sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Paris Está em Chamas?

Clássico dos filmes de guerra. A frase "Paris Está em Chamas?" é atribuída ao ditador nazista Adolf Hitler. Ele havia ordenado aos generais alemães em Paris para que queimassem toda a cidade, não deixassem nenhum monumento em pé, que a destruição fosse total. Isso aconteceu no período final da guerra, quando a Alemanha nazista já estava sendo derrotada em praticamente todos os campos de batalha da Europa. Como vingança Hitler queria a destruição completa da capital francesa. Um ato final de loucura de um dos mais infames ditadores da história moderna. O roteiro porém faz um amplo painel do que aconteceu antes que Hitler desse essa ordem insana. Quando o filme começa, vemos os bastidores da dominação nazista em Paris. Descontente com os rumos da administração alemã na cidade de Paris, naquele momento ocupada pelos nazistas, o ditador Adolf Hitler resolve mudar o comandante da capital da França. Envia para lá um general linha dura com expressas ordens de destruir a cidade antes dela ser invadida por forças aliadas. Vendo a aproximação de tropas americanas na região, os moradores de Paris então intensificam os ataques contra os soldados alemães na cidade. A resistência francesa ganha cada vez mais apoio da população em geral, todos esperando ansiosamente pela tão sonhada libertação de Paris.

Essa é uma produção francesa, com elenco cheio de estrelas francesas e americanas, que procura narrar os eventos que antecederam a libertação da cidade de Paris pelas tropas aliadas. Hitler queria que a cidade fosse incendiada antes que os americanos tomassem posse dela, um ato absurdo e lunático que levaria a perder centenas de anos de história, arte, cultura e arquitetura. O ditador alemão não queria ver nada de pé caso os alemães perdessem o controle da principal cidade francesa. O título do filme, "Paris Está em Chamas?", reflete bem isso, pois essa foi uma pergunta feita por telefone por um alto oficial alemão ao comandante do eixo na capital após os americanos entrarem na cidade, triunfantes.

É um filme bastante longo, com quase quatro horas de duração, que procura mostrar todos os personagens envolvidos na invasão de Paris. Isso talvez canse alguns espectadores pois o roteiro, apesar de obviamente ter uma linha narrativa principal, procura contar muitas histórias paralelas ao mesmo tempo. Isso porém não atrapalha o resultado final. Os atores americanos do elenco surgem em pequenas participações interpretando generais e oficiais das forças aliadas que foram decisivos na expulsão dos alemães da cidade. Em termos de produção, nada a criticar. Filmado nas próprias ruas de Paris, com uso inclusive de cenas reais captadas no calor da luta, o filme é realmente um ótimo retrato daquele momento decisivo na história da França e da Segunda Guerra Mundial. Um excelente programa para quem estiver em busca de conhecimento sobre aqueles eventos históricos tão importantes.

Paris Está em Chamas? (Paris brûle-t-il?, França, 1966) Estúdio: Marianne Productions, Transcontinental Films / Direção: René Clément / Roteiro: Larry Collins, Dominique Lapierre / Elenco: Jean-Paul Belmondo, Alain Delon, Kirk Douglas, Glenn Ford, Charles Boyer, Leslie Caron / Sinopse: Filme histórico, mostrando os momentos que antecederam a invasão dos aliados (Estados Unidos, Inglaterra e demais países ocidentais) em Paris. A cidade estava completamente dominada pelos nazistas e demais forças do Eixo. A queda de Paris iria se tornar um dos eventos mais simbólicos da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Marcel Grignon) e melhor direção de arte (Willy Holt, Marc Frédérix). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Maurice Jarre).

Pablo Aluísio.

12 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Paris Está em Chamas?
    Pablo Aluísio.

    ResponderExcluir
  2. Nossa! Um governante maluco que não se importa em destruir um dos maiores patrimônios da humanidade! Porque isso me soa familiar aqui no Brasil?

    ResponderExcluir
  3. Dom Pablo,
    Hitler queria destruir Paris porque ele no fundo era um artista fracassado, um pintor que foi recusado na escola de belas artes da Alemanha. Virou ditador louco! E queria destruir Paris porque essa sempre foi a cidade dos grandes pintores, dos grandes poetas, dos escritores, dos filósofos. Como todo medíocre, Hitler queria colocar fogo nas obras de artes dos artistas maravilhosos que passaram por essa cidade que é patrimônio da humanidade.

    ResponderExcluir
  4. Pois é, meu prezado Serge. Vivemos tempos turbulentos. Sobre isso há duas frases que considero importantes. A primeira diz que não se deve votar com ódio, pois apenas pessoas odiosas vão ser eleitas. A segunda afirma que inteligência e fanatismo nunca andam de mãos juntas. Basta ver os seguidores dessa figura para bem entender isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é: meu voto pragmático para conter o PT, o Lula e os desmandos em geral da esquerda, está custando caro. Assumo minha culpa.

      Excluir
    2. Realmente, muitos pensaram como você. Votaram para tirar o projeto de filhote de Stálin, mas acabou que foi eleito o projeto de filhote do Hitler. rsrsrsrs

      Excluir
  5. Lord Erick, você foi de uma precisão cirúrgica em seu comentário. Sequer ouso acrescentar qualquer coisa. Parabéns pela lucidez de pensamento.

    ResponderExcluir
  6. Homem horroroso! Merece queimar no inferno pela eternidade.

    ResponderExcluir
  7. Com certeza! Sua alma imundo queima atualmente nos mais profundos porões das fossas infernais.

    ResponderExcluir