quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
Jovens Bruxas
sábado, 18 de agosto de 2018
Ruas Selvagens
Título Original: Deuces Wild
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Scott Kalvert
Roteiro: Paul Kimatian, Christopher Gambale
Elenco: Stephen Dorff, Brad Renfro, Fairuza Balk, Norman Reedus, Max Perlich, Drea de Matteo
Sinopse:
Dois irmãos se envolvem com gangues pelos bairos mais violentos de Nova Iorque. Um deles sucumbe ao vício, tendo uma overdose fatal. O outro que sobrevive decide então lutar contra o tráfico de drogas no bairro onde mora, causando com isso uma verdadeira guerra nas ruas.
Comentários:
Assisti a esse filme principalmente pela presença do ator Stephen Dorff. Gosto de seu trabalho desde a primeira vez que assisti "Os Cinco Rapazes de liverpool" onde interpretava o "quinto Beatle", Stuart Stutcliff. A partir daí ele fez uma série de filmes menores, nenhum deles de grande repercussão nas bilheterias. Esse "Ruas Selvagens" é até bem realizado, mas parte de uma premissa meio furada. Um membro de gangue que quer varrer as drogas de Nova Iorque! Quem já ouviu falar numa coisa dessas? Membros de gangues são criminosos e como tais usam o tráfico como principal fonte de renda. Bandido é bandido! Não tem sentido tentar colocar valores morais em um personagem criminoso. O resto do elenco é todo jovem, mas sem muita expressão. Acredito que seja apenas um filme passageiro, desses que você assiste na TV a cabo sem maiores compromissos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
A Outra História Americana
Por falar no ator temos aqui mais uma ótima interpretação de Edward Norton. Ele está perfeito na pele de um rapaz que finalmente consegue entender o abismo em que se meteu. Tentando salvar seu irmão mais jovem do mesmo destino ele tenta de todas as formas afastá-lo daquele ambiente. Confesso que o filme me deixou surpreso pois sempre havia associado o neo nazismo a grupos de jovens europeus. Em minha ótica seria completamente contraditório um jovem americano se tornar seguidor do nazismo uma vez que os EUA venceram a II Guerra Mundial contra o Terceiro Reich. De fato não dá muito para entender como a nova geração do país vencedor da guerra consegue criar laços ideológicos com o sistema que foi vencido no mesmo conflito. Uma ironia da história? Certamente. Por mais sem sentido que isso possa parecer o fato é que realmente a figura de Hitler tem ganho cada vez mais espaço entre a parcela da juventude americana mais desiludida com o sistema em que vivem. Nesse sentido "A Outra História Americana" se torna muito didático e conscientizador. Como já foi provado pela história, nenhum regime absoluto ou ditadorial consegue dominar por longo tempo uma sociedade. A liberdade é inerente ao ser humano e nesses regimes não há espaço para as liberdades individuais. Por isso sempre naufragam. Além disso conceitos como raça superior, arianismo e outros pilares do pensamento Hitlerista já foram desmistificados pela ciência. O Darwinismo Social é completamente desacreditado atualmente. De qualquer modo fica o alerta. Já aconteceu uma vez e ninguém pode duvidar que venha acontecer de novo. Assim o melhor caminho é a conscientização sobre a importância da nossa liberdade. Só assim o mundo se verá completamente livre de ideologias como essa, que tantos males causou para a humanidade.
A Outra História Americana (American History X, Estados Unidos, 1998) Direção: Tony Kaye / Roteiro: David McKenna / Elenco: Edward Norton, Edward Furlong, Fairuza Balk, Beverly D´Angelo. / Sinopse: "A Outra História Americana" conta a estória de dois irmãos envolvidos no movimento neo nazista (skinheads). O mais velho deles, Derek Vinyard (Edward Norton), acaba sendo preso e passa longos anos na cadeia onde acaba criando uma nova mentalidade sobre aquilo que acreditava. Depois de finalmente ganhar a liberdade ele tenta de todas as formas afastar seu irmão mais jovem do mesmo movimento. Em busca de redenção procura livrar seu irmão daquele meio onde imperam o ódio racial e a violência contra as minorias.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Vício Frenético
Não é novidade para ninguém que a filmografia de Nicolas Cage nos últimos tempos já saiu da fase de ser apenas ruim para virar anedota entre cinéfilos de tão ruins que são as produções. De fato Cage já virou piada nas rodinhas de pessoas que gostam do dito bom cinema. No meio de tantos filmes obtusos e constrangedores eis que finalmente surgiu uma pérola no meio do lamaçal. Sim, "Vício Frenético" é essa jóia. O filme se comparado com outros recentes do Cage é bem superior. Não é um grande filme, tem problemas de ritmo, roteiro e interpretação mas mesmo com tudo isso é salvo no final pelo fino humor negro que permeia toda a estória. Aqui Cage interpreta um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior que se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha. O irônico é que mesmo assim, com todos esses desvios de conduta, sempre acaba sendo promovido (uma crítica óbvia à força policial das grandes cidades americanas). Não gostei muito da interpretação do Cage. De olhos esbugalhados, olhar vidrado, todo torto e muitas caretas o ator apresenta um esilo caricato de representar. No começo chega a ser até estranho ver Cage tão afetado mas depois que se acostuma com o tipo, fica até divertido. Ainda bem que ele foi salvo pelo bom argumento.
O roteiro até consegue sobreviver no meio de um amontoado de eventos que vão se sucedendo no transcorrer da produção. Talvez isso se deva ao fato do filme ser na realidade um remake de um antigo policial dirigido por Abel Ferrara. Como se sabe esse diretor sempre foi bem pouco convencional. A estrutura de seus filmes sempre foi inovadora e nada parecida com o que vemos no cinemão comercial americano. No saldo final o que realmente salva mesmo "Vício Frenético" é a ironia, o cinismo e o humor negro que utiliza para satirizar o sistema. Nesse ponto o filme realmente acerta. Em suma, aqui temos um filme policial que a despeito dos exageros do Cage em cena pode realmente agradar no final das contas.
Vício Frenético (The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans, Estados Unidos, 2009) Direção: Werner Herzog / Roteiro: William M. Finkelstein, Victor Argo, Paul Calderon, Abel Ferrara, Zoë Lund / Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Val Kilmer, Fairuza Balk / Sinopse: Aqui Nicolas Cage interpreta o Terence McDonagh, um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha.
Pablo Aluísio.