domingo, 16 de fevereiro de 2014

A Sombra do Batman

Título no Brasil: A Sombra do Batman
Título Original: Beware the Batman
Ano de Produção: 2013 / 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Sam Liu, Rick Morales, Curt Geda 
Roteiro: Mark Banker, Erin Maher,
Elenco: Anthony Ruivivar, JB Blanc, Sumalee Montano

Sinopse: 
Após testemunhar a morte de seus pais por um criminoso em Gotham City o jovem milionário Bruce Wayne resolve assumir uma nova identidade, a de Batman, um cavaleiro das trevas que começa a caçar todos os bandidos soltos nas ruas da grande cidade. No meio da criminalidade o aviso então se alastra: "Cuidado com a sombra do Batman!"

Comentários:
DVD que traz todos os treze primeiros episódios da série "A Sombra do Batman". No total são mais de duas horas e meia de animação com episódios que duram em média pouco mais de 20 minutos. Infelizmente os produtores não resolveram apostar em uma animação ao estilo tradicional, investindo em computação gráfica. O resultado é irregular. A verdade é que fora do mundo milionário do cinema, com seus amplos recursos técnicos e generosos orçamentos, a CGI nem sempre funciona muito bem. Em termos de roteiro a série também traz algumas novidades que podem desagradar os mais tradicionalistas como um mordomo Alfred brutamontes (com passado de agente secreto) e novos vilões, personagens pouco conhecidos como o Professor Porco, o Sr. Sapão e Magpie, uma cleptomaníaca com surtos psicóticos. Não que nada disso vá desagradar a garotada que acompanhará a série no Cartoon Network. Caso você esteja curioso para conhecer e gosta das aventuras do Batman então pode ser até uma opção meramente mediana para o fim de semana.

Pablo Aluísio.

O Rei da Califórnia

Título no Brasil: O Rei da Califórnia
Título Original: King of California
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Mike Cahill
Roteiro: Mike Cahill
Elenco: Michael Douglas, Evan Rachel Wood, Willis Burks II

Sinopse: 
Após ser internado por longos anos em instituições psiquiátricas, Charlie (Michael Douglas) ganha a liberdade. Ele tem uma filha, Miranda (Evan Rachel Wood), com quem mantém uma relação complicada. De volta às ruas Charlie começa a se convencer que há nos subúrbios da cidade onde mora um antigo tesouro espanhol enterrado, algo que seria a solução de todos os seus problemas financeiros. Seu alvo passa a ser um mercado de conveniência das redondezas que ele acredita ter sido construído em cima do local onde os espanhóis teriam escondido a fortuna.

Comentários:
Comédia muito despretensiosa estrelada por um envelhecido Michael Douglas. O roteiro tenta pegar carona com a modinha de filmes indies que fizeram sucesso entre a juventude em 2007. O problema é que o enredo é pouco atraente, muito bobo mesmo e não desperta maior interesse (talvez por essa razão o filme tenha sido um grande fracasso de bilheteria). É curioso ver um ator como Michael Douglas, que sempre preferiu estrelar blockbusters oportunistas, encarar um projeto como esse. Um filme pequeno, simples, que certamente não teria a menor chance de se destacar comercialmente nas bilheterias. Por falar nelas há muito tempo que Douglas não consegue mais se destacar no mercado. Abrindo o jogo seu último filme realmente relevante foi "Traffic", lançado há quase quinze anos. É certo que ele tentou se reerguer com "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme" mas os resultados comerciais foram bem mornos. Assim o ator ultimamente tem se limitado a pequenos filmes como esse, que não trazem grandes ricos e nem maiores responsabilidades. "King of California" não marca e tem todos os atributos de uma comédia descartável ao estilo Sessão da Tarde. No fundo é o retrato da própria carreira de Michael Douglas, que já foi brilhante no passado mas que hoje em dia não reluz mais.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Os Seus, Os Meus e os Nossos

Título no Brasil: Os Seus, Os Meus e os Nossos
Título Original: Yours, Mine and Ours
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: Ron Burch, David Kidd
Elenco: Dennis Quaid, Rene Russo, Jerry O'Connell

Sinopse:
Frank Beardsley (Dennis Quaid) perdeu a mulher e com oito filhos se tornou um viúvo solitário. Convenhamos não é nada fácil, principalmente nos dias de hoje. Eis que descobre finalmente que a vida continua e resolve procurar por novos relacionamentos. Acaba reencontrando a namoradinha da escola, uma antiga paixão, que ora vejam só, também está viúva. Detalhe: ela tem 10 filhos! Mesmo com tanta prole resolvem se casar, o que dará origem a muitas confusões pois a convivência de tanta gente junta certamente não será tão pacífica como desejam seus pais!

Comentários:
Essa comédia é na verdade um remake de um antigo filme estrelado pela humorista Lucille Ball em 1968 também chamado "Os Seus, Os Meus, Os Nossos". Não há grandes novidades no roteiro, que segue basicamente com o mesmo enredo. Apenas pequenos detalhes fazem diferença como o número de filhos que no original eram vinte e não dezoito como aqui! Além da confusão natural de se ter uma família com tantos filhos o roteiro procura tirar humor do fato dos filhos de pais diferentes possuírem também educações diferentes. Os filhos dele são organizados, disciplinados, estudiosos e sérios. Os filhos dela são pura bagunça e indisciplina. Funciona? Em termos, se você não estiver esperando por algo excepcionalmente engraçado até pode vir a se divertir. O curioso é que famílias numerosas vão se tornando cada vez mais raras nos dias de hoje, ao contrário do passado, onde dez filhos era algo até comum. Talvez por essa razão a estória soe bem mais datada hoje em dia do que antigamente com a estrela de "I Love Lucy". Mesmo assim, se não estiver fazendo nada na noite de sábado quem sabe a fita não se torne uma boa opção de fim de noite. Bom programa.

Pablo Aluísio.

Gagarin

Título no Brasil: Gagarin
Título Original: Gagarin: Pervyy v kosmose
Ano de Produção: 2013
País: Rússia
Estúdio: Kremlin Films
Direção: Pavel Parkhomenko
Roteiro: Andrei Dmitriyev, Oleg Kapanets
Elenco: Yaroslav Zhalnin, Mikhail Filippov, Olga Ivanova

Sinopse:
Yuri Alekseievitch Gagarin (Yaroslav Zhalnin) é um jovem de origem humilde do interior, filho de um simples carpinteiro, que decide ir para a cidade grande em busca de novas oportunidades. Na escola técnica acaba chamando a atenção dos professores por seu empenho nos estudos e logo é enviado para a força aérea russa. Lá se torna um piloto de caças e após alguns anos decide se candidatar ao programa espacial da União Soviética, naquele momento em uma verdadeira corrida espacial contra os americanos. De um universo de dois mil candidatos ele consegue se classificar entre um seleto grupo de apenas 20 pilotos designados para participar da primeira missão espacial da história. Após exaustivos treinamentos e testes, finalmente é escolhido como o primeiro homem a ir para o espaço em 1961, um feito histórico para a ciência.

Comentários:
Já que os americanos certamente nunca fariam um filme sobre Yuri Gagarin os russos foram lá e realizaram esse excelente retrato desse herói soviético, o primeiro homem a entrar em órbita. O roteiro tem duas linhas narrativas bem claras. Na primeira acompanhamos Gagarin em sua histórica missão. Os preparativos, a decolagem do imenso foguete que levou ao espaço a nave Vostok 1, a tensão nos bastidores e finalmente todos os momentos que concretizaram esse vôo histórico. Tudo mostrado com excelente nível técnico, ótimos efeitos visuais e produção requintada. Na segunda linha narrativa o roteiro mostra as origens humildes de Gagarin, aspectos da vida familiar do cosmonauta, a dura vida de trabalhador de seu pai e sua relação com a esposa e suas duas filhas. De forma inteligente o filme deixa as questões ideológicas que impulsionaram o programa soviético de lado. Como os russos ainda hoje se sentem desconfortáveis com o passado socialista de seu país (já que vivem dias de democracia), o importante é de fato mostrar a missão do ponto de vista quase que exclusivamente científico. O líder soviético Nikita Kruschev surge em cena, feliz e contente com o sucesso da missão que usará como fonte de propaganda mas é só. Nada avança muito nesse aspecto. O que torna esse filme realmente muito bom são as cenas em que Gagarin passeia em volta da Terra, olhando para a imensidão do cosmos. Nessa parte o roteiro conseguiu captar toda a emoção daquele momento. Assim "Gagarin" é um ótimo filme, que merece ser assistido com um ponto de vista na história e outro nos avanços maravilhosos da ciência.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Evocando Espíritos

Título no Brasil: Evocando Espíritos
Título Original: The Haunting in Connecticut
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Gold Circle Films
Direção: Peter Cornwell
Roteiro: Adam Simon, Tim Metcalfe
Elenco: Virginia Madsen, Martin Donovan, Elias Koteas

Sinopse: 
Uma família se muda para uma antiga casa em Southington, Connecticut. O imóvel, há muitos anos abandonado, é comprado por uma verdadeira pechincha. No começo tudo parece transcorrer muito bem até que pequenos eventos inexplicáveis começam a surgir no meio da noite. Inicialmente os familiares tentam ignorar mas depois que parte desconhecida da casa é descoberta, uma câmara de embalsamento de corpos no porão, as coisas começam a sair do controle. Acontece que na década de 1920 o local serviu de casa funerária. Algumas fotos aterrorizantes de corpos são encontradas no fundo escuro do local e várias manifestações de espíritos malignos começam a surgir de forma recorrente. O que a família poderá fazer para se proteger desses eventos sinistros?

Comentários:
A proposta dessa franquia "Evocando Espíritos" até que é bem interessante. Adaptar para o cinema velhas histórias de assombração. Esse filme, por exemplo, foi baseado numa história real que ocorreu no estado americano de Connecticut. Inclusive esses acontecimentos já tinham sido explorados em um programa do canal Discovery, chamado "Assombrações". Por essa razão assim que o filme começou me lembrei imediatamente do que tinha visto na TV. A casa existe até os dias atuais e é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. No programa do Discovery o local era mostrado pela primeira vez na televisão americana. Os produtores desse filme fizeram nesse aspecto um belo trabalho de reconstituição histórica, recriando a velha residência em estúdio. O filme é curioso e interessante por seu tema mas também apresenta alguns problemas. Nas mãos de um diretor melhor acredito que a estória iria render mais. Talvez Peter Cornwell tenha se equivocado por não ser tão sutil como era de esperar. Os fantasmas surgem muitas vezes de forma banal, quebrando o suspense e a tensão que situações assim poderiam gerar. Também subestima muito a inteligência do espectador, sempre tentando explicar os mínimos detalhes de tudo o que acontece (o que é desnecessário). De qualquer maneira do jeito que está não está ruim. Bem melhor é a continuação, "Evocando Espíritos 2", que também foi baseado em um fato supostamente real mas de forma bem melhor. Esse primeiro, infelizmente, perde uma ótima oportunidade de ser uma pequena obra prima do terror.

Pablo Aluísio. 

U.S. Marshals - Os Federais

Título no Brasil: U.S. Marshals - Os Federais
Título Original: U.S. Marshals
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Baird
Roteiro: Roy Huggins, John Pogue
Elenco: Tommy Lee Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr., Joe Pantoliano

Sinopse: 
Samuel Gerard (Tommy Lee Jones) é um agente federal que tem a missão de recapturar o assassino fugitivo Mark Roberts (Wesley Snipes) que conseguiu escapar das garras da lei após se libertar quando o avião que o transportava em direção à prisão sofreu um acidente. Ao lado do experiente Gerard surge um agente bem mais jovem e novato, John Royce (Robert Downey Jr.) que o ajudará a pegar Roberts. O que poucos sabem porém é que o procurado não é um fugitivo comum, mas sim um criminoso envolvido numa complexa rede de interesses envolvendo políticos poderosos.

Comentários:
"U.S. Marshals - Os Federais" foi vendido na época de seu lançamento como uma espécie de continuação do sucesso "O Fugitivo". Na realidade não é bem disso que se trata. O único elo de ligação vem mesmo do personagem do agente Samuel Gerard, novamente interpretado pelo ator Tommy Lee Jones. É verdade que a estrutura do roteiro de uma forma em geral procura se assemelhar bastante ao filme anterior, mas isso não coloca a fita necessariamente como uma sequência direta daquela produção com Harrison Ford. São fitas de certa forma bem independentes, que podem ser assistidas isoladamente, sem perda nenhuma da compreensão de suas tramas. O diretor Stuart Baird é um caso curioso. Uma rara transição da mesa de edição para a direção. Ele ficou conhecido por ter realizado a edição de vários filmes de ação famosos, especialmente com Bruce Willis e seu talento em dar agilidade nas cenas levou a Warner a apostar nele como diretor de fitas de ação. Depois de dirigir o bom e competente "Momento Crítico" ele foi designado para esse "U.S. Marshals" e não decepcionou. Os fãs de "Star Trek" também o conhecem bem pois ele dirigiu uma boa aventura da franquia em 2002, "Nêmesis". Assim temos aqui um policial ágil, com muita adrenalina e como não poderia deixar de ser, ótimas cenas de perseguição. Tudo mostrado em um bom ritmo, feito especialmente para o espectador não desgrudar os olhos da tela. Se você gosta desse estilo de filme certamente não pode deixar de conferir.

Pablo Aluísio.

Arraste-me para o Inferno

Título no Brasil: Arraste-me para o Inferno
Título Original: Drag Me to Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Ruth Livier

Sinopse: 
Christine Brown nega um novo empréstimo para uma velha senhora que sem essa quantia ficaria sem casa. Já idosa e abandonada à própria sorte ela é despejada de sua residência e resolve despejar toda a sua fúria lançando uma maldição secular contra Brown. Esse feitiço acaba atraindo todos os tipos de energias e espíritos negativos para a vida da pobre moça que se vê assim em um verdadeiro inferno na Terra.

Comentários:
Eu não me surpreendi com o filme porque antes de assistir já tinha lido várias críticas dizendo que era algo ao estilo "Uma Noite Alucinante", então já sabia de antemão o que iria encontrar: muitas cenas escatológicas, muito humor negro e um final pra lá de esquisito. Eu até gostei e pra falar a verdade me diverti. Dentro do que ele propõe (ser um tipo de "terrir" - terror para rir) até que Raimi se saiu bem. O filme tem uma levada meio despretensiosa mesmo, acho inclusive que ele fez esse para relaxar das tensões que sofreu ao dirigir "Homem Aranha". Os personagens são todos caricaturais ao extremo, mostrando o tempo todo que Sam Raimi jamais quis fazer algo mais sério. A velha cigana que joga uma maldição é um exemplo disso. Raimi quase fez dela um clichê ambulante das antigas bruxas de desenho animado e produções antigas de terror. Na cena do atropelamento então o cineasta deixa claro suas reais intenções. É um filme para se ver com muita pipoca, cercado dos amigos no cinema, com todos dando risadas dos absurdos do roteiro. Houve quem levasse à sério mas isso, repito, não estava nos planos de Raimi. Se você quiser um passatempo descompromissado, que joga e satiriza com os clichês dos filmes de terror, esta fita certamente pode ser uma boa opção.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Operação Sombra - Jack Ryan

Título no Brasil: Operação Sombra - Jack Ryan
Título Original: Jack Ryan - Shadow Recruit
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Adam Cozad, David Koepp, Tom Clancy 
Elenco: Chris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley, Kenneth Branagh

Sinopse: 
Jack Ryan (Chris Pine) é um jovem universitário que assiste os terríveis atentados terroristas de 11 de setembro. Tomado por um fervor patriótico resolve se alistar no corpo de fuzileiros dos Estados Unidos. Após ser abatido em combate acaba conhecendo a charmosa médica Cathy Muller (Keira Knightley) em um hospital militar. Sua vida porém está prestes a mudar. Especialista em mercado financeiro ele é procurado pelo misterioso Thomas Harper (Kevin Costner) que o quer nos quadros da CIA, o serviço de inteligência americano. Disfarçado, Ryan começa então a trabalhar em Wall Street com o objetivo de rastrear contas internacionais usadas para terrorismo. Suas suspeitas o levam até Moscou, onde encontra uma peça chave em todo o esquema, comandado por Viktor Cherevin (Kenneth Branagh). 

Comentários:
Você conhece bem o personagem Jack Ryan. De vez em quando ele vai e volta ao cinema americano em filmes como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "Perigo Real e Imediato" e "A Soma de Todos os Medos". Já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford e Ben Affleck. Agora retorna na pele do ator Chris Pine (o Capitão Kirk da nova franquia Star Trek). Como se pode perceber logo nas primeiras cenas estamos na presença de mais um daqueles filmes que contam as origens de personagens famosos. O problema é que não faz sentido. É absurda essa introdução de como ele entrou na CIA simplesmente porque Jack Ryan nos livros de Tom Clancy tem suas estórias passadas em um tempo bem anterior aos atentados de 11 de setembro de 2001, então como agora Hollywood tenta situar sua origem justamente naqueles acontecimentos? Além disso o Jack Ryan que todos conhecemos é um homem experiente, na faixa de seus 40 e tantos anos, frio e calculista e não o garotão que surge nesse filme, apaixonado, passional e cheio de altos valores morais. A única coisa que explica tantas mudanças é a necessidade de trazer o personagem para os dias atuais, para ser comercializada para um público muito jovem que frequenta os cinemas atualmente. Isso acabou estragando o filme que além do mais nem tem uma trama muito interessante e complexa como a dos filmes anteriores. O resultado de tudo isso é fácil de explicar pois "Operação Sombra - Jack Ryan" é sem dúvida o mais fraco filme realizado com esse personagem. Uma pena.

Pablo Aluísio.

O Patriota

Título no Brasil: O Patriota
Título Original: The Patriot
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Mel Gibson, Heath Ledger, Tom Wilkinson, Chris Cooper

Sinopse: 
Na colônia da Carolina do Sul, no ano de 1776, o colono Benjamin Martin (Mel Gibson) se torna vítima da brutal repressão das tropas inglesas na região. Tentando vencer na vida duramente, com sua pequena plantação, ele vê seus dois filhos mais velhos se alistarem no chamado exército continental formado após a colônia decidir lutar contra um dos maiores impérios do mundo, o da Grã Bretanha. Todos querem a independência. A rebelião desperta a fúria da metrópole que decide se vingar da população civil. A pequena plantação de Martin é incendiada e sua família sofre a tragédia da guerra que se forma no horizonte. A partir desses eventos Martin finalmente se decide por lutar no conflito para que uma nova, jovem e ambiciosa nação finalmente se liberte da opressão inglesa.

Comentários:
Filmes sobre a revolução americana sempre despertaram certos receios por parte dos grandes estúdios de Hollywood, principalmente depois do enorme fracasso comercial de "Revolução", estrelado por Al Pacino. Só mesmo o nome de Mel Gibson para levantar um projeto como esse. Tentando misturar fatos históricos reais com personagens de mera ficção "O Patriota" pretendeu levar acima de tudo entretenimento para as plateias. Nenhuma grande tese ou programa político é defendido em cena. Apenas história emoldurada nos moldes dos grandes blockbusters da indústria americana. Curiosamente até que a ideia não se mostra ruim. Gibson tem uma boa cena de ação atrás da outra e se destaca numa boa produção, que procura humanizar e dar um rosto aos colonos americanos que cansados da exploração do colonizador resolveram colocar em frente suas ambições de liberdade e independência. No elenco de apoio temos a presença de um jovem Heath Ledger, ainda tentando abrir seu espaço dentro do mercado. Sua interpretação é apenas mediana e nada realmente deixa transparecer o grande ator que viria a se tornar. Tom Wilkinson também merece destaque pelo bom trabalho desenvolvido em seu personagem, o general e Lord Charles Cornwallis. O filme só não é melhor porque afinal de contas temos o inexpressivo Roland Emmerich por trás das câmeras. Exigir desse diretor algo acima da média seria realmente pedir demais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Do que as Mulheres Gostam

Título no Brasil: Do que as Mulheres Gostam
Título Original: What Women Want
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio:  Paramount Pictures, Icon Entertainment
Direção: Nancy Meyers 
Roteiro: Josh Goldsmith, Cathy Yuspa
Elenco: Mel Gibson, Helen Hunt, Marisa Tomei, Bette Midler

Sinopse: 
Nick Marshall (Mel Gibson) é um executivo de Chicago que após sofrer um acidente desenvolve uma estranha e curiosa habilidade: a de saber o pensamento das mulheres. Ele logo percebe que esse novo dom pode lhe beneficiar de diversas formas, no trabalho e principalmente nos relacionamentos amorosos pois é de fato uma grande vantagem saber o que elas realmente pensam, gostam e querem dos homens.

Comentários:
Quando esse filme foi lançado Mel Gibson explicou que o fez por pura diversão, algo bem leve e bem humorado, fugindo do padrão de suas fitas mais conhecidas. Claro que em filmes como "Máquina Mortífera", que são produções de pura ação, Gibson também exercitava seu bom humor, uma vez que o personagem que interpretava era definitivamente meio maluco mas aqui não há nenhum sinal de carros explodindo ou tiroteios. No fundo tudo não passa de uma comédia romântica feita especialmente para o público feminino (os homens, fãs de Gibson, certamente vão se aborrecer logo nos primeiros minutos de filme). O grande problema de "What Women Want" é que se trata de uma comédia de uma piada só. Ok, Gibson ganha o poder de ler a mente das mulheres, ele usa o que elas pensam em seu favor, ganha com isso mas... é só! Certamente há momentos divertidos, principalmente quando o roteiro brinca com o fato das mulheres no fundo não saberem o que realmente querem. Gibson vai se moldando no que elas querem dele mas isso definitivamente vai se desgastando ao longo do filme a ponto de no final perdermos o interesse sobre o que acontece. É uma produção para se assistir uma única vez e depois esquecer. Vale como curiosidade de um momento bem singular da carreira de Mel Gibson e nada mais do que isso.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Labirinto do Fauno

Título no Brasil: O Labirinto do Fauno
Título Original: El Laberinto del Fauno
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, México, Espanha
Estúdio: Warner Bros, Estudios Picasso, Sententia Entertainment
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Ariadna Gil

Sinopse:
Na Espanha em 1944, após a sangrenta guerra civil, um grupo de rebeldes continua em combate nas distantes montanhas de Navarra. E é justamente para lá que se muda a pequena Ofelia (Ivana Baquero) de apenas 10 anos ao lado de sua mãe. Seu novo padrasto é um membro do exército que luta para vencer os últimos guerrilheiros da região. Em um ambiente tão opressor e até mesmo perigoso a jovem Ofelia resolve dar asas à sua imaginação. Nos arredores de sua nova casa ela descobre um jardim e lá um novo mundo de fantasias se abre, unindo realidade com um incrível mundo povoado de seres mitológicos e fantasiosos.

Comentários:
Gostei muito. A direção de arte é o grande destaque. O roteiro é redondinho e tem muitas mensagens subliminares. Visualmente o filme é um dos mais belos (e exóticos) que já assisti na minha vida. Some-se a isso o charmoso ambiente de realismo fantástico, com um roteiro muito criativo e imaginativo embalado pelas excelentes e incríveis atuações das atrizes Sergi Lopez e Ivana Baquero, além dos ótimos efeitos especiais e você terá uma pequena obra prima, talvez o melhor momento da carreira de Guillermo del Toro no cinema. Afinal de contas nunca foi uma tarefa fácil mesclar mundo real com fantasia sem cair ou na infantilidade ou na pura bobagem. Pois o cineasta venceu essa barreira já que o filme na realidade levanta questões importantes, inclusive para o nosso mundo adulto. Por trás de cada personagem de conto de fadas há uma metáfora muito bem arquitetada sobre o mundo em que vive a garota Ofelia, que pode até mesmo ser definida, com certo espírito de humor corrosivo, como uma espécie de Alice no país das maravilhas versão hispânica. Obviamente recomendamos a produção sem nenhum receio. Assista e procure encontrar nesse mosaico de referências e metáforas a visão crítica e inteligente de Guillermo del Toro sobre o mundo (não o da fantasia, mas sim o mundo real).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Caçador de Recompensas

Título no Brasil: Caçador de Recompensas
Título Original: The Bounty Hunter
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Sarah Thorp
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Jason Sudeikis

Sinopse: 
Milo Boyd (Gerard Butler) resolve largar sua carreira policial para virar um caçador de recompensas, afinal o trabalho é bem melhor remunerado, embora exija mais dedicação. Seu próximo alvo passa a ser a jornalista Nicole Hurley (Jennifer Aniston) que por uma dessas ironias do destino também é sua ex-esposa. Inicialmente Boyd acha que por essa razão seu serviço vai ser dos mais fáceis mas ele nem desconfia que está redondamente enganado sobre isso.

Comentários:
Pois é, temos aqui mais um exemplar do cinema fast food de Jennifer Aniston. Infelizmente o tempo passa e a atriz não consegue sair desse tipo de "comédia-romântica-bobinha-com-final-bem-fofo". Curioso também é ver Gerard Butler em um papel que não lhe caiu bem, ficando bem claro ao espectador que ele está plenamente desconfortável com tudo ao redor. Afinal de contas o filme nunca se decide em ser uma comédia romântica, um filme de ação ou um besteirol completo com toques de romance de araque. Desnecessário esclarecer também que The Bounty Hunter em seu lançamento foi impiedosamente malhado pela crítica americana. O pior é saber que eles estavam plenamente com a razão. O roteiro é muito derivativo, bobo mesmo, e não consegue nem ao menos criar uma simpatia pelos personagens que são todos muito mal desenvolvidos, criando um clima dominante de que se está assistindo a algo completamente "fake". Some-se a isso uma direção preguiçosa e você tem um abacaxi inteiro em mãos. Melhor esquecer e deixar pra lá. Desligue a TV e vá ler um livro.

Pablo Aluísio.

Assassinos de Elite

Título no Brasil: Assassinos de Elite 
Título Original: The Killer Elite
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: Marc Norman e Stirling Silliphant, baseados no livro "Monkey in the Middle" de Robert Rostand
Elenco: James Caan, Robert Duvall, Arthur Hill

Sinopse: 
Mike Locken (James Caan) e George Hansen (Robert Duvall) são assassinos profissionais. Eles prestam "serviços" para uma organização clandestina que faz o trabalho sujo para a CIA quando essa não pode agir dentro da legalidade. Obviamente que são profissionais frios e calculistas, que eliminam seus alvos sem qualquer tipo de remorso ou envolvimento. Nada pessoal. As coisas porém fogem do controle quando Mike descobre que ele próprio virou o alvo de seu colega Hansen! Agora ele terá que se manter vivo de todas as formas enquanto começa a também caçar seu algoz! Dois assassinos de elite que estão prontos para se enfrentarem nesse verdadeiro jogo de vida ou morte!

Comentários:
Um filme de Sam Peckinpah bem controverso. Assim podemos definir essa fita de ação dos anos 70, "Assassinos de Elite". Na época o prestígio do diretor conseguiu trazer para o filme dois atores que estavam na crista da onda, James Caan e Robert Duvall. Peckinpah queria fazer uma película que se tornasse a definitiva sobre assassinos profissionais mas com problemas pessoais (ele estava lutando contra um pesado vício em drogas) as coisas não saíram tão bem. Na verdade notamos uma clara hesitação na direção, resultando em um filme confuso, longo demais e que nunca se decide em ser uma produção de pura ação ou algo a mais. Para muitos críticos há excessos de diálogos, alguns que nada acrescentam em uma obra que tinha a proposta de ser rápida e eficaz. Também tive a nítida sensação de que Sam Peckinpah perdeu o controle sobre o corte final da edição definitiva. A edição não é bem realizada e a trama apresenta furos de lógica. Mesmo com esses problemas pontuais o filme consegue superar tudo, apostando num ótimo entrosamento do elenco e em sequências bem realizadas de violência estilizada - a marca registrada do diretor. Definitivamente não é dos melhores trabalhos de Peckinpah mas vale como registro de um dos momentos mais complicados de sua vida, mostrando que mesmo quando estava no fundo do poço ainda conseguia realizar bom cinema.

Pablo Aluísio.

O Melhor Amigo da Noiva

Título no Brasil: O Melhor Amigo da Noiva
Título Original: Made of Honor
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Paul Weiland
Roteiro: Adam Sztykiel, Deborah Kaplan
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Kelly Carlson

Sinopse: 
Tom (Patrick Dempsey) é um sujeito feliz e realizado. A única coisa que lhe falta é se declarar para sua melhor amiga pois ele nutre uma paixão por ela que já dura anos. Tom então decide que assim que ela retornar de uma viagem na Escócia irá tomar coragem para lhe revelar tudo que sente, de coração. Para sua enorme surpresa porém ela volta da Europa noiva de um escocês rico! Agora ele terá que encarar uma situação no mínimo complicada: ser o padrinho de casamento do grande amor de sua vida!

Comentários:
Dentro desse vasto universo de comédias românticas existe um subgênero que vem a cada dia se tornando mais popular. São os filmes que exploram casamentos em geral. Obviamente não a rotina do casamento, a chatice do dia a dia e as brigas homéricas de casais que não mais se suportam. Isso todo mundo conhece e não seria explorado em uma comédia romântica já que está mais para tragédia mesmo. De forma esperta essas produções jogam com a ilusão que toma conta das noivas antes de seus casamentos. Claro que toda mulher sonha com uma cerimônia de casamento dos sonhos, com tudo saindo perfeitamente bem e dentro do esperado. O humor desse tipo de roteiro aproveita os imprevistos que podem acontecer até o momento em que o casal de pombinhos dizem finalmente o "sim"! Como é um filme feito e dirigido para o público feminino (não poderia ser diferente) o marketing foi todo criado em cima do galã Patrick Dempsey. Eu conheço o Dempsey desde os tempos em que ele era um adolescente desengonçado em comédias juvenis como "Namorada de Aluguel". Claro que as mulheres não estão interessadas nisso mas sim em sua imagem de neurologista boa pinta na série Grey's Anatomy onde interpreta o Dr. Derek Shepherd, arrancando suspiros da mulherada. Bem, para suas fãs lamento dizer que esse filme é bem fraco, nada memorável ou relevante. Mas será que elas vão se importar mesmo com isso?

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Liga da Justiça - Armadilha do Tempo

Título no Brasil: Liga da Justiça - Armadilha do Tempo
Título Original: JLA Adventures - Trapped in Time
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DC Comics, Warner Bros
Direção: Giancarlo Volpe
Roteiro: Michael Ryan
Elenco: Diedrich Bader, Laura Bailey, Dante Basco

Sinopse: 
Lex Luthor tem um novo plano de denominação. Ele pretende congelar grande parte dos oceanos para que assim se torne dono de vastas terras nas regiões de litoral do planeta. Suas armações porém não se concretizam por causa da Liga da Justiça. No meio do conflito ele acaba caindo numa fenda gelada e fica por lá por longos dez séculos. No futuro um casal de aprendizes de super-heróis acaba libertando o vilão por acidente que assim resolve voltar novamente ao passado para acertar contas de uma vez por todas com todos os membros da Liga da Justiça.

Comentários:
Mais um DVD com os heróis da Liga da Justiça que chega ao mercado americano. Aqui no Brasil esse grupo de heróis da DC Comics fez muito sucesso com uma série de desenhos chamado "Super amigos" que durou longos anos, de 1973 a 1986 (uma das séries de animação mais duradouras da TV americana). O enredo desse DVD bebe de muitas fontes, em especial do roteiro do primeiro Superman e até dos filmes da franquia "De Volta Para o Futuro", isso porque Lex Luthor se alia a um novo vilão chamado Senhor do Tempo que tem a capacidade de ir e vir no tempo, eliminando todos os que caem em paradoxos temporais. Lex inclusive tem uma ideia genial, voltar ao passado para evitar que o casal Kent encontre o jovem Superman em sua fazenda em Smallville. Embora pareça um bem bolado enredo o resultado final é apenas muito mediano. A estória traz um casal de heróis do futuro bem chatinhos que não ajudam em nada (me lembrou até dos xaropes Supergêmeos e do macaquinho pentelho Click de "Super amigos"). E para piorar ainda mais a animação tem uma qualidade técnica fraquinha, mais parecendo um episódio comum de desenho da TV. Se encontrar por aí até vale a pena dar uma olhada mas para comprar já não acho uma boa ideia.

Pablo Aluísio.