herdou todas essas características de temperamento de sua mãe, a bondosa Imperatriz Leopoldina. Ao longo de todo o seu duradouro reinado D. Pedro II jamais se envolveu em algum escândalo envolvendo corrupção ou desvio de dinheiro público. O Imperador era muito respeitado por sua honestidade e bom caráter.
Isso ficou bem claro quando foi proclamada a República. Geralmente em outros países os monarcas eram depostos com extrema violência e até assassinato. Nenhum republicano brasileiro da época levantou a hipótese de sequer tocar no Imperador e sua família, como tristemente aconteceu com o último Czar da Rússia. Ao invés disso ele foi convidado a ir para o exílio na França, mas tudo feito com o devido respeito a ele e seus familiares. A filha de D. Pedro II, Princesa Isabel, aboliu a escravidão sob sua bênção. Aliás verdade seja dita, a Princesa deveria ser a verdadeira madrinha dos movimentos negros no Brasil, pois lhes deu a liberdade há tanto desejada. Ao invés disso resolveram dar tal prestigio a Zumbi, que tinha escravos negros em seu quilombo. E isso tudo só pelo fato dele ser negro, mas enfim.
D. Pedro II também foi um exemplo de bom governante. Durante o II Reinado ele exercia um poder denominado pela constituição de Poder Moderador. Ele estava acima dos demais poderes (judiciário, executivo e legislativo), sempre permanecendo numa distância prudente de todos eles, só intervindo em situações excepcionais, quando era realmente necessária sua presença. Respeitava todas as posições políticas e sociais, ouvindo liberais, conservadores e reformistas com a mesma paciência e atenção. Um homem polido, diplomata e muito íntegro.
D. Pedro II também se notabilizou por ser um amante das artes e da ciência. Sempre procurava se inteirar das novas descobertas cientificas e não raro procurava dar apoio a cientistas inteligentes, geniais, mas pobres demais para colocar em prática suas ideias. Foi com sua intervenção direta que a máquina fotográfica chegou ao Brasil. Ele era um amante das ciências naturais e amava a natureza. Tinha um grande carinho e amor pelo Brasil e no final da vida não lamentou a perda de seu poder, mas sim o fato de não poder passar seus últimos dias em seu país querido. Não resta dúvidas que o maior legado de D. Pedro II foi sua bondade. Ele foi um homem bom.
Pablo Aluísio.
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