"Agonia e Glória" foi um filme fora de época. Explico. Quando esse filme foi produzido e lançado Hollywood já não tinha mais interesse em produções que contavam histórias da II Guerra Mundial. Como se dizia na época a temporada de filmes sobre esse conflito mundial já havia passado e há muitos anos. Mesmo assim o diretor Samuel Fuller conseguiu convencer os executivos da United Artists a investirem nesse nova produção. A temática seria enfocada sob um novo ângulo. Nada de patriotismo ou ufanismo exagerados. Ao contrário disso o roteiro prometia contar o lado humano desses soldados e oficiais que lutaram na mais sangrenta guerra da história. Essa escolha talvez também explique a excelente receptividade que o filme teve na Europa, sendo lembrado inclusive no Festival de Cannes.
O resultado não agradou a todos. Há os que considerem o filme lento demais, introspectivo em demasia. Não concordo em nada com essa visão. Em meu ponto de vista esse é seguramente um dos melhores filmes já feitos sobre a II Guerra Mundial. Muito bem produzido, com roteiro realmente bem escrito, caprichado, procurando desenvolver cada personagem. O elenco também foi muito bem escolhido, colocando lado a lado veteranos como Lee Marvin atuando ao lado de jovens atores como Mark Hamill. Esse aliás teve a grande chance de sua carreira em mostrar que era mesmo um bom ator. Estigmatizado pelo personagem Luke Skywalker de "Guerra nas Estrelas" esse foi um caso raro de grande filme em sua filmografia que não fizesse parte das aventuras especiais criadas por George Lucas.
Agonia e Glória (The Big Red One, Estados Unidos, 1980) Direção: Samuel Fuller / Roteiro: Samuel Fuller / Elenco: Lee Marvin, Mark Hamill, Robert Carradine, Bobby Di Cicco, Kelly Ward / Sinospe: Um pequeno grupo de infantaria comandado por um sargento durão, da velha escola, tenta sobreviver pelos campos de batalha da II Grande Guerra Mundial. Filme indicado à Palma de Ouro do Cannes Film Festival.
Pablo Aluísio.
Agonia e Glória
ResponderExcluirPablo Aluísio.
O Mark Hamill foi o ator de um filme só, Guerra nas Estrelas, era o protagonista. Era porque perdeu o protagonismo para o monstro de carisma que era o jovem Harrison Ford, na época um ator obscuro e seu coadjuvante.
ResponderExcluirDepois do infeliz acidente que desfigurou o seu rosto, nem o em Star Wars conseguiu mais dar muito certo. Coisa triste.
Coitado, nunca conseguiu superar o Luke Skywalker. E o resto da carreira é incrivelmente fraca. Só teve algum destaque dublando o Coringa no desenho animado do Batman. Complicado.
ResponderExcluirMais um grande filme do mestre Fuller, tenho o (raro) Blu-ray nacional na minha coleção.
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