segunda-feira, 24 de maio de 2021

Uma Batalha no Inferno

Filme clássico de guerra, com ótimo elenco. Qual é a história contada? Com a Alemanha praticamente derrotada e os exércitos aliados invadindo suas fronteiras, o ditador alemão Adolf Hitler decide promover uma última reação de desespero. Ele nomeia o Coronel Hessler (Robert Shaw) como comandante de uma coluna de tanques de última geração. Sua missão é enfrentar as tropas americanas, rompendo o cerco que está sendo feito em torno da grande nação alemã. Para enfrentá-lo os soldados ianques resolvem apostar não apenas na força dos canhões, mas também na inteligência de sua estratégia no campo de batalha.

Esse é considerado um dos grandes filmes de guerra do cinema americano. E quando uso o adjetivo grande não estou me referindo apenas às suas inegáveis qualidades cinematográficas, mas também à sua duração, pois com mais de duas horas e quarenta e cinco minutos não poderia ser de outra maneira. É certamente um filme longo, mas não fique preocupado pois no final das contas não se torna cansativo em nenhum momento, muito pelo contrário. O elenco é cheio de estrelas, basta dar uma olhada em sua ficha técnica para perceber isso. Nessa época tinha se tornado comum filmes com um elenco numeroso.

Como essa produção foi feita para ser exibida no sistema Cinerama (em telas gigantescas), o estúdio entendeu por bem convocar muitos de seus astros para garantir boa bilheteria, pois o investimento para sua produção foi alto. A boa notícia é que os atores estão bem aproveitados, pois cada um, à sua maneira, tem chance de desenvolver seu respectivo personagem. Assim Fonda interpreta um Coronel que é desacreditado no comando, pois entende que haverá uma ofensiva do exército alemão a qualquer momento (já que seus superiores acreditavam bem ao contrário, que não haveria mais surpresas pois a Alemanha estava praticamente derrotada).

O ator Telly Savalas interpreta um sargento rabugento, comandante de um tanque, que está mais preocupado em fazer algum dinheiro na guerra do que propriamente em derrotar os alemães. Até Charles Bronson dá as caras como um major do front de batalha que, feito prisioneiro, resolve enfrentar face a face o oficial alemão responsável por sua prisão. O cineasta Ken Annakin mostra muita habilidade no confronto de tanques aliados e alemães. Como não havia computação gráfica na época eles de fato estão lá, em cena, trocando fogo cruzado no campo de batalha. Um belo filme, muito bem realizado, mostrando um evento crucial da Segunda Guerra Mundial. Um dos grandes clássicos do gênero, não resta a menor dúvida.

Uma Batalha no Inferno (Battle of the Bulge, Estados Unidos, 1965) Estúdio: Warner Bros / Direção: Ken Annakin / Roteiro: Philip Yordan, Milton Sperling / Elenco: Henry Fonda, Charles Bronson, Telly Savalas, Robert Shaw, Robert Ryan, George Montgomery, Pier Angeli / Sinopse: Com a Alemanha nazista praticamente derrotada na II Grande Guerra Mundial, Hitler decide partir para uma última e decisiva ofensiva para tentar impedir a invasão das fronteiras alemãs por exércitos inimigos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Telly Savalas).

Pablo Aluísio.

7 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Uma Batalha no Inferno
    Pablo Aluísio.

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  2. Dom Pablo,
    Filme de guerra maravihoso. Concordo totalmente com seu texto. Um fato curioso, muito conhecido por quem lê sobre a segunda guerra é que os tanques do exército alemão eram melhores do que os tanques americanos. Sò que eram em menor número. Havia dez tanques feitos nos Estados Unidos para um tanque da Alemanha. Aí venceu a pressão dos grandes grupos de tanques dos Estados Unidos. Mesmo que fossem piores, tinham mais quantidade. Venceram no abafo.

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  3. Lord Erick, verdade o que você escreveu. O mesmo valia para os aviões. A indústria alemã estava destruído por bombardeios diários feitos pelos americanos. Assim não havia onde repor máquinas de guerra. Quando um tanque alemão era destruído, não havia substituição. No caso dos americanos havia 20 tanques prontos para substituição. A economia venceu a guerra também.

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  4. Eu assisti um documentário sobre os asceclas mais próximos do Hitler e um deles diz que quando finalmente eles resolveram fabricar armas em larga escala, já não havia mais soldados para usá-las. Já estavam treinando até criancas de 9 anos para atirar com fuzil.

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  5. Hitler levou seu povo para a destruição completa. Por baixo de toda a insanidade da propaganda nazista só havia mesmo um cabo da I guerra, não muito inteligente. A realidade se impõe e não tem propaganda política que mude isso.

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    1. O que eu não entendo Pablo é porque foi necessário a associação de 50 países pra derrotar essa pessoa, e, pelo menos até 1941, quase não deu.

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  6. Não era Hitler que era forte. Era a Alemanha que era forte. A tragédia foi a Alemanha cair nas mãos erradas. Daí o desastre completo que resultou na II Guerra.

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