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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Caçador de Almas

Um faroeste com toques sobrenaturais? Pois é, apesar da fusão estranha de gêneros, é justamente o que temos aqui. Na história Aman (Wesley Snipes) é um pistoleiro que vaga pelo oeste em busca de um grupo de bandidos e estupradores que mataram o grande amor de sua vida, a doce Sueno (Alyssa Pridham). Acaba encontrando o grupo de facínoras cumprindo pena numa prisão caindo aos pedaços no meio do deserto. Sem pensar duas vezes executa um a um em suas celas, sem perdão e nem piedade. Depois de muitos anos, ele descobre surpreso que todos estão de volta! Mas como isso seria possível? Por um portal que liga o inferno ao deserto, os mesmos bandidos voltam do mundo dos mortos para um acerto final com o pistoleiro que os matou no passado. "Gallowwalkers" é um western diferente. A própria leitura da sinopse já mostra que não é um faroeste comum. Trata-se de uma curiosa mistura de filmes de terror com western, algo poucas vezes visto. O filme foi realizado no meio do julgamento de Wesley Snipes quando ele respondia por sonegação fiscal nos Estados Unidos. A produção foi bem tensa pois a qualquer momento o ator poderia ser preso. Para complicar ainda mais a situação, as filmagens aconteceram na África, na Namibia, uma das regiões mais áridas do planeta, o que tornou tudo ainda mais trabalhoso.

Para alivio da produção, houve tempo suficiente para completar o filme que só ano passado chegou ao público. É um western que usa muito estilo e referências à mitologia dos faroestes clássicos para contar sua história sobrenatural, Suas boas intenções porém não conseguem superar certos problemas. O enredo surge na tela de forma muito dispersa, fragmentada, onde o espectador vai aos poucos montando a trama. Isso pode dificultar o entendimento do que de fato está acontecendo. O personagem de Snipes também se torna muito derivativo de alguns outros papéis que interpretou em sua vida. O enfrentamento contra os tais "Gallowwalkers" (mortos que retornam do inferno para um último acerto de contas) lembram demais as cenas mais violentas e exageradas de "Blade", por exemplo. No final a sensação que fica é a de que o espectador está assistindo a uma estória até simples, banal, mas que foi complicada por um roteiro que tenta parecer aquilo que não é. Para os fãs de filmes mais exóticos até que vale a recomendação. Já os fãs que gostam de um western mais realista, com narrativa linear, certamente ficarão decepcionados.

Caçador de Almas (Gallowwalkers, Estados Unidos, 2012) Direção: Andrew Goth / Roteiro: Andrew Goth, Joanne Reay / Elenco: Wesley Snipes, Kevin Howarth, Riley Smith / Sinopse: Pistoleiro errante, bom no gatilho (interpretado por Wesley Snipes) precisa enfrentar novamente um grupo de bandidos que ele executou no passado, mas que está de volta após retornar por um portal do inferno localizado no meio do deserto.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O Amigo Oculto

Título no Brasil: O Amigo Oculto
Título Original: Hide and Seek
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Polson
Roteiro: Ari Schlossberg
Elenco: Robert De Niro, Dakota Fanning, Famke Janssen, Elisabeth Shue, Amy Irving, Dylan Baker

Sinopse:
Enquanto um viúvo tenta recompor sua vida após o suicídio de sua esposa, sua filha encontra consolo, a princípio, em seu amigo imaginário. Uma estranha entidade que responde ao nome de Charlie. Seria apenas imaginação da menina ou algo sobrenatural estaria se manifestando naquela casa? Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards na categoria de melhor atriz (Dakota Fanning).

Comentários:
Esse é um bom thriller de terror e suspense. Gosto de filmes assim porque o roteiro sempre procura sugerir, ao invés de mostrar logo tudo, estragando as surpresas para o espectador. Já dizia Alfred Hitchcock que para se fazer um bom filme de suspense a sugestão era o mais importante aspecto a se desenvolver no roteiro. É justamente o que ocorre nesse filme. Bobby De Niro interpreta um homem que perde sua esposa. Só sobra ele e sua filha, uma criança. Dakota Fanning, pirralhinha e com cabelos escuros, consegue surgir em cena bem assustadora. Ela afirma ter um amigo imaginário chamado "Charlie". No começo o pai não dá muita atenção, até entra na brincadeira, mas depois as coisas começam a ficar bem esquisitas, estranhas e perigosas. Há um clima sufocante durante todo o filme, com a tensão dessa presença que ninguém pode decifrar. Seria "Charlie" apenas fruto da imaginação da menina ou teria algum fundo de verdade naquilo tudo que estaria acontecendo? Imagine entrar no banheira da filhinha e ver uma espécie de "altar", com velas e tudo, dedicado a esse amigo imaginário. Bem assustador, não é mesmo? Por isso deixo a dica desse bom filme. Depois de assisti-lo essa figura do "amigo imaginário" ganhará outros contornos em sua mente.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Jogos Mortais 6

Título no Brasil: Jogos Mortais 6
Título Original: Saw VI
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Twisted Pictures
Direção: Kevin Greutert
Roteiro: Patrick Melton, Marcus Dunstan
Elenco: Tobin Bell, Costas Mandylor, Mark Rolston, Betsy Russell, Shawnee Smith, Peter Outerbridge

Sinopse:
Após negar a cobertura de um seguro de plano de saúde, um paciente morre de câncer. O agente de seguros acaba sendo levado para uma nova rodada de jogos mortais comandadas pelo psicopata Jigsaw. Porém como isso seria possível já que ele supostamente estaria morto há anos?

Comentários:
Sexto exemplar da série de filmes de terror de sucesso "Jogos Mortais". É incrível como os produtores dessa franquia nem se importam mais pelo fato de que Jigsaw está morto! Afinal os roteiristas sempre dão um jeito. Aqui temos não apenas um seguidor, mas vários deles. Todos seguindo os metódos do criador. Nesse tipo de filme o enredo só se sustenta mesmo pela criatividade que os jogos são bolados. Nesse temos além das máquinas que torturam as pobres vítimas, uma verdadeira roleta russa humana com seis pessoas amarradas em um tipo de carrossel macabro. O corretor de seguros, que foi indiretamente responsável pela própria morte de Jigsaw no passado, tem que escolher salvar apenas duas delas ou caso se recuse a isso, todas morrerão. E assim vão se desenvolvendo os jogos em um verdadeiro banho de sangue com muito gore, algo que certamente agradará aos fãs dos filmes anteriores. E para quem gosta do trabalho do ator Tobin Bell aqui vai uma boa notícia: ele tem várias cenas, todas em flashback. Afinal seu pesonagem está morto... mas continua a causar estragos entre os vivos.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de setembro de 2020

Freddy x Jason

Título no Brasil: Freddy x Jason
Título Original: Freddy vs. Jason
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Ronny Yu
Roteiro: Damian Shannon, Mark Swift
Elenco: Robert Englund, Ken Kirzinger, Kelly Rowland, Jason Ritter, Chris Marquette, Brendan Fletcher

Sinopse:
Freddy Krueger e Jason Voorhees, personagens dos filmes "A Hora do Pesadelo" e "Sexta-Feira 13", voltam para aterrorizar a população de uma pequena cidade. A maior diferença é que desta vez, eles estão atrás um do outro também.

Comentários:
No mundo do cinema quando duas franquias cinematográficas se unem em um Crossover, é certo que ambas estão falidas comercialmente. É o que aconteceu aqui. O que fazer com personagens que um dia foram populares, mas que atualmente não atraem mais o público para os cinemas? Talvez reuni-los pode ser uma saída. E isso nada tem a ver com aspectos puramente artísticos. É uma decisão meramente comercial dos estúdios mesmo. Já havia acontecido com Aliens e Predador, agora voltava a acontecer com os insanos violentos Freddy e Jason. O resultado é desanimador. Fruto obviamente do fato de que esses dois vilões são de universos cinematográficos bem distintos. Jason, ao longo dos anos, perdeu qualquer humanidade. Passou a ser apenas um assassino com um facão e uma máscara de hockey. Já Freddy era um pouco mais desenvolvido do ponto de vista psicológico, mas que atacava nos sonhos de adolescentes. O que ele iria fazer em Crystal Lake? E como um ser que agia na mente das pessoas iria parar um serial killer como Jason? Pois é, perguntas e mais perguntas que ficaram ainda mais sem sentido nesse roteiro bem freak. Assista, mesmo que seja apenas por curiosidade. Só não espere por bom cinema.

Pablo Aluísio.

Brinquedo Assassino 3

Título no Brasil: Brinquedo Assassino 3
Título Original: Child's Play 3
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jack Bender
Roteiro: Don Mancini
Elenco: Brad Dourif, Justin Whalin, Perrey Reeves, Jeremy Sylvers, Travis Fine, Dean Jacobson,

Sinopse:
Chucky retorna para se vingar de Andy, o garoto que o derrotou no passado. Os anos se passaram, a criança virou um jovem e agora ele é um estudante que vive em uma academia militar. Mas para o boneco assassino essa não é uma barreira para que sua vingança seja completa.

Comentários:
Esse foi o último filme dessa franquia de terror que se levou à sério. Os que viriam iriam cair na chacota completa. O que mais me impressionou ao longo dos anos foi que a Universal nunca desistiu de fato dos filmes com o Chucky. Recentemente até fizeram um remake para dar um reboot em tudo! Bom, o motivo principal dos filmes seguirem sendo produzidos ao longo dos anos foi claramente comercial. Veja o caso desse aqui. Custou muito pouco - algo em torno de 10 milhões de dólares - e foi bem lucrativo no final de tudo. As bilheterias sempre pagavam esses filmes, gerando lucro para o estúdio. Era um tiro certo, vamos colocar nesse sentido. De resto a mudança de ares, agora tudo se passa numa academia militar, vinha para fugir um pouco da mesmice dos filmes anteriores. Também cabem os devidos elogios para o dublador e ator Brad Dourif. Ele certamente merecia um prêmio por anos e anos de dublagem do boneco Chucky. Ele é muito bom. Por fim cabe a dica para uma maratona de fim de semana com os filmes da franquia "Brinquedo Assassino". Uma boa oportunidade para queimar neurônios cinematográficos, com certeza!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A Hora do Pesadelo 6

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 6 - O Pesadelo Final
Título Original: Freddy's Dead - The Final Nightmare
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Rachel Talalay
Roteiro: Rachel Talalay
Elenco: Robert Englund, Lisa Zane, Shon Greenblatt, Lezlie Deane, Ricky Dean Logan, Breckin Meyer

Sinopse:
O psicótico Freddy Krueger retorna mais uma vez para rondar os pesadelos do último adolescente sobrevivente de Springwood e de uma mulher cuja conexão pessoal com Krueger pode significar sua perdição.

Comentários:
Também conhecido como "A Morte de Freddy", esse sexto filme fez a mesma coisa que aconteceu com o Superman nos quadrinhos. Fácil de entender essa comparação. Nos quadrinhos as edições do Superman vendiam cada vez menos a cada ano. Então os editores tiveram a ideia de explorar "A morte do Superman". E assim o personagem voltou a vender bem nas bancas. Com Freddy Krueger aconteceu a mesma coisa. Seus filmes iam apresentando bilheterias cada vez piores com o tempo. Então os produtores decidiram matar o personagem para ver se dava certo, para que o público dos filmes de terror voltassem a ter interesse por ele. Não deu muito certo. O filme não apresentou boa bilheteria e a decisão de transformar os últimos 15 minutos do filme em 3D não foi uma boa ideia. Numa época em que o 3D ainda era muito primitivo, com aqueles óculos de papel, com lentes de plástico azul e vermelha, ninguém conseguia ver nada no cinema. Um desastre. Assim esse sexto filme realmente afundou a franquia. Numa ironia poética, realmente causou a morte de Freddy por vários anos no cinema. Nenhum produtor queria mais financiar novos filmes dessa franquia.

Pablo Aluísio.

O Massacre da Serra Elétrica

Título no Brasil: O Massacre da Serra Elétrica
Título Original: The Texas Chainsaw Massacre
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Marcus Nispel
Roteiro: Kim Henkel, Tobe Hooper
Elenco: Jessica Biel, Jonathan Tucker, Andrew Bryniarski, Mike Vogel, Eric Balfour, R. Lee Ermey

Sinopse:
Depois de pegar carona com um desconhecido, uma jovem traumatizada e outros cinco amigos, são perseguidos e caçados por um psicopata violento e deformado, que usa uma serra elétrica para atacar suas vítimas. Pior do que isso, ele não está sozinho. Na realidade o assassino faz parte de uma família de parentes igualmente psicopatas. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards.

Comentários:
O primeiro filme já é considerado um cult movie do estilo gore. Feito com poucos recursos, acabou marcando época por causa da violência de suas cenas, em uma época em que isso não era comum no cinema. Depois de algumas continuações bem fracas, se decidiu voltar para a história original. E assim foi produzido esse remake em 2003. Esse tipo de filme de terror tem de ser bem mais cru, violento, sujo mesmo. O primeiro filme era de uma brutalidade fenomenal. E também era uma produção classe Z, cheirando a filme feito no quintal, o que trazia ainda mais veracidade para as atrocidades que surgiam na tela. Esse remake é, digamos, muito polido, muito bem produzido, limpinho, enfim. Não é o tipo de produção que agradaria aos fãs desse estilo de horror insano. Por isso devo dizer que os produtores erraram a mão nesse aspecto, fazendo uma nova versão muito clean. Por outro lado, se o espectador não é aquele tipo de fã de nicho mais radical, que adora o lema "quanto pior, melhor", quem sabe pode até gostar. É uma questão de ponto de vista mesmo, baseado no gosto pessoal de cada um. De minha parte achei um filme até interessante, até porque o original hoje em dia já não é tão fácil de encontrar. Para quem deseja conhecer a história do assassino Leatherface pode até ser uma boa opção. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

A Maldição da Residência Hill

Outra série de terror que merece destaque é essa produção da Netflix com título original de "The Haunting of Hill House". Essa série foi lançada em outubro de 2018 e contou com 10 episódios em sua primeira temporada. É uma maneira de resgatar o clima dos antigos filmes de terror, em especial dos que eram produzidos na Inglaterra. O roteiro explora a vida de uma família que no passado morou em uma velha mansão mal assombrada. O tempo passa e cada um deles leva uma marca psicológica de tudo o que vivenciou naquele lugar sinistro. Criada pelo produtor e roteirista Mike Flanagan, responsável por outros bons momentos do terror no cinema como "Doutor Sono" e "Ouija: Origem do Mal", é um daquelas boas opções da Netflix para quem deseja tomar alguns sustos na madrugada. Segue abaixo comentários sobre os episódios.

The Haunting of Hill House 1.01 - Steven Sees a Ghost 
A família Crain decide mudar de ares. Sair da agitação das grandes cidades para ir morar no campo, em um lugar mais tranquilo. Uma antiga mansão está sendo vendida por um preço muito interessante e eles nem pensam duas vezes, compram o lugar. Só que obviamente por ser uma casa velha ela precisa de muitas reformas. Os piores problemas porém são de outra natureza. Desde as primeiras noites passadas naquele casarão (que mais parece um mausoléu), coisas estranhas começam a acontecer. Passos na velha madeira da casa, sombras escuras nas paredes, vultos sombrios, gritos e sussurros de crianças que não existem. O medo se torna tão grande que o pai simplesmente coloca os filhos no carro e vão embora correndo dali.

Em outra linha temporal, agora no presente, vários membros da família Crain precisam lidar com a herança psicológica de terem vivido naquele lugar sombrio. Steven, o mais velho, agora é um escritor de sucesso de livros de terror e suspense. Só que ele não acredita em nada do que escreve. Não acredita em fantasmas. Seu irmão mais jovem tem problemas com drogas e sua irmã luta contra um problema mental. Pior do que isso, em um surto ela decide voltar para a velha mansão de Hill House, o que colocará todo o ceticismo de Steven em dúvida. Bom episódio inicial, onde se apresenta os personagens e a linha básica da história. Os sustos estão garantidos. / The Haunting of Hill House 1.01 - Steven Sees a Ghost (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan, baseado no livro escrito por Shirley Jackson / Elenco: Henry Thomas, Timothy Hutton, Annabeth Gish, Michiel Huisman, Carla Gugino. 

The Haunting of Hill House 1.02 - Open Casket  
Esse episódio é bem focado em cima da personagem Shirley Crain (Elizabeth Reaser). Ela é a irmã mais velha. Tem um necrotério que administra ao lado do marido. Ela faz o serviço de tanatopraxista. E o que isso significa? São aqueles profissionais que melhoram a aparência dos mortos para o enterro. Nesse episódio ela tem o serviço mais difícil de sua vida, pois vai trabalhar no corpo da própria irmã que se matou. Não é uma coisa fácil de realizar. E nos flashbacks do passado vemos ela e a irmã, ainda crianças, morando na velha casa mal assombrada. Shirley acha uns gatinhos sem mãe no galpão por trás da velha casa e leva para seu quarto. E isso, claro, acaba abrindo portas para o sobrenatural. / (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Shirley Jackson, Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.03 - Touch
Esse episódio é todo focado na personagem Theodora Crain (Kate Siegel). Ela é psicológa infantil e recebe como cliente uma menininha que diz ver um monstro que ela chama de "Senhor Sorriso". Após visitar sua casa, Theodora que é sensitiva, descobre que na verdade o que acontece dentro do porão daquela residência é abuso sexual envolvendo o pai adotivo e a criança. Algo terrível, terrível. Ao mesmo tempos o espectador é transportado para o passado, onde encontramos Theodora na infância. Ela começa a sentir coisas, ver sombras do sobrenatural e descobre que todas as pessoas que toca lhe trazem recordações e vivências de quem tocou. E isso se torna um problema. Por isso o episódio se chama Touch (Toque, em português). Pois sua sensibilidade no sobrenatural se revela mais forte ao toque. Destaque nesse episódio para a cena em que seu pequeno irmão entra em um elevador de comida e vai parar no porão da velha casa, onde uma horrível criatura o aguarda! Bons sustos! / The Haunting of Hill House 1.03 - Touch (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Kate Siegel, Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.04 - The Twin Thing  
Mais um bom episódio dessa série que no Brasil recebeu o título de "A Maldição da Residência Hill". Esse episódio foca na figura do frágil e atormentado Luke. Na infância ele viu diversas aparições paranormais, inclusive um estranho homem vestido de negro, de chapéu escuro, que sempre surgia de costas para ele. O tempo passa, ele vira um adulto com dependência química que tenta superar o vício em drogas. Só que as coisas não são fáceis. Ele não tem emprego, nem dinheiro e nem casa, se tornando praticamente um morador de rua. Ele acaba indo atrás de seu irmão Steven, que vive de escrever livros de terror, mas o reencontro não é dos melhores. Esse informa a Luke que sua irmã se matou. Para Luke porém isso não é a verdade. E o que realmente aconteceu fica para os próximos episódios. / The Haunting of Hill House 1.04 - The Twin Thing (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.05 - The Bent-Neck Lady
Esse episódio é todo centrado em cima da personagem Nell Crain (Victoria Pedretti). Você deve lembrar lá nos primeiros episódios quando os irmãos descobrem que ela morreu enforcada quando voltou mais uma vez para a Hill House. Pois bem, essa história é toda explicada aqui, mostrando momentos de sua vida, seu relacionamento com um especialista de sono, a morte dele, os ataques noturnos de pãnico, os problemas psicológicos, até a terrível noite em que ela decide enfrentar todos os seus medos, visitando as ruínas da velha mansão. Eu achei um dos melhores episódios da série, bem assustador mesmo, principalmente quando se descobre a verdadeira identidade da visão que ela sempre teve, desde criança, da senhora do pescoço torto. Assista e tenha bons sustos (eles estão garantidos nesse episódio). Nota 10. / The Haunting of Hill House 1.05 - The Bent-Neck Lady (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Meredith Averill, Mike Flanagan / Elenco: Victoria Pedretti, Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.06 - Two Storms 
Essa série é excepcionalmente boa! Esse episódio é uma amostra bem disso. O terror mostrado aqui é psicológico, muito profundo e por isso mesmo muito aterrorizante. Tudo se passa no enterro de Nell Crain. Ela se matou na mansão Hill (assista ao excelente episódio anterior). Agora, no funeral, os familiares se reúnem e as coisas começam a sair dos trilhos. Muito ódio, muita raiva represada. Dedo na cara, tomada de satisfações, um clima realmente péssimo. Um ambiente tóxico. E no meio das discussões é mostrado, também em flashback, uma noite na mansão, quando os filhos eram crianças e há uma grande tempestade. Eu digo e repito, se você gosta de terror poucas séries são tão boas quanto essa "The Haunting of Hill House". Simplesmente excelente. Sem mais. / The Haunting of Hill House 1.06 - Two Storms (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.07 - Eulogy
Continua o funeral da irmã que se matou na mansão Hill. E tudo continua confuso e sobrenatural, inclusive com a aparição da falecida nos momentos menos esperados, como na hora que o caixão finalmente desce em sua cova. Ela surge do nada, tentando puxar o irmão para ficar junto dela no caixão, em seu lugar de repouso eterno. O mano, claro, fica mais do que apavorado! No flashback, mostrando o passado, vemos como a mansão Hill ficou assolada de mofo e fungos pelas paredes. Infiltração da chuva? Nada disso, nada mais, nada menos, do que um homem (antigo morador da casa) que foi "emparedado" vivo em uma das salas da velha mansão mal-assombrada. Seus restos mortais são finalmente encontrados, décadas depois. Triste e lamentável fim. / The Haunting of Hill House 1.07 - Eulogy (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Charise Castro Smith, Mike Flanagan / Elenco:  Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.09 - Screaming Meemies
Nesse episódio é contado a história da mãe dessa família tão problemática. O que aconteceu no passado? Somos então levados a um longo flashback. A família acaba de se mudar para Hill House. Tudo parece bom e normal até que mãe começa a ter problemas durante o sono. Ela tem pesadelos horríveis, conhece e interage com seres do mundo sobrenatural. Uma delas mora na casa, lhe dá conselhos para deixar seus filhos protegidos (os piores possíveis). E há também uma garotinha, amiga imaginária do filho mais novo. Todos sabemos que esses amigos imaginários em filmes de terror escondem outra coisa. Na maioria das vezes são almas atormentadas. Enfim, um episódio muito revelador, que ajuda a explicar a fuga da família, às pressas, daquela antiga casa - algo que vemos no primeiro episódio da série, aliás. / The Haunting of Hill House 1.09 - Screaming Meemies (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Meredith Averill / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.10 - Silence Lay Steadily
Como termina essa série "A Maldição da Residência Hill"? Esse é o último episódio. Quem pensa que a série é simples, está muito enganado. O roteiro complexo desse momento resume bem isso. É um baita de um roteiro bem escrito, baseado em um terror psicológico de extrema qualidade. Poucas vezes vi algo tão coerente nesse sentido. E assim somos apresentados na conclusão da história. A mãe que matou deliberadamente seus filhos para nunca mais se separar deles. A irmã que se matou em uma noite de alucinações. O pai que para salvar os demais filhos aceita viver espiritualmente para todo o sempre e a agonia do ser, do existir. Quando o filho escritor dele fecha às portas atrás de si também deixa uma multidão de seres espirituais perdidos dentro daquela mansão. Foi um final digno de todos os aplausos. Essa série definitivamente não é brincadeira de criança. É melancólico, pesado, amargurante. / The Haunting of Hill House 1.10 - Silence Lay Steadily (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Meu Terror em Amityville

Título no Brasil: Meu Terror em Amityville
Título Original: My Amityville Horror
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Regions International (FRI)
Direção: Eric Walter
Roteiro: Eric Walter
Elenco: Daniel Lutz, Lorraine Warren, Susan Bartell, Laura DiDio, Marvin Scott, George Lutz

Sinopse:
Documentário que conta com depoimentos das pessoas que viveram e presenciaram os estranhos fenômenos paranormais ocorridos na casa da Ocean Drive, em Amityville. Daniel Lutz, que na época dos eventos tinha apenas 10 anos de idade, relembra tudo o que vivenciou em 1974 e as marcas psicológicas que tudo aquilo acabou trazendo para sua vida.

Comentários:
Eu gostei muito desse documentário que foi atrás das pessoas reais que estiveram naquela casa em Amityville durante a década de 1970. Depois do massacre da família DeFeo naquela casa, uma nova família se mudou para lá, os Lutz. Não demorou muito e estranhos eventos começaram a surgir dentro da casa. Danny Lutz era um garoto de 10 anos de idade. Ele vivia com o padrasto George Lutz, após esse se casar com sua mãe Kathy. George um sujeito autoritário, nada amigável, nervoso ao extremo, que mexia com ocultismo, fato revelado pela primeira vez aqui nesse filme. Depois que a família Lutz se mudou para aquele lugar começou um verdadeiro pandemônio entre suas paredes. Os acontecimentos iriam dar origem ao livro "Horror em Amityville" e depois a um filme de terror de sucesso em Hollywood. O primeiro de muitos, é bom dizer. Mas o que realmente aconteceu? Qual foi a verdade por trás daqueles produtos comerciais? A casa era realmente infestada de demônios? Hoje um homem na faixa dos 50 anos, Danny Lutz traz revelações sobre aquela época. E de quebra ainda faz uma visita na casa de Lorraine Warren, que esteve à frente, durante aquelas supostas manifestações demoníacas. Ela passa muita sinceridade em seu breve momento no filme. A única coisa a se lamentar é que os outros irmãos Lutz não quiseram participar desse documentário. Ao que parece o trauma psicológico foi tão grande que eles querem mesmo é manter distância de todas aquelas histórias de fantasmas.

Pablo Aluísio.

13 Fantasmas

Essa companhia cinematográfica, a Dark Castle Entertainment, surgiu mais ou menos nessa época mesmo, uma empresa especializada em filmes de terror. Nenhum deles infelizmente chegou a ser memorável, talvez porque a Dark Castle tenha optado por fazer filmes em filosofia de linha de montagem industrial, sem muita preocupação em colocar no mercado filmes realmente bons. Esse aqui cheguei a ver no cinema, numa época em que ainda não conhecia muito bem essa produtora. Fruto do desconhecimento. Acabei me arrependendo,

Na verdade esse filme é um remake. A questão é que nem o filme original (dos anos 60) era grande coisa. Era apenas uma desculpa para mostrar os efeitos especiais (jurássicos em vista do tempo) nas telas de cinema. Filme de Drive-in. Nada demais. O roteiro e a trama continuam os mesmos. Um sobrinho recebe a herança de seu tio, um sujeito estranho. Quando ele chega na mansão que herdou descobre que o lugar está assombrado por 13 almas penadas. E isso é tudo. Diante de um roteiro tão vazio e fraco só sobra a exploração de muita computação gráfica para manter o interesse, sem muito sucesso. Tem outro filme da Dark Castle chamado "Navio Fantasma" que foi lançado na mesma época nos cinemas brasileiros. Outra bomba. melhor deixar pra lá.

13 Fantasmas (Thir13en Ghosts, Estados Unidos, 2001) Direção: Steve Beck / Roteiro: Robb White, Neal Marshall Stevens / Elenco: Tony Shalhoub, Shannon Elizabeth, Embeth Davidtz / Sinopse: Sobrinho herda do tio, um sujeito esquisitão, uma velha mansão no alto da colina. O lugar foi palco de ocultismo no passado, onde foram aprisionados treze almas atormentadas. Ao ir morar no local com sua família o herdeiro descobre que agora é dono de uma casa mal assombrada.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Maria e João: O Conto das Bruxas

Título no Brasil: Maria e João - O Conto das Bruxas
Título Original: Gretel & Hansel
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos, Irlanda, Canadá
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Oz Perkins
Roteiro: Rob Hayes
Elenco: Sophia Lillis, Samuel Leakey, Alice Krige, Jessica De Gouw, Fiona O'Shaughnessy, Donncha Crowley

Sinopse:~
Gretel (Sophia Lillis) e seu pequeno irmão Hansel (Samuel Leakey), são expulsos de casa pela mãe. Eles então passam a vagar pela floresta, com fome e frio. Acabam encontrando uma velha casa, onde mora uma senhora que parece ser bondosa, pois os alimenta e lhes dá abrigo. Só que na verdade ela é uma bruxa que tem péssimas intenções em relação a essas crianças.

Comentários:
Depois de assistir a essa adaptação do conto infantil "João e Maria" (e não "Maria e João" como está no título nacional) cheguei na conclusão que esse tipo de coisa já foi um pouquinho longe demais. O conto original é um conto de fadas para ensinar as crianças o perigo de se falar com estranhos. Aqui nesse filme tudo virou uma loucura lisérgica sem muito sentido, apelando o tempo todo para um estilo até mesmo surreal de se contar histórias. Como a estorinha original tem poucas páginas, o roteirista desse filme de terror exagerou na dose, criou um monte de delírios visuais para encher a paciência do espectador. Sinceramente não gostei do resultado. Como era de esperar tudo é muito escuro, sombrio e perverso. Praticamente não sobrou muita coisa do conto de fadas. Aqui só há insanidade. A figura da bruxa pode tanto surgir na figura de uma velha senhora, como também de uma criatura de beleza eterna. Aliás o roteiro traz uma série de sequencias em flashback para contar sua história. Achei desnecessário. Enfim, melhor ir atrás da história infantial. Essa adaptação aqui é pretensiosa ao extremo e nada natural.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Boneco do Mal II

Título no Brasil: Boneco do Mal II
Título Original: Brahms - The Boy II
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: William Brent Bell
Roteiro: Stacey Menear
Elenco: Katie Holmes, Christopher Convery, Owain Yeoman, Ralph Ineson, Daphne Hoskins, Keoni Rebeiro

Sinopse:
Um jovem casal e seu filho de nove anos decide ir para o campo, alugando uma antiga casa. Eles querem superar um trauma nascido quando sua casa em Nova Iorque foi invadida e assaltada. Para o garoto isso é mais do que recomendado, porque ele parou de falar após o crime. E nessa casa ele acaba encontrando um antigo boneco no bosque. Algo que vai mudar a vida de toda a família para sempre.

Comentários:
Eu gostei do primeiro filme. Havia ali um clima de terror inglês que me deixou bem satisfeito com o resultado final. Agora os produtores apostaram em outra direção, mais de acordo com o cinema de terror que é produzido nos Estados Unidos. Pois é, "Boneco do Mal 2" deixa o terror mais vitoriano de lado para apostar em um enredo mais convencional, americanizado. O boneco Brahms está de volta. Na aparência ele parece um velho brinquedo, daqueles que as pessoas jogam fora. Só que por trás dele há uma história envolvendo um garoto que tinha problemas mentais e que era escondido por sua família, porque naqueles tempos era uma grande vergonha para essas famílias ricas e de elite terem como filho um menino com necessidades especiais. Esse fio do passado ainda é tecido nesse segundo filme, mas sem se alongar demais sobre essa questão. O mais importante é mesmo dar alguns belos sustos no público. Esse segundo filme também traz uma novidade no elenco, com a presença da atriz  Katie Holmes. Pelo visto a boa bilheteria do primeiro Boneco do Mal animou ela a participar dessa sequência, interpretando justamente a mãe do garoto oprimido pelo Brahms. Ela também é mãe, na vida real, de uma garota quase na mesma faixa etário do personagem do filme. A garota é filha do ator Tom Cruise. Enfim, vale a pena conhecer esse terror. Não é melhor do que o primeiro, mas ainda assim é um bom filme do gênero, eficiente e bem realizado.

Pablo Aluísio.

Hellraiser - O Julgamento

Título no Brasil: Hellraiser - O Julgamento
Título Original: Hellraiser - Judgment
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Gary J. Tunnicliffe
Roteiro: Gary J. Tunnicliffe
Elenco: Damon Carney, Randy Wayne, Alexandra Harris, Heather Langenkamp, Paul T. Taylor, Gary J. Tunnicliffe

Sinopse:
Três policiais de Los Angeles investigam um caso envolvendo um serial killer que assina seus crimes como o "preceptor". Há um toque de religiosidade fanática em seus assassinatos. Sò que isso é apenas a ponta do iceberg, pois seres sobrenaturais começam a julgar os vivos e os mortos por seus pecados, os condenando a torturas horríveis e inimagináveis.

Comentários:
Que filme ruim! Realmente essa franquia "Hellraiser" sempre foi problemática. De verdade apenas o primeiro filme pode ser considerado um bom filme de terror. O restante da série é bem ruim mesmo. Com o tempo a qualidade dos filmes apenas piorou, não sobrando muita coisa a elogiar. Esse aqui é dos piores. O roteiro é bem ruim, os protagonistas são realmente péssimos e tudo soa como falso, fake. Pouca coisa se salva. O pior é que conseguiram estragar até mesmo o Pinhead, aquele personagem com pregos na cabeça, sempre lembrado do primeiro filme. Ele se tornou banal e tosco. E o que dizer de seu combate final com uma jovem loira representando um anjo? Muito fraco, praticamente risível. Eu já esperava por algo fraco, mas não pensei que fosse tão ruim. E pensar que esse filme B foi produzido pela Dimension, companhia cinematográfica sempre lembrada por bons filmes de terror no passado! Erraram a mão demais nessa produção, provavelmente estejam indo à falência... ou algo assim. Enfim, praticamente nada se salva. Fica apenas a vontade de rever o filme original, aquele sim um bom filme de terror dos anos 80, até hoje lembrado pelos fãs. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Colheita Maldita: Gênesis

Título no Brasil: Colheita Maldita - Gênesis
Título Original: Children of the Corn - Genesis
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Joel Soisson
Roteiro: Joel Soisson
Elenco: J.J. Banicki, Diane Peterson, Kai Caster, Tim Rock. Billy Drago, Barbara Nedeljakova

Sinopse:
Um casal viajando numa estrada secundária acaba ficando na mão, quando o motor do carro pifa. Eles então saem em busca de ajuda na região, mas tudo parece bem deserto. Acabam parando, depois de muitas horas, numa velha casa, uma fazenda praticamente abandonada onde vive um senhor bem esquisito. E seus problemas logo começam quando precisam passar a noite por lá.

Comentários:
Stephen King escreveu "Colheita Maldita" em 1978. Seis anos depois saiu o primeiro filme baseado nesse conto. Até que é um bom filme, ainda hoje elogiado e cultivado por fãs de terror. O uso de vastos milharais como instrumento de suspense e terror pegou bem no imaginário popular dos americanos que vivem nessas regiões do centro oeste. Pois bem, o tempo passou e vários outros filmes foram produzidos. A maioria deles bem fracos. Esse novo da linha segue o padrão ruim dos anteriores que tinham sido produzidos nesses últimos anos. É muito derivativo, sem ideias novas, tentando apenas requentar velhas ideias. E aí eu deixo uma pergunta no ar: será que essas crianças de pura maldade, verdadeiras aparições sobrenaturais no meio do milharal, ainda despertam medo em alguém? O garotinho desse filme que, ao que tudo indica, é uma reencarnação de um demônio milenar que tem poderes sobrenaturais dignos de super-heróis de quadrinhos, ainda vai assustar alguém? Não ficou muito exagerado? Na minha opinião sim, totalmente fora da casinha. De qualquer modo se o livro e o filme originais ainda despertam algum interesse em você, assista. Só não vá esperando por algo excepcional ou muito bom. Esse filme é bem fraco para dizer a pura verdade.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Os Pássaros

Segue sendo ainda nos dias de hoje um dos filmes mais populares da carreira do mestre do suspense Alfred Hitchcock, sendo inclusive reprisado constantemente pelos canais de TV a cabo em todo mundo. Isso demonstra bem como o filme ainda é apreciado pelo público, inclusive pelas novas gerações. A protagonista da história se chama Melanie Daniels (Tippi Hedren). Ela é uma mulher fina e elegante, que decide ir até uma pequena cidade do norte da Califórnia para encontrar seu namorado. O que parecia ser uma viagem de rotina ou puro prazer, logo se torna um pesadelo quando pássaros de todos os tipos e tamanhos começam a atacar no local, sem qualquer motivo aparente. Ela e os moradores da cidade tentam sobreviver de todas as formas àquele inexplicável ataque da natureza.

Agora o curioso de tudo é saber que essa história toda, que algumas vezes pode parecer irreal para determinados espectadores, aconteceu mesmo, de fato! "Os Pássaros" foi baseado em fatos reais ocorridos numa cidade do litoral da Califórnia durante a década de 1940. Até hoje os biólogos não sabem explicar com certeza científica absoluta o que levou essas aves a atacarem seres humanos com tanta fúria. Para Alfred Hitchcock porém o que lhe importava nem era a explicação do evento propriamente dito, mas sim as diversas maneiras que ele iria arrancar suspense e terror desas situações. Para quem apreciava tanto enredos estranhos e bizarros, esses fatos que deram origem ao filme eram um prato cheio para o diretor.

Porém naquela época havia um problema: como tornar os ataques dos pássaros plenamente convincentes? Já que os especialistas em efeitos visuais nunca tinham feito nada parecido com aquilo antes no cinema. Indo ao limite, Alfred Hitchcock então decidiu que apenas com o uso de aves reais as cenas iriam se tornar plenamente realistas. E assim foi feito, a produção utilizou aves marinhas da costa da Califórnia nas cenas de ação. Claro que isso criou situações complicadas, para o elenco e principalmente para a atriz Tippi Hedren, que nesse ponto acabou tendo que enfrentar o tipo mais visceral de papel já presente em um filme de Hitchcock. Dizem as más línguas também que o diretor ficou apaixonado por ela e não sendo correspondido, acabou jogando as aves em cima de sua atriz principal! Claro, algumas aves empalhadas e mecânicas também foram utilizadas, mas em menor número que as reais. A maioria das cenas foram feitas com bichos de verdade. Seria uma vingança de Hitchcock contra sua estrela? Verdade ou mentira? Nunca saberemos ao certo. De qualquer modo não deixou de ser algo bem peculiar do humor negro que Alfred Hitchcock sempre cultivava.

Depois das complicadas filmagens, veio então o sucesso de público tão esperado. Desde seu lançamento "Os Pássaros" se tornou um dos grandes sucessos de bilheteria do diretor. Por todo o mundo o tema do roteiro se tornou um imã para a plateia. Aliás em termos de sucesso comercial o filme rivalizou com o maior hit de Hitchcock, o clássico "Psicose", lançado três anos antes. Some-se a isso as deliciosas histórias de bastidores e você certamente terá um dos mais marcantes momentos da carreira de seu criador. Vários livros e até filmes já enfocaram as manias que Hitchcock teve nas filmagens de "The Birds". Anos depois a atriz diria que inicialmente ele a convenceu que não haveria aves de verdade, apenas efeitos com bichos mecânicos. Só depois no set de filmagens é que ela descobriu como o filme seria feito de verdade! Com bichos reais, dando picadas nela! Não se admire da "grande interpretação" de Tippi Hedren nas cenas pois no fundo ela está apavorada de verdade com os métodos de seu diretor! Com tantos fatos e factoides não foi à toa que "Os Pássaros" se tornou esse ícone da cultura pop em todo o mundo.

Os Pássaros (The Birds, Estados Unidos, 1963) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Alfred Hitchcock / Roteiro: Daphne Du Maurier, Evan Hunter / Elenco: Tippi Hedren, Suzanne Pleshette, Rod Taylor / Sinopse: Durante um passeio numa cidade do litoral da Califórnia uma mulher chamada Melanie Daniels (Tippi Hedren) é atacada por pássaros de todos os tipos e tamanhos. A cidade também entra em pânico com o estranho fenômeno da natureza. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Revelação Feminina (Tippi Hedren).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Os Assassinatos de Amityville

Você já deve ter assistido muitos filmes da franquia cinematográfica Amityville. É uma das mais longas séries de filmes de terror da história. Virou uma espécie de marca registrada. Pois bem, eu também já vi muitos filmes dessa linha, mas esse foi o primeiro que assisti que enfoca na origem de tudo. E tudo começou por causa de um crime terrível. Em novembro de 1974 um rapaz de 23 anos de idade subiu as escadas de sua casa e matou a sangue frio, com um rifle, seus pais, suas duas irmãs adolescente e seus dois irmãos caçulas, na época eles eram apenas garotos. Um crime horroroso que abalou os Estados Unidos e o mundo.

O assassino era Butch DeFeo. Barbudo, viciado em drogas, ele começou a ouvir vozes que diziam que deveria matar toda a sua família. Quando foi preso afirmou que matou por ordem de um demônio. Nos diversos filmes sobre Amityville os roteiros exploravam o fato da casa ser mal-assombrada, algo relatado principalmente pelas famílias que foram morar lá depois do massacre envolvendo o que aconteceu com a família original.

Esse filme aqui não vai por esse caminho. Ele explora justamente os acontecimentos que ocorreram e levaram à morte todas aquelas pessoas. Por isso achei um dos mais interessantes. Não sabia, por exemplo, que o pai DeFeo era um sujeito violento, abusivo, que provavelmente tinha ligações também com criminosos. E o Jovem Ronald DeFeo ganha maiores contornos. Ele provavelmente teve uma crise psicótica por abusar de drogas. Afinal drogas são catalizadoras de doenças mentais. Como ele vivia drogado, não é de se admirar que tenha cometido um crime tão bárbaro.

Só tem um probleminha nesse roteiro. Ele, muitas vezes, abraça a teoria sobrenatural, que havia mesmo um demônio agindo sobre o assassino. Bem, isso é algo impossível de confirmar. Foi apenas o alegado pelo Butch após matar seus familiares. Assim o filme deixa um pouco de lado o retrato real daquelas pessoas para abraçar mais um linha de filmes de terror. Penso que se tivesse tomado outro caminho, abraçando mais o realismo (como sugerem as fotos reais das vítimas na última cena) a coisa teria ficado muito mais relevante. Porém, provavelmente por motivos comerciais, o roteiro abraçou mesmo o sobrenatural. Mesmo assim o filme não se estraga por esse detalhe. Ele vale muito a pena, principalmente para quem curte filmes de terror com o selo Amityville.

Os Assassinatos de Amityville (The Amityville Murders, Estados Unidos, 2018) Direção: Daniel Farrands / Roteiro: Daniel Farrands / Elenco: John Robinson, Chelsea Ricketts, Paul Ben-Victor, Diane Franklin / Sinopse: O filme recria o brutal crime ocorrido em Amityville, interior do Estado de Nova Iorque, quando um jovem com problemas ligados a drogas, matou toda a sua família com um rifle. O caso daria origem a uma série de histórias de terror envolvendo a casa onde tudo aconteceu. Baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Doutor Sono

"O Iluminado" é um clássico do terror. Dirigido por Stanley Kubrick e estrelado por Jack Nicholson, foi um daqueles filmes que marcaram época. Agora, muitos anos depois, chega aos cinemas uma espécie de sequência daquela obra-prima. O garotinho que andava de triciclo pelos corredores do hotel mal-assombrado cresceu. Agora ele é um homem adulto, cheio de problemas. Dan Torrance (Ewan McGregor) cresceu tendo que lidar com seu dom de ver e interagir com pessoas mortas. É o que lhe qualifica como uma pessoa iluminada. Só que isso também lhe trouxe vários problemas psicológicos, traumas, etc. Para superar tudo ele se entregou à bebida durante anos.

Seu desafio agora é ajudar uma garotinha chamada Abra Stone (Rebecca Ferguson). Ela também é uma iluminada, com muitos mais poderes paranormais, iguais aos de Dan. Isso a torna uma vítima em potencial de um estranho grupo de assassinos que sequestra e mata crianças para literalmente sugar suas almas. Essa gente tem sede de sangue e os iluminados são especialmente apreciados por eles. A garota Abra e uma caça primordial.

Quando esse filme terminou, eu fiquei com a sensação de que certas estórias não precisam de continuação. Elas já são bem fechadinhas em si. O primeiro "O Iluminado" era um primor do gênero terror psicológico. Sua força vinha muito do suspense criado em torno dos acontecimentos naquele hotel isolado e frio, no alto da montanha. Não foi necessário explicar muita coisa, apenas explorar bem as cenas. Nesse segundo filme o terror psicológico desaparece. Não há nada nessa linha. Tudo se resume em uma narrativa bem clichê do confronto entre o bem e o mal. Os vilões me pareceram bem caricatos. Do lado do bem apenas Dan desperta algum interesse. A jovem Abra é chatinha. A atriz que a interpreta é pior ainda. Bem genérica. Nada expressiva ou talentosa.

A falha, é bom frisar, não é apenas dos produtores desse filme, mas também do próprio Stephen King. Que ele é um bom escritor de terror, bom, isso todo mundo sabe. O problema é que ele não sabe quando parar. "O Iluminado" não precisa de continuação e nem de tantas explicações irrelevantes como vemos aqui. Esses personagens do mal estragaram tudo. Mais parecem vilões de séries do tipo "Buffy, a Caça-Vampiros"! Nada a ver. Mesmo que o escritor quisesse continuar a contar a história de Dan ele deveria ter feito isso com mais criatividade e elegância. Aqui o filme se mostra condenado desde o começo simplesmente porque a estória que conta é ruim. Com isso não há muita salvação. Culpa de quem? Em minha opinião, do próprio Stephen King.

Doutor Sono (Doctor Sleep, Estados Unidos, 2019) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan, baseado no livro escrito por Stephen King / Elenco: Ewan McGregor, Rebecca Ferguson, Kyliegh Curran, Zahn McClarnon / Sinopse: Sequência tardia do clássico "O Iluminado". Na trama Dan Torrance (Ewan McGregor) precisa ajudar a garotinha Abra Stone (Rebecca Ferguson). Ela tem os mesmos poderes paranormais que ele e está sendo seguida por um grupo que sequestra e mata crianças.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Quatro Histórias de Fantasmas

Esse é um filme de terror indiano. Produção exclusiva da Netflix. O título é bem auto explicativo. São 4 contos de terror, dirigidos por 4 diretores diferentes. Ficou bem interessante. Lembra inclusive uma velha tradição de Hollywood. Filmes que traziam histórias de horror diferentes, como acontece aqui. Uma boa ideia trazer essa fórmula de volta. Na primeira história uma enfermeira vai até a residência de uma velha senhora. Idosa, ela precisa de cuidados 24 horas por dia. Ela tem demência e não consegue distinguir passado e presente. A casa é muito estranha. Há ruídos e sombras. E as coisas só pioram na madrugada. Esse primeiro conto é o mais tradicional em termos de fantasmas. Por essa razão foi o que mais me agradou.

Da segunda história já não gostei muito. Uma jovem grávida começa a ter alucinações com pássaros. Ela tem delírios e o garotinho que a acompanha só piora as coisas. De um modo geral esse segundo conto é o mais fraco de todos. Bizarrice em excesso. Na terceira história um professor vai parar em um isolado vilarejo, onde moram pessoas bem estranhas. Um casal de garotinhos tenta então protegê-lo dos perigos lá fora. Esse episódio é o mais longo de todos, mas mantém o interesse. Tem boas ideias. Na quarta e última história de fantasmas vemos uma noiva empolgada com seu casamento. O noivo parece um príncipe. É bonito, educado, atencioso, tudo o que uma mulher gostaria de encontrar. Porém como ninguém é perfeito ele também tem segredos bem obscuros a esconder. Um sujeito que parece normal, mas que gosta de conversar com a avó... que morreu há muitos anos! Esse último conto de horror só peca mesmo por tentar explicar tudo nos mínimos detalhes. Não precisava de tanto. De modo geral gostei desse filme. É uma experiência nova, afinal não é todo dia que assisto um filme feito na Índia e ainda mais sendo do gênero terror. É algo bem diferente, não há como negar.

Quatro Histórias de Fantasmas (Ghost Stories, Índia, 2019) Direção: Zoya Akhtar, Dibakar Banerjee, Karan Johar, Anurag Kashyap / Roteiro: Isha Luthra, Ensia Mirza / Elenco: Sobhita Dhulipala, Janhvi Kapoor, Mrunal Thakur / Sinopse: Filme que conta em quatro contos histórias independentes de terror e sobrenatural. "Ghost Stories" é uma produção indiana, exclusiva da plataforma Netflix.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Os Ritos Satânicos de Drácula

Esse foi um dos muitos filmes feitos em que o ator Christopher Lee interpretou o Conde Drácula, icônico personagem da literatura de terror. Novamente produzido pelos estúdio da Hammer, aqui temos um problema e tanto. Os melhores filmes ingleses de Drácula na Hammer se passavam no século XVIII ou XIX. Havia um inegável charme na ambientação de uma era que não existia mais. Ajudava e muito na criação do clima envolvendo o mais famoso vampiro das telas. Só que as coisas foram mudadas para pior nesse filme. O Drácula que surge nesse filme vive nos tempos atuais. Ele quer promover uma espécie de apocalipse com a velha peste negra. Para isso se torna um figurão, dono de uma grande empresa, que controla pessoas importantes do governo, como cientistas, generais, políticos e ministros.

A tentativa de transformar Drácula numa espécie de vilão corporativo afunda o filme totalmente. Vai embora o charme, vai embora o clima, os figurinos de época e até mesmo a trama, que nunca consegue convencer ninguém. Para piorar ainda mais o filme tem uma série de assassinos em motos (todos parecendo mais o vocalista do Queen, Freddie Mercury) que me deixou quase em modo de humor involuntário. E se você pensa que as mudanças se resumem a essa troca de tempo, é bom saber que a morte do Conde Drácula é completamente surreal (e estranha). Nunca tinha visto nada parecido no cinema, nem antes e nem depois. Bizarro mesmo. Por fim, para não deixar apenas visões negativas sobre o filme, vale a pena elogiar o ator Peter Cushing. aqui interpretando o Dr. Van Helsing. Seguramente é a melhor coisa desse datado filme do Drácula. Cushing tinha mais dignidade e elegância do que todos os demais atores do elenco. Ele realmente conseguia sobreviver a qualquer coisa, até mesmo a filmes fracos como esse.

Os Ritos Satânicos de Drácula (The Satanic Rites of Dracula, Inglaterra, 1973) Direção: Alan Gibson / Roteiro: Don Houghton / Elenco: Christopher Lee, Peter Cushing, Michael Coles / Sinopse: Drácula (Lee) ressurge, agora comandando uma poderosa empresa. Controlando um grupo de pessoas poderosas ele quer reviver a idade média, quando a peste negra matou milhões de seres humanos na Europa. Para combater seus planos surge o professor Van Helsing, disposto a tudo para matar o lendário vampiro.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Histórias Assustadoras para Contar no Escuro

Esse filme de terror foi lançado recentemente nos cinemas brasileiros e até fez uma carreira bem sucedida no circuito comercial. Assim que comecei a assistir ao filme pude perceber duas influências bem óbvias. A primeira vem em relação ao próprio "It" de Stephen King. Assim como no filme do palhaço temos aqui um grupo de adolescentes que começam a lidar com uma força sobrenatural poderosa. E tudo se passa numa pequena cidadezinha do interior. Numa noite de Halloween eles decidem entrar numa velha casa assombrada. Ali viveu uma rica família no passado, dona de uma fábrica da região. A filha do industrial era trancada em seu quarto, dada como louca. Enclausurada ela passou a escrever histórias de terror em um caderno e essas histórias acabaram saindo das páginas de papel para o mundo real. A jovem garota do grupo de adolescentes acaba encontrando esse manuscrito e abre uma maldição que vai atingir a todos.

Inicialmente pensei que o filme iria ter várias histórias relativamente independentes, como era comum em produções de terror dos anos 70 e 80, mas o diretor André Øvredal optou por uma linha narrativa mais tradicional, com um gancho central puxando todos os acontecimentos. A segunda semelhança com o sucesso de Stephen King vem do uso de criaturas sobrenaturais. Só que aqui devo confessar que fiquei um pouco decepcionado pois em se tratando de um filme que tem Guillermo del Toro como um dos roteiristas era de se esperar por algo mais criativo. Assim temos um espantalho que ganha vida no meio do milharal (e que não é nenhuma novidade em filmes de terror), um ser disforme que perde partes do seu corpo enquanto persegue suas vítimas e até uma estranha mulher gorda que absorve literalmente suas presas. Não é nada muito impactante. Por fim no quesito propriamente dito de dar sustos na plateia, devo dizer que não existe nada de muito assustador aqui. E isso não é uma boa notícia para um filme que se chama "Histórias Assustadoras para Contar no Escuro".

Histórias Assustadoras para Contar no Escuro (Scary Stories to Tell in the Dark, Estados Unidos, Canadá, China, 2019) Direção: André Øvredal / Roteiro: Guillermo del Toro, Dan Hageman, Kevin Hageman / Elenco: Zoe Margaret Colletti, Michael Garza, Gabriel Rush / Sinopse: Garota colegial e seus amigos de escola acabam achando um livro amaldiçoado numa velha casa assombrada. Nas páginas desse manuscrito todas as histórias de terror que são lidas acabam acontecendo no mundo real, trazendo horror e desespero para os moradores de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.