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sábado, 15 de julho de 2017

60 Segundos

Título no Brasil: 60 Segundos
Título Original: Gone in Sixty Seconds
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Dominic Sena
Roteiro: H.B. Halicki, Scott Rosenberg
Elenco: Nicolas Cage, Angelina Jolie, Robert Duvall, Giovanni Ribisi, Scott Caan, Timothy Olyphant

Sinopse:
Ex-piloto de corridas, Randall "Memphis" Raines (Nicolas Cage) se torna ladrão de carros. Ele é bem sucedido em seus roubos por implantar um método impecável, onde consegue roubar um veículo em apenas 60 segundos. Quando seu irmão resolve entrar também no "ramo", Memphis decide fazer de tudo para salvá-lo do mundo do crime.

Comentários:
Mais um filme com a marca, a assinatura do produtor Jerry Bruckheimer. Quem conhece seus filmes já sabe mais ou menos o que vai encontrar pela frente: ação frenética, cenas absolutamente inverossímeis, roteiro e atuação dispensadas e muitas explosões. Em determinado momento Bruckheimer chegou na conclusão de que sabia exatamente o que o público jovem queria encontrar nos cinemas. Subestimando completamente a inteligência de seu público ele mandou ver, produzindo dezenas de filmes praticamente iguaizinhos. Esse "Gone in Sixty Seconds" pelo menos ainda tem alguns atrativos como, por exemplo, o elenco que conta com Robert Duvall (o que ele está fazendo aqui?), Angelina Jolie (ainda bem jovem, no começo da carreira e fama) e  Nicolas Cage (em mais uma tentativa de levantar sua carreira do ponto de vista comercial). Já o diretor Dominic Sena não passava de um garoto de recados de Jerry Bruckheimer. Seu único bom filme foi justamente o primeiro que dirigiu, "Kalifornia - Uma Viagem ao Inferno", depois disso nada de muito relevante. Para quem havia despontado dirigindo clips de Janet Jackson na MTV já estava de bom tamanho. Filme indicado no MTV Movie Awards na categoria Melhor Sequência de Ação.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de março de 2013

Terror na Antártida

Até tinha boas expectativas sobre esse “Terror na Antártida” mas me enganei. Tudo levaria a crer que seria um bom filme até porque a sinopse parecia bem promissora. O enredo mostra o serviço (muitas vezes entediante) de uma agente federal americana, Carrie Stetko (Kate Beckinsale), em um posto avançado na Antártida. Ela está ali apenas por uma questão protocolar, uma vez que as chances de um crime acontecer numa base cientifica como aquela seriam bem remotas. Porém o impensável acontece e um homem é encontrado morto no local. Contando com apenas cinco membros na expedição a agente agora terá que decifrar o enigma e descobrir a identidade verdadeira do assassino, uma coisa que não será nada fácil uma vez que todos ali parecem estar acima de qualquer suspeita. Particularmente gosto muito de filmes com roteiros nesse estilo, onde o espectador é convidado a desvendar um mistério de assassinato. Porém até nisso “Terror na Antártida” decepciona.

Antes de qualquer coisa é importante esclarecer que apesar do título, não se trata de um filme de terror mas sim, como se pode perceber da leitura da sinopse, de um filme policial, que tenta também pegar carona em uma trama de suspense. O que poderia ser uma produção no mínimo interessante sofre de dois problemas básicos. O Primeiro é que o elenco não está tão inspirado para esse tipo de roteiro. A atriz Kate Beckinsale funciona melhor em fitas como sua franquia “Anjos da Noite” onde sua falta de interesse geralmente é encobertada por várias seqüências de ação intermitentes. Aqui em “Terror na Antártida” sua falta de compromisso com seu papel se torna muito mais evidente. Ela é bonita (isso é inegável) mas não parece estar muito disposta para defender seu personagem. O outro problema é que o próprio roteiro não ajuda muito. A solução do crime não é muito surpreendente e nem deixa o espectador entusiasmado como era de se supor. A investigação também caminha a passos lentos, fazendo com que o filme caia muitas vezes no tédio. Enfim, uma boa trama que poderia ser muito melhor desenvolvida. Do jeito que ficou não empolga e nem satisfaz o espectador.

Terror na Antártida (Whiteout, Estados Unidos, 2009) Direção: Dominic Sena / Roteiro: Jon Hoeber, Erich Hoeber, Chad Hayes, Carey Hayes / Elenco: Kate Beckinsale, Gabriel Macht, Alex O'Loughlin, TomSkerritt, Columbus Short, Shawn Doyle, Patrick Sabongui, Nicolas Wright, Bashar Rahal, Sean Tucker / Sinopse: Agente federal (Kate Beckinsale) tem que desvendar um crime de assassinato numa base remota localizada no congelado continente da Antártida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Kalifornia

Poucos ainda se recordam hoje em dia desse que foi um dos primeiros filmes de Brad Pitt a ganhar maior repercussão. De fato até aquele momento o ator só tinha se destacado mesmo com sua pontinha em "Thelma e Louise" e depois no drama nostálgico "Nada é Para Sempre", uma emocional volta ao passado dirigido pelo sempre correto Robert Redford na direção. "Kalifornia" destoa de todos os seus trabalhos anteriores. O filme é de complicada classificação pois passeia com êxito por diferentes gêneros cinematográficos. É extremamente violento e impactante mas isso não lhe tira o foco do aspecto mais humanos dos personagens insanos. A trama investe num tipo que tem se tornado comum nos últimos anos - a dos fãs de Serial Killers. Existe todo um nicho específico para os que gostam de conhecer as histórias desses assassinos em série. Há vasta literatura sobre o assunto e milhares de sites que possuem como temática a vida desses psicopatas. O tema, apesar de assustador e terrível, já entrou definitivamente dentro da cultura pop.

Pois bem, no filme acompanhamos um casal de jornalistas que resolvem visitar os locais históricos por onde passaram os mais famosos assassinos da história dos EUA; Brian Kessler (David Duchovny) e Carrie Laughlin (Michelle Forbes) formam o casal que decide embarcar nessa estranha viagem. Para dividir os custos da viagem resolvem colocar um anúncio nos jornais convidando pessoas que se interessem pelo assunto e que queiram fazer a mesma excursão. Quem responde aos anúncios é o casal formado por Adele Corners (Juliette Lewis) e Early Grayce (Brad Pitt). Ela é uma mulher submissa ao irascível marido, Early que não parece ter o juízo no lugar. O que não sabem é que ele próprio é um psicopata violento, com acessos de fúria e violência. A viagem que parecia ser um tanto inusitada acaba virando um terror completo para todos os envolvidos. Kalifornia causou certa polêmica em seu lançamento justamente porque há um viés de apologia à vida desses assassinos. Não penso que seja o caso, na realidade se trata de um bem orquestrado road movie com muitas cenas de suspense e tensão. Uma boa amostra do cinema mais ousado da década de 90. Procure conhecer, vai valer a pena.

Kalifornia - Uma Viagem ao Inferno (Kalifornia, Estados Unidos, 1993) Direção: Dominic Sena / Roteiro: Stephen Levy, Tim Metcalfe / Elenco: Brad Pitt, Juliette Lewis, Kathy Larson,  David Duchovny / Sinopse: Casal resolve conhecer os lugares históricos onde viveram os principais psicopatas dos Estados Unidos. Para dividir as despesas resolve viajar com um outro casal. O problema é que eles não serão bons companheiros de viagem.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Caça às Bruxas

Depois que assisti "Aprendiz de Feiticeiro" com o Nicolas Cage fiquei com uma má vontade em relação aos seus últimos filmes que vou te contar. Quando vi o material promocional desse "Caça às Bruxas" pensei imediatamente que seria outra porcaria estrelada pelo ator, no mesmo estilo que o filme anterior. Felizmente não é bem assim. "Caça às Bruxas" não é nenhuma obra prima, não tem muita originalidade e é mais um filme de aventura infanto-juvenil com o Cage, mas pelo menos ele não é tão ruim como eu pensava. Talvez o tema (misturando cruzadas, bruxas, demônios e peste negra) tenha salvo o filme da mediocridade total. Além disso o filme conta com a presença do ator Ron Perlman (Hellboy, Sons of Anarchy) que traz um ponto positivo a mais ao filme. Ele é um intérprete bacana.

Confesso que a primeira hora de "Caça às Bruxas" não é ruim, muito pelo contrário. Até os 60 minutos iniciais o filme caminha bem, a jornada que leva a garota acusada de ser a bruxa para o monastério prende a atenção. Existem sequências bacanas como a travessia de uma ponte antiga e o ataque de lobos famintos. Além disso sempre fica a dúvida se a garota é ou não uma bruxa. O problema realmente é o desfecho do filme. Não vou contar nada mas vamos acompanhando lentamente a mediocridade dominar a cena. Para falar a verdade faltou sutileza aos realizadores, faltou inteligência no roteiro. O que parecia até mesmo um bom filme acaba virando um sub Van Helsing e isso realmente leva tudo a perder. Em resumo não foi dessa vez que o Nicolas Cage tirou o pé da cova em sua carreira.

Caça às Bruxas (Season of the Witch, Estados Unidos, 2010) Diretor: Dominic Sena / Roteiro: Braji F Schut / Elenco: Elenco: Nicolas Cage, Ron Pearlman, Stephen Campbell Moore, Robert Sheehan, Christopher Lee / Sinopse: Cavaleiro medieval do século XIV (Nicolas Cage) é designado para levar uma suspeita de magia negra até um mosteiro para ser julgada e encarcerada.

Pablo Aluísio.