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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Truque de Mestre

Quatro mágicos ilusionistas se encontram ao responderem a uma misteriosa convocação. Eles não sabem quem exatamente deseja entrar em contato com eles ou o que seu misterioso anfitrião pretende. Um ano depois o quarteto já se autodenomina Os Quatro Cavaleiros e estrelam um show de grande sucesso em Las Vegas. Numa noite em especial decidem realizar algo ousado e fora do comum. Eles prometem ao seu público que irão literalmente roubar um banco em Paris, mesmo sem saírem em nenhum momento do palco em Vegas. Impossível? Não para esses talentosos mestres da arte da magia (ou seria do truque?). Começa assim esse "Truque de Mestre", mais uma produção recente que explora o universo dos grandes mágicos nos EUA. No filme eles são representados por J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), um especialista em cartas e ilusões, não necessariamente nessa ordem; Henley Reeves (Isla Fisher), ex-assistente de palco de Atlas; Merritt McKinney (Woody Harrelson) um "mentalista" que afirma ler o pensamento das pessoas e finalmente Jack Wilder (Dave Franco), um misto de mágico de rua e trombadinha.

Para desmascarar o grupo surge o ex-mágico Thaddeus Bradley (Morgan Freeman) que agora ganha a vida revelando ao público os grandes truques dos mágicos mais famosos dos EUA. No começo ele fica realmente intrigado com os Quatro Cavaleiros mas aos poucos vai descobrindo todos os seus mais secretos truques. Como as "mágicas" da trupe sempre envolvem dinheiro, bancos e roubos, eles logo caem na mira da polícia, onde o investigador Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) tenta de todas as formas colocar as mãos nesses verdadeiros "artistas" da arte em desviar verdadeiras fortunas da noite para o dia. "Truque de Mestre" começa muito interessante. O roteiro aposta o tempo todo em uma trama inteligente, cheia de reviravoltas e surpresas para o espectador. O problema é que assim que os golpes vão sendo revelados a qualidade também decai. Acontece que as explicações são muito bobas, inverossímeis e sem nenhuma veracidade. O que parecia ser algo realmente inspirado vai aos poucos se revelando nada crível, forçado ao extremo. Certamente a produção tem bons momentos mas isso se dilui muito rapidamente. No elenco o destaque vai mais uma vez para Morgan Freeman. Basta sua presença para o espectador se esforçar mais em compreender tudo o que acontece. Pena que tanto estilo não esconda os inúmeros fios soltos que se sobressaem no desfecho do filme. Poderia ser muito melhor.

Truque de Mestre (Now You See Me, Estados Unidos, 2013) Direção: Louis Leterrier / Roteiro: Ed Solomon, Boaz Yakin / Elenco: Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo,  Morgan Freeman, Michael Caine, Woody Harrelson, Isla Fisher, Dave Franco, Common / Sinopse: Quatro mágicos se unem e começam a aplicar grandes golpes em espetaculares shows em Las Vegas e Nova Iorque. A ousadia do grupo logo chama a atenção da polícia, do FBI e da Interpol.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Fúria de Titãs

Vamos aos fatos. Fui assistir hoje Fúria de Titãs. Pensei que iria ser horrível mas para minha surpresa não foi. Esse filme é um blockbuster que se assume como tal. Os produtores sabiam bem disso e fizeram sim um filme pipoca mas pelo menos tiveram o bom senso de não torrar nossa paciência com um filme enorme e sem fim (como Avatar). A duração é rápida (pouco mais de uma hora e meia de duração) e vai logo direto ao ponto. Assim não chega a aborrecer. A produção tem bons efeitos especiais, um roteiro que faz uma mistureba de mitologia grega e nórdica, atuações sem importância e um final com um monstro colossal. Bem ao gosto do público adolescente de hoje. É um produto de consumo rápido e descartável, não há como negar, mas pelo menos não é pretensioso e nem tenta ser o que efetivamente não é. Fica muito longe do charme do filme original que foi lançado no começo da década de 80 e não tem nenhum grande nome no elenco como aquele. Em essência é quase um videogame para falar a verdade, só faltando mesmo a interação com o jogador / espectador. 

Como cinema ele tem vários outros pontos fracos que podem ser citados. O principal foi não terem sido fiéis à mitologia grega. De posse desses efeitos especiais o filme seria muito interessante se tivesse seguido à risca a mitologia original, principalmente para quem gosta do tema como eu. O design da Medusa não me agradou totalmente. Parece uma serpente mas curiosamente mantém a beleza de seu rosto, tal como era antes de ser amaldiçoada pelos deuses (um dos poucos pontos do roteiro que segue mais de perto com a mitologia original). Por falar em deuses todos estão fracos nesse filme: Zeus e Hades são decepções, principalmente em termos de atuação (todo mundo no controle remoto). E cadê o meu querídissimo Poseidon? Esqueceram dele. Hermes também foi ignorado, logo ele que é vital na mitologia de Perseu. Mas isso seria pedir demais dos executivos de Hollywood. Diverte sim, mas só se você for com expectativas baixas (como foi o meu caso). 

Fúria de Titãs (Clash of the Titans, Estados Unidos, 2010) Direção: Louis Leterrier / Roteiro: Travis Beacham, Phil Hay / Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes / Sinopse: Perseu (Sam Worthington) é o filho bastardo do grande Zeus (Liam Neeson) e terá que provar toda sua força e poder contra um terrível monstro mitológico.  

Pablo Aluísio.