Mostrando postagens com marcador André Øvredal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador André Øvredal. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Drácula: A Última Viagem do Deméter

Drácula: A Última Viagem do Deméter
No ano de 1897 a escuna Deméter parte de um porto no leste europeu em direção a Londres. Jornada complicada, cheia de desafios. O que sua tripulação nem desconfia é que dentro de uma das enormes caixas de madeira contendo terra da Transilvânia, se esconde uma criatura da noite, o vampiro conhecido como Drácula. Durante a viagem ele sai de seu esconderijo e começa a atacar os marinheiros, sempre desaparecendo no fim da noite. Conforme os corpos vão aparecendo a tensão aumenta entre os tripulantes do navio. O que poderia ser feito para deter aquela matança insana e violenta, que ocorre nas madrugadas escuras em alto-mar?

No livro original escrito por Bram Stoker a viagem do Deméter ocupa poucas páginas. Basicamente temos o diário de bordo do capitão e notícias sobre a chegada do navio destroçado na costa da Inglaterra. Partindo dessa premissa simples então o roteiro desse filme foi desenvolvido. Apesar das críticas que esse terror vem sofrendo por aí, eu particularmente gostei do que assisti. A opção por seguir valorizando o suspense, que deu um certo clima de antigos filmes da Hammer, foi certamente um acerto.

Outro ponto positivo foi escolher o lado mais monstruoso de Drácula. Aqui não há espaço para o conde sedutor de capa vermelha. O Drácula que surge nesse filme é basicamente um monstro sanguinário. O design da criatura inclusive é basicamente inspirado em Nosferatu, o que também não deixa de ser uma escolha excelente por parte da direção de arte do filme. No geral gostei mesmo dessa produção. Respeitaram o material original e ainda conseguiram criar algo novo, baseado na pura criatividade da equipe de roteiristas. Está assim muito bem recomendado. 

Drácula: A Última Viagem do Deméter (The Last Voyage of the Demeter, Estados Unidos, 2023) Direção: André Øvredal / Roteiro: Bragi F. Schut, Zak Olkewicz, baseados no livro "Drácula" escrito por Bram Stoker / Elenco: Corey Hawkins, Aisling Franciosi, Liam Cunningham / Sinopse: O filme conta a história da viagem da escuna Deméter entre um porto do leste europeu e Londres. Entre a carga viaja escondido Drácula, o vampiro da Transilvânia. 

Pablo Aluísio.


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O Caçador de Troll

Filme produzido na Noruega ao estilo falso documentário. Logo no começo somos informados de que tudo o que se verá na tela realmente aconteceu, que as fitas foram achadas no meio de uma região deserta e que não se sabe onde foram parar os jovens que aparecem nas cenas. Velha lorota que já conhecemos bem desde os tempos de "A Bruxa de Blair". Pois bem, isso também faz parte do jogo nesse tipo de filme. O interessante é que ao contrário de outros filmes de terror que seguem por esse tipo de narrativa e que se tornam chatos demais, esse aqui até que considerei bem divertido. Afinal essa coisa de Troll, com os monstrengos bem realizados em computação gráfica, até que vira um bom passatempo para um filme de noite sem nada melhor para assistir.

No enredo um grupo de jovens universitários decide fazer um documentário sobre caçadores de ursos. Encontram um deles por acaso, mas o sujeito chamado Hans tem cara de poucos amigos e fica irritado por eles o estarem seguindo por onde ele vai. Então depois de muitos aborrecimentos decide abrir o jogo com os jovens. Ele não é caçador de ursos coisa nenhuma. Ele caça mesmo Trolls. E o que diabos é um troll? Um ser muito popular e frequenta no folclore dos países escandinavos. Seres grotescos, alguns deles gigantescos, que vivem escondidos nas florestas e nas montanhas. E então uma vez aberto o jogo todos partem na caçada em torno dessas criaturas que todos pensavam ser apenas contos de carochinha. E a partir dessa premissa de realismo fantástico o filme se desenvolve. Olha, até curti muito, apesar de todas as expectativas negativas que tive que encarar antes do filme começar.

O Caçador de Troll (Trolljegeren, Noruega, 2010) Direção: André Øvredal / Roteiro: André Øvredal / Elenco: Otto Jespersen, Robert Stoltenberg, Knut Nærum / Sinopse: Um grupo de jovens universitários noruegueses decide seguir os passos de um homem que eles acreditam ser um caçador de ursos. Só que eles estão enganados. Na verdade ele caça Trolls, de todos os tipos e tamanhos, escondidos nas montanhas e nas florestas do norte gelado da Noruega.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Histórias Assustadoras para Contar no Escuro

Esse filme de terror foi lançado recentemente nos cinemas brasileiros e até fez uma carreira bem sucedida no circuito comercial. Assim que comecei a assistir ao filme pude perceber duas influências bem óbvias. A primeira vem em relação ao próprio "It" de Stephen King. Assim como no filme do palhaço temos aqui um grupo de adolescentes que começam a lidar com uma força sobrenatural poderosa. E tudo se passa numa pequena cidadezinha do interior. Numa noite de Halloween eles decidem entrar numa velha casa assombrada. Ali viveu uma rica família no passado, dona de uma fábrica da região. A filha do industrial era trancada em seu quarto, dada como louca. Enclausurada ela passou a escrever histórias de terror em um caderno e essas histórias acabaram saindo das páginas de papel para o mundo real. A jovem garota do grupo de adolescentes acaba encontrando esse manuscrito e abre uma maldição que vai atingir a todos.

Inicialmente pensei que o filme iria ter várias histórias relativamente independentes, como era comum em produções de terror dos anos 70 e 80, mas o diretor André Øvredal optou por uma linha narrativa mais tradicional, com um gancho central puxando todos os acontecimentos. A segunda semelhança com o sucesso de Stephen King vem do uso de criaturas sobrenaturais. Só que aqui devo confessar que fiquei um pouco decepcionado pois em se tratando de um filme que tem Guillermo del Toro como um dos roteiristas era de se esperar por algo mais criativo. Assim temos um espantalho que ganha vida no meio do milharal (e que não é nenhuma novidade em filmes de terror), um ser disforme que perde partes do seu corpo enquanto persegue suas vítimas e até uma estranha mulher gorda que absorve literalmente suas presas. Não é nada muito impactante. Por fim no quesito propriamente dito de dar sustos na plateia, devo dizer que não existe nada de muito assustador aqui. E isso não é uma boa notícia para um filme que se chama "Histórias Assustadoras para Contar no Escuro".

Histórias Assustadoras para Contar no Escuro (Scary Stories to Tell in the Dark, Estados Unidos, Canadá, China, 2019) Direção: André Øvredal / Roteiro: Guillermo del Toro, Dan Hageman, Kevin Hageman / Elenco: Zoe Margaret Colletti, Michael Garza, Gabriel Rush / Sinopse: Garota colegial e seus amigos de escola acabam achando um livro amaldiçoado numa velha casa assombrada. Nas páginas desse manuscrito todas as histórias de terror que são lidas acabam acontecendo no mundo real, trazendo horror e desespero para os moradores de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

A Autópsia

Título no Brasil: A Autópsia
Título Original: The Autopsy of Jane Doe
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: IM Global, Impostor Pictures
Direção: André Øvredal
Roteiro: Ian B. Goldberg, Richard Naing
Elenco: Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond

Sinopse:
Um corpo de uma mulher chega no setor de necropsia onde trabalha Tommy (Brian Cox) e seu filho Austin (Emile Hirsch). O cadáver estava enterrado no porão de uma casa. Não há informações sobre quem teria sido aquela pessoa. Por isso ela é denominada de Jane Doe. Após sua chegada ao morgue começam uma série de estranhos eventos, alguns de origem sobrenatural.

Comentários:
Filmes como esse sempre terão apelo junto aos fãs de filmes de terror. A trama é bem simples. Temos um corpo, um legista e seu filho, uma sala de necropsia e uma tempestade que se forma lá fora. Conforme o legista vai examinando o corpo da mulher ele vai descobrindo coisas estranhas, como escritos feitos na parte interna de sua pele. Parece bruxaria e ocultismo, aliás só parece não, é de fato isso mesmo, magia negra, coisa da pesada. O filme investe no suspense e na tensão. Lá pela terça parte final perde um pouco de impacto, porque vão se tornando óbvias demais as soluções tiradas da cartola pelo roteiro, mas em nenhum momento ficamos com a sensação ruim de estarmos perdendo tempo. Pelo contrário. Tudo é bem construído e apesar do desfecho, digamos, convencional e comerciai, ainda vale a pena conhecer esse pequeno filme de terror que conseguiu um feito e tanto aqui em nosso país, ser lançado nos cinemas, no circuito comercial. Isso sem fazer parte de nenhuma franquia de terror mais conhecida. Nada mal para um corpo sem nome e sem identificação.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A Autópsia

Está chegando nesse fim de semana nos cinemas brasileiros esse terror chamado "A Autópsia". Tudo se passa praticamente em um único ambiente: um necrotério. É lá que trabalham pai e filho, Tommy Tilden (Brian Cox) e Austin (Emile Hirsch). Eles realizam autópsias em corpos que chegam todos os dias. Em um dia chuvoso dá entrada no lugar o corpo de uma jovem garota. Sua localização intrigou os policiais, pois ela parecia enterrada há muito tempo no porão de uma velha casa. Apesar disso ter acontecido há muitos anos o cadáver de Jane Doe (nome dado a pessoas do sexo feminino cuja identidade não se sabe ao certo), está praticamente intacto. Nenhum sinal de decomposição. Ela está em ótimo estado. Então ela é levada para a sala de autópsia e começam os trabalhos. Descobre-se que ela tem estranhas marcas por baixo da pele, como símbolos de bruxaria e misticismo. Não demora muito e coisas inesperadas começam a acontecer.

Esse filme "The Autopsy of Jane Doe" mostra bem que em um mesmo filme você pode encontrar boas situações de suspense lado a lado com bobagens gratuitas e desnecessárias. O filme é dividido em três atos. Nos dois primeiros tudo soa muito bem, com ótimo aproveitamento do suspense dentro do necrotério. Uma tempestade está chegando e tudo vai ficando cada vez mais mórbido e sombrio. O problema é que os roteiristas erraram muito na conclusão do filme, em sua terça parte final. O que era intrigante, assustador, acaba virando rotina, nada muito diferente do que você já está acostumado a ver em outros filmes de terror como esse. Assim esse é mais um caso típico daqueles filmes que começam muito bem, mas que depois derrapam feio quando tentam concluir sua trama.

A Autópsia (The Autopsy of Jane Doe, Estados Unidos, 2016) Direção: André Øvredal / Roteiro: Ian B. Goldberg, Richard Naing/ Elenco: Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond / Sinopse: Corpo de uma garota desconhecida chega em um necrotério onde trabalham pai e filho. Não demora muito e estranhos acontecimentos começam a surgir. A jovem morta parece ter poderes sobrenaturais, desconhecidos da ciência médica.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A Autópsia

Tudo se passa dentro de um necrotério. É lá que trabalham o médico legista Dr. Tommy Tilden (Brian Cox) e seu filho Austin (Emile Hirsch). A rotina de trabalho diário se resume a realizar várias autópsias, principalmente em corpos trazidos pelo xerife da cidade. A principal função é descobrir a causa mortis daquelas pessoas. Alguns foram brutalmente assassinados, outros cometeram suicídio, etc. Assim a primeira parte do filme mostra trechos de autópsias nesses cadáveres. Quem não tiver estômago forte certamente largará o filme em seus minutos iniciais. Tudo vai relativamente calmo até que chega um novo corpo no necrotério. É de uma jovem sem identificação. Assim ela logo recebe o rótulo de Jane Doe (uma expressão em inglês para designar justamente pessoas do sexo feminino sem identidade confirmada). Jane foi encontrada parcialmente enterrada no porão de uma casa onde ocorreu uma grande chacina. Todos os moradores foram encontrados mortos. A origem da moça é desconhecida, assim como a causa de sua morte. Caberá ao Dr. Tilden e seu filho investigar o que teria acontecido.

Logo nos primeiros procedimentos de autópsia eles descobrem que ela não tem qualquer marca de violência externa em seu corpo, porém quando abrem o cadáver descobrem algo interessante, pois seus órgãos internos foram mutilados e destruídos - mas como isso seria possível sem qualquer sinal de corte, ferimento ou dilaceração? Do ponto de vista científico pouca coisa faz sentido! O que eles não sabem é que Jane Doe sequer pertence ao nosso tempo. Bem, falar demais poderia estragar as surpresas do roteiro, então quanto menos se explicar o enredo, melhor. Eu gostei desse filme. É bem sabido que filmes de terror andam sem muita originalidade e criatividade. O gênero de uma maneira em geral anda saturado. Esse "The Autopsy of Jane Doe" possui algumas situações que fogem do lugar comum, do puro clichê. O espectador mais atento, por exemplo, vai logo perceber que tudo o que se vê na tela pode ser apenas um aspecto subjetivo da visão dos protagonistas, o que lança um véu de fumaça sobre os reais acontecimentos. Achei isso um aspecto bastante positivo do roteiro. Além disso há uma tendência a valorizar bastante o suspense, algo que gera pontos a favor do filme. Assim pela criatividade, pela originalidade de se tentar algo novo o filme certamente vale a pena. Basta captar todas as mensagens subliminares de seu roteiro sui generis.

A Autópsia (The Autopsy of Jane Doe, Estados Unidos, 2016) Direção: André Øvredal / Roteiro: Ian B. Goldberg, Richard Naing / Elenco: Emile Hirsch, Brian Cox, Olwen Catherine Kelly, Ophelia Lovibond / Sinopse: O cadáver de uma jovem sem identificação chega ao necrotério para se submeter a uma autópsia. Inicialmente os sinais encontrados não fazem muito sentido do ponto de vista científico. O pior porém está apenas por acontecer, quando eventos sinistros e sombrios começam a se manifestar naquele lugar lúgubre.

Pablo Aluísio.