sábado, 15 de maio de 2021

Psicose 3

O mestre Alfred Hitchcock já estava morto há alguns anos quando o ator Anthony Perkins conseguiu adquirir os direitos para o cinema do personagem Norman Bates. Ele havia interpretado esse psicopata no filme de maior sucesso de toda a sua carreira, então era natural que fosse atrás de seus direitos autorais para revitalizar a franquia "Psicose" no cinema. E assim o fez. "Psicose II" não foi tão bem recebido quanto ele desejava, mas também não foi malhado. O público prestigiou o filme que gerou lucro, despertando novamente o interesse no famoso (ou infame) personagem. E assim em 1985, Perkins voltou à tona, nessa terceira sequência oficial do universo de Psicose.

E ele foi além. Ousado, decidiu que iria dirigir pessoalmente ao novo filme. E o que mais surpreende é que como cineasta não decepcionou. Esse "Psicose 3", apesar de toda a má vontade envolvida por parte dos críticos, é certamente um bom filme. Não decepcionou quem estava em busca de novas histórias envolvendo o perturbado Norman Bates. Claro que em termos cinematográficos não poderia ser comparado com o filme original, mas quem disse que não era bom cinema? Era sim, sem dúvida. Acredito que esses filmes posteriores deram certo por um motivo simples. De certa forma Norman Bates.era Anthony Perkins. Ele era tão identificado com o personagem que sempre quando surgia em sua pele em um filme tudo se tornava natural. Era impossível não gostar de um filme de "Psicose" com ele no papel principal. Nem havia como pensar de outra forma.

Psicose 3 (Psycho III, Estados Unidos, 1986) Direção: Anthony Perkins / Roteiro: Charles Edward Pogue, Robert Bloch / Elenco: Anthony Perkins, Diana Scarwid, Jeff Fahey, Roberta Maxwell / Sinospe: Norman Bates (Perkins) luta para continuar na normalidade, fugindo de seus momentos de insanidade, mas isso vai se tornando cada vez mais difícil de acontecer. E para piorar há novos hóspedes no Bates Motel, entre eles uma freira católica por quem ele passa a desenvolver estranhos sentimentos de amor e ódio. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Pablo:

    Eu acho que a birra da critica com quaisquer sequencias de Psicose é por conta da violação da obra de arte. O primeiro é como uma "Mona Lisa", e uma sequencia de certa forma abre um obra que quis se encerrar no filme original, quando o Hitchcock deu a última pincelada.

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  2. Uma visão errada dos críticos. Tirando Hitchcock, que era o grande mestre, nenhum outro artista tinha tanto direito de lidar com Norman Bates do que ele. Ele era Bates. Bates era ele. Foi nesse nível a simbiose entre ator e personagem.

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