O material era tão vasto que até hoje historiadores encontram novos textos que desconheciam. E qual era o teor dessas publicações anônimas? Praticamente sempre os mesmos, atacando a rainha de todas as maneiras mais vis, a retratando como uma mulher sem valores morais, uma prostituta, uma devassa, uma mulher depravada em sua vida pessoal. Tudo mentira. Maria Antonieta era mais puritana que todos os que a ofendiam. Ela foi injustiçada sem dó e nem piedade por esses difamadores e caluniadores, muitos deles membros do que viria a ser a Revolução Francesa, mas também nobres nefastos, que jogavam contra a própria monarquia. A ironia histórica foi que muitos deles tiveram suas cabeças cortadas pela guilhotina na fase mais fanatizada da revolução francesa.
Alguns desses textos retratavam Maria Antonieta em gravuras. Essas gravuras eram pornográficas, mostrando a rainha fazendo sexo com vários homens, com criados e até com animais. Não havia limites para a baixaria. O pior de tudo é que muitos franceses do povo acreditaram nessa rede de difamação. Isso, penso, foi fruto de um sentimento de ressentimento contra a realeza. Afinal não era fácil passar fome enquanto uma nobreza completamente dada a excessos de pompa e riqueza desfrutava dos maiores luxos do Palácio de Versalhes. Porém nada disso justificaria a mentira que era levantada contra a rainha.
Provavelmente Maria Antonieta só traiu seu marido uma única vez e mesmo assim em uma situação sui generis. A rainha nunca teve a oportunidade de escolher com quem iria se relacionar, com quem se casaria. Ela de certa forma foi vítima de sua dinastia que a usou como mera peça do jogo político de sua época. Se apaixonar verdadeiramente pelo nobre Axel von Fersen foi certamente seu único pecado. O crime de amar alguém verdadeiramente.
Até a famosa frase atribuída à rainha "Que comam brioches!" era uma mentira, uma fake news. Essa mesma frase já havia sido atribuída antes para a esposa de Luís XIV e para duas amantes de Luís XV e nenhuma delas havia dito nada nesse sentido. Era uma frase inventada por adversários políticos, tudo com o objetivo de atacar os membros da nobreza francesa. Esse aliás é um consenso entre historiadores, após consulta em milhares e milhares de documentos da época. Os revolucionários franceses chegaram ao absurdo de acusar Maria Antonieta de ter um caso com o próprio filho, um incesto na família real. Qual era a verdade sobre isso? Nada, uma mentira deslavada feita para impressionar opiniões mais bobas, mentes mais simples. Assim fica mais que claro que ela foi vítima, da mentira e da propaganda política de forma mais rasteira. Tudo fruto da mente dos revolucionários franceses.
Pablo Aluísio.
História Geral
ResponderExcluirAs Mentiras contra a Rainha Maria Antonieta
Pablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirNa Revolução da Francesa se institiu o conceito de "esquerda revolucionária", e ela é isso aí até hoje: mentiras, desonestidade e hipocrisia. Gente asquerosa.
E cabeças rolaram por causa dessas mentiras... rolou a cabeça da rainha, do rei, do filho deles, que era apenas uma criança e de milhares de pessoas inocentes. A revolução francesa foi um banho de sangue...
ResponderExcluirEssa é a gente "humanista" que compõem a esquerda no mundo todo até hoje.
ExcluirPablo:
ResponderExcluirSó uma pequena curiosidade sobre o filme do qual falávamos ontem, O Infiltrado. O título original faz muito mais sentido (Wrath of Man) e não é uma espécie de spoiler como o título nacional. Eu o estou revendo e a experiência é muito boa, uma vez que agora consigo identificar as situação e os personagens desde o inicio. Muito legar fazer isso nesse filme.
Boa ideia, o filme fica mais esclarecido assim...
ResponderExcluirPablo:
ExcluirAgora entendi tudo. Só achei aquela moto esportiva do Jan (Scotty Eastwood) custar só US$ 28.000,00 não tão cara assim como fazem parecer no filme. Tanto que na tradução eles dizem "bicicleta", quando o chefe critica ele ter comprado uma "bike" de alto valor.