segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O Nome do Jogo

Título no Brasil: O Nome do Jogo
Título Original: Get Shorty
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Scott Frank
Elenco: John Travolta, Gene Hackman, Rene Russo, Danny DeVito, Dennis Farina, Delroy Lindo

Sinopse:
O mafioso Chili Palmer (John Travolta) é enviado até Los Angeles para cobrar uma dívida de um produtor de cinema. Em Hollywood ele acaba se encantando com o clima do lugar e coloca na cabeça que sua história poderia virar um filme de sucesso! Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor ator - musical ou comédia (John Travolta). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical e melhor roteiro adaptado (Scott Frank).

Comentários:
Pois é, esse filme é do tempo em que o John Travolta era premiado como melhor ator em festivais de cinema bem importantes. Hoje em dia ele está em plena decadência, nem me lembro mais do último filme que assisti com Travolta. O tempo passou e ele deixou de ser relevante para o mundo do cinema. De qualquer maneira sua atuação como o mafioso  Chili Palmer é bem inspirada. Travolta sempre teve uma tendência ao exagero, a cair na caricatura, mas aqui até esse aspecto caiu bem no personagem. O filme é assumidamente uma paródia, uma comédia com os antigos filmes de máfia e gangsters. A trilha sonora é um dos pontos altos, recheada de hits. A atriz Rene Russo caprichou na maquiagem e figurino e fotografou muito bonita no filme. Por fim há um elenco de apoio classe A contando com Gene Hackman e o pequeno Danny DeVito. Bom filme, não é nenhuma obra-prima da sétima arte, mas certamente agrada a quem curte filmes com roteiros de referência à velha Hollywood.

Pablo Aluísio.

Mr. Holland - Adorável Professor

Título no Brasil: Mr. Holland - Adorável Professor
Título Original: Mr. Holland's Opus
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Stephen Herek
Roteiro: Patrick Sheane Duncan
Elenco: Richard Dreyfuss, Glenne Headly, Jay Thomas, Olympia Dukakis, William H. Macy, Alicia Witt

Sinopse:
Glenn Holland (Dreyfuss) é um músico e compositor que arruma um emprego de professor para pagar o aluguel e suas contas para que em suas horas vagas consiga realizar o seu sonho de compor uma grande peça que, em seu sonho, poderia mudar o mundo da música internacional. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Richard Dreyfuss).

Comentários:
Penso que esse bom filme nem chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros na época ou se isso aconteceu foi em poucos salas. É um drama, mas com inúmeras situações mais leves, até de humor mais sutil. Dentro da história do cinema americano sempre existiram filmes cujo tema principal girava em torno de um professor especial, que vinha mesmo para transformar a vida de seus alunos. O interessante nessa produção é que ela foi lançada assim meio sem pretensão nenhuma e foi crescendo conforme a publicidade boca a boca foi se consolidando. Acabou que deu uma inesperada indicação ao Oscar de melhor ator para Richard Dreyfuss, o que seguramente foi uma surpresa e tanto para ele. Surpresa e obviamente uma honra. Não venceu, mas só de estar entre os cinco finalistas já foi um feito e tanto para esse pequeno e bem realizado filme sobre a vida de um homem comum que anseia por um destino incomum, que provavelmente nunca vai acontecer.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Os Suspeitos

Título no Brasil: Os Suspeitos
Título Original: The Usual Suspects
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: PolyGram Filmed Entertainment
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Christopher McQuarrie
Elenco: Kevin Spacey, Gabriel Byrne, Chazz Palminteri, Benicio Del Toro, Stephen Baldwin, Pete Postlethwaite

Sinopse:
Um grupo de criminosos é reunido por um suposto gênio do crime para participar de uma operação envolvendo um grande carregamento de drogas, mas tudo acaba dando errado, só sobrevivendo um deles para contar história. Interrogado pelos policiais ele vai relembrando tudo o que aconteceu. Filme premiado com o Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante (Kevin Spacey) e melhor roteiro original (Christopher McQuarrie).

Comentários:
Esse filme transformou Kevin Spacey em um ator de primeiro time em Hollywood. Ele venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante, algo que sempre achei uma escolha errada porque ele era o principal ator do elenco, aquele que literalmente carregou o filme nas costas e lhe deu alma. Deveria ter sido premiado com o Oscar de melhor ator e não de coadjuvante. De qualquer maneira esse é certamente um dos melhores filmes lançados nos anos 90. Foi muito elogiado pela crítica e se tornou cult assim que foi lançado. Uma obra-prima instantânea. Bryan Singer era basicamente um novato dentro do principal circuito em Hollywood. Ele já havia chamado atenção antes no Sundance Festival, porém em um nicho de filmes independentes. Esse foi seu primeiro grande filme. Ao lado do talentoso roteirista Christopher McQuarrie ele conseguiu realizar um thriller psicológico perfeito, com ótimos diálogos e atuação magistral de todo o elenco, com destaque para Kevin Spacey que aqui entregou aquela que muito provavelmente foi a sua maior atuação na carreira. Um trabalho digno de todos os aplausos.

Pablo Aluísio.

Enquanto Você Dormia

Título no Brasil: Enquanto Você Dormia
Título Original: While You Were Sleeping
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Daniel G. Sullivan, Fredric Lebow
Elenco: Sandra Bullock, Bill Pullman, Peter Gallagher, Peter Boyle, ack Warden, Glynis Johns

Sinopse:
Lucy (Sandra Bullock) trabalha vendendo bilhetes no metrô de Chicago. Certo dia ela acaba salvando a vida de um passageiro e passa a ser confundida como se fosse a namorada dele, o que gera uma série de mal-entendidos e confusões de todos os tipos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz - musical ou comédia (Sandra Bullock).

Comentários:

A atriz Sandra Bullock começou a se transformar em estrela de Hollywood nesse filme. Essa produção era para ser apenas uma comédia romântica como tantas outras que eram lançadas naquela mesma temporada, mas acabou se tornando um grande sucesso de bilheteria. Qual era o segredo desse sucesso? Para muitos críticos na época de lançamento do filme, o segredo era o carisma da própria Sandra Bullock. Ela foi a alma desse filme, encantando a todos. Sua personagem tinha o estilo certo para agradar ao grande público. Além disso todos estavam em busca de um filme romântico, leve, bem humorado, com jeitão de filmes de romance da era de ouro de Hollywood. Com todos esses elementos nos lugares certos, o filme acabou funcionando muito bem. E o diretor Jon Turteltaub que era acostumado a dirigir comédias mais exageradas também acertou a mão. Ao lado da atriz encontrou o caminho certo, principalmente no uso de sutileza e elegância necessárias para se contar uma boa história de amor.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Tudo o Que Tivemos

O tema principal do roteiro desse filme é o mal de Alzheimer e como ele pode atingir não apenas os pacientes diagnosticados com essa doença, mas também suas relações familiares e seus parentes mais próximos. Hilary Swank interpreta a filha de uma mulher sofrendo dos estágios mais avançados de Alzheimer. Ela não conhece mais o marido, nem os filhos. Ora pensa que ainda é uma garotinha que precisa voltar para a casa dos pais, ora pensa que é uma adolescente em busca de um novo namorado. Por isso sempre some de casa, desaparece, sai de madrugada sem avisar ninguém. Sempre que isso acontece é um pavor entre os familiares.

Assim a filha viaja e chega para ajudar na situação. Seu irmão tenta convencer o pai a deixar a esposa ir para uma instituição que cuida de pessoas com essa doença, mas o velho não aceita. Ele mesmo quer cuidar da esposa e isso cria um drama dentro da família. Os filhos querem internar a mãe, o pai resiste, sendo que ele também deveria ir para um asilo, pois já é um homem de idade avançada. E assim os conflitos familiares vão se acumulando. A personagem de Hilary Swank tem problemas em seu próprio casamento, não ama mais seu marido, tem uma filha adolescente problemática que quer largar a universidade. Um monte de problemas que vão surgindo de uma só vez.

O Alzheimer atinge milhares de pessoas idosas ao redor do mundo. É uma doença sorrateira, que vai destruindo as memórias do paciente. Também tiram dele o senso temporal e de localização. O paciente deixa de entender quem ele é, qual sua idade, onde mora, o que faz, com quem vive. Ele esquece os filhos, o nome do marido, dos parentes, de tudo. É como se uma borracha fosse sendo usada em seu cérebro, apagando todas as lembranças de uma vida inteira. Uma triste realidade que atinge os mais velhos. Esse filme assim tem sua importância por lidar de forma bem humana com esse tema que vai soar familiar para muitos espectadores. O cinema como mensagem e homenagem aos que sofrem desse mal, que infelizmente tem se tornado cada vez mais comum.

Tudo o Que Tivemos (What They Had, Estados Unidos, 2018) Direção: Elizabeth Chomko / Roteiro: Elizabeth Chomko / Elenco: Hilary Swank, Michael Shannon, Robert Forster. Blythe Danner, Taissa Farmiga, Josh Lucas / Sinopse: O filme conta a história de Bridget (Hilary Swank). Ela mora na Califórnia, mas viaja até sua cidade natal para ajudar o irmão com os pais idosos. Ele tem muitos problemas com os velhos. A mãe está sofrendo com o mal de Alzheimer e seu pai se recusa a deixar que ela seja internada em uma instituição de repouso para pacientes dessa doença. Filme premiado no Philadelphia Film Festival e no Heartland International Film Festival.

Pablo Aluísio.

Depois de Horas

Título no Brasil: Depois de Horas
Título Original: After Hours
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: The Geffen Company
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Joseph Minion
Elenco: Griffin Dunne, Rosanna Arquette, Verna Bloom, Tommy Chong, Linda Fiorentino, Teri Garr

Sinopse:
Paul Hackett (Griffin Dunne) é um tímido e pacato operador de computadores que decide marcar um encontro com uma garota no bairro do Soho em Nova Iorque, só que seu encontro acaba se tornando uma sucessão de erros e azares sem fim. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Griffin Dunne). Filme premiado no Cannes Film Festival.

Comentários:
Eu nunca consegui gostar desse filme. Eu sempre considerei Martin Scorsese um dos maiores diretores de todos os tempos. Um gênio do cinema. Porém esse filme aqui sempre considerei uma obra menor, bem menor, de sua filmografia. Na época o cineasta disse que queria rodar uma fábula urbana que fosse baseada no clássico da literatura "Alice no País das Maravilhas". Bom, se essa foi sua intenção, alguma coisa deu bem errada. O filme sempre me soou como uma comédia romântica meio boba que revista hoje em dia parece completamente datada. Trilha sonora, cenários, figurinos, tudo vai soar bem esquisito na atualidade. Por que Scorsese errou tanto? Uma pista pode ser encontrada em algumas de suas biografias. Nos anos 80 o diretor se viciou em cocaína e afundou na dependência química. Esse filme foi rodado justamente nesse tempo complicado de sua vida. A falta de sentido e nexo provavelmente tenha sido um reflexo desse momento de seu passado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

As Filhas de Marvin

Título no Brasil: As Filhas de Marvin
Título Original: Marvin's Room
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott Rudin Productions, Tribeca Productions
Direção: Jerry Zaks
Roteiro: Scott McPherson
Elenco: Diane Keaton, Meryl Streep, Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Hume Cronyn, Gwen Verdon

Sinopse:
Após sofrer um derrame, Marvin passa a ser cuidado por sua filha Bessie (Diane Keaton). Vinte anos depois, ela descobre que está com leucemia e que nessa situação delicada de saúde precisará da ajuda de sua irmã Lee (Meryl Streep), que não vê há anos. O reencontro das duas irmãs vai acabar gerando um choque de personalidades.

Comentários:
Esse filme ainda hoje é considerado um dos melhores dramas produzidos nos anos 90. Foi produzido em parte pela produtora do ator Robert De Niro que generosamente interpreta o papel coadjuvante de um médico na história. Além de De Niro o filme ainda tem um elenco maravilhoso. Diane Keaton interpreta a irmã sofredora que passou a vida toda cuidando do pai doente, abrindo mão de sua própria vida pessoal. Meryl Streep é a irmã que foi embora, teve uma vida e passou todo esse tempo negligenciando seus familiares. Seu retorno não vai ser isento de crises e dramas. E completando esse ótimo elenco o filme ainda apresenta um jovem Leonardo DiCaprio interpretando um rapaz de 17 anos, vivendo todos os problemas emocionais de sua adolescência. Grande trabalho de atuação coletiva, o filme levou uma indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz para Diane Keaton. Em minha opinião foi pouco, Meryl Streep e Leonardo DiCaprio também mereciam indicações nas categorias de atriz e ator coadjuvante. Eles também estão ótimos nesse filme sensível e tocante que tampouco deixa de lado momentos de humor e desconcentração no meio de uma história dramática e até mesmo bem pesada.

Pablo Aluísio.

Razão e Sensibilidade

Título no Brasil: Razão e Sensibilidade
Título Original: Sense and Sensibility
Ano de Produção: 1995
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ang Lee
Roteiro: Emma Thompson
Elenco: Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Alan Rickman, James Fleet, Gemma Jones

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Jane Austen, o filme "Razão e Sensibilidade" conta a história de Elinor Dame (Emma Thompson). Quando seu pai falece e deixa toda a herança para um filho de outro casamento, ela e suas irmãs, mais sua mae, ficam numa situação financeira bem ruim e isso em um tempo de sua vida que ela é também pressionada para arranjar um marido rico para se casar. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado(Emma Thompson).

Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema, na época de seu lançamento original. Esse filme é um primor de elegância e estilo. Não poderia ser diferente, uma vez que é a adaptação de um dos maiores clássicos da literatura inglesa, um romance escrito pela genial Jane Austen. Quem conhece sua obra sabe do que se trata. Ela escreveu sobre a sociedade britânica de seu tempo, os valores sociais que imperavam, as pequenas e grande hipocrisias, as dificuldades de ser um mulher inteligente e de personalidade dentro daquele meio social. Em um tempo cheio de muitos preconceitos e costumes rígidos, era extremamente complicado pensar de uma maneira original e até mesmo mais sensata. Esse filme foi um grande sucesso de crítica, sendo considerado um dos melhores de seu ano de lançamento. O detalhe diferenciado é que apesar de ser um material extremamente ligado à cultura da Inglaterra vitoriana, foi dirigido por um oriental, Ang Lee. O surpreendente é que apesar dessas diferenças culturas básicas, o filme como um todo deu muito certo. È um dos melhores dos anos 90, sem dúvida. Além de ter sido premiado com o Oscar de melhor roteiro adaptado, "Razão e Sensibilidade" ainda foi indicado nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Emma Thompson), melhor atriz coadjuvante (Kate Winslet), melhor direção de fotografia (Michael Coulter), melhor figurino (Jenny Beavan, John Bright) e melhor música (Patrick Doyle).

Pablo Aluísio.