quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Arranha-Céu

Esse filme está mais ou menos há duas semanas em cartaz nos cinemas brasileiros. É uma nova investida da indústria cinematográfica americana no concorrido mercado chinês. O enredo se passa em Hong Kong. O maior arranha-céu do mundo é construído justamente lá. Um colosso que é tão algo que chega a ultrapassar as nuvens. Para melhorar seu sistema de segurança é contratado um ex-agente do FBI chamado Will Sawyer (Dwayne Johnson). Ele deixou o FBI após uma operação mal sucedida em que seus companheiros foram mortos e ele próprio perdeu sua perna. Agora é a hora de recomeçar e trabalhar nesse arranha-céu se torna uma excelente oportunidade de voltar ao mercado de trabalho.

O problema é que ele retorna no exato momento em que um grupo de terroristas decide incendiar o prédio. Para piorar a família de Sawyer também está em um dos andares. A partir daí é aquilo que já sabemos bem o que vai acontecer. O prédio sendo dominado pelas chamas enquanto The Rock tenta salvar sua família, ao mesmo tempo em que tenta impedir o pior, a destruição pelo fogo de todo o arranha-céu.

É um filme pipoca, feito mesmo para o lado mais comercial do cinemão americano. O público chinês é levado a se identificar com o filme não apenas pelo fato do filme se passar em Hong Kong, mas também pelos diversos personagens chineses que desfilam pela tela. Em um filme assim também seria de se esperar ter o melhor em termos de efeitos especiais. O curioso é que a computação gráfica, mesmo nos dias de hoje, nem sempre consegue ser muito convincente na recriação do fogo. Eu pude perceber bem isso em alguns momentos do filme. Nem tudo é muito convincente. No mais esse "Arranha-Céu" segue o básico nesse tipo de filme. Muita ação, cenas espetaculares e inverossímeis e um roteiro apenas básico, para amarrar tudo o que acontece. Fora isso nada de muito diferente do que já vimos antes.

Arranha-Céu: Coragem Sem Limite (Skyscraper, Estados Unidos, China, 2018) Direção: Rawson Marshall Thurber / Roteiro: Rawson Marshall Thurber / Elenco: Dwayne Johnson, Neve Campbell, Chin Han / Sinopse: O maior arranha-céu do mundo, localizado em Hong Kong, vira alvo de terroristas que começam um grande incêndio criminoso em um de seus andares. Para conter a tragédia e salvar sua família, o chefe de segurança Will Sawyer (Dwayne Johnson) fará o possível para evitar o pior.

Pablo Aluísio.

A Casa de Vidro

Bom thriller de suspense. A história mostra uma garota adolescente chamada Ruby Baker (Leelee Sobieski). Após a morte dos pais em um acidente de carro ela precisa de novos tutores, pois é menor de idade e assim determina a lei. Ela então vai morar com um novo casal em uma casa na Califórnia. Ela precisa agora se adaptar, pois é uma nova cidade, uma nova escola, tudo novo e diferente em sua vida. No começo as coisas até parecem caminhar bem, porém com o tempo ela descobre que seus "novos pais" não são exatamente o que ela pensava ser. Na verdade eles possuem um terrível segredo que não pode ser revelado.

O filme obviamente aposta nesse suspense mais óbvio desse tipo de produção. O curioso é que mesmo a fórmula estando um pouco batida até que tudo funciona bem. O destaque em termos de elenco vai para a garota, a atriz Leelee Sobieski. De nome impronunciável em nossa língua portuguesa, sempre a achei talentosa e cheia de atitude, até mesmo quando era ainda bem jovem. Nesse filme, um dos primeiros a lhe dar o espaço ideal, ela não decepciona. Leelee demonstra que talento definitivamente não tem idade.

A Casa de Vidro (The Glass House, Estados Unidos, 2001) Direção: Daniel Sackheim / Roteiro: Wesley Strick / Elenco: Diane Lane, Leelee Sobieski, Stellan Skarsgård / Sinopse: Jovem adolescente, órfã dos pais que morreram em um acidente de carro, muda-se para morar com seus novos tutores, um casal que ela mal conhece e que descobre-se depois não é tão amigável como ela poderia esperar. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Pânico Na Estrada

Os americanos parecem ter uma fixação nesse tipo de filme. Conheço pelo menos uns dez filmes com enredo semelhante, quando um caminhão misterioso começa a caçar outras pessoas pelas estradas mais desérticas e sinistras dos Estados Unidos. Esse filme vai pelo mesmo caminhão (ops, mesmo caminho!), apostando mais na ação desenfreada do que em qualquer outra coisa. Dois jovens resolvem viajar e começam a ser, literalmente, caçados por um motorista de caminhão misterioso. O que ele deseja? O que ele Quer? Sem respostas, o jeito é sobreviver...

Chamo a atenção para o fato desse filme ter sido dirigido por um bom cineasta, Sidney J. Furie, que já em fim de carreira parecia não se importar mais. Uma pena porque ele havia dirigido bons filmes, até mesmo nessa seara de filmes B de ação. Nos anos 80, por exemplo, ele havia dirigido "Águia de Aço" que chegou a fazer um bom sucesso nos cinemas. Mas enfim, o tempo passa e muitos diretores perdem mesmo a mão. Esse é o caso desse "Pânico na Estrada", que é um road movie genérico sem importância ou relevância. Melhor deixar para lá, não fará mesmo diferença.

Pânico Na Estrada (A Friday Night Date, Estados Unidos, 2000) Direção: Sidney J. Furie / Roteiro: Greg Mellott / Elenco: Casper Van Dien, Danielle Brett, Joseph Griffin / Sinopse: Um jovem casal passa a ser perseguido pelas estradas por um motorista de caminhão que eles não fazem a menor ideia de quem seja. O jogo passa a ser apenas sobreviver a cada curva da inóspita viagem.

Pablo Aluísio.

Os Garotos da Minha Vida

Gostei desse filme. Ele conta a história de uma jovem que nos anos 60 sonha em se tornar escritora. Ela sempre teve esse talento de escrever e como sonhar é o melhor, ela pena que um dia vai conquistar o reconhecimento através dos livros que vai escrever. Tudo muda no dia em que ela descobre estar grávida de um rapaz. Bom, nos anos 60 a repressão de costumes sobre as mulheres era bem mais intenso. Assim ela se sente pressionada por familiares, amigos e todo mundo. Mulher grávida precisa se casar, para não virar mãe solteira.

O filme foi baseado em fatos reais e mostra a vida dessa jovem. A gravidez precoce e não planejada é sempre um problema na vida de uma garota. Geralmente deixa de estudar, prejudica seu desenvolvimento educacional e profissional e pior do que tudo, acaba frustrada pelo que deixou para trás por causa de uma maternidade não querida. O roteiro do filme porém é sutil o suficiente para tratar o tema de forma adulta, sem julgamentos. No que diz respeito a Drew Barrymore, bem, ela poucas vezes esteve tão bem como nesse filme. Ótima e sensível atuação. Merecia até mesmo uma indicação, não digo ao Oscar, mas ao Globo de Ouro. Seria merecido.

Os Garotos da Minha Vida (Riding in Cars with Boys, Estados Unidos, 2001) Direção: Penny Marshall / Roteiro: Morgan Ward, baseado no livro escrito por Beverly D'Onofrio / Elenco: Drew Barrymore, Steve Zahn, Adam Garcia / Sinopse: Jovem engravida do namorado e sua vida muda para pior. Ela sempre sonhou em ser escritora, mas agora, com um filho para criar, tudo muda de foco, tudo se torna mais complicado de se conquistar. Os sonhos porém se manterão firme em sua alma.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Eu Sou Heath Ledger

Esse documentário procura fugir dos padrões. Obviamente há aquele formato mais ou menos padrão, mostrando depoimentos que pessoas que conviveram com o ator, intercaladas com imagens do passado. Desfilam pela tela familiares, amigos, colegas de profissão, etc. O diferencial é a presença de cenas amadoras feitas pelo próprio Heath Ledger, que tinha muitas câmeras, na realidade colecionava elas. Material de primeira para qualquer documentarista que se preze. Antes de mais nada também é bom salientar que é um documentário chapa branca, oficial, ou seja, nada de ruim sobre ele vai aparecer na tela. Na verdade há uma certa "canonização" em torno de Ledger, algo comum de acontecer nesse tipo de produção. Assim o problema de Heath Ledger com as drogas passa longe de aparecer na tela. Tudo é sutilmente varrido para debaixo dos panos. Seu complicado casamento e divórcio com Michelle Williams também é mostrado de forma muito camuflada. Por falar nela a ex-esposa do ator não está entre as pessoas que falam sobre ele no filme. Nem ela e nem a filha. Outra falta marcante é a do ator Jake Gyllenhaal. Grande amigo de Heath, padrinho de sua filha, ele também não dá as caras no documentário.

No fim o que sobra de bom são as diversas cenas amadoras feitas pelo próprio ator (como já citei) e cenas mostrando os bastidores de seus principais filmes. Já o verdadeiro Heath Ledger, o da vida real, aquele que morreu precocemente aos 28 anos de idade por causa de uma overdose de drogas, esse mais parece uma miragem distante. Vale para fãs incondicionais do ator, até por aspectos poucos conhecidos de sua vida profissional (ele também dirigia clips musicais e produzia álbuns). Já para quem quiser conhecer a fundo sua biografia, bem, esses não terão nada para ver. É um produto feito para glorificar Heath Ledger como astro de Hollywood, não para conhecer a fundo sua perssonalidade.

Eu Sou Heath Ledger (I Am Heath Ledger, Estados Unidos, 2017) Direção: Adrian Buitenhuis, Derik Murray / Roteiro: Hart Snider / Elenco: Heath Ledger, Naomi Watts, Ben Harper, Ang Lee, Emile Hirsch, Kim Ledger, / Sinopse: Se trata de um documentário realizado para relembrar os dez anos da morte do ator Heath Ledger . Através de depoimentos pessoais, imagens amadoras feitas pelo próprio ator e cenas inéditas e raras, aspectos de sua vida pessoal e profissional são resgatados.

Pablo Aluísio.

Intrigas

O grande atrativo desse filme é a presença de Kate Hudson, ainda bem jovem, em um dos seus primeiros filmes no cinema. Ela interpreta uma estudante de uma universidade onde intrigas e fofocas se espalham com uma velocidade espantosa. Ninguém escapa de parar em alguma conversa maldosa. As coisas começam a sair do controle mesmo quando um casal muito correto, daquele tipo que prefere viver em abstinência sexual até o dia do casamento, vira alvo de uma fofoca envolvendo acusações de estupro. A partir daí tudo começa a fugir do controle.

Filmes sobre universidades, fraternidades, etc, não é nenhuma novidade dentro do cinema americano. Esse filme foge um pouco à regra por apostar em um clima mais de suspense, um thriller que se desenvolve a partir das irresponsáveis futricas envolvendo os alunos no campus É um filme na média desse tipo de entretenimento. Não tem grandes momentos, mas pelo menos mantém um certo interesse, principalmente por causa do elenco e da trama, que por si só já chama a atenção. Vale a pena ao menos para dar uma olhada em algum canal a cabo onde o filme regularmente é reprisado. Arrisque!

Intrigas (Gossip, Estados Unidos, 2000) Direção: Davis Guggenheim / Roteiro: Gregory Poirier / Elenco: Kate Hudson, James Marsden, Lena Headey, Norman Reedus / Sinopse: Um casal de namorados universitários passa a ser alvo de uma fofoca maldosa, obviamente querendo acabar com a vida dos dois. Indicado ao prêmio Golden Trailer Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Tomorrowland

Esse filme da Disney foi uma das apostas mais erradas do estúdio. Baseado em um brinquedo popular de seus parques de diversões ao redor do mundo, os executivos contrataram um grupo de roteiristas para criarem um filme em torno dele. Ao custo absurdo de 200 milhões de dólares o filme foi um dos grandes fracassos comerciais do ano. Não poderia dar em outra coisa, isso apesar do estúdio ter a pretensão de criar uma nova franquia cinematográfica de sucesso, algo que não, não vai acontecer. É um sinal que os filmes de Sci-fi andam de mal a pior a cada ano que passa. Uma pena.

Com roteiro ruim e desenvolvimento mal conduzido de sua estorinha, "Tomorrowland" só se salva mesmo pela produção que é muito bem feita. Com uma avalanche de efeitos especiais de última geração provavelmente vai ao menos agradar ao público bem mais jovem, ali pela faixa etária entre 10 a 14 anos de idade. Fora isso, para os pais e os mais velhos (principalmente os cinéfilos veteranos) tudo vai soar como um grande desperdício de tempo e dinheiro. Nem mesmo a presença quase sempre interessante de George Clooney ajudou a salvar esse barco que naufragou de forma monumental. Um fiasco sem salvação.

Tomorrowland (Estados Unidos, 2015) Direção: Brad Bird / Roteiro: Damon Lindelof, Brad Bird / 
Elenco: George Clooney, Britt Robertson, Hugh Laurie, Raffey Cassidy, Tim McGraw, Keegan-Michael Key / Sinopse: Durante a feira mundial de 1964 o garoto Frank Walker (Thomas Robinson) acaba sendo levado para um mundo futurista, com naves e inventos maravilhosos. Os anos passam e agora é a vez da garota Casey Newton (Britt Robertson) de ser levada até Tomorrowland! Antes porém ela precisará ser salva do ataque de robôs do futuro enviados pelo maquiavélico governador Nix (Hugh Laurie).

Pablo Aluísio. 

Vivendo na América

Esse filme foi produzido pelo mestre Francis Ford Coppola. Foi basicamente por essa razão que acabei assistindo. Na verdade o filme quase foi dirigido por ele, mas nas vésperas do começo das filmagens ele decidiu apenas produzir por causa de problemas de saúde. O próprio Coppola então passou a bola para o cineasta belga Dominique Deruddere que acabou fazendo um bom trabalho. Claro, se o filme tivesse sido dirigido por Coppola provavelmente teríamos outra obra prima em mãos, porém do jeito que ficou não está mal, muito pelo contrário.

É um filme nostálgico, com história passada na década de 1920. Sob os olhos de um garoto vamos acompanhando a vida de um casal de imigrantes italianos recém chegado nos Estados Unidos. A adaptação de imigrantes em uma outra cultura, outra nação, é muitas vezes o tema central do enredo, mas também há espaço para o pueril e o bucólico. O pai tem problemas com bebidas e jogatina, os demais membros da família também não escapam de problemas pessoais e familiares. Em suma, basicamente um pequeno retrato da própria sociedade. O resultado final é muito bom, valorizado pelo ótimo elenco. Só faltou mesmo, para falar a verdade, a direção do velho Coppola, mas aí já seria esperar demais.

Vivendo na América (Wait Until Spring, Bandini, Estados Unidos, Bélgica, 1989) Direção: Dominique Deruddere / Roteiro: Dominique Deruddere, baseado na novela escrita por John Fante / Elenco: Joe Mantegna, Ornella Muti, Faye Dunaway. Burt Young / Sinopse: A história de uma família de imigrantes italianos nos Estados Unidos no começo do século XX, tudo visto sob os olhos de um garoto que tenta se adaptar à nova vida.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de agosto de 2018

À Beira Mar

Brad Pitt interpreta um escritor americano em crise que chega numa região bucólica da França com sua esposa (Angelina Jolie) para recuperar a inspiração literária que perdeu. O problema é que a falta de criatividade continua, tudo agravado por seu próprio casamento, que vai de mal a pior. Esse filme acabou sendo um preview do que iria acontecer no próprio casamento de Pitt e Jolie. No caso a vida imita a arte. Se no filme eles interpretam um casal que mal se suporta, que já foi tragado pelo tédio e pelo cotidiano, na vida real a situação não era melhor, tanto que o casal se separou pouco depois do fim das filmagens. Agora Jolie está processando o ex-marido por não pagar a pensão dos inúmeros filhos (grande parte deles adotado).

Produzido e dirigido por Jolie esse filme tenta imitar - sem muito sucesso - o estilo do cinema europeu dos anos 60. Isso significa um ritmo bem lento, quase parando, com valorização de cenas mais intimistas onde os personagens procuram passar seus sentimentos não por longos diálogos, mas apenas com olhares, pensamentos, atitudes, etc. Tirando uma certa repercussão em alguns festivais de cinema, turbinados pela celebridade do casal principal, o filme passou em brancas nuvens. Nem sequer chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros. Apesar de seu estilo europeu realmente não é um filme que venha a empolgar alguém, nem mesmo os que gostam mais do cinema arte, mais cult. Para muita gente vai soar longo e chato. Penso que foi um filme sobre o fim de um casamento que acabou sendo engolido por causa de suas próprias pretensões.

À Beira Mar (By the Sea, Estados Unidos, França, Malta 2015) Direção: Angelina Jolie / Roteiro: Angelina Jolie / Elenco: Brad Pitt, Angelina Jolie, Mélanie Laurent, Melvil Poupaud, Niels Arestrup / Sinopse: Casal americano em crise viaja para a costa da França. O marido quer escrever seu novo livro e a esposa tenta superar o abismo conjugal em que vive. Eles se hospedam em um hotel e descobrem que o casal do quarto ao lado está curtindo sua lua de mel, em plena felicidade e romantismo. A situação (que leva a comparação entre a infelicidade própria e a felicidade alheia) começa a incomodar ao veterano casal, agravando ainda mais sua crise de relacionamento.

Pablo Aluísio.

Hitman - Agente 47

Mais uma adaptação do mundo dos games para o cinema. Aqui temos o Hitman, o assassino profissional perfeito, fruto de uma experiência no passado onde se criou um matador sem consciência, frio e altamente eficiente. Esse personagem já havia dado origem a um filme antes, porém esse aqui é muito mais bem produzido, afinal foi realizado por um grande estúdio de cinema (Twentieth Century Fox) que resolveu apostar alguns milhões de dólares para levar o Hitman para as telas de cinema. Dirigido por Aleksander Bach o filme tem inegavelmente excelentes cenas de ação, mas faltou mesmo uma atenção maior por parte do roteiro.

As cenas com muita ação vai se sucedendo, cada uma mais bem realizada e produzida do que a anterior. Nesse ponto não precisa se preocupar, pois tudo é de primeira linha. A questão é que segurando tudo está um enredo bem fraquinho, que tenta unir as pontas, servindo apenas como um mero pretexto para a ação ininterrupta acontecer. O Hitman também funciona apenas em parte no cinema. Como é praticamente um psicopata (um matador sem emoções) fica complicado para o espectador criar algum vínculo emocional com ele. Claro que os fãs do game vão curtir, mas o resto do público, principalmente o que é mais ligado ao mundo do cinema, vai achar tudo meio vazio e sem propósito.

Hitman - Agente 47 (Hitman: Agent 47, Estados Unidos, Alemanha, 2015) Direção: Aleksander Bach / Roteiro: Skip Woods, Michael Finch / Elenco: Rupert Friend, Hannah Ware, Zachary Quinto/ Sinopse: No passado o governo americano desenvolveu um projeto genético ambicioso que procurava criar o assassino perfeito, sem emoção, sem remorso e sem culpa, apenas eficiência completa na execução de ordens. Com o cancelamento do programa o seu criador, o cientista Litvenko, simplesmente desapareceu, sem deixar vestígios. Agora dois grupos inimigos lutam para descobrir onde ele está se escondendo. A chave para achá-lo é sua filha, Katia (Hannah Ware), que pode saber onde ele vive.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de agosto de 2018

Megatubarão

O filme "Tubarão" de Steven Spielberg foi lançado há mais de 40 anos, mas continua a gerar filhotes bastardos. Fazer mais um filme sobre tubarões seria óbvio demais, então os roteiristas decidiram ir além. Ao invés de mostrar ataques de tubarões brancos eles foram ao passado atrás do maior de todos os tubarões que já existiram, o Megalodonte. Esse tubarão existiu na pré-história e seu tamanho era tão descomunal que os grandes tubarões da atualidade mais pareciam sardinhas perto dele. Então no filme temos uma equipe de pesquisa que sonda as profundezas da fossa das Marianas - o lugar onde o oceano tem a maior profundidade. Nessa expedição eles descobrem uma região inexplorada e lá acabam se deparando com um fóssil vivo, isso mesmo, o tubarão Megalodonte que ressurge de sua suposta extinção.

A partir desse ponto o filme segue o básico. Seres humanos nadando são comida fácil para esse monstro dos mares. Não se trata de um filme com produção barata, longe disso, custou 120 milhões de dólares para produzi-lo, mas a despeito disso também esqueceram de escrever um roteiro melhor, mais bem caprichado. A maior curiosidade em termos de elenco vem da presença do ator Jason Statham. Eu definitivamente não esperava ver ele saindo no braço com tubarões debaixo da água. Ele interpreta um especialista em resgate em profundezas que acaba falhando numa missão anterior onde alguns membros de sua equipe morreram. Agora, novamente contratado, ele tem uma nova chance de mostrar seu valor. Tudo mais do mesmo. De bom realmente há apenas os efeitos especiais, embora eu pessoalmente tenha percebido que o tal tubarão pré-histórico poderia ter sido melhor aproveitado.

Megatubarão (The Meg, Estados Unidos, 2018) Direção: Jon Turteltaub / Roteiro: Dean Georgaris, Jon Hoeber / Elenco: Jason Statham, Bingbing Li, Rainn Wilson / Sinopse: Jonas Taylor (Jason Statham) é um mergulhador especializado em resgate de águas profundas que é contratado para salvar uma equipe que desceu nas fossas das Marianas e lá foi atacada por uma enorme criatura. O que Taylor nem desconfia é que um Megalodonte, um tubarão gigantesco que supunha-se estava extinto, voltou das profundezas do oceano para espalhar terror e medo por onde nadar.

Pablo Aluísio.

Grande Problema

O filme na época apresentava a seguinte sinopse promocional: "As vidas de vários habitantes de Miami, de agentes publicitários a traficantes de armas, bandidos de rua, policiais a crianças em idade escolar, se cruzam com resultados humorísticos e perigosos.". O roteiro, como se pode deduzir desse pequeno texto, é ao estilo mosaico. A cidade de Miami novamente é retratada como os americanos sempre a viram, bem colorida, com vias longas (e infinitas pelo que se percebe), muito sol, calor e praias. 

O ator e comediante Tim Allen é talentoso e divertido. No Brasil pouca gente o conhece porque sua carreira foi basicamente construída no mercado das sitcons na TV americana (aqielas séries de 30 minutos de duração, comédias com palmas e risos gravados e automáticos), O filme assim é na média, nada excepcional, nada fora do comum. Como mero entretenimento porém já está de bom tamanho. 

Grande Problema (Big Trouble, Estados Unidos, 2002) Direção: Barry Sonnenfeld / Roteiro: Robert Ramsey, baseado na novela escrita por Dave Barry / Elenco: Tim Allen, Rene Russo, Stanley Tucci / Sinopse: Um grupo amplo e diversificado de moradores e habitantes de Miami passa pelas mais diversas situações, ora inusitadas, ora dramaticamente cômicas e engraçadas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Crimes Ocultos

Esse filme é baseado na história real do psicopata e serial killer russo Andrei Chikatilo. Bem no auge do regime comunista soviético ele começou a matar crianças que encontrava em estações de trem por todo o país. Como era uma espécie de caixeiro viajante (na verdade um pequeno burocrata do Estado) ele vivia viajando de cidadezinha em cidadezinha. Quando encontrava crianças sozinhas pelos lugares por onde passava as levava para o meio da floresta e ali, entre as árvores, as matava de forma brutal. Como eram lugares isolados não havia quem escutasse os gritos dos pequeninos indefesos.

O foco do filme assim se baseia no departamento de polícia que passa a investigar os crimes. Tudo era piorado por causa da propaganda comunista. Nada podia ser divulgado ao grande público porque isso seria encarado como uma falha do próprio sistema. Sem condição de alertar a população os crimes continuavam. O roteiro desse filme é bem acima da média, mostrando não apenas a brutalidade dos crimes como também a dificuldade dos policiais em desvendar a identidade do assassino em série. Com ótima reconstituição de época, esse é um dos melhores filmes sobre psicopatas assassinos da vida real que já assisti. Roteiro inteligente, aproveita também para mostrar a própria ineficiência do Estado soviético. Enquanto tentava vender a ideia para o Ocidente que era uma instituição perfeita, tudo começava a apodrecer por dentro de suas fronteiras.

Crimes Ocultos (Child 44, Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, República Tcheca, Romênia, 2015) Direção: Daniel Espinosa / Roteiro: Richard Price, baseado no livro de Tom Rob Smith / Elenco: Tom Hardy, Gary Oldman, Joel Kinnaman, Noomi Rapace / Sinopse: União Soviética. 1953. Leo Demidov (Tom Hardy) e o General Mikhail Nesterov (Gary Oldman) são dois investigadores que precisam desvendar uma série de mortes de crianças, perto de estações de trem por todo o país. Suas tentativas de solucionar os crimes esbarram no próprio Estado que não quer admitir que existam psicopatas dentro uma sociedade comunista supostamente perfeita como aquela.

 Pablo Aluísio.

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata

Bom filme original da Netflix. A história é baseada em fatos reais. A jovem escritora Juliet Ashton (Lily James) recebe certo dia uma carta enviada por um de seus leitores. Ele é um fazendeiro na ilha de Guernsey, bem no meio do Canal da Mancha. Lugar isolado, com uma pequena vila e poucas pessoas. Ele conta na carta que fundou um clube de leitura entre os moradores. Eles se reúnem todas as semanas para falar sobre livros e romances que estavam lendo. O clube teria sido fundado justamente durante a ocupação nazista na ilha, durante a II Guerra Mundial. Fascinada com essa história Juliet então decide fazer uma visita na ilha, sem saber que isso mudaria sua vida para sempre.

O filme mescla romance, drama e amor à literatura. Na ilha a protagonista acaba se encantando pelas histórias do lugar e apesar de estar noiva de um militar em Londres acaba também se apaixonando por um jovem morador local. Assim ela decide fazer das suas experiências por lá o tema de seu novo livro. O foco passa a ser a história de uma jovem moradora de Guernsey que acabou se apaixonando por um soldado alemão durante a ocupação da ilha. Ela teve uma filha do militar e acabou caindo em desgraça depois, sendo levada para um campo de concentração na Polônia. Juliet conhece sua pequena filha e fica comovida com sua história. O filme assim vai se desenvolvendo, de forma mais lenta do que o habitual, para contar essa mescla de coisas fascinantes que vai envolvendo a vida da protagonista. A atriz inglesa Lily James é uma das queridinhas do cinema britânico e por isso o filme acabou sendo bastante comentado na Inglaterra. É um bom filme, ideal para os que gostam de literatura e histórias envolvendo escritoras durante a guerra.

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata (The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society, Inglaterra, 2018) Direção: Mike Newell / Roteiro: Don Roos, Kevin Hood / Elenco: Lily James, Jessica Brown Findlay, Michiel Huisman, Nicolo Pasetti, Bronagh Gallagher, Katherine Parkinson / Sinopse: Logo após o fim da segunda guerra mundial a escritora Juliet Ashton (Lily James) recebe uma carta de um de seus leitores. Ele conta a ela que fundou um clube de leitura na ilha de Guernsey durante a ocupação nazista no lugar. A história acaba fascinando Juliet que decide ir até lá para conhecer os membros do clube.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pronta Para Amar

O filme foi vendido na época de seu lançamento de forma equivocado. Parecia um romance ou até mesmo uma comédia romântica, porém se trata de um roteiro que conta uma história triste e dramática. A protagonista é uma jovem profissional chamada Marley Corbett (Kate Hudson), As coisas vão bem em sua vida, ela tem um bom emprego e está apaixonada pelo homem que ela acredita ser o amor de sua vida, só que tudo acaba ruindo de repente quando ela é diagnosticada com um câncer agressivo de intestino.

A diretora Nicole Kassell até tentou tratar esse tema tão pesado de forma mais leve, trazendo uma suavidade na própria personagem de Kate Hudson, só que vamos convir que não há como ter um enredo desses em um filme e ser tudo flores e risos. Por falar na Kate Hudson ela está muito bem no papel. Chegou até mesmo a engordar para trazer mais veracidade ao seu desempenho. A intenção era reproduzir o natural inchaço do corpo quando se é submetido à quimioterapia. O resto do elenco traz duas outras excelentes atrizes, Kathy Bates e Whoopi Goldberg. Por fim não custa elogiar o cenário de New Orleans, uma das cidades mais ricas do ponto de vista cultural dos Estados Unidos. Então é isso, um filme que se propunha a ser leve e alto astral, mas que não conseguiu esse objetivo justamente por causa do tema pesado que trata.

Pronta Para Amar (A Little Bit of Heaven, EUA, 2011) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Gren Wells / Elenco: Kate Hudson, Kathy Bates, Whoopi Goldberg, Peter Dinklage, Gael García Bernal / Sinopse: Marley Corbett (Kate Hudson) é uma jovem profissional que no momento mais feliz de sua vida descobre que tem uma doença incurável, um câncer no intestino que lhe dará poucos meses de vida  A partir daí ela começa a repensar sua vida e seus relacionamentos.

Pablo Aluísio.