terça-feira, 18 de maio de 2021

A Morte Pede Carona

Outro filme de Rutger Hauer que merece menção é esse thriller de suspense e ação chamado "A Morte Pede Carona". E aqui o roteiro mostra como uma história simples pode resultar em um bom filme. A história começa quando o jovem Jim Halsey (C. Thomas Howell) viaja por uma estrada secundária. É noite de chuva intensa e ele avista um homem andando a pé, pedindo carona. Seu sentimento de solidariedade fala mais alto e ele decide ajudar aquele andarilho. Péssima ideia, o sujeito logo se revela um psicopata perigoso, que não pensa duas vezes antes de atacar a pessoa que afinal lhe ajudou, dando carona.

Esse roteiro era tão bom que chegou a interessar até mesmo ao diretor Steven Spielberg que só não dirigiu o filme por não ter espaço livre em sua agenda. Melhor assim, pois tudo acabou resultando em um excelente filme sob direção de Robert Harmon. Ele soube muito bem explorar as nuances do suspense, colocando em evidência o modo suave e gentil do assassino, em momentos em que ele estaria prestes a revelar sua verdadeira natureza. E os dois atores em cena, Rutger Hauer e C. Thomas Howell (de "ET" e "Admiradora Secreta") contribuiu bastante para o ótimo resultado final. Houve um remake recente desse filme, mas esqueça essa nova versão. Não vela a pena. Fique mesmo com o original dos anos 80. Esse sim é um ótimo road movie.

A Morte Pede Carona (The Hitcher, Estados Unidos, 1986) Direção: Robert Harmon / Roteiro: Eric Red / Elenco: Rutger Hauer, C. Thomas Howell, Jennifer Jason / Sinopse: Jovem viajante dá carona a um estranho numa noite de chuva e acaba se arrependendo amargamente de sua decisão. Ele esqueceu do velho conselho de não dar caronas a estranhos.

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Rutger Hauer está impressionante no papel. Assustador e carismático.

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  2. Pablo, como já te falei aqui, não sou muito de filmes de terror, então lhe peço licença pra um off topic:
    Como sei que você assistiu ao filme “ Sem Proteção”, http://pabloaluisio.blogspot.com/search?q=sem+prote%C3%A7%C3%A3o, vou fazer um comentário de uma coisa que achei um despropósito nesse filme.
    Eu achei totalmente sem nexo, e até meio patético, que os tais jovens revolucionários do final da década ‘60, ou seja, jovens na faixa dos seus vinte e poucos anos, trinta anos depois dois deles venham a ser interpretados pelos septuagenários Robert Redford e Julie Christie, e aí, alem da conta não fechar, pois eles deveriam estar na casa dos 50 anos, vem o pior: o filme tem várias cenas de ação, inclusive com correrias, que os dois resolveram fazer sem dubles e nessa hora é que vemos que são dois velhinhos correndo e parece que vão quebrar. O Robert Redford pula de um muro e na hora que cai no chão eu achei que ia virar um monte de ossos, chegou a doer em mim, tal a canseira e fragilidade física que ele desmontra. Na ultima cena, em que e Julie Christie aparece pilotando um barco, até o jeito que ele posiciona a mão para segurar o leme é jeito de uma velhinha, uma senhorinha idosa.
    Será que essas pessoas do cinema não sabem que o tempo passou, mesmo já tendo 80 anos? Na verdade hoje o Rob

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  3. Jobson, sem dúvida um dos melhores persoagens do Hauer no cinema americano.

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  4. Serge, perfeito seu ponto de vista. Até mesmo em Hollywood eles dão suas derrapagens...

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