Mostrando postagens com marcador Nicolas Cage. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nicolas Cage. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de julho de 2013

Astro Boy

Astro Boy é um dos personagens mais queridos do mundo mangá no Japão. Foi criado em 1953 por Osamu Tezuka, considerado um dos grandes gênios em sua arte. Através de suas estórias pretensamente simples Tezuka desfilava muito da natureza humana e sua relação com o meio ambiente, a tecnologia e os valores mais importantes da sociedade. O mundo habitado por Astro Boy está destruído pela ganância humana. O planeta virou uma espécie de lata de lixo por anos de exploração desenfreada. Os humanos então decidem viver em uma grande cidade acima das nuvens chamada Metro City. E lá que o cientista Dr. Tenma cria Astro Boy após perder seu próprio filho. No pequeno robô ele insere os melhores valores humanos, além de dar ao pequeno invento grandes poderes que deverão sempre ser usados para o bem de todos.

Essa animação americana dirigida pelo cineasta David Bowers (Por Água Abaixo) resgata o personagem Astro Boy para o mundo de hoje. Embora seja uma produção Made in  USA o filme procura manter intactos as melhores características da obra de Osamu Tezuka. Na lista dos atores que fizeram as vozes da versão original temos Nicolas Cage um fã assumido de quadrinhos que na época declarou que participar da animação foi uma honra e que faria até de graça se fosse preciso, só para ter o prazer de participar de um projeto com esse personagem que para ele é um ícone. Em conclusão temos aqui uma animação das mais competentes aliada ao resgate de um dos mangás mais famosos de todos os tempos.

Astro Boy (Idem, Estados Unidos, 2009) Direção: David Bowers / Roteiro: Timothy Harris, baseado nos personagens criados por Osamu Tezuka / Elenco (vozes): Bill Nighy, Donald Sutherland, Freddie Highmore, Nathan Lane, Nicolas Cage / Sinopse: Animação que mostra a origem do personagem Astro Boy, um garoto-robô que luta contras as injustiças do mundo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A Rocha

Segue sendo lembrado pelos fãs de filmes de ação como um dos melhores momentos da carreira de Sean Connery no gênero. Ele aqui estrela ao lado de Nicolas Cage (no auge da carreira, muitos anos antes de virar um sombra do que foi, estrelando filmes sem qualquer qualidade como vemos atualmente). O enredo é pura fantasia mas diverte e entretém como poucos. Um militar, general condecorado, Francis X. Hummel (interpretado pelo sempre ótimo Ed Harris), se revolta contra a situação dos veteranos e o tratamento que o governo dos EUA lhes dá e resolve tomar uma decisão realmente radical. Ao lado de um grupo de fieis aliados ele rouba um lote de armas químicas e se encastela na antiga prisão de Alcatraz ao lado de vários reféns. A partir daí ameaça atacar a cidade de San Francisco se não lhe forem pagos 100 milhões de dólares. Para deter suas pretensões terroristas o governo americano envia para a “rocha” (como era conhecida Alcatraz pelos prisioneiros que lá ficavam) um grupo de elite que conta com dois especialistas.

O primeiro é Stanley Goodspeed (Nicolas Cage), especialista em armas bioquímicas e o segundo o ex-detento e único homem a fugir da prisão de Alcatraz, John Patrick Mason (Sean Connery). Juntos tentarão deter os planos do obstinado general. “A Rocha” foi dirigido por Michael Bay e produzido pela dupla Jerry Bruckheimer e Don Simpson (que morreu poucos meses antes da estréia do filme). A presença do trio já deixa claro o que o espectador vai encontrar no filme. Muitas explosões, ação desenfreada e um roteiro não muito trabalhado. Michael Bay que vinha do sucesso “Bad Boys” ainda não tinha se tornado esse cineasta alucinado dos dias atuais, onde seus filmes mais parecem um festival de pirotecnia, mas já demonstrava em “A Rocha” os caminhos que iria seguir em sua carreira. É curioso também o fato de Sean Connery ter feito esse filme. Ele vinha numa fase de busca por reconhecimento artístico e de repente se viu envolvido nesse projeto de pura ação e pipoca (chegou inclusive a participar da produção como produtor executivo). Deixando tudo isso de lado não há como deixar de se divertir nesse filme. É obviamente um blockbuster de ação, sem maiores pretensões a não ser divertir as massas. Olhando sob esse ponto de vista “A Rocha” certamente cumpriu seus objetivos cinematográficos.

A Rocha (The Rock, Estados Unidos, 1996) Direção: Michael Bay / Roteiro: David Weisberg, Douglas Cook / Elenco: Sean Connery, Nicolas Cage, Ed Harris,  John Spencer / Sinopse: Um general renegado (Ed Harris) decide tomar Alcatraz armado com armas químicas. Após ameaçar atacar a cidade de San Francisco o governo americano envia um grupo de elite para o local com a finalidade de deter o obstinado militar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Perigo em Bangkok

Mais um filme que Nicolas Cage fez na bacia das almas para pagar seus impostos atrasados. O diferencial aqui é que o estúdio na vã tentativa de tirar a carreira do astro da decadência resolveu importar uma dupla de diretores tailandeses para dirigir o novo filme de Cage. E o pacote veio completo do oriente pois além de dirigir, os cineastas orientais também se comprometeram a realizar esse remake de sua própria obra, pois o roteiro já tinha virado filme em seu país natal. Essa nova versão Made in Hollywood segue os mesmo passos do filme original ao mostrar um assassino profissional que sempre é contratado paras as mais complicadas “missões”. Eficiente e profissional ele acaba criando um nome no mercado mas ao mesmo tempo sente o peso de ser quem é, pois não consegue criar laços com ninguém, nem constituir família, pois seus serviços tornam isso praticamente impossível. Até que cansado do isolamento e da solidão em que vive resolve arranjar um parceiro, um nativo, e nesse processo também se apaixona por uma linda mulher da região, o que acaba transformando sua vida em um tremendo caos.

“Perigo em Bangkok” não traz novidades para a combalida carreira de Nicolas Cage. O roteiro é clichê até dizer chega e a atuação do ator é completamente no controle remoto. Um tanto sorumbático, atuando preguiçosamente, Cage mais parece um burocrata do cinema que tem que encarar projetos como esse para colocar sua vida financeira e fiscal em dia do que alguém que realmente ama o que faz. A tentativa de realizar um remake americano de um filme tailandês também não se revela uma boa idéia. O original é uma fita sem qualquer atrativo além das intermináveis lutas de artes marciais, uma atrás da outra. Roteiro praticamente inexistente, foi feito para as massas iletradas do oriente próximo. Tentar trazer alguma substância e conteúdo para algo assim é perda de tempo. Cage fixa o olhar no horizonte, faz cara de deprimido, tenta de forma bem negligente trazer alguma personalidade ao seu papel mas tudo isso é em vão. As cenas de ação são sonolentas e não empolgam. Enfim, “Perigo em Bangkok” simplesmente não funciona se tornando mais um projeto obtuso nessa péssima fase que o ator vem enfrentando.

Perigo em Bangkok (Bangkok Dangerous, Estados Unidos, 2008) Direção: Oxide Pang Chun, Danny Pang / Roteiro: Jason Richman / Elenco: Nicolas Cage, James With, Charlie Yeung, Shahkrit Yamnarm, Panward Hemmanee, Philip Waley. / Sinopse: Joe (Nicolas Cage) é um assassino profissional que paga caro por seu estilo de vida. Solitário e vivendo de forma obscura ele acaba abrindo mão de seus dogmas profissionais ao contratar os serviços de Kong (Shahkrit Yamnarm), um larápio de rua. Para piorar ainda mais sua situação se apaixona por uma nativa, o que acaba transformando sua vida em um completo caos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Presságio

Tudo começa quando uma garotinha começa a receber mensagens em linguagem matemática. Os números que escreve em uma folha de papel não parecem fazer qualquer sentido e todos interpretam como números simplesmente aleatórios. 50 anos depois a mensagem acaba chegando nas mãos do professor de ciências John Koestler (Nicolas Cage). Ele é cético em relação ao aspecto religioso das pessoas embora seja filho de um pastor protestante. Os números porém  lhe chamam atenção e ele acaba descobrindo uma conexão entre as datas de grandes catástrofes e as sequências numéricas que foram escritas pela colegial tantos anos atrás. Intrigado resolve investigar as origens do estranho escrito. Quando foi lançado esse "Presságio" foi impiedosamente malhado pela crítica. A fita porém conseguiu alcançar um relativo êxito comercial e aqui no Brasil, como sempre acontece com os filmes de Nicolas Cage, conseguiu se tornar um grande sucesso. "Presságio" não é ruim como algumas críticas insistem em dizer. A produção lida com muitos temas ao mesmo tempo, isso é um fato, mas o roteiro procura amarrar todas as pontas soltas que vão surgindo no desenrolar da estória.

Não é de hoje que podemos notar a obsessão dos americanos com o chamado "fim do mundo". Basta apenas ligar a tv a cabo e constatar o grande número de programas que procuram desvendar o tema. Seja sob o ponto de vista religioso, seja sob o ponto de vista científico. O roteiro de "Presságio" nesse aspecto procura abordar todas as visões de uma só vez, o que poderá desagradar a muitos espectadores. Há uma preocupação em colocar tudo no mesmo caldeirão: profecias, religião, ufologia, etc. A mistura pode soar indigesta para alguns. Atirando para todos os lados o resultado realmente torna-se sem foco mas não chega a aborrecer. Claro que um corte seria bem vindo pois o filme é excessivamente longo para o tema a que se propõe, mesmo assim poderá facilmente agradar aos que gostam desse tipo de temática. Eram os Deuses Astronautas? Há vida inteligente fora do nosso planeta? O fim está próximo? O que são profecias? Como será o dia do juízo final? Qual é o futuro da humanidade após o fim de nosso mundo? Todas essas perguntas tentam ser respondidas pelo texto do argumento desse filme. Se for de seu interesse, arrisque. 

Presságio (Knowing, Estados Unidos, 2008) Direção: Alex Proyas / Roteiro: Ryne Douglas Pearson, Juliet Snowden / Elenco: icolas Cage, Rose Byrne, Adrienne Pickering, Nadia Townsend, Ben Mendelsohn, Chandler Canterbury, Terry Camilleri, Angie Diaz, Sally Anne Arnott, Liam Hemsworth, Lara Robinson, Anna Anderson / Sinopse: Um professor de ciências tenta decifrar a linguagem matemática de um texto escrito há 50 anos por uma garotinha. O que irá descobrir é algo que o deixará estarrecido.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

As Torres Gêmeas

Como hoje é 11 de setembro vale a pena recordar desse filme que enfocou a grande tragédia que se abateu sobre a cidade de Nova Iorque em 2001. Antes de qualquer coisa é interessante citar o fato de que mesmo após mais de uma década dos atentados nenhum grande filme foi realizado sobre o trágico acontecimento. Nenhuma produção de ponta ou obra de arte foi criada em cima do 11 de setembro. Isso é um fato. O que temos até agora são apenas filmes medianos como esse. Por que isso aconteceu? Penso que o 11 de setembro atingiu tão fundo na alma daquele país que até hoje eles não conseguiram assimilar bem tudo o que aconteceu. A impressão que fica foi que toda a nação americana realmente ficou traumatizada com o tamanho e a eficiência do ataque terrorista. Os americanos tinham aquela mentalidade de que eram inatingíveis, que suas forças de segurança jamais deixariam que algo assim acontecesse. 

Quando os aviões bateram nas torres eles ficaram sem reação imediata. Como se viu eles realmente não estavam preparados para o que efetivamente ocorreu em Nova Iorque naquela data. Foi realmente uma surpresa e um choque. Dito isso vamos ao filme propriamente dito. "As Torres Gêmeas" conta a história real dos policiais John McLoughlin (Nicolas Cage) e Will Jimeno (Michael Pena). Após o colapso de uma das torres eles ficaram soterrados sob centenas de toneladas de escombros! De fato foram um dos poucos sobreviventes do ataque terrorista. A primeira parte do filme, mostrando os acontecimentos anteriores ao atentado, tem um ritmo lento, pouco interessante. Já o segundo ato é mais interessante pois a reconstituição é extremamente bem feita em seus mínimos detalhes. O problema é que o filme mesmo melhorando levemente nunca emplaca, nunca empolga. Talvez todos nós estejamos fartos do assunto que foi massivamente explorado pela mídia desde 2001 ou talvez o roteiro não seja tão instigante, caindo na vala comum. A escolha de Oliver Stone para dirigir o filme também foi equivocada. Esse é um cineasta contestador que gosta de expor as feridas da América. Já o roteiro desse filme tem doses extras de patriotada, como não poderia deixar de ser. O texto tenta a todo custo lamber as feridas deixadas pelos ataques. Em vão. Stone certamente não foi a escolha certa, notamos nitidamente um desconforto no trabalho dele. O resultado se vê na tela pois o filme parece truncado. A verdade pura e simples é que talvez nunca tenhamos um grande clássico no cinema sobre o 11 de setembro. O povo americano é muito centrado em si mesmo e odeia ver eventos históricos como esses retratados na tela grande. Eles não querem recordar suas derrotas mas sim suas vitórias, o que é normal. A conclusão que chegamos é que as feridas do 11 de setembro ainda estão bem abertas e longe de serem cicatrizadas.  

As Torres Gêmeas (World Trade Center, Estados Unidos, 2006) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Andrea Berloff / Elenco: Nicolas Cage, Michael Pena, Douglas J. Aguirre, Maria Bello, Maggie Gyllenhaal, Jon Bernthal, Stephen Dorff / Sinopse: "Torres Gêmeas" acompanha a história de dois policiais que se encontram no centro do grande atentado terrorista ocorrido em 11 de setembro de 2001. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Kick-Ass - Quebrando Tudo

Dentro do lamaçal de filmes medíocres em que Nicolas Cage tem se envolvido ultimamente esse "Kick-Ass" é uma dos poucas produções que realmente se salvam. O mérito é de seu roteiro antenado com as novas gerações, fãs de games e computador, que conseguem transitar entre todos esses meios com extrema familiaridade. Foi para esse tipo de jovem high tech que o filme foi feito. Ele une várias linguagens de meios diferentes em uma experiência cinematográfica única. Sem querer ser preconceituoso mas os mais velhos, que não cresceram imersos em tantas tecnologias ao mesmo tempo, certamente vão estranhar um pouco seu ritmo alucinado e inúmeras citações que provavelmente apenas os mais jovens vão captar. "Kick Ass" também exige uma certa postura em relação a ele. É um produto totalmente pop e obviamente não se deve levar à sério demais. É puro entretenimento sem maiores consequências. 

O resultado ficou muito divertido. Também não há como negar que também é muito violento mas é um tipo de violência diferente, estilizada ao extremo, nada verossímil. Como eu disse, não se deve levar nada do que acontece em cena à sério. Mesmo assim o mercado exibidor americano resolveu aumentar sua faixa de classificação o que achei uma medida desproporcional uma vez que a violência do filme como já disse é caricatural, quase de desenho animado, e duvido que alguém vai levar algo como aquilo à sério. Não é à toa que sua principal fonte de inspiração é o universo do mundo dos quadrinhos. O destaque da produção fica com a jovem Chloë Grace Moretz. Há tempos venho prestando nessa atriz mirim (hoje já adolescente) que vem se destacando nos filmes em que aparece, mesmo quando interpreta personagens secundários. Já tive a oportunidade de escrever sobre ela, principalmente em seu trabalho realizado no remake americano de "Deixa Ela Entrar". A garota promete. Aqui sua Hit Girl domina e ofusca todos os demais personagens e atores, até mesmo Nicolas Cage. Por falar nele o ator surge bem envelhecido em cena. Obviamente ele deve ter adorado fazer o filme. Não é segredo para ninguém que seu sonho era fazer um filme como Superman. Aliás ele é fã assumido do universo dos quadrinhos. Seu personagem é uma caricatura de Batman. "Kick Ass" foi dirigido pelo Matthew Vaughn, o que é bem adequado pois certamente soube se comunicar com essa nova geração que é o público alvo do filme. Sua proximidade com o universo dos quadrinhos parece ser a tônica de sua carreira, uma vez que já trouxe para as telas os famosos personagens de Stan Lee em "X-Men: Primeira Classe" e agora prepara a sequência "Kick-Ass 2: Balls to the Wall" atualmente em pós produção. Que venha a continuação então. 

Kick-Ass - Quebrando Tudo (Kick-Ass, Estados Unidos, 2010) Direção: Matthew Vaughn / Roteiro: Jane Goldman, Matthew Vaughn baseado nos quadrinhos de Mark Millar e John Romita Jr. / Elenco: Aaron Johnson, Nicolas Cage, Chloë Grace Moretz / Sinopse: Um grupo improvável de pessoas resolvem incorporar em suas vidas reais o estilo de vida dos super-heróis de quadrinhos. Isso acaba lhes trazendo muitos problemas mas também muita ação e aventura.  

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Aprendiz de Feiticeiro

Sinceramente, o dia em que Jerry Bruckheimer morrer ou pelo menos abandonar o cinema eu vou soltar fogos na rua. Esse sujeito é uma verdadeira desgraça para o cinema americano (e mundial). Ele tem acesso a milhões de dólares, todas as possibilidades para realizar grandes filmes e o que ele faz com essa grana toda? Os maiores lixos, chicletes, fast foods que eu já tive o desprazer de assistir. Perto dele o Sr James "Pipoca" Cameron é o Da Vinci. Jerry, pelo amor de Deus, cava uma cova e pula dentro ok? Os cinéfilos irão lhe agradecer encarecidamente...

O novo "filme" (entre aspas porque isso é qualquer coisa menos um filme de verdade) produzido por ele se chama "O Aprendiz de Feiticeiro". Nem precisa dizer que nem zero esse troço merece, pois sua nota seria negativa, abaixo do zero absoluto. O tal aprendiz de feiticeiro é interpretado por um ator Zé ninguém (não me perguntem o nome dessa ameba) que é provavelmente o pior ator jovem surgido nos últimos 200 anos. Não sabe interpretar, não tem carisma, é simplesmente um soco no estômago ficar vendo suas canastrices por quase duas horas. Péssimo. Nicolas Cage (usando uma peruca pavorosa) passa o filme inteiro posando de "Mago Sábio" mas tudo o que consegue é nos fazer ter pena dele. Ele provavelmente deve estar mesmo precisando muito de dinheiro para estrelar uma coisa dessas. O resto do elenco é constrangedor. Enfim, quando ver o cartaz dessa marmota do Jerry em cartaz fuja o mais rapidamente possível...

O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerers Apprentice, Estados Unidos, 2010) Direção: Jon Turteitaub / Roteiro: Lawrence Konner), Mark Rosenthal / Elenco: Nicolas Cage, Alfred Molina, Jay Baruchel, Toby Kebbell / Sinopse: Velho feiticeiro com mal gosto para cabelos e roupas (Nicolas Cage) encontra um aprendiz para ensinar seus truques de magia. Juntos terão que enfrentar um bruxo versado em magia negra (Alfred Molina).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança

Quando a Columbia anunciou o projeto de novo filme do personagem da Marvel Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider, no original) se criou uma grande expectativa nos fãs pois se afirmou que dessa vez iriam fazer tudo diferente, melhor, superior ao primeiro filme. Nicolas Cage, com a receita federal norte-americana no pé, logo topou a nova empreitada. A Columbia então resolveu filmar tudo no leste europeu pois os custos ficariam bem abaixo do que se fosse realizado nos EUA. Romênia e Turquia foram escolhidos para as locações externas. Atores locais foram contratados para o filme, além de praticamente toda a equipe técnica. De certa forma essa mudança de ares foi até acertada - o filme traz uma ambientação diferente do que estamos acostumados a ver (sem as highways de Los Angeles sendo utilizadas a todo momento). A escolha da atriz italiana Violante Placido também foi outro ponto positivo. Ela é bonita e com a maquiagem adequada convenceu como uma bela e exótica mulher do leste europeu. A produção não é medíocre, investiram no filme 70 milhões de dólares, uma boa quantia para um filme médio como esse. 

O problema de Motoqueiro Fantasma 2 é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A promessa que iriam trabalhar melhor o personagem, serem mais fiéis aos quadrinhos, não se concretizou. O filme é raso, sem novidades, derivativo ao extremo (a velha estória batida do diabo tentando dominar o mundo através de um filho que teve com uma mulher humana - isso mesmo o tal de Anticristo que já foi explorado à exaustão pelo cinema americano em centenas de filmes anteriores). Ciarán Hinds, um bom ator que faz o vilão, está caricato e canastrão. Pelo menos não conseguiu superar a Cage, aqui mais careteiro e afetado do que nunca! Sem um pingo de esforço Cage apenas passeia em cena com uma careta aqui, outra acolá - sua interpretação é realmente medíocre. O filme tem dois diretores, um deles é o Mark Neveldine da franquia Adrenalina e do filme Gamer. Seus cacoetes estão todos lá - ritmo alucinado, cenas em velocidade rápida, apressada... se funcionava em termos nos outros filmes aqui tudo soa muito fora de hora, dando uma impressão de auto paródia nas cenas de ação. Enfim, não foi dessa vez que fizeram um filme decente para Johnny Blaze. Pelo visto ele vai continuar amaldiçoado, pelo menos no cinema.  

Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (Ghost Rider: Spirit of Vengeance, Estados Unidos, 2012) Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor / Roteiro: Scott M. Gimple, Seth Hoffman / Elenco: Nicolas Cage, Ciarán Hinds, Idris Elba, Violante Placido / Sinopse: Johnny Blaze (Nicolas Cage) faz um pacto no leito de morte de seu pai. O diabo pouparia seu pai da morte e em troca ele lhe daria sua alma imortal. Depois do pacto concluído Johnny passa por uma transformação sendo possuído por um espírito vingador chamado Ghost Rider. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Pacto

Diante das bombas que Nicolas Cage vem estrelando esse thriller "O Pacto" não é tão ruim. Para falar a verdade a fita consegue manter o interesse do espectador. O enredo é inicialmente simples: Will Gerard (Nicolas Cage) é um professor de high school que se vê diante do estupro de sua esposa, a bela instrumentista Laura (interpretada pela linda January Jones de "Mad Men"). Revoltado ele é procurado pelo misterioso Simon (Guy Pierce, recentemente premiado pela série Mildred Pierce). Esse lhe propõe literalmente um pacto. Uma organização de cidadãos indignados pela violência irá liquidar o estuprador de sua esposa e em troca ele fará alguns serviços para o grupo. Obviamente que nesse tipo de thriller nada é tão simples assim e nada é o que parece ser. O roteiro e o argumento lidam com um assunto que é cada vez mais comum no Brasil: com a ineficiência da justiça estatal em punir os criminosos os próprios cidadãos acabam formando grupos de extermínio com o objetivo de "limpar" a sociedade de sua escória: estupradores, assassinos e meliantes em geral.

O filme não se compromete nessa questão - nem assume uma postura totalmente avessa a esses grupos e nem tampouco passa lição de moral. Nessa questão ele fica até mesmo interessante. Claro que a partir de determinado momento do filme o tema deixa de ser debatido para virar apenas um filme de ação de rotina, com muitas correrias, tiroteios e pirotecnia mas mesmo nesse quesito se mostra eficiente como puro entretenimento. A produção no fundo é uma tentativa do diretor Roger Donaldson em emplacar sua carreira. Ele até que vem apresentando bons trabalhos ao longo dos anos mas nunca conseguiu entrar para o primeiro time de cineastas de Hollywood. Esse "O Pacto" até me lembrou de outro policial dirigido por ele, o filme "Areias Brancas" um bom thriller estrelado por Mickey Rourke nos anos 90. Enfim, em resumo, "O Pacto" é muito melhor do que Nicolas Cage vinha apresentando ultimamente. Não é seu renascimento mas pelo menos serve como pausa das mediocridades de sua filmografia recente.

O Pacto (Seeking Justice / Solo Per Vendetta, Estados Unidos, 2011) Diretor: Roger Donaldson / Roteiro: Robert Tannen / Elenco: January Jones, Nicolas Cage, Guy Pearce, Jennifer Carpenter, Harold Perrineau / Sinopse: Will Gerard (Nicolas Cage) é um professor de high school que se vê diante do estupro de sua esposa, a bela instrumentista Laura (interpretada pela linda January Jones de "Mad Men"). Revoltado ele é procurado pelo misterioso Simon (Guy Pierce, recentemente premiado pela série Mildred Pierce). Esse lhe propõe literalmente um pacto. Uma organização de cidadãos indignados pela violência irá liquidar o estuprador de sua esposa e em troca ele fará alguns serviços para o grupo.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de março de 2012

Fúria Sobre Rodas

Agora é oficial: Nick Cage resolveu chutar o balde da sua carreira. Esse "Fúria sobre Rodas" é a pá de cal na argumentação dos fãs do ator que ainda tentavam defender seus últimos filmes. Depois de filmar várias bombas Nicolas Cage aqui estrela "a bomba" de sua filmografia. Pouca coisa se salva nesse "Drive Angry". O elenco inteiro é ruim, um desfile de loiras incapazes, bombados despreparados e vilões cartunescos. Nem o sujeito de terno de grife que supostamente interpreta um tipo de "anjo da morte" escapa. Tudo muito fraco, exagerado, vulgar, grotesco. Agora o mais curioso de tudo é que os últimos filmes do Cage fracassaram em todo o mundo menos no... Brasil! Isso mesmo, o ator continua lotando os cinemas por aqui, não importando a bomba que ele faça. Seus últimos cinco filmes fracassaram completamente lá fora mas foram recebidos de braços abertos em nossos cinemas. Vai entender! O público brasileiro parece ter uma fidelidade e lealdade caninas para com Cage (que diante disso já está devendo uma visita ao nosso país para agradecer).

Além dos tiros e explosões em excesso o filme tem um dos scripts mais ofensivos que já ouvi. Todo diálogo contém uma profusão de palavrões de baixo nível de deixar qualquer white trash de cabelos em pé. Há cenas absurdamente toscas, como aquela em que Nick se envolve em um tiroteio enquanto transa com uma loirinha qualquer. Mulher objeto é apelido! Em outra bebe tranquilamente champagne em um crânio de um de seus antagonistas. Os efeitos são ridiculamente mal feitos e de mal gosto - mais parece um filme amador feito em pc de quarto de nerd! E para completar a presepada o ator resolveu usar uma ridícula peruca loira que deixa tudo ainda mais ruim. No final fica a dúvida: Qual é a razão que levou Cage a se envolver numa bomba dessa magnitude? Se você gosta de filmes ruins, faça bom proveito e se esbalde!

Fúria Sobre Rodas (Drive Angry, Estados Unidos, 2011) Direção: Patrick Lussier / Roteiro: Todd Farmer, Patrick Lussier / Elenco: Nicolas Cage, Amber Heard, William Fichtner / Sinopse: Milton (Nicolas Cage) retorna do inferno para resolver alguns assuntos inacabados!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Caça às Bruxas

Depois que assisti "Aprendiz de Feiticeiro" com o Nicolas Cage fiquei com uma má vontade em relação aos seus últimos filmes que vou te contar. Quando vi o material promocional desse "Caça às Bruxas" pensei imediatamente que seria outra porcaria estrelada pelo ator, no mesmo estilo que o filme anterior. Felizmente não é bem assim. "Caça às Bruxas" não é nenhuma obra prima, não tem muita originalidade e é mais um filme de aventura infanto-juvenil com o Cage, mas pelo menos ele não é tão ruim como eu pensava. Talvez o tema (misturando cruzadas, bruxas, demônios e peste negra) tenha salvo o filme da mediocridade total. Além disso o filme conta com a presença do ator Ron Perlman (Hellboy, Sons of Anarchy) que traz um ponto positivo a mais ao filme. Ele é um intérprete bacana.

Confesso que a primeira hora de "Caça às Bruxas" não é ruim, muito pelo contrário. Até os 60 minutos iniciais o filme caminha bem, a jornada que leva a garota acusada de ser a bruxa para o monastério prende a atenção. Existem sequências bacanas como a travessia de uma ponte antiga e o ataque de lobos famintos. Além disso sempre fica a dúvida se a garota é ou não uma bruxa. O problema realmente é o desfecho do filme. Não vou contar nada mas vamos acompanhando lentamente a mediocridade dominar a cena. Para falar a verdade faltou sutileza aos realizadores, faltou inteligência no roteiro. O que parecia até mesmo um bom filme acaba virando um sub Van Helsing e isso realmente leva tudo a perder. Em resumo não foi dessa vez que o Nicolas Cage tirou o pé da cova em sua carreira.

Caça às Bruxas (Season of the Witch, Estados Unidos, 2010) Diretor: Dominic Sena / Roteiro: Braji F Schut / Elenco: Elenco: Nicolas Cage, Ron Pearlman, Stephen Campbell Moore, Robert Sheehan, Christopher Lee / Sinopse: Cavaleiro medieval do século XIV (Nicolas Cage) é designado para levar uma suspeita de magia negra até um mosteiro para ser julgada e encarcerada.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vício Frenético

Não é novidade para ninguém que a filmografia de Nicolas Cage nos últimos tempos já saiu da fase de ser apenas ruim para virar anedota entre cinéfilos de tão ruins que são as produções. De fato Cage já virou piada nas rodinhas de pessoas que gostam do dito bom cinema. No meio de tantos filmes obtusos e constrangedores eis que finalmente surgiu uma pérola no meio do lamaçal. Sim, "Vício Frenético" é essa jóia. O filme se comparado com outros recentes do Cage é bem superior. Não é um grande filme, tem problemas de ritmo, roteiro e interpretação mas mesmo com tudo isso é salvo no final pelo fino humor negro que permeia toda a estória. Aqui Cage interpreta um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior que se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha. O irônico é que mesmo assim, com todos esses desvios de conduta, sempre acaba sendo promovido (uma crítica óbvia à força policial das grandes cidades americanas). Não gostei muito da interpretação do Cage. De olhos esbugalhados, olhar vidrado, todo torto e muitas caretas o ator apresenta um esilo caricato de representar. No começo chega a ser até estranho ver Cage tão afetado mas depois que se acostuma com o tipo, fica até divertido. Ainda bem que ele foi salvo pelo bom argumento. 

O roteiro até consegue sobreviver no meio de um amontoado de eventos que vão se sucedendo no transcorrer da produção. Talvez isso se deva ao fato do filme ser na realidade um remake de um antigo policial dirigido por Abel Ferrara. Como se sabe esse diretor sempre foi bem pouco convencional. A estrutura de seus filmes sempre foi inovadora e nada parecida com o que vemos no cinemão comercial americano. No saldo final o que realmente salva mesmo "Vício Frenético" é a ironia, o cinismo e o humor negro que utiliza para satirizar o sistema. Nesse ponto o filme realmente acerta. Em suma, aqui temos um filme policial que a despeito dos exageros do Cage em cena pode realmente agradar no final das contas. 

Vício Frenético (The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans, Estados Unidos, 2009) Direção: Werner Herzog / Roteiro: William M. Finkelstein, Victor Argo, Paul Calderon, Abel Ferrara, Zoë Lund / Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Val Kilmer, Fairuza Balk / Sinopse: Aqui Nicolas Cage interpreta o Terence McDonagh, um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha.  

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Selvagem da Motocicleta

Um dos melhores filmes já feitos sobre delinquência juvenil e isso não é pouco já que existem clássicos absolutos sobre o tema (vide O Selvagem, Juventude Transviada e Vidas Amargas, entre outros). Coppola novamente dá show de direção com imagens inovadoras em cada cena (o filme tem tiradas ótimas como os peixes coloridos em um filme totalmente preto e branco e as nuvens marcando a passagem do tempo etc). Embora seja estrelado pelo ídolo dos anos 80, Matt Dillon, quem se destaca mesmo, com uma interpretação a la Actors Studio, é Mickey Rourke.

Interpretando um personagem chamado apenas de "Motorcycle Boy", Rourke desfila todo seu talento, mostrando um jovem sem perspectivas, melancólico, introspectivo e completamente cool. Na época de lançamento do filme foi comparado aos grandes ídolos do passado como Marlon Brando e James Dean. Outro destaque fica com Dennis Hooper, fazendo um pai ausente, com problemas de alcoolismo e totalmente fracassado. Diane Lane, muito jovem e linda, e Nicolas Cage (com vasta cabeleira) completam o talentoso grupo de atores e de quebra demonstram como o tempo muda as pessoas. A trilha sonora é de Stewart Copeland, do The Police, o que traz uma ótima atmosfera própria para o filme.

O Selvagem da Motocicleta (Rumble Fish, Estados Unidos, 1983) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Francis Ford Coppola, S. E. Hinton / Trilha Sonora: Stewart Copeland / Elenco: Matt Dillon, Mickey Rourke, Diane Lane, Dennis Hopper, Diana Scarwid, Vincent Spano, William Smith, S. E. Hinton, Sofia Coppola, Chris Penn, Michael Higgins, Nicolas Cage, Tom Waits, Laurence Fishburne / Sinopse: Jovem motoqueiro desiludido (Mickey Rourke) tenta ajudar seu irmão e seu pai após se tornar um ícone dos jovens moradores do local.

Pablo Aluísio.