quinta-feira, 12 de março de 2020
Predadores Assassinos
O diretor francês Alexandre Aja, que já havia dirigido "Piranha 3D", volta à carga nessa produção cheia de efeitos especias, mas com roteiro fraco. Os animais são todos digitais, o que tira um pouco da graça do filme. Os ataques estão lá, a tentativa de fazer suspense também, mas como não são animais de verdade tudo parece bem falso.
As cenas são absurdas. Nem um super-herói da Marvel poderia sobreviver ao que pai e filha passam. Os crocodilos mordem suas pernas, arrancam o braço, mastigam seus corpos e essas pessoas não morrem? Impossível sobreviver a esse tipo de ataque na vida real. Mesmo que uma pessoa venha a ser solta após ser atacada por um crocodilo feroz ela rapidamente morreria de hemorragia, pois não há nenhuma assistência médica para elas naquele lugar abandonado. Assim os excessos do roteiro, as situações completamente impossíveis, acabam destruindo o filme. Não que alguém fosse assistir um filme como esse esperando por cenas verídicas, mas também não precisavam exagerar tanto no absurdo e na mentira.
Predadores Assassinos (Crawl, Estados Unidos, 2019) Direção: Alexandre Aja / Roteiro: Michael Rasmussen, Shawn Rasmussen / Elenco: Kaya Scodelario, Barry Pepper, Morfydd Clark / Sinopse: Uma jovem decide resgatar seu pai no meio de um enorme furacão na Flórida, mas acaba descobrindo que a região está infestada de crocodilos gigantes e famintos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
The Kennedys
Por outro lado tiveram coragem suficiente para mostrar a péssima idéia de Joseph em se aproximar da máfia italiana liderada pelo chefão Sam Giancana, líder da cosa nostra de Chicago. Adivinhem quem fez a ligação entre ambos? Ele mesmo, o cantor Frank Sinatra! Na época das eleições, extremamente preocupado em ganhar na cidade de Chicago de todas as formas, o pai de JFK determinou a Sinatra que ele falasse com o Giancana para que as eleições naquela cidade fossem garantidas de uma forma ou outra para John Kennedy. Usando da força dos sindicatos, todos corrompidos e corruptos, o jovem JFK acabou tendo ampla maioria lá, o que pavimentou sua escalada rumo à Casa Branca. Depois que foi eleito JFK nomeou seu irmão Bob como procurador geral e ele foi ao encalço de Giancana e cia. Obviamente que tudo foi visto como uma grande traição, por isso que em muitas teorias da conspiração temos a máfia americana como uma das prováveis autoras do assassinato de JFK. O roteiro da série porém preferiu não entrar nesse verdadeiro universo de teorias sobre a morte do presidente, se limitando a mostrar o terrível atentado e os efeitos que esse evento causou na alma da nação. Já para os fãs de Marilyn Monroe a minissérie pode ser um pouco decepcionante. Sua participação é discreta mas pelo menos foi enfocada. Pensei sinceramente que também iriam esconder esse aspecto (um dos mais famosos) da biografia dos Kennedys. Felizmente mostraram, até porque acredito que seria simplesmente impossível ignorar esse romance tão escandaloso da atriz com os dois irmãos. Assim podemos dizer que temos aqui um bom produto, que passa longe de ser o definitivo sobre a história dos Kennedys, mas que termina agradando dentro de suas modestas pretensões. De certa forma ainda é muito apegado à história oficial e por isso não procura levantar muitas polêmicas, preferindo ao invés disso saudar a memória do falecido presidente americano. Mesmo assim vale a pena conhecer.
The Kennedys (The Kennedys, Estados Unidos, 2011) Direção de Jon Cassar / Roteiro de Stephen Kronish e Joel Surnow / Elenco: Greg Kinnear, Barry Pepper, Tom Wilkinson. Katie Holmes / Sinopse: Minissérie que mostra os anos de glória da família Kennedy. Mostrando a chegada de John Kennedy à Casa Branca, a nomeação de seu irmão como procurador geral e os diversos problemas pessoais enfrentados pela família ao longo de todos aqueles anos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Casino Jack - O Super Lobista
Só grandes atores como Kevin Spacey conseguem injetar carisma em personagens como Jack Abramoff. Senão vejamos: o sujeito era um lobista em Washington, descaradamente comprava apoio de congressistas, vivia enrolado em vários negócios escusos e obscuros, tudo ao mesmo tempo agora, numa rede de tráfico de influências que fica até mesmo complicado de compreender. Além disso se envolveu com picaretas, mafiosos, assassinos e escroques de todos os tipos. Era um canalha de marca registrada e apesar de tudo isso quando o filme termina estamos totalmente absorvidos pelo tal Casino Jack. Só Spacey mesmo para realizar um milagre desses.
O filme é muito bom, apesar do tema "pesado", Spacey consegue suavizar tudo, transformar cada cena em um show particular. Ele inclusive aproveita para fazer pequenas paródias de personagens famosos de outros filmes (como "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão"). Também imita sotaques e politicos famosos (sua imitação de Bill Clinton no filme é perfeita). Fica claro para o espectador que ele certamente se divertiu muito fazendo o filme. Enfim, "Casino Jack" é 100% Kevin Spacey da primeira à última cena, não é por acaso que ele tem sido indicado a tantos prêmios. O filme é dele, existe por sua razão e só se justifica quando ele está em cena. Todo o resto é pura escada para o ator deitar e rolar em cena.
O Super Lobista (Casino Jack, Estados Unidos, 2010) Direção: George Hickenlooper / Roteiro: Norman Snider / Elenco: Kevin Spacey, Barry Pepper, Jon Lovitz / Sinopse: Jack (Kevin Spacey) é um super lobista que transita pelos principais lugares na capital americana vendendo e comprando interesses.
Pablo Aluísio.