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segunda-feira, 20 de março de 2023

O Vale das Mil Montanhas

Título no Brasil: O Vale das Mil Montanhas
Título Original:  Nor the Moon by Night
Ano de Lançamento: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Lopert Pictures Corporation
Direção: Ken Annakin
Roteiro: Joy Packer, Guy Elmes
Elenco: Belinda Lee, Michael Craig, Patrick McGoohan, Eric Pohlmann, Pamela Stirling, Joan Brickhill

Sinopse:
Em uma reserva nas regiões do sul da África dos anos 1950, o guarda florestal sênior Andrew Miller, auxiliado por seu irmão mais novo, Rusty Miller, e alguns soldados, cuida do bem-estar dos animais selvagens. Andrew protege a reserva contra caçadores furtivos e cuida dos animais feridos com a ajuda de um veterinário. Ele também espera que sua noiva, Alice Lang, o visite da Inglaterra, após um longo relacionamento, com o possível objetivo de se casar. 

Comentários:
Não é de hoje que o continente africano exerce uma forte atração no cinema americano. Os chamados filmes de safáris eram bem populares nos anos 1950. E aqui temos um exemplar típico desse estilo de cinema de aventuras. O grande destaque do filme não vem apenas das belezas naturais africanas, com seus animais exóticos e lindas paisagens como cachoeiras selvagens e vales indomáveis. A beleza feminina também foi um grande chamariz para o público com destaque para a rainha da beleza Belinda Lee. Realmente essa atriz era uma beldade e tanto, uma beleza clássica de encher os olhos. Não é de se admirar que a publicidade do filme tenha usado tanto sua imagem para vender o filme e atrair a atenção do público essencialmente masculino que foi aos cinemas para conferir suas belas curvas e rosto perfeito. Como se dizia nos anos 50, ela era um broto! 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Uma Batalha no Inferno

Filme clássico de guerra, com ótimo elenco. Qual é a história contada? Com a Alemanha praticamente derrotada e os exércitos aliados invadindo suas fronteiras, o ditador alemão Adolf Hitler decide promover uma última reação de desespero. Ele nomeia o Coronel Hessler (Robert Shaw) como comandante de uma coluna de tanques de última geração. Sua missão é enfrentar as tropas americanas, rompendo o cerco que está sendo feito em torno da grande nação alemã. Para enfrentá-lo os soldados ianques resolvem apostar não apenas na força dos canhões, mas também na inteligência de sua estratégia no campo de batalha.

Esse é considerado um dos grandes filmes de guerra do cinema americano. E quando uso o adjetivo grande não estou me referindo apenas às suas inegáveis qualidades cinematográficas, mas também à sua duração, pois com mais de duas horas e quarenta e cinco minutos não poderia ser de outra maneira. É certamente um filme longo, mas não fique preocupado pois no final das contas não se torna cansativo em nenhum momento, muito pelo contrário. O elenco é cheio de estrelas, basta dar uma olhada em sua ficha técnica para perceber isso. Nessa época tinha se tornado comum filmes com um elenco numeroso.

Como essa produção foi feita para ser exibida no sistema Cinerama (em telas gigantescas), o estúdio entendeu por bem convocar muitos de seus astros para garantir boa bilheteria, pois o investimento para sua produção foi alto. A boa notícia é que os atores estão bem aproveitados, pois cada um, à sua maneira, tem chance de desenvolver seu respectivo personagem. Assim Fonda interpreta um Coronel que é desacreditado no comando, pois entende que haverá uma ofensiva do exército alemão a qualquer momento (já que seus superiores acreditavam bem ao contrário, que não haveria mais surpresas pois a Alemanha estava praticamente derrotada).

O ator Telly Savalas interpreta um sargento rabugento, comandante de um tanque, que está mais preocupado em fazer algum dinheiro na guerra do que propriamente em derrotar os alemães. Até Charles Bronson dá as caras como um major do front de batalha que, feito prisioneiro, resolve enfrentar face a face o oficial alemão responsável por sua prisão. O cineasta Ken Annakin mostra muita habilidade no confronto de tanques aliados e alemães. Como não havia computação gráfica na época eles de fato estão lá, em cena, trocando fogo cruzado no campo de batalha. Um belo filme, muito bem realizado, mostrando um evento crucial da Segunda Guerra Mundial. Um dos grandes clássicos do gênero, não resta a menor dúvida.

Uma Batalha no Inferno (Battle of the Bulge, Estados Unidos, 1965) Estúdio: Warner Bros / Direção: Ken Annakin / Roteiro: Philip Yordan, Milton Sperling / Elenco: Henry Fonda, Charles Bronson, Telly Savalas, Robert Shaw, Robert Ryan, George Montgomery, Pier Angeli / Sinopse: Com a Alemanha nazista praticamente derrotada na II Grande Guerra Mundial, Hitler decide partir para uma última e decisiva ofensiva para tentar impedir a invasão das fronteiras alemãs por exércitos inimigos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Telly Savalas).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Esses Homens Maravilhosos e suas Máquinas Voadoras

Londres, 1910. Um jornal inglês oferece uma bela premiação para uma corrida aérea entre Londres e Paris. O belo prêmio de milhares de Libras Esterlinas logo atrai a atenção de pilotos de todos os lugares do mundo. A aviação em sua infância ainda era uma atividade aventureira, só praticada por pilotos audazes. O curioso é que nessa época os aviões nem mesmo eram chamados de aviões, mas sim de máquinas voadoras. O filme pretende prestar uma homenagem a esses pioneiros. Ao mesmo tempo em que louva esses homens ainda adota um tom nitidamente cômico e pastelão, numa clara referência aos primeiros filmes mudos de comédia. A trilha sonora vai pelo mesmo caminho. Para quem gosta de aviação o filme é especialmente recomendado pois as réplicas construídas para a produção são extremamente bem feitas (usando inclusive dos projetos originais da década de 1910). Os materiais também foram os mesmos usados pelos pioneiros, trazendo mais veracidade ao que vemos em cena. Na primeira cena inclusive o filme mostra várias imagens reais das primeiras tentativas do homem em voar. Hoje soa engraçado, mas na época todas as experiências eram válidas, até porque a ciência é feita assim, de tentativa e erro. Os efeitos especiais também são muito bem realizados, principalmente pela época e recriam – tudo com grande humor – sequências que mais parecem ser provenientes de desenhos animados (impossível não lembrar do clássico de Hanna-Barbera, “A Corrida Maluca”, tantas vezes exibida em nossas TVs abertas por todos esses anos).

Outro aspecto curioso do roteiro é que cada piloto tem uma nacionalidade diferente. Assim aproveita-se para criar caricaturas de cada povo. Há o americano, o francês, o alemão, o italiano e o inglês. Cada um deles traz em sua caracterização os estereótipos de cada povo. O francês, por exemplo, surge como galanteador e conquistador, não resistindo a um rabo de saia. O alemão é um tipo austero, atrapalhado e completamente disciplinado – a ponto de pilotar seu avião com um manual a tiracolo. O inglês é o símbolo do bom mocismo, educado e gentil. Um verdadeiro Lord. O italiano é um tipo exagerado, emocional, que literalmente “fala com as mãos”! Por fim há o americano que para variar é um cowboy do Arizona. Como se pode perceber é um argumento bem caricatural, feito e produzido para divertir acima de tudo.

Não há nenhuma estrela no filme. Nenhum astro. Ao invés disso a Fox, estúdio que produziu a comédia, resolveu investir mesmo nos aspectos técnicos da realização da película. Assim grande parte do orçamento foi gasto na construção das aeronaves. Decisão acertada pois o roteiro não abre margens mesmo para um só personagem brilhar, tendo todos praticamente o mesmo espaço em cena. Alguns modelos inclusive tiveram que ser destruídos por causa da estória do filme. Ver aquelas preciosidades destroçadas realmente causará aflição nos amantes de modelos clássicos da história da aviação. Em seu lançamento a recepção foi positiva. Os principais críticos da época qualificaram o filme como uma “boa diversão”. Para surpresa de todos a produção ainda conseguiu uma indicação ao Oscar de melhor roteiro, um feito e tanto para uma comédia tão despretensiosa. Enfim, “Esses Homens Maravilhosos e suas Máquinas Voadoras” é exatamente isso, uma boa diversão nostálgica com bela produção e fidelidade histórica na reconstrução dos aviões que estão em cena. O humor mais escrachado e exagerado lembrando as antigas comédias do cinema mudo pode causar alguma estranheza no público dos dias atuais mas mesmo assim vale a pena assistir (ou rever) para conhecer o típico humor inglês mais pastelão da década de 1960.

Esses Homens Maravilhosos e Suas Máquinas Voadoras (Those Magnificent Men in Their Flying Machines or How I Flew from London to Paris in 25 hours 11 minutes, Inglaterra - EUA, 1965) Direção: Ken Annakin / Roteiro: Jack Davies, Ken Annakin / Elenco: Stuart Whitman, Sarah Miles, James Fox, Alberto Sordi,  Robert Morley, Gert Fröbe, Jean-Pierre Cassel / Sinopse: Um jornal inglês promove uma corrida aérea entre Londres e Paris. Vários pilotos de diversos países ao redor do mundo se inscrevem em busca do grande prêmio. Muitas aventuras esperam os pioneiros da aviação!

Pablo Aluísio.