Quando você pensa que já viu de tudo sobre filmes de tubarão eis que surge mais um exemplar mostrando que não importa o quanto esse tipo de filme esteja saturado, sempre haverá um produtor picareta querendo ganhar mais uns trocados com esses peixes assassinos. A novidade é que agora nem mais precisam estar vivos para matarem suas vítimas, isso mesmo que você leu, em "Ghost Shark" o monstro aquático vem em busca de vingança contra aqueles que o fisgaram e o mataram numa pesca promovida por um bando de caipiras. O fantasma do tubarão volta das profundezas e parte para a vingança, caçando qualquer um que tenha tido envolvimento com sua morte no arpão... Parece piada mas não é! O Tubarão Fantasma é a nova jogada do canal Syfy para chamar a atenção para suas produções mais do que obtusas.
Nem é preciso sem muito inteligente para saber a razão desse filme bem sem noção ter sido produzido. Não faz muito tempo e "Sharknado" virou um hit popular nos EUA. Nunca ouviu falar? Ora, é aquele telefilme trash onde vários tubarões são levados por um tornado para uma cidade azarada do meio oeste americano. De repente o sujeito vai andando pela rua e um tubarão voando pelos ares vem para lhe comer a cabeça. Mais trash que isso impossível não é mesmo? O problema é que o canal Syfy faz muito esforço para ser ruim, o que contraria as regras de todo e bom trash que deve ser ruim naturalmente, fruto apenas da incompetência absoluta de seus realizadores. Quando um filme é feito para chocar propositalmente com sua ruindade perde sua autenticidade, ou melhor dizendo, sua pureza de lixo cinematográfico. rs. Mas enfim, deixe isso tudo de lado e se prepare para uma nova enxurrada de filmes sobre tubarões de todos os tipos, voadores, fantasmas e o diabo a quatro. Durma-se com uma ruindade dessas!
O Tubarão Fantasma (Ghost Shark, Estados Unidos, 2013) Direção: Griff Furst / Roteiro: Eric Forsberg, Griff Furst / Elenco: Mackenzie Rosman, Dave Randolph-Mayhem Davis / Sinopse: Após ser morto numa pesca o fantasma de um tubarão assassino volta para matar todos aqueles que o fisgaram em alto mar.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Drácula
Alguns personagens jamais desaparecem, seja do cinema, seja da TV. Uma prova disso é essa nova série do canal NBC que está estreando nos Estados Unidos. "Drácula" procura revitalizar o lendário conde vampiro criado pelo escritor Abraham "Bram" Stoker. Aqui ele surge no século XIX após passar séculos aprisionado em uma cripta escondida. Dois caçadores de tumbas adentram seu repouso e abrem seu caixão. Má ideia. De volta à vida o infame monstro vai até Londres onde começa a se passar por magnata americano. Ao que tudo indica ele busca vingança contra a chamada Ordem do Dragão que o aprisionou no passado. Mesmo decorrido 300 anos a sociedade secreta ainda sobrevive, agora formado por milionários e empresários do Petróleo. Assim Drácula, agora com nova identidade, tenta vender uma nova forma de energia pura, sem fios e perigo. Seu objetivo se torna claro pois o que ele pretende mesmo é arruinar seus antigos algozes no que lhes é mais caro: dinheiro e poder.
Após assistir ao primeiro episódio pude tirar algumas conclusões desse novo Drácula da TV. A primeira diz respeito à boa produção. Direção de arte muito caprichada, que procura usar como fonte de inspiração os antigos filmes do vampiro nos estúdios Hammer. isso fica bem nítido durante uma luta de Drácula contra um inimigo nos telhados de uma Londres escura e sinistra. A cena, para quem conhece bem os filmes da Hammer, está em um dos primeiros filmes de Drácula com Christopher Lee no papel principal. Assim em termos de bom gosto em figurinos, cenários, etc, não há realmente o que reclamar. Também gosto bastante do trabalho do ator Jonathan Rhys Meyers que aprendi a admirar na ótima série "The Tudors" onde ele interpretou magistralmente o Rei Henrique VIII. Mas nem tudo são flores nessa nova adaptação. O principal problema que pude perceber aqui foi realmente o roteiro truncado. Inicialmente Drácula começa bem, sofre uma pequena queda de interesse quando o vemos como um empresário americano e depois melhora um pouco no final quando o seu lado monstro volta a surgir. Com tantas idas e vindas percebi claramente uma irregularidade ao longo da estória mas mesmo assim acredito que passados os primeiros episódios a série pode se tornar acima da média. Afinal de contas todos os elementos parecem estar presentes, só falta mesmo melhorar um pouco o roteiro, dando-lhe um foco mais claro e objetivo, sem tantos sobressaltos. No geral me convenceu a seguir acompanhando. Tem problemas sim mas pelo que vi no primeiro episódio até criei boas expectativas sobre o futuro de Drácula da NBC. É esperar para ver.
Drácula (Dracula, Estados Unidos, 2013) Direção: Andy Goddard, Steve Shill / Roteiro: Cole Haddon, Rebecca Kirsch / Elenco: Jonathan Rhys Meyers, Robert Bathurst, Miklós Bányai / Sinopse: Drácula (Jonathan Rhys Meyers), um vampiro secular, é trazido de volta ao mundo por um grupo de exploradores. Na Londres do século XIX ele se faz passar por um magnata americano. Seu objetivo é perseguir os membros da Ordem do Dragão que no passado o aprisionaram por séculos.
Pablo Aluísio.
Após assistir ao primeiro episódio pude tirar algumas conclusões desse novo Drácula da TV. A primeira diz respeito à boa produção. Direção de arte muito caprichada, que procura usar como fonte de inspiração os antigos filmes do vampiro nos estúdios Hammer. isso fica bem nítido durante uma luta de Drácula contra um inimigo nos telhados de uma Londres escura e sinistra. A cena, para quem conhece bem os filmes da Hammer, está em um dos primeiros filmes de Drácula com Christopher Lee no papel principal. Assim em termos de bom gosto em figurinos, cenários, etc, não há realmente o que reclamar. Também gosto bastante do trabalho do ator Jonathan Rhys Meyers que aprendi a admirar na ótima série "The Tudors" onde ele interpretou magistralmente o Rei Henrique VIII. Mas nem tudo são flores nessa nova adaptação. O principal problema que pude perceber aqui foi realmente o roteiro truncado. Inicialmente Drácula começa bem, sofre uma pequena queda de interesse quando o vemos como um empresário americano e depois melhora um pouco no final quando o seu lado monstro volta a surgir. Com tantas idas e vindas percebi claramente uma irregularidade ao longo da estória mas mesmo assim acredito que passados os primeiros episódios a série pode se tornar acima da média. Afinal de contas todos os elementos parecem estar presentes, só falta mesmo melhorar um pouco o roteiro, dando-lhe um foco mais claro e objetivo, sem tantos sobressaltos. No geral me convenceu a seguir acompanhando. Tem problemas sim mas pelo que vi no primeiro episódio até criei boas expectativas sobre o futuro de Drácula da NBC. É esperar para ver.
Drácula (Dracula, Estados Unidos, 2013) Direção: Andy Goddard, Steve Shill / Roteiro: Cole Haddon, Rebecca Kirsch / Elenco: Jonathan Rhys Meyers, Robert Bathurst, Miklós Bányai / Sinopse: Drácula (Jonathan Rhys Meyers), um vampiro secular, é trazido de volta ao mundo por um grupo de exploradores. Na Londres do século XIX ele se faz passar por um magnata americano. Seu objetivo é perseguir os membros da Ordem do Dragão que no passado o aprisionaram por séculos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Zumbis e Robôs
Em um futuro próximo um vírus mortal acaba ficando fora de controle, se espalhando rapidamente em uma grande cidade. Por motivo de segurança e para evitar novas contaminações o governo então decide cercar a região, impedindo qualquer pessoa de entrar ou sair do centro do foco da disseminação da nova doença. Os humanos infectados se tornaram zumbis. Para salvar sua filha, um cientista, da equipe responsável pela proliferação do vírus, resolve contratar clandestinamente um militar com larga experiência, o Major Max Gatling (Dolph Lundgren) para entrar na cidade com o objetivo de resgatar sua filha que ficou presa no meio do caos. A jovem Jude (Melanie Zanetti) deve ser resgatada antes que uma operação de limpeza, com uso de bombardeio incendiário, varra do mapa a cidade contaminada. "Battle of the Damned" (literalmente "A Batalha dos Condenados", mas ainda sem título nacional) é o novo filme do brutamontes Dolph Lundgren. Em tempos de sucessos como os filmes "Guerra Mundial Z" e de séries como "Walking Dead" não é nenhuma surpresa que tenhamos um filme como esse chegando ao mercado, obviamente tentando pegar carona na moda das produções sobre zumbis.
A produção é modesta e o filme foi todo rodado nos distantes países asiáticos da Malásia e Cingapura. Existem efeitos digitais usados principalmente para criarem um grupo de robôs assassinos que ajudam o Major a se livrar do apocalipse zumbi mas eles não são nada maravilhosos. O roteiro é simplório, ficando mesmo naquela coisa de mostrar o ator Dolph Lundgren matando zumbis em série, com facas, armas de fogo, marretas, machados e qualquer coisa que lhe apareça nas mãos. A garota que ele vai resgatar é uma adolescente marrenta que vive escondida com um pequeno grupo de humanos não infectados que vivem dentro da cidade. No geral não há realmente nenhuma novidade aqui, a não ser a tentativa de unir ação ao estilo anos 80 com zumbis devoradores de cérebros. Se você acha que essa pode ser uma mistura interessante, arrisque, mas saiba de antemão que não vai encontrar grande coisa!
Zumbis e Robôs (Battle of the Damned, Estados Unidos,, Singapura, 2013) Direção: Christopher Hatton / Roteiro: Christopher Hatton / Elenco: Dolph Lundgren, Melanie Zanetti, Matt Doran, Esteban Cueto / Sinopse: Um cientista contrata de forma clandestina os serviços de um Major (Lundgren) para entrar em uma cidade que está em quarentena por causa de um vírus com a finalidade de resgatar sua filha, uma adolescente.
Pablo Aluísio.
A produção é modesta e o filme foi todo rodado nos distantes países asiáticos da Malásia e Cingapura. Existem efeitos digitais usados principalmente para criarem um grupo de robôs assassinos que ajudam o Major a se livrar do apocalipse zumbi mas eles não são nada maravilhosos. O roteiro é simplório, ficando mesmo naquela coisa de mostrar o ator Dolph Lundgren matando zumbis em série, com facas, armas de fogo, marretas, machados e qualquer coisa que lhe apareça nas mãos. A garota que ele vai resgatar é uma adolescente marrenta que vive escondida com um pequeno grupo de humanos não infectados que vivem dentro da cidade. No geral não há realmente nenhuma novidade aqui, a não ser a tentativa de unir ação ao estilo anos 80 com zumbis devoradores de cérebros. Se você acha que essa pode ser uma mistura interessante, arrisque, mas saiba de antemão que não vai encontrar grande coisa!
Zumbis e Robôs (Battle of the Damned, Estados Unidos,, Singapura, 2013) Direção: Christopher Hatton / Roteiro: Christopher Hatton / Elenco: Dolph Lundgren, Melanie Zanetti, Matt Doran, Esteban Cueto / Sinopse: Um cientista contrata de forma clandestina os serviços de um Major (Lundgren) para entrar em uma cidade que está em quarentena por causa de um vírus com a finalidade de resgatar sua filha, uma adolescente.
Pablo Aluísio.
Fé Demais Não Cheira Bem
Jonas Nightengale (Steve Martin) é um pastor protestante que só pensa em se dar bem. Usando a televisão como meio de divulgação de seus cultos o líder religioso só pensa mesmo em uma coisa: aumentar seu rebanho para ganhar muito mas muito dinheiro mesmo. Ele no fundo não está nem aí para religião. O que ele quer mesmo é ficar rico! É um pilantra e ele sabe muito bem disso mas não se importa pois sai vendendo seu "show" pelos Estados Unidos afora até que ao chegar em uma pequena cidadezinha algo realmente assombroso acontece! "Fé Demais Não Cheira Bem" é uma comédia muito bem escrita que critica muitas vezes de forma nada sutil os chamados pastores eletrônicos, sujeitos espalhafatosos que se tornaram muito populares na TV americana a partir da década de 80. Ávidos por dinheiro, status e riqueza esses novos "animadores de circo da fé" escandalizaram os setores evangélicos mais tradicionais ao mesmo tempo em que ficavam extremamente ricos e poderosos com o dízimo dado por seus fiéis seguidores.
Steve Martin dá show em cena. Ele pula, se contorce, finge estar recebendo o espírito santo, levanta as mãos para o céu em uma encenação das mais divertidas e (pior do que isso) bem parecidas com as dos pastores reais. Martin, um dos nomes mais famosos e reconhecidos do humor americano esclareceu em entrevistas na época do lançamento do filme que aceitou fazer "Fé Demais Não Cheira Bem" para tentar abrir os olhos de certas pessoas, principalmente as mais humildes que viviam principalmente nos Estados sulistas mais pobres da América, sobre a terrível comercialização da fé que estava cada vez mais se expandindo. O diretor Richard Pearce também explicou a proposta do filme dizendo que na realidade não houve muito exagero por parte de Steve Martin como o pastor pilantra do filme porque muitos pregadores evangélicos eram mais exagerados do que ele na vida real. O fato de pular, cair no chão, gemer era praxe no circo televisivo daquela época. E afinal de contas olhando aquilo tudo com uma postura bem racional não havia como não rir de certas situações que eram involuntariamente cômicas e absurdas. Assim se você estiver em busca de uma das melhores interpretações de Steve Martin fica a dica desse "Fé Demais Não Cheira Bem". Assista e se admire com a coincidência do que anda acontecendo aqui no Brasil nos últimos anos.
Fé Demais Não Cheira Bem (Leap of Faith, Estados Unidos, 1992) Direção: Richard Pearce / Roteiro: Janus Cercone / Elenco: Steve Martin, Debra Winger, Lolita Davidovich / Sinopse: Pastor evangélico protestante (Martin) só pensa em fazer fortuna com o dinheiro de seus seguidores até que sua vida muda completamente quando chega em uma pequena cidade do interior dos EUA.
Pablo Aluísio.
Steve Martin dá show em cena. Ele pula, se contorce, finge estar recebendo o espírito santo, levanta as mãos para o céu em uma encenação das mais divertidas e (pior do que isso) bem parecidas com as dos pastores reais. Martin, um dos nomes mais famosos e reconhecidos do humor americano esclareceu em entrevistas na época do lançamento do filme que aceitou fazer "Fé Demais Não Cheira Bem" para tentar abrir os olhos de certas pessoas, principalmente as mais humildes que viviam principalmente nos Estados sulistas mais pobres da América, sobre a terrível comercialização da fé que estava cada vez mais se expandindo. O diretor Richard Pearce também explicou a proposta do filme dizendo que na realidade não houve muito exagero por parte de Steve Martin como o pastor pilantra do filme porque muitos pregadores evangélicos eram mais exagerados do que ele na vida real. O fato de pular, cair no chão, gemer era praxe no circo televisivo daquela época. E afinal de contas olhando aquilo tudo com uma postura bem racional não havia como não rir de certas situações que eram involuntariamente cômicas e absurdas. Assim se você estiver em busca de uma das melhores interpretações de Steve Martin fica a dica desse "Fé Demais Não Cheira Bem". Assista e se admire com a coincidência do que anda acontecendo aqui no Brasil nos últimos anos.
Fé Demais Não Cheira Bem (Leap of Faith, Estados Unidos, 1992) Direção: Richard Pearce / Roteiro: Janus Cercone / Elenco: Steve Martin, Debra Winger, Lolita Davidovich / Sinopse: Pastor evangélico protestante (Martin) só pensa em fazer fortuna com o dinheiro de seus seguidores até que sua vida muda completamente quando chega em uma pequena cidade do interior dos EUA.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de setembro de 2013
A Negociação
Danny Roman (Samuel L. Jackson) é um policial de Chicago especializado em negociar com sequestradores que coloquem em risco a vida de seus reféns. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ele começa a ser apontado como principal suspeito da morte de seu antigo parceiro. No centro da questão parece haver mesmo uma queima de arquivo pois antes de morrer seu antigo companheiro havia revelado a Danny a existência de um grupo agindo de forma corrupta dentro do departamento com o objetivo de desviar dois milhões de dólares do fundo de pensão da Polícia de Chicago. Pressionado, temendo pela sua própria vida, o policial Danny resolve cometer um ato de desespero. Ele invade o bureau de assuntos internos e faz cinco de seus membros reféns. Para tal também exige um negociador isento, um estranho, pois não confia mais nem em seus colegas de setor. Assim é indicado o tira Chris Sabian (Kevin Spacey) para liderar as negociações. O problema é como negociar com um policial que é justamente especialista nesse tipo de procedimento? Em jogo a vida de todos os envolvidos na tensa e complicada situação.
"A Negociação" é aquele tipo de filme que não teve o reconhecimento devido em seu lançamento. Temos aqui um verdadeiro duelo de interpretações entre um ator muito bom e esforçado, Samuel L. Jackson, e um verdadeiro mestre na arte da interpretação, o sempre excelente Kevin Spacey. Eu me recordo que quando "The Negotiator" chegou nos cinemas houve quem o comparasse com o clássico policial da década de 70, "Um Dia de Cão". De fato há algumas semelhanças pois ambos são filmes que exploram esse tipo de situação limite que envolvem reféns em situações de sequestro de alto risco. A diferença aqui é que tanto o sequestrador como o negociador nomeado pela polícia para tentar resolver pacificamente a situação são treinados pelo departamento, e cada um tenta impor suas técnicas ao outro. Desse duelo de avanços e recuos é que o argumento se desenvolve. O roteiro foi levemente inspirado em um fato real ocorrido na década de 80 na cidade de St. Louis. Bem conduzido, escrito e atuado "A Negociação" vale como um bom exemplar dos filmes policiais dos anos 90.
A Negociação (The Negotiator, Estados Unidos, 1998) Direção: F. Gary Gray / Roteiro: James DeMonaco, Kevin Fox / Elenco: Samuel L. Jackson, Kevin Spacey, David Morse / Sinopse: Policial acusado de matar seu parceiro resolve cometer um ato de loucura fazendo cinco reféns em seu departamento para provar sua inocência. Para negociar é enviado um especialista em conduzir situações de risco desse tipo sem que haja violência ou mortos na operação.
Pablo Aluísio.
"A Negociação" é aquele tipo de filme que não teve o reconhecimento devido em seu lançamento. Temos aqui um verdadeiro duelo de interpretações entre um ator muito bom e esforçado, Samuel L. Jackson, e um verdadeiro mestre na arte da interpretação, o sempre excelente Kevin Spacey. Eu me recordo que quando "The Negotiator" chegou nos cinemas houve quem o comparasse com o clássico policial da década de 70, "Um Dia de Cão". De fato há algumas semelhanças pois ambos são filmes que exploram esse tipo de situação limite que envolvem reféns em situações de sequestro de alto risco. A diferença aqui é que tanto o sequestrador como o negociador nomeado pela polícia para tentar resolver pacificamente a situação são treinados pelo departamento, e cada um tenta impor suas técnicas ao outro. Desse duelo de avanços e recuos é que o argumento se desenvolve. O roteiro foi levemente inspirado em um fato real ocorrido na década de 80 na cidade de St. Louis. Bem conduzido, escrito e atuado "A Negociação" vale como um bom exemplar dos filmes policiais dos anos 90.
A Negociação (The Negotiator, Estados Unidos, 1998) Direção: F. Gary Gray / Roteiro: James DeMonaco, Kevin Fox / Elenco: Samuel L. Jackson, Kevin Spacey, David Morse / Sinopse: Policial acusado de matar seu parceiro resolve cometer um ato de loucura fazendo cinco reféns em seu departamento para provar sua inocência. Para negociar é enviado um especialista em conduzir situações de risco desse tipo sem que haja violência ou mortos na operação.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Bates Motel
O famoso personagem Norman Bates agora chega na TV. Imortalizado por Alfred Hitchcock no filme "Psicose" o perturbado psicopata agora ganha sua própria série. O interessante aqui é a chance que temos de acompanhar os primeiros anos da complicada relação entre Norman e sua mãe. Viúva, ela decide comprar um motel de beira de estrada numa execução judicial pois o antigo dono perdeu o lugar por não pagar a hipoteca para o banco. O empreendimento não parece muito promissor mas como ela e o filho não tem mesmo para onde ir resolvem arriscar. O cenário mantém a mesma caracterização que Hitchcock usou em seu famoso filme com os quartos decadentes embaixo e a velha casa no alto da pequena colina. Norman Bates é apenas um adolescente de 17 anos, tímido e com vontade de conhecer novos amigos na cidade. Sua mãe não é uma megera como muitas vezes pensamos ao ver os filmes no cinema, mas sim uma mulher relativamente normal que tenta levar de alguma forma em frente sua família após a morte do pai de Norman. Existe até mesmo um filho mais velho chamado Dylan.
O ator que interpreta Norman Bates é o jovem Freddie Highmore (o garotinho de "Em Busca da Terra do Nunca" e "A Fantástica Fábrica de Chocolate", entre outros). Gostei de sua caracterização, pois ele nos traz um Norman Bates já com sinais que o fariam famoso no cinema. Levemente incomodado, tímido, sem jeito de lidar com as demais pessoas. Já sua mãe, Norma Louise Bates, é interpretada pela sempre competente Vera Farmiga, atriz de extenso currículo incluindo "Amor Sem Escalas" e "Os Infiltrados". Ela como tantas outras estrelas de cinema também está tentando emplacar em séries de TV uma vez que esse mercado está cada vez mais atrativo para os atores que antes só brilhavam nas marquises das salas de exibição. O primeiro episódio de "Bates Motel" já antevê aos espectadores o que vem por aí. O pai de Norman está no porão, esfaqueado e morto (o roteiro não dá maiores detalhes sobre o que de fato aconteceu). Depois já vemos mãe e filho chegando em um velho motel para recomeçarem suas vidas. Embora comecem a se dar bem com os moradores da região um fato desagradável ocorre. O antigo proprietário vem tomar satisfações da família Bates pois não aceita que o lugar, que pertencia ao seu avô, fosse cair nas mãos de Norman e sua mãe. O que acontece a seguir já dá amostras do que virá pela frente. Enfim, fica a dica desse "Bates Motel", mais uma série interessante para se acompanhar na telinha.
Bates Motel (Idem, Estados Unidos, 2013) Criado por Anthony Cipriano / Direção: Tucker Gates / Roteiro: Robert Bloch, Anthony Cipriano, Carlton Cuse / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot / Sinopse: Prequel da famosa franquia "Psicose" do cinema. Aqui Norman Bates (Highmore) e sua mãe (Farmiga) chegam numa isolada região para assumir seu próprio negócio familiar, o Bates Motel.
Pablo Aluísio.
O ator que interpreta Norman Bates é o jovem Freddie Highmore (o garotinho de "Em Busca da Terra do Nunca" e "A Fantástica Fábrica de Chocolate", entre outros). Gostei de sua caracterização, pois ele nos traz um Norman Bates já com sinais que o fariam famoso no cinema. Levemente incomodado, tímido, sem jeito de lidar com as demais pessoas. Já sua mãe, Norma Louise Bates, é interpretada pela sempre competente Vera Farmiga, atriz de extenso currículo incluindo "Amor Sem Escalas" e "Os Infiltrados". Ela como tantas outras estrelas de cinema também está tentando emplacar em séries de TV uma vez que esse mercado está cada vez mais atrativo para os atores que antes só brilhavam nas marquises das salas de exibição. O primeiro episódio de "Bates Motel" já antevê aos espectadores o que vem por aí. O pai de Norman está no porão, esfaqueado e morto (o roteiro não dá maiores detalhes sobre o que de fato aconteceu). Depois já vemos mãe e filho chegando em um velho motel para recomeçarem suas vidas. Embora comecem a se dar bem com os moradores da região um fato desagradável ocorre. O antigo proprietário vem tomar satisfações da família Bates pois não aceita que o lugar, que pertencia ao seu avô, fosse cair nas mãos de Norman e sua mãe. O que acontece a seguir já dá amostras do que virá pela frente. Enfim, fica a dica desse "Bates Motel", mais uma série interessante para se acompanhar na telinha.
Bates Motel (Idem, Estados Unidos, 2013) Criado por Anthony Cipriano / Direção: Tucker Gates / Roteiro: Robert Bloch, Anthony Cipriano, Carlton Cuse / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot / Sinopse: Prequel da famosa franquia "Psicose" do cinema. Aqui Norman Bates (Highmore) e sua mãe (Farmiga) chegam numa isolada região para assumir seu próprio negócio familiar, o Bates Motel.
Pablo Aluísio.
Somos Marshall
Geralmente o público brasileiro ignora filmes sobre futebol americano até porque o esporte tem pouco (ou nenhum) atrativo para nós, que amamos o futebol (soccer para os americanos). Pois bem, não há nada de errado nisso afinal o esporte nacional de cada país é o reflexo de sua cultura. Mesmo assim não se deve deixar de lado bons filmes apenas porque suas tramas giram em torno dessa modalidade esportiva. Um bom exemplo é esse "Somos Marshall", um drama que merece ser conhecido. O roteiro foi baseado em uma história real. Em 1970 toda a equipe de futebol americano da Universidade de Marshall morreu em um terrível acidente de avião. Setenta e cinco vítimas ao total, entre jogadores, membros da equipe técnica, patrocinadores e torcedores. A tragédia comoveu os Estados Unidos a ponto da Universidade pensar seriamente em fechar definitivamente a equipe de futebol. A cidade por sua vez se dividiu. Para alguns (principalmente para os familiares dos mortos) a equipe deveria ser extinta em memória dos que morreram no acidente. Já para outra parcela eles deveriam seguir em frente, para não deixar morrer o sonho de um dia vencer o campeonato nacional.
Um reitor corajoso finalmente decidiu pela continuidade do time. Contratou um novo treinador, Jack Lengyel (Matthew McConaughey), e resolveu recomeçar tudo praticamente do zero. "Somos Marshall" conta a história desse complicado recomeço. Nem é preciso dizer como tudo foi difícil. Apenas três jogadores da equipe original ainda continuavam vivos por não terem viajado no vôo que matou todos os demais. Da equipe técnica apenas Red Dawson (Matthew Fox) escapou. Assim como a lenda do Fênix eles partiram do nada para formar uma novo time, tentando escalar atletas que conseguiam recrutar pela cidade, muitos deles novatos e provenientes de outros esportes como basquete, beisebol e até mesmo do nosso bom e velho soccer. Matthew McConaughey que interpreta o técnico que enfrenta toda a barra de reconstruir uma equipe do nada tem bons momentos em cena. Sempre com a boca torta, imitando o jeito caipira de ser da região, Matthew McConaughey ao lado do xará Matthew Fox segura o filme praticamente nas costas, sempre mantendo o interesse. Agora curioso mesmo é ver um diretor como McG, que praticamente só dirigiu bobagens ao longo da carreira (vide "As Panteras"), se sair bem em uma história tão dramática como essa! O resultado de fato é um bom drama que mostra acima de tudo que o melhor para se curar uma grande ferida emocional é partir para frente, seguir sempre rumo a novos desafios, tudo ancorado numa fé e esperança inabaláveis de que dias melhores sempre virão.
Somos Marshall (We Are Marshall, Estados Unidos, 2006) Direção: McG / Roteiro: Jamie Linden, Cory Helms / Elenco: Matthew McConaughey, Matthew Fox, Anthony Mackie, January Jones / Sinopse: Após a morte de toda uma equipe de futebol americano um reitor corajoso resolve contratar um novo técnico para recomeçar tudo do zero. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
Um reitor corajoso finalmente decidiu pela continuidade do time. Contratou um novo treinador, Jack Lengyel (Matthew McConaughey), e resolveu recomeçar tudo praticamente do zero. "Somos Marshall" conta a história desse complicado recomeço. Nem é preciso dizer como tudo foi difícil. Apenas três jogadores da equipe original ainda continuavam vivos por não terem viajado no vôo que matou todos os demais. Da equipe técnica apenas Red Dawson (Matthew Fox) escapou. Assim como a lenda do Fênix eles partiram do nada para formar uma novo time, tentando escalar atletas que conseguiam recrutar pela cidade, muitos deles novatos e provenientes de outros esportes como basquete, beisebol e até mesmo do nosso bom e velho soccer. Matthew McConaughey que interpreta o técnico que enfrenta toda a barra de reconstruir uma equipe do nada tem bons momentos em cena. Sempre com a boca torta, imitando o jeito caipira de ser da região, Matthew McConaughey ao lado do xará Matthew Fox segura o filme praticamente nas costas, sempre mantendo o interesse. Agora curioso mesmo é ver um diretor como McG, que praticamente só dirigiu bobagens ao longo da carreira (vide "As Panteras"), se sair bem em uma história tão dramática como essa! O resultado de fato é um bom drama que mostra acima de tudo que o melhor para se curar uma grande ferida emocional é partir para frente, seguir sempre rumo a novos desafios, tudo ancorado numa fé e esperança inabaláveis de que dias melhores sempre virão.
Somos Marshall (We Are Marshall, Estados Unidos, 2006) Direção: McG / Roteiro: Jamie Linden, Cory Helms / Elenco: Matthew McConaughey, Matthew Fox, Anthony Mackie, January Jones / Sinopse: Após a morte de toda uma equipe de futebol americano um reitor corajoso resolve contratar um novo técnico para recomeçar tudo do zero. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
O Sexto Dia
Adam Gibson (Arnold Schwarzenegger) parece ter uma vida perfeita. É bem casado, tem uma linda filha e trabalha no que gosta: viagens de turismo em alpes congelados para turistas endinheirados. Vivendo em um futuro próximo ele vê sua vida dar uma guinada após perceber que foi clonado! Ao chegar em casa depois de mais um dia de trabalho ele percebe que há um clone perfeito seu em sua festa de aniversário! Desnorteado, sem saber o que aconteceu ele começa a juntar as peças do quebra cabeças para compreender a nova e terrível situação pela qual passa! "O Sexto Dia" é mais uma ficção na filmografia de Arnold Schwarzenegger. Aqui o roteiro vai fundo investindo na questão da clonagem humana. Seu personagem vive em um mundo onde a clonagem já se tornou corriqueira - animais de estimação são clonados em menos de duas horas em lojas especializadas para evitar que as crianças fiquem traumatizadas com suas mortes! Existe uma lei em vigor chamada "Lei do Sexto Dia" que proíbe a clonagem em seres humanos mas como sempre acontece um cientista, o Dr. Griffin Weir (Robert Duvall), avança nesse campo sem se importar com questões legais, afinal de contas ele é patrocinado por um rico executivo que usa a clonagem como forma de imortalidade.
"O Sexto Dia" foi lançado no auge da polêmica da clonagem da ovelha Dolly. Como Hollywood não perde tempo logo aproveitou-se um pouco do debate que estava sendo feito na época para faturar mais nas bilheterias. O resultado porém é bem sem sal. Arnold Schwarzenegger acaba tendo que contracenar com Arnold Schwarzenegger - imaginem só! - pois seu clone acaba surgindo no meio da trama. Obviamente que uma situação dessas daria pano para explorar inúmeras possibilidades dentro da estória mas o roteiro é fraquinho e não vai muito adiante nesse aspecto. Ao invés de discutir questões éticas sobre clonagem humana "O Sexto Dia" prefere investir em uma sucessão de cenas de ação sem grande impacto. Aliás se um filme como esse não consegue nem mesmo atrair o espectador pela qualidade das cenas de ação então não sobra muita coisa para salvar a produção. O diretor Roger Spottiswoode parece estar no controle remoto não conseguindo alcançar o impacto desejado. Some a isso efeitos digitais que hoje parecem bem datados e ultrapassados e você terá um dos mais fracos momentos do ator Arnold Schwarzenegger no cinema.
O Sexto Dia (The 6th Day, Estados Unidos, 2000) Direção: Roger Spottiswoode / Roteiro: Cormac Wibberley, Marianne Wibberley / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Rapaport, Tony Goldwyn / Sinopse: No sexto dia da criação Deus criou o homem. Agora, com o avanço tecnológico o próprio homem, com o uso da clonagem, também pode criar cópias de si mesmo. É justamente isso que o piloto Adam Gibson (Arnold Schwarzenegger) acaba descobrindo da pior maneira possível.
Pablo Aluísio.
"O Sexto Dia" foi lançado no auge da polêmica da clonagem da ovelha Dolly. Como Hollywood não perde tempo logo aproveitou-se um pouco do debate que estava sendo feito na época para faturar mais nas bilheterias. O resultado porém é bem sem sal. Arnold Schwarzenegger acaba tendo que contracenar com Arnold Schwarzenegger - imaginem só! - pois seu clone acaba surgindo no meio da trama. Obviamente que uma situação dessas daria pano para explorar inúmeras possibilidades dentro da estória mas o roteiro é fraquinho e não vai muito adiante nesse aspecto. Ao invés de discutir questões éticas sobre clonagem humana "O Sexto Dia" prefere investir em uma sucessão de cenas de ação sem grande impacto. Aliás se um filme como esse não consegue nem mesmo atrair o espectador pela qualidade das cenas de ação então não sobra muita coisa para salvar a produção. O diretor Roger Spottiswoode parece estar no controle remoto não conseguindo alcançar o impacto desejado. Some a isso efeitos digitais que hoje parecem bem datados e ultrapassados e você terá um dos mais fracos momentos do ator Arnold Schwarzenegger no cinema.
O Sexto Dia (The 6th Day, Estados Unidos, 2000) Direção: Roger Spottiswoode / Roteiro: Cormac Wibberley, Marianne Wibberley / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Rapaport, Tony Goldwyn / Sinopse: No sexto dia da criação Deus criou o homem. Agora, com o avanço tecnológico o próprio homem, com o uso da clonagem, também pode criar cópias de si mesmo. É justamente isso que o piloto Adam Gibson (Arnold Schwarzenegger) acaba descobrindo da pior maneira possível.
Pablo Aluísio.
O Grande Gatsby
Anos 1920. Nick Carraway (Tobey Maguire) se forma na universidade de Yale e vai até Nova Iorque com o sonho de um dia tornar-se um grande escritor. Enquanto não escreve o livro que mudará sua vida resolve arranjar um emprego na bolsa de valores da cidade. Morando no outro lado da baía ele acaba ficando curioso sobre o seu vizinho, um milionário recluso e misterioso chamado Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio). Todas as semanas Gatsby dá grandes festas em sua enorme mansão, em eventos que acabam atraindo todos os tipos de pessoas de Nova Iorque, desde figurões, políticos, estrelas de cinema até gangsters ou qualquer um que queira diversão barata e em larga escala. Apenas Gatsby permanece envolto em uma sombra de mistério nesse clima de grande euforia. Isso faz com que vários boatos sejam espalhados sobre ele como a de que seria um espião alemão, um assassino famoso ou um representante do Kaiser. Nada disso porém se confirma. Intrigado pela curiosidade Nick então resolve conhecer a misteriosa figura. Convidado a uma das festas de Gatsby ele acaba entrando no mundo muito particular do milionário esbanjador e descobre, para sua surpresa, que ele tem especial interesse por sua prima, a doce e mimada Daisy Buchanan (Carey Mulligan), que mora do outro lado da baía. Casada com um herdeiro rico e rude, mal desconfia Nick que ela e Gatsby tem um passado em comum.
Aqui temos a mais nova adaptação para o cinema do famoso livro "O Grande Gatsby" escrito pelo genial F. Scott Fitzgerald. O texto é considerado uma das maiores obras primas da literatura mundial, tendo sido adaptado pelo cinema algumas vezes, sendo a mais conhecida a adaptação feita nos anos 70 com Robert Redford no papel principal. Essa nova incursão no universo de F. Scott Fitzgerald porém se mostra bem decepcionante. O diretor Baz Luhrmann (de "Moulin Rouge", "Austrália" e "Romeu + Julieta") imprime um ritmo um tanto histérico ao enredo, algo que não condiz com as intenções do autor original que sempre se mostrou muito fino, elegante e charmoso ao contar sua estória. E esse é um dos principais problemas dessa nova versão. Falta justamente essa elegância, esse mistério que é tão conhecido dos leitores de F. Scott Fitzgerald. Tentando modernizar o texto para agradar ao público jovem de hoje o cineasta perdeu a própria essência do livro original. Luhrmann tem à sua disposição uma produção luxuosa mas comete pecados em série. Em um deles imprime um ritmo frenético, tolo muitas vezes, para as situações. Também usa e abusa de computação gráfica, o que torna o filme artificial e sem veracidade. Por falar em ambientação histórica o cineasta querendo adotar uma postura moderninha inseriu várias canções atuais no meio do enredo, ignorando a rica música da época em detrimento de canções pop sem qualquer relevância. Para piorar o elenco também não está bem. Leonardo DiCaprio imprime ao seu Gatsby uma postura equivocada, onde sai o charme misterioso do personagem original para dar espaço a um inconsequente falastrão. Deu saudades de Robert Redford certamente. Carey Mulligan que sempre considerei uma boa atriz também não conseguiu passar para a tela as nuances psicológicas que movem Daisy. Outra coisa que dá nos nervos é a forma como Baz Luhrmann trata o espectador. Ele se propõe a contar todos os mínimos detalhes da trama em flashbacks desnecessários e bobinhos que nos levam a pensar que ele está convencido que o público que está vendo o filme é na verdade bem idiota para entender a trama. Enfim, temos aqui uma nova versão de Gatsby que ficou pelo meio do caminho, perdido em suas pretensões. Sempre fui da opinião de que se vai adaptar um grande livro para o cinema que o faça direito! Infelizmente não é o caso desse filme.
O Grande Gatsby (The Great Gatsby, Estados Unidos, 2013) Direção: Baz Luhrmann / Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce, baseados na obra de F. Scott Fitzgerald / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan, Joel Edgerton, Steve Bisley / Sinopse: Jovem aspirante a escritor, Nick (Maguire) acaba ficando fascinado pelo figura de seu vizinho, um milionário de passado misterioso chamado Gatsby (DiCaprio). Após uma aproximação ele acaba descobrindo que o ricaço tem um passado em comum com sua prima, Daisy (Mulligan).
Pablo Aluísio.
Aqui temos a mais nova adaptação para o cinema do famoso livro "O Grande Gatsby" escrito pelo genial F. Scott Fitzgerald. O texto é considerado uma das maiores obras primas da literatura mundial, tendo sido adaptado pelo cinema algumas vezes, sendo a mais conhecida a adaptação feita nos anos 70 com Robert Redford no papel principal. Essa nova incursão no universo de F. Scott Fitzgerald porém se mostra bem decepcionante. O diretor Baz Luhrmann (de "Moulin Rouge", "Austrália" e "Romeu + Julieta") imprime um ritmo um tanto histérico ao enredo, algo que não condiz com as intenções do autor original que sempre se mostrou muito fino, elegante e charmoso ao contar sua estória. E esse é um dos principais problemas dessa nova versão. Falta justamente essa elegância, esse mistério que é tão conhecido dos leitores de F. Scott Fitzgerald. Tentando modernizar o texto para agradar ao público jovem de hoje o cineasta perdeu a própria essência do livro original. Luhrmann tem à sua disposição uma produção luxuosa mas comete pecados em série. Em um deles imprime um ritmo frenético, tolo muitas vezes, para as situações. Também usa e abusa de computação gráfica, o que torna o filme artificial e sem veracidade. Por falar em ambientação histórica o cineasta querendo adotar uma postura moderninha inseriu várias canções atuais no meio do enredo, ignorando a rica música da época em detrimento de canções pop sem qualquer relevância. Para piorar o elenco também não está bem. Leonardo DiCaprio imprime ao seu Gatsby uma postura equivocada, onde sai o charme misterioso do personagem original para dar espaço a um inconsequente falastrão. Deu saudades de Robert Redford certamente. Carey Mulligan que sempre considerei uma boa atriz também não conseguiu passar para a tela as nuances psicológicas que movem Daisy. Outra coisa que dá nos nervos é a forma como Baz Luhrmann trata o espectador. Ele se propõe a contar todos os mínimos detalhes da trama em flashbacks desnecessários e bobinhos que nos levam a pensar que ele está convencido que o público que está vendo o filme é na verdade bem idiota para entender a trama. Enfim, temos aqui uma nova versão de Gatsby que ficou pelo meio do caminho, perdido em suas pretensões. Sempre fui da opinião de que se vai adaptar um grande livro para o cinema que o faça direito! Infelizmente não é o caso desse filme.
O Grande Gatsby (The Great Gatsby, Estados Unidos, 2013) Direção: Baz Luhrmann / Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce, baseados na obra de F. Scott Fitzgerald / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan, Joel Edgerton, Steve Bisley / Sinopse: Jovem aspirante a escritor, Nick (Maguire) acaba ficando fascinado pelo figura de seu vizinho, um milionário de passado misterioso chamado Gatsby (DiCaprio). Após uma aproximação ele acaba descobrindo que o ricaço tem um passado em comum com sua prima, Daisy (Mulligan).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Dublê de Corpo
Fazia bastante tempo que tinha assistido pela última vez a esse "Dublê de Corpo". Pensei até que não iria me lembrar de nada mas conforme fui vendo o filme a memória foi voltando. Essa película faz parte da fase mais inspirada da carreira de Brian De Palma. Suas intenções são facilmente entendidas, principalmente para os amantes da sétima arte. O roteiro se torna muito interessante para os cinéfilos por essa razão. O argumento sem dúvida é muito bom e brinca bastante com inúmeras referencias cinematográficas - em especial com os filmes de Alfred Hitchcock. O voyeurismo é claramente inspirado no clássico "Janela Indiscreta" e a trama é bem parecida com a de "Disque M para Matar". Eu sempre vi essa produção como uma grande e bela homenagem do diretor De Palma ao imortal mestre do suspense. O enredo mostra as dificuldades de um ator de filmes B em levar adiante sua carreira, cada vez mais apagada. Frustrado na vida profissional ele acaba desenvolvendo um fetiche em espionar uma mulher do apartamento vizinho ao seu. Ela também parece notar o interesse do vizinho bisbilhoteiro pois não se faz de tímida em ficar nua todas as noites na janela de seu quarto.
O que parecia ser um ato voyeur sem maiores consequências acaba desencadeando uma série de problemas pois o ator começa a desconfiar que a mulher alvo de suas espiadas noturnas na realidade corre sério risco de vida. Ele então decide seguir todos os passos dela, se vendo cada vez mais inserido dentro de uma complicada rede de mistérios e assassinatos no mundo da indústria adulta americana. Revelar mais seria equivocado de nossa parte pois esse é aquele tipo de filme que quanto menos se souber de antemão, melhor. Claro que aquele que vai assistir pela primeira vez irá se divertir muito mais uma vez que o roteiro aposta na surpresa para capturar o espectador de jeito. Para quem já viu, como eu, também não deixa de ser curioso rever um filme do mestre De Palma, no auge de sua criatividade artística. Pena que depois de uma década de bons filmes o diretor tenha entrado em franca decadência. Certa vez li um artigo em que o autor defendia a tese de que qualquer cineasta só tem no máximo uma década de auge criativo, decaindo logo após. Infelizmente o grande Brian De Palma parece confirmar essa teoria. De qualquer maneira se ainda não conhece não deixe de ver. É um dos melhores suspenses da década de 80, sem a menor sombra de dúvida.
Dublê de Corpo (Body Double, Estados Unidos, 1984) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Robert J. Avrech, Brian De Palma / Elenco: Craig Wasson, Melanie Griffith, Gregg Henry, Deborah Shelton, Guy Boyd / Sinopse: Em clima de suspense o diretor Brian De Palma conta a estoria de um ator fracassado que ao espiar sua vizinha do apartamento ao lado acaba entrando numa intrigada rede de assassinatos e crimes.
Pablo Aluísio.
O que parecia ser um ato voyeur sem maiores consequências acaba desencadeando uma série de problemas pois o ator começa a desconfiar que a mulher alvo de suas espiadas noturnas na realidade corre sério risco de vida. Ele então decide seguir todos os passos dela, se vendo cada vez mais inserido dentro de uma complicada rede de mistérios e assassinatos no mundo da indústria adulta americana. Revelar mais seria equivocado de nossa parte pois esse é aquele tipo de filme que quanto menos se souber de antemão, melhor. Claro que aquele que vai assistir pela primeira vez irá se divertir muito mais uma vez que o roteiro aposta na surpresa para capturar o espectador de jeito. Para quem já viu, como eu, também não deixa de ser curioso rever um filme do mestre De Palma, no auge de sua criatividade artística. Pena que depois de uma década de bons filmes o diretor tenha entrado em franca decadência. Certa vez li um artigo em que o autor defendia a tese de que qualquer cineasta só tem no máximo uma década de auge criativo, decaindo logo após. Infelizmente o grande Brian De Palma parece confirmar essa teoria. De qualquer maneira se ainda não conhece não deixe de ver. É um dos melhores suspenses da década de 80, sem a menor sombra de dúvida.
Dublê de Corpo (Body Double, Estados Unidos, 1984) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Robert J. Avrech, Brian De Palma / Elenco: Craig Wasson, Melanie Griffith, Gregg Henry, Deborah Shelton, Guy Boyd / Sinopse: Em clima de suspense o diretor Brian De Palma conta a estoria de um ator fracassado que ao espiar sua vizinha do apartamento ao lado acaba entrando numa intrigada rede de assassinatos e crimes.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Gente Grande
Se você acha divertido ver um bando de maridos gordos e entediados com a vida de casado e um monte de esposas insuportáveis tirando onda deles e fofocando o tempo todo então o seu filme é esse "Gente Grande". Simplesmente não dá. Eu sei que o Adam Sandler tem seus fãs mas é complicado engolir mais uma comédia sem graça dele. Agora ele deixou de sempre interpretar o jovem meio idiota para fazer personagens de adultos meio idiotas. Não mudou muita coisa. O título desse filme poderia muito bem ser mudado de "Gente Grande" para "Gente Grande (e chata)" pois é bem por aí mesmo. Tudo é muito fraco, meio ao acaso, com uma sucessão de piadas que não funcionam. A impressão que se tem é que apenas o elenco é que está se divertindo, pouco ligando para o público, que fica ali vendo o filme indo para lugar nenhum. Provavelmente as pessoas simpatizam com a pessoa do Sandler, porque artisticamente ele sinceramente não tem nada a oferecer para ninguém. Só isso explica o fato de uma comédia sem graça como essa fazer sucesso de bilheteria e - pasmem! - ganhar uma continuação!!!
A estorinha do filme? Bom, não há muito o que contar. O roteiro mais parece uma sucessão de improvisações dos atores (todos amigos entre si na vida real) do que qualquer outra coisa. Tudo soa do tipo "vamos juntar um monte de gente chata e ver no que isso vai dar". Bom, obviamente boa coisa não saí de uma premissa dessas não é mesmo? Mas vamos lá... Após a morte de um querido treinador de basquete dos tempos de colégio cinco bons amigos daqueles anos resolvem se reunir no feriadão de quatro de julho (dia da independência dos EUA) para relembrar os bons e velhos tempos. Pronto, é praticamente apenas isso e nada mais. Após assistir fica a pergunta: alguma coisa se salva no final? Não, infelizmente praticamente nada! Para rir de casais chatos e sem graça não precisa pagar entrada de cinema, basta olhar ao lado - certamente você em sua vida conhece alguém assim, não é mesmo? Após ver filmes como esse o único conselho que posso deixar é não perca seu tempo. Desligue a televisão e vá ler um livro, ou procure outro filme para assistir, vai ser melhor para sua vida.
Gente Grande (Grown Ups, Estados Unidos, 2010) Direção: Dennis Dugan / Roteiro: Adam Sandler, Fred Wolf / Elenco: Adam Sandler, Salma Hayek, Kevin James, Chris Rock, David Spade, Rob Schneider, Steve Buscemi / Sinopse: Após a morte de um querido treinador de basquete dos tempos de colégio cinco bons amigos daqueles anos resolvem se reunir no feriadão de quatro de julho (dia da independência dos EUA) para relembrar os bons e velhos tempos.
Pablo Aluísio.
A estorinha do filme? Bom, não há muito o que contar. O roteiro mais parece uma sucessão de improvisações dos atores (todos amigos entre si na vida real) do que qualquer outra coisa. Tudo soa do tipo "vamos juntar um monte de gente chata e ver no que isso vai dar". Bom, obviamente boa coisa não saí de uma premissa dessas não é mesmo? Mas vamos lá... Após a morte de um querido treinador de basquete dos tempos de colégio cinco bons amigos daqueles anos resolvem se reunir no feriadão de quatro de julho (dia da independência dos EUA) para relembrar os bons e velhos tempos. Pronto, é praticamente apenas isso e nada mais. Após assistir fica a pergunta: alguma coisa se salva no final? Não, infelizmente praticamente nada! Para rir de casais chatos e sem graça não precisa pagar entrada de cinema, basta olhar ao lado - certamente você em sua vida conhece alguém assim, não é mesmo? Após ver filmes como esse o único conselho que posso deixar é não perca seu tempo. Desligue a televisão e vá ler um livro, ou procure outro filme para assistir, vai ser melhor para sua vida.
Gente Grande (Grown Ups, Estados Unidos, 2010) Direção: Dennis Dugan / Roteiro: Adam Sandler, Fred Wolf / Elenco: Adam Sandler, Salma Hayek, Kevin James, Chris Rock, David Spade, Rob Schneider, Steve Buscemi / Sinopse: Após a morte de um querido treinador de basquete dos tempos de colégio cinco bons amigos daqueles anos resolvem se reunir no feriadão de quatro de julho (dia da independência dos EUA) para relembrar os bons e velhos tempos.
Pablo Aluísio.
Truque de Mestre
Quatro mágicos ilusionistas se encontram ao responderem a uma misteriosa convocação. Eles não sabem quem exatamente deseja entrar em contato com eles ou o que seu misterioso anfitrião pretende. Um ano depois o quarteto já se autodenomina Os Quatro Cavaleiros e estrelam um show de grande sucesso em Las Vegas. Numa noite em especial decidem realizar algo ousado e fora do comum. Eles prometem ao seu público que irão literalmente roubar um banco em Paris, mesmo sem saírem em nenhum momento do palco em Vegas. Impossível? Não para esses talentosos mestres da arte da magia (ou seria do truque?). Começa assim esse "Truque de Mestre", mais uma produção recente que explora o universo dos grandes mágicos nos EUA. No filme eles são representados por J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), um especialista em cartas e ilusões, não necessariamente nessa ordem; Henley Reeves (Isla Fisher), ex-assistente de palco de Atlas; Merritt McKinney (Woody Harrelson) um "mentalista" que afirma ler o pensamento das pessoas e finalmente Jack Wilder (Dave Franco), um misto de mágico de rua e trombadinha.
Para desmascarar o grupo surge o ex-mágico Thaddeus Bradley (Morgan Freeman) que agora ganha a vida revelando ao público os grandes truques dos mágicos mais famosos dos EUA. No começo ele fica realmente intrigado com os Quatro Cavaleiros mas aos poucos vai descobrindo todos os seus mais secretos truques. Como as "mágicas" da trupe sempre envolvem dinheiro, bancos e roubos, eles logo caem na mira da polícia, onde o investigador Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) tenta de todas as formas colocar as mãos nesses verdadeiros "artistas" da arte em desviar verdadeiras fortunas da noite para o dia. "Truque de Mestre" começa muito interessante. O roteiro aposta o tempo todo em uma trama inteligente, cheia de reviravoltas e surpresas para o espectador. O problema é que assim que os golpes vão sendo revelados a qualidade também decai. Acontece que as explicações são muito bobas, inverossímeis e sem nenhuma veracidade. O que parecia ser algo realmente inspirado vai aos poucos se revelando nada crível, forçado ao extremo. Certamente a produção tem bons momentos mas isso se dilui muito rapidamente. No elenco o destaque vai mais uma vez para Morgan Freeman. Basta sua presença para o espectador se esforçar mais em compreender tudo o que acontece. Pena que tanto estilo não esconda os inúmeros fios soltos que se sobressaem no desfecho do filme. Poderia ser muito melhor.
Truque de Mestre (Now You See Me, Estados Unidos, 2013) Direção: Louis Leterrier / Roteiro: Ed Solomon, Boaz Yakin / Elenco: Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Morgan Freeman, Michael Caine, Woody Harrelson, Isla Fisher, Dave Franco, Common / Sinopse: Quatro mágicos se unem e começam a aplicar grandes golpes em espetaculares shows em Las Vegas e Nova Iorque. A ousadia do grupo logo chama a atenção da polícia, do FBI e da Interpol.
Pablo Aluísio.
Para desmascarar o grupo surge o ex-mágico Thaddeus Bradley (Morgan Freeman) que agora ganha a vida revelando ao público os grandes truques dos mágicos mais famosos dos EUA. No começo ele fica realmente intrigado com os Quatro Cavaleiros mas aos poucos vai descobrindo todos os seus mais secretos truques. Como as "mágicas" da trupe sempre envolvem dinheiro, bancos e roubos, eles logo caem na mira da polícia, onde o investigador Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) tenta de todas as formas colocar as mãos nesses verdadeiros "artistas" da arte em desviar verdadeiras fortunas da noite para o dia. "Truque de Mestre" começa muito interessante. O roteiro aposta o tempo todo em uma trama inteligente, cheia de reviravoltas e surpresas para o espectador. O problema é que assim que os golpes vão sendo revelados a qualidade também decai. Acontece que as explicações são muito bobas, inverossímeis e sem nenhuma veracidade. O que parecia ser algo realmente inspirado vai aos poucos se revelando nada crível, forçado ao extremo. Certamente a produção tem bons momentos mas isso se dilui muito rapidamente. No elenco o destaque vai mais uma vez para Morgan Freeman. Basta sua presença para o espectador se esforçar mais em compreender tudo o que acontece. Pena que tanto estilo não esconda os inúmeros fios soltos que se sobressaem no desfecho do filme. Poderia ser muito melhor.
Truque de Mestre (Now You See Me, Estados Unidos, 2013) Direção: Louis Leterrier / Roteiro: Ed Solomon, Boaz Yakin / Elenco: Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Morgan Freeman, Michael Caine, Woody Harrelson, Isla Fisher, Dave Franco, Common / Sinopse: Quatro mágicos se unem e começam a aplicar grandes golpes em espetaculares shows em Las Vegas e Nova Iorque. A ousadia do grupo logo chama a atenção da polícia, do FBI e da Interpol.
Pablo Aluísio.
Sexta-Feira 13
No começo da década de 80 surgiu nos cinemas um filme que marcaria época nos anos seguintes, dando origem a uma das mais longas e produtivas franquias da história do cinema americano. Era "Sexta-Feira 13", o primeiro do que seria uma fila sem fim de produções usando como personagem principal o psicopata imortal Jason (uma miscelânea de vários serial killers da vida real com seus problemas emocionais, afetivos tudo desembocando para uma explosão de violência insana e sem sentido). Como não poderia deixar de ser tudo começa numa sexta-feira 13 de 1958. Em um acampamento de verão localizado na bonita região de Crystal Lake um casal de namorados é morto de forma misteriosa. Assim que a notícia se espalha o local ganha fama de amaldiçoado pelos moradores da região. Vinte anos depois um sujeito sem noção tem a péssima ideia de reabrir o local, dando reinicio a muitas mortes em série. É curioso perceber que um filme como "Sexta-Feira 13" não teria espaço em um grande estúdio de Hollywood se fosse lançado algumas décadas antes. Sua proposta era a de mostrar violência explícita, algo que seria inaceitável nos anos 60, por exemplo.
A partir do começo dos anos 70 as coisas começaram a mudar. Várias fitas apelavam para a violência mais crua e selvagem. "O Massacre das Serra Elétrica", por exemplo, não poupava mais o espectador. Era violento além dos limites. Isso acabou dando origem a um novo filão de filmes de terror denominados pela crítica da época de "slasher". Embora violentos as produções dessa época ainda estavam longe do banho de sangue que vemos atualmente em filmes como "Jogos Mortais" mas já eram considerados extremamente fortes na época de seus lançamentos. O diferencial sobre "Sexta-Feira 13" sobre tantos outros filmes semelhantes da época era que havia um grande estúdio por trás, a Paramount, que apostava no filme como um novo "Psicose", afinal o tema sobre psicopatas sangrentos não saía da mídia e sempre despertava o interesse do grande público. Tentando capitalizar essa audiência o estúdio investiu pesado em propaganda e divulgação e o resultado comercial não decepcionou. O lucro foi espetacular pois o filme custou meros 500 mil dólares (principalmente por ter um elenco de desconhecidos e produção barata) e faturou apenas em seu ano de estreia a bagatela de quase 40 milhões de dólares - um êxito espetacular para uma película de terror nesse estilo. O diretor e roteirista Sean S. Cunningham que vinha de uma sucessão de filmes inexpressivos tirou a sorte grande. Ao criar junto de seu roteiristas o personagem Jason Voorhees mal sabia ele que estava dando vida a um dos psicopatas mais famosos da cultura pop! Imortal é pouco em se tratando de Jason.
Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Estados Unidos, 1980) Direção: Sean S. Cunningham / Roteiro: Sean S. Cunningham, Victor Miller / Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor, Kevin Bacon / Sinopse: Em um isolado e distante acampamento de verão uma série de mortes começam a confirmar a maldição que ronda o lugar.
Pablo Aluísio.
A partir do começo dos anos 70 as coisas começaram a mudar. Várias fitas apelavam para a violência mais crua e selvagem. "O Massacre das Serra Elétrica", por exemplo, não poupava mais o espectador. Era violento além dos limites. Isso acabou dando origem a um novo filão de filmes de terror denominados pela crítica da época de "slasher". Embora violentos as produções dessa época ainda estavam longe do banho de sangue que vemos atualmente em filmes como "Jogos Mortais" mas já eram considerados extremamente fortes na época de seus lançamentos. O diferencial sobre "Sexta-Feira 13" sobre tantos outros filmes semelhantes da época era que havia um grande estúdio por trás, a Paramount, que apostava no filme como um novo "Psicose", afinal o tema sobre psicopatas sangrentos não saía da mídia e sempre despertava o interesse do grande público. Tentando capitalizar essa audiência o estúdio investiu pesado em propaganda e divulgação e o resultado comercial não decepcionou. O lucro foi espetacular pois o filme custou meros 500 mil dólares (principalmente por ter um elenco de desconhecidos e produção barata) e faturou apenas em seu ano de estreia a bagatela de quase 40 milhões de dólares - um êxito espetacular para uma película de terror nesse estilo. O diretor e roteirista Sean S. Cunningham que vinha de uma sucessão de filmes inexpressivos tirou a sorte grande. Ao criar junto de seu roteiristas o personagem Jason Voorhees mal sabia ele que estava dando vida a um dos psicopatas mais famosos da cultura pop! Imortal é pouco em se tratando de Jason.
Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Estados Unidos, 1980) Direção: Sean S. Cunningham / Roteiro: Sean S. Cunningham, Victor Miller / Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor, Kevin Bacon / Sinopse: Em um isolado e distante acampamento de verão uma série de mortes começam a confirmar a maldição que ronda o lugar.
Pablo Aluísio.
domingo, 25 de agosto de 2013
O Detonador
Sonni Griffith (Wesley Snipes) é um agente da CIA com uma nova missão: assegurar em segurança a ida para os EUA da testemunha Nadia Kaminski (Silvia Colloca) que está na mira de uma perigosa rede de traficantes internacionais. Sua localização porém logo chega aos ouvidos dos criminosos que fazem de tudo para eliminar Sonni e sua protegida. O vazamento logo demonstra que a informação muito provavelmente partiu da própria agência de inteligência dos Estados Unidos. Lutando contra tudo e todos o jogo da sobrevivência se torna muito mais perigoso para ele. "O Detonador" é mais um fita de ação estrelado pelo ator Wesley Snipes. A produção, bem modesta e simplória, não conseguiu abrir espaço dentro do mercado americano, não chegando a ser exibida nos cinemas, indo parar diretamente no mercado de venda direta ao consumidor.
Não é de se admirar que isso tenha acontecido. Embora tenha protagonizado muitos filmes populares principalmente na década anterior o fato é que a carreira de Wesley Snipes foi decaindo cada vez mais nos últimos anos, até o ponto em que ele estrelou filmes desse tipo, sem qualquer repercussão maior, nem entre os admiradores do gênero. Os problemas legais que enfrentou também não ajudaram em nada numa pretensa retomada rumo ao sucesso perdido. Devendo uma verdadeira fortuna ao fisco americano o ator acabou tendo que dividir seu tempo entre os sets de filmagens e os tribunais. Na ânsia de ganhar dinheiro rápido, em pouco tempo ele acabou se sujeitando a entrar em projetos como esse, que no fundo não tem qualquer interesse. Mesmo assim se você curte o trabalho de Snipes então dê uma chance. Certamente não encontrará nada de muito relevante mas pelo menos não deixará passar mais essa fitinha em sua carreira. Afinal fã que é fã encara não apenas os bons momentos mas os maus também...
O Detonador (The Detonator, Estados Unidos, 2006) / Direção: Po-Chih Leong / Roteiro: Martin Wheeler / Elenco: Wesley Snipes, Silvia Colloca, Tim Dutton, William Hope, Matthew Leitch, Bogdan Uritescu / Sinopse: Agente da CIA (Snipes) tenta manter viva uma importante informante e testemunha que será peça chave na prisão de um poderoso grupo internacional de tráfico de drogas.
Pablo Aluísio.
Não é de se admirar que isso tenha acontecido. Embora tenha protagonizado muitos filmes populares principalmente na década anterior o fato é que a carreira de Wesley Snipes foi decaindo cada vez mais nos últimos anos, até o ponto em que ele estrelou filmes desse tipo, sem qualquer repercussão maior, nem entre os admiradores do gênero. Os problemas legais que enfrentou também não ajudaram em nada numa pretensa retomada rumo ao sucesso perdido. Devendo uma verdadeira fortuna ao fisco americano o ator acabou tendo que dividir seu tempo entre os sets de filmagens e os tribunais. Na ânsia de ganhar dinheiro rápido, em pouco tempo ele acabou se sujeitando a entrar em projetos como esse, que no fundo não tem qualquer interesse. Mesmo assim se você curte o trabalho de Snipes então dê uma chance. Certamente não encontrará nada de muito relevante mas pelo menos não deixará passar mais essa fitinha em sua carreira. Afinal fã que é fã encara não apenas os bons momentos mas os maus também...
O Detonador (The Detonator, Estados Unidos, 2006) / Direção: Po-Chih Leong / Roteiro: Martin Wheeler / Elenco: Wesley Snipes, Silvia Colloca, Tim Dutton, William Hope, Matthew Leitch, Bogdan Uritescu / Sinopse: Agente da CIA (Snipes) tenta manter viva uma importante informante e testemunha que será peça chave na prisão de um poderoso grupo internacional de tráfico de drogas.
Pablo Aluísio.
A Morte do Demônio
Cinco jovens acabam chegando numa cabana abandonada no meio da floresta. O lugar parece estar vazio há muitos anos mas algo chama a atenção de alguns deles. Um velho gravador e um livro chamado "Livro dos Mortos" acabam virando o foco da conversa. Ao ligar o velho gravador eles começam a ouvir uma narração em uma língua estranha que desconhecem. Em pouco tempo entenderão que acabaram de libertar poderosas forças do mal. Pouco a pouco cada um dos jovens começa a ser possuído, exceto Nash, que terá que lutar com as armas que possui contra todas essas manifestações sobrenaturais. Começa assim "Evil Dead" um dos maiores clássicos do terror americano. Filme rodado com produção mais do que modesta que acabou agradando em cheio ao público por causa de sua crueza temática e fortes imagens de possessão e delírio. Claro que por ter sido tão imitado por tantos anos o primeiro filme "A Morte do Demônio" pode ser considerado ultrapassado e datado nos dias de hoje mas isso depende do ponto de vista de cada um.
O curioso é que não apenas os atores eram jovens mas o diretor também. Sam Raimi tinha apenas 22 anos quando começou a filmar "Evil Dead" com apenas 600 mil dólares, uma quantia irrisória para os padrões de Hollywood. Com custo mínimo e contando com a ajuda dos atores - que eram todos seus amigos - ele acabou revolucionando o gênero que andava sem criatividade e ideias inovadoras desde "O Exorcista". Raimi usou ousadas tomadas de cena e levou até as últimas consequências a chamada visão subjetiva, que colocava o espectador praticamente dentro do enredo. O filme causou polêmica em seu lançamento chegando a ser proibido em alguns países europeus, entre eles a Inglaterra, mas ganhou status de cult quando finalmente chegou no mercado de vídeo. Revisto hoje em dia mantém o impacto, tanto que chegou a dar origem a duas sequências e a um remake, mas todos eles empalidecem diante desse "Evil Dead" original que sem dúvida é um grande filme de terror.
A Morte do Demônio (Evil Dead, Estados Unidos, 1981) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Sam Raimi / Elenco: Bruce Campbell, Ellen Sandweiss, Richard DeManincor / Sinopse: Cinco jovens acabam libertando terríveis forças do mal em uma cabana isolada no meio da floresta.
Pablo Aluísio.
O curioso é que não apenas os atores eram jovens mas o diretor também. Sam Raimi tinha apenas 22 anos quando começou a filmar "Evil Dead" com apenas 600 mil dólares, uma quantia irrisória para os padrões de Hollywood. Com custo mínimo e contando com a ajuda dos atores - que eram todos seus amigos - ele acabou revolucionando o gênero que andava sem criatividade e ideias inovadoras desde "O Exorcista". Raimi usou ousadas tomadas de cena e levou até as últimas consequências a chamada visão subjetiva, que colocava o espectador praticamente dentro do enredo. O filme causou polêmica em seu lançamento chegando a ser proibido em alguns países europeus, entre eles a Inglaterra, mas ganhou status de cult quando finalmente chegou no mercado de vídeo. Revisto hoje em dia mantém o impacto, tanto que chegou a dar origem a duas sequências e a um remake, mas todos eles empalidecem diante desse "Evil Dead" original que sem dúvida é um grande filme de terror.
A Morte do Demônio (Evil Dead, Estados Unidos, 1981) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Sam Raimi / Elenco: Bruce Campbell, Ellen Sandweiss, Richard DeManincor / Sinopse: Cinco jovens acabam libertando terríveis forças do mal em uma cabana isolada no meio da floresta.
Pablo Aluísio.
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