Leo Percepied (George Peppard) sonha ser escritor, mas as coisas não andam nada bem para ele. Morando com a mãe, que trabalha como enfermeira, ele vê os anos passando e nada acontecendo em sua vida. Está estagnado. Para esfriar um pouco a mente ele passa a frequentar uma turma de jovens artistas. São atrizes, atores, pintores, poetas, todos desempregados e sem grande perspectiva de futuro, tal como ele próprio. Acaba conhecendo a jovem Mardou Fox (Leslie Caron) e se apaixona por ela. Mas o romance fica longe de ser isento de problemas. Ela tem histórico de problemas psicológicos, sofre surtos e começa a pressionar Leo de uma forma que nunca poderia imaginar.
Muito bom esse filme que mostra um grupo de jovens talentosos, mas sem emprego, em uma San Francisco do começo dos anos 60. Há um pequeno texto no começo do filme, como se fosse um aviso contra a vida boêmia desses jovens, que achei bem babaca. Coisa do moralismo da época. Ignore isso e aproveite a boa história que o filme tem a contar, mostrando esses jovens que parecem perdidos na vida, mas que no fundo estão amando (e sendo amados) por outros que se encontram na mesma situação. De certa forma o ator George Peppard tem um personagem muito parecido com o que iria interpretar em "Bonequinha de Luxo", a do jovem escritor procurando por um lugar ao Sol. E nesse espaço de tempo acaba encontrando sua verdadeira essência como ser humano.
Os Subterrâneos da Noite (The Subterraneans, Estados Unidos, 1960) Direção: Ranald MacDougall / Roteiro: Robert Thom, baseado na obra de Jack Kerouac / Elenco: Leslie Caron, George Peppard, Roddy McDowall, Janice Rule / Sinopse: O filme conta a história de um jovem escritor, seus amigos e sua grande paixão, com tudo se passando no ano de 1960, na cidade de San Francisco.
Pablo Aluísio.
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domingo, 29 de agosto de 2021
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Paris Está em Chamas?
Clássico dos filmes de guerra. A frase "Paris Está em Chamas?" é atribuída ao ditador nazista Adolf Hitler. Ele havia ordenado aos generais alemães em Paris para que queimassem toda a cidade, não deixassem nenhum monumento em pé, que a destruição fosse total. Isso aconteceu no período final da guerra, quando a Alemanha nazista já estava sendo derrotada em praticamente todos os campos de batalha da Europa. Como vingança Hitler queria a destruição completa da capital francesa. Um ato final de loucura de um dos mais infames ditadores da história moderna. O roteiro porém faz um amplo painel do que aconteceu antes que Hitler desse essa ordem insana. Quando o filme começa, vemos os bastidores da dominação nazista em Paris. Descontente com os rumos da administração alemã na cidade de Paris, naquele momento ocupada pelos nazistas, o ditador Adolf Hitler resolve mudar o comandante da capital da França. Envia para lá um general linha dura com expressas ordens de destruir a cidade antes dela ser invadida por forças aliadas. Vendo a aproximação de tropas americanas na região, os moradores de Paris então intensificam os ataques contra os soldados alemães na cidade. A resistência francesa ganha cada vez mais apoio da população em geral, todos esperando ansiosamente pela tão sonhada libertação de Paris.
Essa é uma produção francesa, com elenco cheio de estrelas francesas e americanas, que procura narrar os eventos que antecederam a libertação da cidade de Paris pelas tropas aliadas. Hitler queria que a cidade fosse incendiada antes que os americanos tomassem posse dela, um ato absurdo e lunático que levaria a perder centenas de anos de história, arte, cultura e arquitetura. O ditador alemão não queria ver nada de pé caso os alemães perdessem o controle da principal cidade francesa. O título do filme, "Paris Está em Chamas?", reflete bem isso, pois essa foi uma pergunta feita por telefone por um alto oficial alemão ao comandante do eixo na capital após os americanos entrarem na cidade, triunfantes.
É um filme bastante longo, com quase quatro horas de duração, que procura mostrar todos os personagens envolvidos na invasão de Paris. Isso talvez canse alguns espectadores pois o roteiro, apesar de obviamente ter uma linha narrativa principal, procura contar muitas histórias paralelas ao mesmo tempo. Isso porém não atrapalha o resultado final. Os atores americanos do elenco surgem em pequenas participações interpretando generais e oficiais das forças aliadas que foram decisivos na expulsão dos alemães da cidade. Em termos de produção, nada a criticar. Filmado nas próprias ruas de Paris, com uso inclusive de cenas reais captadas no calor da luta, o filme é realmente um ótimo retrato daquele momento decisivo na história da França e da Segunda Guerra Mundial. Um excelente programa para quem estiver em busca de conhecimento sobre aqueles eventos históricos tão importantes.
Paris Está em Chamas? (Paris brûle-t-il?, França, 1966) Estúdio: Marianne Productions, Transcontinental Films / Direção: René Clément / Roteiro: Larry Collins, Dominique Lapierre / Elenco: Jean-Paul Belmondo, Alain Delon, Kirk Douglas, Glenn Ford, Charles Boyer, Leslie Caron / Sinopse: Filme histórico, mostrando os momentos que antecederam a invasão dos aliados (Estados Unidos, Inglaterra e demais países ocidentais) em Paris. A cidade estava completamente dominada pelos nazistas e demais forças do Eixo. A queda de Paris iria se tornar um dos eventos mais simbólicos da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Marcel Grignon) e melhor direção de arte (Willy Holt, Marc Frédérix). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Maurice Jarre).
Pablo Aluísio.
Essa é uma produção francesa, com elenco cheio de estrelas francesas e americanas, que procura narrar os eventos que antecederam a libertação da cidade de Paris pelas tropas aliadas. Hitler queria que a cidade fosse incendiada antes que os americanos tomassem posse dela, um ato absurdo e lunático que levaria a perder centenas de anos de história, arte, cultura e arquitetura. O ditador alemão não queria ver nada de pé caso os alemães perdessem o controle da principal cidade francesa. O título do filme, "Paris Está em Chamas?", reflete bem isso, pois essa foi uma pergunta feita por telefone por um alto oficial alemão ao comandante do eixo na capital após os americanos entrarem na cidade, triunfantes.
É um filme bastante longo, com quase quatro horas de duração, que procura mostrar todos os personagens envolvidos na invasão de Paris. Isso talvez canse alguns espectadores pois o roteiro, apesar de obviamente ter uma linha narrativa principal, procura contar muitas histórias paralelas ao mesmo tempo. Isso porém não atrapalha o resultado final. Os atores americanos do elenco surgem em pequenas participações interpretando generais e oficiais das forças aliadas que foram decisivos na expulsão dos alemães da cidade. Em termos de produção, nada a criticar. Filmado nas próprias ruas de Paris, com uso inclusive de cenas reais captadas no calor da luta, o filme é realmente um ótimo retrato daquele momento decisivo na história da França e da Segunda Guerra Mundial. Um excelente programa para quem estiver em busca de conhecimento sobre aqueles eventos históricos tão importantes.
Paris Está em Chamas? (Paris brûle-t-il?, França, 1966) Estúdio: Marianne Productions, Transcontinental Films / Direção: René Clément / Roteiro: Larry Collins, Dominique Lapierre / Elenco: Jean-Paul Belmondo, Alain Delon, Kirk Douglas, Glenn Ford, Charles Boyer, Leslie Caron / Sinopse: Filme histórico, mostrando os momentos que antecederam a invasão dos aliados (Estados Unidos, Inglaterra e demais países ocidentais) em Paris. A cidade estava completamente dominada pelos nazistas e demais forças do Eixo. A queda de Paris iria se tornar um dos eventos mais simbólicos da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Marcel Grignon) e melhor direção de arte (Willy Holt, Marc Frédérix). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Maurice Jarre).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Um Favor Muito Especial
Rock Hudson começou sua carreira na Universal realizando alguns filmes de western e de guerra, mas encontrou seu caminho mesmo ao estrelar vários dramas, em especial os dirigidos por Douglas Sirk, em que interpretava geralmente galãs românticos e idealistas. No final da década de 1950 Rock acabou encontrando outro filão para os seus filmes, a das comédias românticas. Depois do enorme sucesso de “Confidências à Meia Noite”, “Volta Meu Amor” e “Não Me Mande Flores”, todos ao lado da cantora e atriz Doris Day, Rock percebeu que havia ali um público sempre interessado em vê-lo nesse tipo de produção. Assim Rock começou a aparecer em uma sucessão de filmes que seguiam essa mesma fórmula. Aliás quantas vezes um ator pode repetir o mesmo papel em filmes diferentes? Bom, Rock Hudson provou que muitas vezes. Esse "Um Favor Muito Especial" é praticamente um remake de seu maior sucesso, "Confidências à Meia Noite". O argumento é basicamente o mesmo: Playboy mulherengo tenta conquistar uma mulher bem sucedida profissionalmente que não se importa em se casar ou ter filhos. Para isso ele finge ser uma outra pessoa para ganhar sua simpatia e confiança.
Aqui no caso Rock finge ser um paciente pois o seu alvo é uma psicóloga (interpretada pela fraca atriz Leslie Caron). O único diferencial desse para "Pillow Talk" é que aqui o romance conta com o incentivo do pai da senhorita, vivido pelo veterano ator francês Charles Boyer (sem muito o que fazer em cena). O filme não foi bem nas bilheterias, o que era relativamente fácil de se explicar pois no fundo era mais do mesmo, sendo que bem menos engraçado do que os filmes que Rock Hudson fez ao lado de Doris Day. O público provavelmente cansou de ver o mesmo filme - só que com outro título. Em decorrência Rock deixaria a Universal um ano depois do lançamento dessa produção, após seu contrato ter acabado e o estúdio não mostrar mais interesse em tê-lo sob exclusividade. Então é isso, "Um Favor Muito Especial" nada mais é do que um prato requentado só que com muito menos sabor. Não acrescentou nada na ótima filmografia de Rock Hudson.
Um Favor Muito Especial (A Very Special Favor, Estados Unidos, 1965) Direção: Michael Gordon / Roteiro: Stanley Shapiro, Nate Monaster / Elenco: Rock Hudson, Leslie Caron, Charles Boyer / Sinopse: Playboy se finge de paciente para conquistar uma psicóloga que não quer se casar e nem se envolver em um romance mais sério. Tudo realizado para atender a um favor especial do pai da senhorita que não deseja que ela se torne uma solteirona.
Pablo Aluísio.
Aqui no caso Rock finge ser um paciente pois o seu alvo é uma psicóloga (interpretada pela fraca atriz Leslie Caron). O único diferencial desse para "Pillow Talk" é que aqui o romance conta com o incentivo do pai da senhorita, vivido pelo veterano ator francês Charles Boyer (sem muito o que fazer em cena). O filme não foi bem nas bilheterias, o que era relativamente fácil de se explicar pois no fundo era mais do mesmo, sendo que bem menos engraçado do que os filmes que Rock Hudson fez ao lado de Doris Day. O público provavelmente cansou de ver o mesmo filme - só que com outro título. Em decorrência Rock deixaria a Universal um ano depois do lançamento dessa produção, após seu contrato ter acabado e o estúdio não mostrar mais interesse em tê-lo sob exclusividade. Então é isso, "Um Favor Muito Especial" nada mais é do que um prato requentado só que com muito menos sabor. Não acrescentou nada na ótima filmografia de Rock Hudson.
Um Favor Muito Especial (A Very Special Favor, Estados Unidos, 1965) Direção: Michael Gordon / Roteiro: Stanley Shapiro, Nate Monaster / Elenco: Rock Hudson, Leslie Caron, Charles Boyer / Sinopse: Playboy se finge de paciente para conquistar uma psicóloga que não quer se casar e nem se envolver em um romance mais sério. Tudo realizado para atender a um favor especial do pai da senhorita que não deseja que ela se torne uma solteirona.
Pablo Aluísio.
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