A sombria e gelada Buffalo, N.Y, vira cenário de uma série de crimes violentos contra prostitutas. O mais curioso é que os corpos das vítimas raramente são encontrados. Sem pistas o Departamento de Polícia deixa o caso praticamente arquivado mas o policial Mike Fletcher (John Cusack) resolve ir até o fim nas investigações. Ao lado de sua parceira Kelsey (Jennifer Carpenter ) ele tenta descobrir a verdadeira identidade do assassino que ao que tudo indica é uma pessoa da comunidade, que trabalha e vive na cidade, embora incógnito. O que Mike não esperava era que sua própria filha, a adolescente Abby (Mae Whitman), se tornasse uma das vítimas do serial killer. Agora mais do que nunca ele terá que desvendar a série de crimes da forma mais rápida possível, utilizando de todos os meios legais e ilegais colocados à sua disposição. “The Factory” é mais um filme cuja trama se passa nesse universo tão americano dos assassinos em série. Esse é um tipo de criminoso diferente, que não mata por necessidade econômica ou para suprir algum problema social, na realidade o Serial Killer mata por puro e simples prazer. Insensível aos sentimentos que são normais a qualquer pessoa ele simplesmente mata pelo poder que isso lhe proporciona ou por uma necessidade psicológica de cometer o crime. O cinema obviamente não deixaria passar esse tipo de sociopata em branco e por isso sempre temos novos filmes enfocando esse tipo de homicida.
Infelizmente “The Factory” não está entre os melhores filmes já realizados sobre o tema. A trama é derivativa demais, pegando pedaços de outras produções de sucesso, jogando tudo no liquidificador para se dar a falsa impressão de se estar assistindo a algo novo. Não colou. O roteiro tem uma das reviravoltas mais absurdas e sem sentido do cinema americano nos últimos anos. Uma mudança no comportamento de um dos personagens principais que não tem a menor lógica e só está no texto para causar surpresa e espanto no público. Infelizmente o efeito passa longe de ser o desejado, só causando mesmo frustração e arrependimento de ter visto o filme. A única coisa mais interessante nessa produção é seu elenco. John Cusack faz o tira obcecado. Eu particularmente gosto do Cusack mas não há como negar que sua carreira está em baixa nos últimos anos. Ao seu lado duas estrelas da TV americana. A primeira é Jennifer Carpenter, que os fãs de séries irão conhecer imediatamente pois ela interpreta uma das principais personagens de “Dexter”. Ela é a irmã tira boca suja do psicopata mais famoso da TV. Curioso é que seu papel aqui lembra e muito o que faz no seriado. A segunda estrela é Mae Whitman, a atriz gordinha de “Parenthood”. Tal como na série ela aqui também faz uma adolescente que tenta lidar com os problemas típicos de sua idade. Enfim, “The Factory” realmente deixa a desejar. No final das contas é um policial com muitos clichês e sem idéias novas. E a tal fábrica do título original? Bom, como não estamos aqui para estragar as surpresas de ninguém que vá assistir ao filme não falaremos nada sobre ela. Você vai ter que ver para entender do que se trata. Boa sorte!
The Factory (The Factory, Estados Unidos, 2012) Direção: Morgan O'Neill / Roteiro: Morgan O'Neill, Paul Leyden / Elenco: John Cusack, Jennifer Carpenter, Mae Whitman, Dallas Roberts, Vincent Messina / Sinopse: Serial Killer mata uma série de prostitutes numa gelada cidade do estado de Nova Iorque. Em seu encalço está um tira obcecado em lhe prender. As coisas se complicam quando a filha adolescente do policial acaba caindo nas mãos do psicopata. Agora ele terá que lutar para salvar sua filha das mãos do criminoso.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
quarta-feira, 4 de abril de 2012
O Pacto
Diante das bombas que Nicolas Cage vem estrelando esse thriller "O Pacto" não é tão ruim. Para falar a verdade a fita consegue manter o interesse do espectador. O enredo é inicialmente simples: Will Gerard (Nicolas Cage) é um professor de high school que se vê diante do estupro de sua esposa, a bela instrumentista Laura (interpretada pela linda January Jones de "Mad Men"). Revoltado ele é procurado pelo misterioso Simon (Guy Pierce, recentemente premiado pela série Mildred Pierce). Esse lhe propõe literalmente um pacto. Uma organização de cidadãos indignados pela violência irá liquidar o estuprador de sua esposa e em troca ele fará alguns serviços para o grupo. Obviamente que nesse tipo de thriller nada é tão simples assim e nada é o que parece ser. O roteiro e o argumento lidam com um assunto que é cada vez mais comum no Brasil: com a ineficiência da justiça estatal em punir os criminosos os próprios cidadãos acabam formando grupos de extermínio com o objetivo de "limpar" a sociedade de sua escória: estupradores, assassinos e meliantes em geral.
O filme não se compromete nessa questão - nem assume uma postura totalmente avessa a esses grupos e nem tampouco passa lição de moral. Nessa questão ele fica até mesmo interessante. Claro que a partir de determinado momento do filme o tema deixa de ser debatido para virar apenas um filme de ação de rotina, com muitas correrias, tiroteios e pirotecnia mas mesmo nesse quesito se mostra eficiente como puro entretenimento. A produção no fundo é uma tentativa do diretor Roger Donaldson em emplacar sua carreira. Ele até que vem apresentando bons trabalhos ao longo dos anos mas nunca conseguiu entrar para o primeiro time de cineastas de Hollywood. Esse "O Pacto" até me lembrou de outro policial dirigido por ele, o filme "Areias Brancas" um bom thriller estrelado por Mickey Rourke nos anos 90. Enfim, em resumo, "O Pacto" é muito melhor do que Nicolas Cage vinha apresentando ultimamente. Não é seu renascimento mas pelo menos serve como pausa das mediocridades de sua filmografia recente.
O Pacto (Seeking Justice / Solo Per Vendetta, Estados Unidos, 2011) Diretor: Roger Donaldson / Roteiro: Robert Tannen / Elenco: January Jones, Nicolas Cage, Guy Pearce, Jennifer Carpenter, Harold Perrineau / Sinopse: Will Gerard (Nicolas Cage) é um professor de high school que se vê diante do estupro de sua esposa, a bela instrumentista Laura (interpretada pela linda January Jones de "Mad Men"). Revoltado ele é procurado pelo misterioso Simon (Guy Pierce, recentemente premiado pela série Mildred Pierce). Esse lhe propõe literalmente um pacto. Uma organização de cidadãos indignados pela violência irá liquidar o estuprador de sua esposa e em troca ele fará alguns serviços para o grupo.
Pablo Aluísio.
O filme não se compromete nessa questão - nem assume uma postura totalmente avessa a esses grupos e nem tampouco passa lição de moral. Nessa questão ele fica até mesmo interessante. Claro que a partir de determinado momento do filme o tema deixa de ser debatido para virar apenas um filme de ação de rotina, com muitas correrias, tiroteios e pirotecnia mas mesmo nesse quesito se mostra eficiente como puro entretenimento. A produção no fundo é uma tentativa do diretor Roger Donaldson em emplacar sua carreira. Ele até que vem apresentando bons trabalhos ao longo dos anos mas nunca conseguiu entrar para o primeiro time de cineastas de Hollywood. Esse "O Pacto" até me lembrou de outro policial dirigido por ele, o filme "Areias Brancas" um bom thriller estrelado por Mickey Rourke nos anos 90. Enfim, em resumo, "O Pacto" é muito melhor do que Nicolas Cage vinha apresentando ultimamente. Não é seu renascimento mas pelo menos serve como pausa das mediocridades de sua filmografia recente.
O Pacto (Seeking Justice / Solo Per Vendetta, Estados Unidos, 2011) Diretor: Roger Donaldson / Roteiro: Robert Tannen / Elenco: January Jones, Nicolas Cage, Guy Pearce, Jennifer Carpenter, Harold Perrineau / Sinopse: Will Gerard (Nicolas Cage) é um professor de high school que se vê diante do estupro de sua esposa, a bela instrumentista Laura (interpretada pela linda January Jones de "Mad Men"). Revoltado ele é procurado pelo misterioso Simon (Guy Pierce, recentemente premiado pela série Mildred Pierce). Esse lhe propõe literalmente um pacto. Uma organização de cidadãos indignados pela violência irá liquidar o estuprador de sua esposa e em troca ele fará alguns serviços para o grupo.
Pablo Aluísio.
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