domingo, 1 de maio de 2022
A Filha Perdida
O grande tema desse roteiro é a discussão entre maternidade e vida profissional. Algumas mulheres sofrem muito para conciliar esses dois aspectos da vida. No caso de Leda ela tem duas filhas e ao mesmo tempo tenta entrar em um mercado de trabalho muito competitivo que é o mundo acadêmico e universitário. Tem que se esforçar muito, estudar muito, mas como fazer isso com duas filhas pequenas? Outro tema em discussão é que muitas mulheres simplesmente não possuem vocação para serem mães. A sociedade muitas vezes impõe isso a elas, como pressão social, gerando mulheres infelizes e frustradas. A personagem interpretada pela atriz Dakota Johnson vem para reforçar que isso atravessa gerações, não apenas no passado, mas no presente também. Ela é uma jovem mãe e não está nada satisfeita com esse papel.
Um filme que gostei, tanto do ponto de vista da proposta do roteiro como também pela bela interpretação de todo o elenco feminino. Aliás duas das atrizes que atuam no filme foram indicadas ao Oscar, algo raro de acontecer. Jessie Buckley, que interpreta a personagem principal em sua época de juventude, foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Já a velha Leda, interpretada por uma ótima Olivia Colman, rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. Nada mal para um filme que discute a mulher, em fases diferentes da vida e os desafios que surgem pela frente.
A Filha Perdida (The Lost Daughter, Estados Unidos, 2021) Direção: Maggie Gyllenhaal / Roteiro: Maggie Gyllenhaal / Elenco: Olivia Colman, Jessie Buckley, Dakota Johnson, Ed Harris, Peter Sarsgaard / Sinopse: A vida de uma mulher, uma professora universitária, em dois momentos distintos de sua vida. Quando jovem e mãe de duas crianças pequenas e na fase da maturidade quando tenta encontrar paz e tranquilidade numa viagem de férias na Grécia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Olivia Colman), melhor atriz coadjuvante (Jessie Buckley) e melhor roteiro adaptado (Maggie Gyllenhaal).
Pablo Aluísio.
Fonte da Vida
Título Original: The Fountain
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky
Elenco: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Sean Patrick Thomas, Mark Margolis, Stephen McHattie, Donna Murphy
Sinopse:
Três linhas narrativas correm em paralelo na tela. Na primeira, durante o descobrimento das Américas, um explorador tenta achar a fonte da vida. Na outra, no presente, um homem tenta salvar a vida de sua mulher que está morrendo de câncer. Na terceira e última, no futuro, um astronauta entra em crise existencial.
Comentários:
Consultando meus arquivos pude constatar que assisti a esse filme no cinema em 2006. Não era para tanto. É um filme com muita pretensão, mas com resultados bem modestos ao meu ver. O diretor Darren Aronofsky faz um cinema para poucos, aquele tipo de filme que já é lançado com pretensões altas de se tornar um cult movie. Então os roteiros são interligados com muitos diálogos existencialistas e coisas do tipo. Para alguns soa como cinema de grande e alta cultura, mas para outros apenas torna o filme bem chato e arrastado. De minha parte apreciei em termos, muito embora tenha achado bem errado a escalação do ator Hugh Jackman para esse elenco. Nada contra, gosto de seu trabalho, mas essa não é sua praia. Já sua colega Rachel Weisz está em seu tipo habitual de filme.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 29 de abril de 2022
Os Olhos de Tammy Faye
Eles ficaram tão ricos com as doações dos que assistiam seus programas que logo compraram sua própria emissora de televisão. O problema é que com dinheiro demais, vem também os excessos. A Tammy usava um estilo que eu só poderia qualificar como "brega evangélica americana". Sempre com roupas luxuosas, maquiagem excessiva e muita ostentação de riquezas, com os dedos lotados de diamantes. Além disso havia mansões, carros luxuosos e tudo o que dinheiro podia comprar. Mensagem de Jesus? Esqueça, o negócio era ter muita grana mesmo! Com uma personagem tão extravagante assim a atriz Jessica Chastain conseguiu realizar aquele que talvez seja a melhor interpretação de sua carreira. Acabou sendo premiada com o Oscar de melhor atriz. Prêmio mais do que merecido.
Voltemos aos fatos. O fisco americano começou a ficar de olho no casal e aí já sabe. Descobriu-se que eles pediam dinheiro para construir casas para os mais pobres, mas que no fundo usavam o dinheiro em benefício próprio. A grana era gasta mesmo em suas vidas de luxos. O FBI bateu em cima e aí o império começou a ruir. A Tammy ainda conseguiu uma sobrevida porque era cantora gospel (daquelas bem bregas) e sempre teria como se sustentar. O problema é que o marido, que posava de senhor da moralidade, eram também um homossexual por trás das cortinas. A Tammy Faye já faleceu, mas deixou um legado bem negativo no mundo religioso dos EUA. Seu único aspecto positivo, pelo que vi no filme, foi que ela tentou combater o preconceito contra homossexuais dentro do mundo evangélico americano. Fora isso deixou discos bregas gospel e muita teologia da prosperidade na cabeça dos seguidores, algo que se repete à todo vapor no Brasil dos dias atuais. Que legado ruim, hein Tammy...
Os Olhos de Tammy Faye (The Eyes of Tammy Faye, Estados Unidos, 2021) Direção: Michael Showalter / Roteiro: Abe Sylvia / Elenco: Jessica Chastain, Andrew Garfield, Vincent D'Onofrio, Mark Wystrach / Sinopse: O filme conta a história da vida da pastora Tammy Faye; De origem humilde, ela se tornou fabulosamente rica ao lado do marido ao espalhar a teologia da prosperidade em programas de TV nos Estados Unidos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor maquiagem e cabelo e melhor atriz (Jessica Chastain).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Clean
Bom filme de ação. O clima é soturno, sombrio. Não há sorrisos nesse "Clean". Ninguém é feliz. A direção de fotografia do filme escolheu tonalidades cinzentas, justamente para combinar com o estado espiritual do protagonista, um sujeito que tenta uma redenção na vida depois de muitos crimes cometidos no passado. Ele agora leva uma vida de trabalhador pobre, um lixeiro, que de vez em quando recolhe pedaços de coisas que usa para consertar, vendendo tudo em uma loja de penhores de um amigo, também ex criminoso, que vai tentando viver uma vida honesta, pero no mucho. Um filme bom, cru e por isso até mesmo visceral. Vale a pena assistir.
Clean (Estados Unidos, 2021) Direção: Paul Solet / Roteiro: Paul Solet, Adrien Brody / Elenco: Adrien Brody, Glenn Fleshler, Richie Merritt, Chandler DuPont / Sinopse: Sujeito com passado criminoso tenta levar uma nova vida de honestidade, trabalhando como lixeiro de uma grande cidade. Só que os velhos tempos parecem estar de volta após uma briga violenta com uma gangue de adolescentes marginais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 27 de abril de 2022
Halo
Essa é uma franquia milionária do mundo dos games que agora ganha adaptação em forma de série. Por algum tempo houve uma certa dúvida por parte dos produtores se haveria um filme para o cinema ou uma série para o mundo do streaming. Venceu a última opção. É uma produção em conjunto entre a Paramount e a Amblin, o estúdio de Steven Spielberg. Era algo aguardado pelos fãs do game. A pergunta que fica no ar é simples: Ficou boa a adaptação? Pelo primeiro episódio podemos dizer que pelo menos há uma bela produção envolvida.
O episódio já começa com um grande combate envolvendo aliens gigantescos e brutais e rebeldes em um campo distante, de um planeta desconhecido. Curiosamente para salvar os rebeldes surge, bem no meio da batalha, os soldados Spartans, que são inimigos na realidade da ala rebelde, mas que resolve se unir a eles contra o inimigo comum, a raça de aliens que deseja dominar o universo. O roteiro também explora a crise existencial que se instala na mente de um Spartan, um tipo de guerreiro meio homem, meio máquina, que tem seu passado como ser humano apagado. No caso aqui ele começa a recordar sua infância, o que pode se tornar um grande problema operacional. Ele é uma máquina de guerra, não uma pessoa cheia de sentimentos. Bom primeiro episódio, vamos ver se a série mantém essa qualidade nos episódios que estão por vir.
Halo (Estados Unidos, 2022) Episódio: Contact / Direção: Otto Bathurst / Roteiro: Kyle Killen. Steve kane / Elenco: Pablo Schreiber, Shabana Azmi, Natasha Culzac / Sinopse: No primeiro episódio um acampamento das força rebeldes é atacado por aliens fortemente armados. Para salvá-los da destruição uma tropa de Sparans entre no front de batalha. Série baseada na famosa linha de games.
Pablo Aluísio.
Guia de Episódios:
Halo 1.02 - Unbound
Nesse episódio o soldado Spartan Master Chief vai até um planeta onde vivem renegados e fugitivos da lei. Ele reencontra um velho conhecido, um sujeito que decidiu fugir do programa Spartan anos atrás. Ele quer respostas, sobre o que exatamente seria o artefato que pegou naquela caverna sombrio. Descobre que se trata de uma arma, um artefato que não é um mero objeto, mas um poderoso conector com mentes. E ele descobre isso ao consultar um sujeito com problemas mentais, que diz a ele que aquilo na verdade seria uma poderosa arma nas mãos dos inimigos. Se cair nas mãos erradas, quem poderá vencê-los? / Halo 1.02 - Unbound (Estados Unidos, 2022) Direção: Otto Bathurst / Roteiro: Kyle Kullen / Elenco: Pablo Schreiber, Shabana Azmi, Natasha Culzac.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 26 de abril de 2022
Crepúsculo de Uma Raça
Esse filme de John Ford foi uma espécie de pedidos de desculpas do cineasta para com o povo nativo dos Estados Unidos. Durante anos ele filmou filmes de western usando os indígenas como vilões e selvagens. Nesse filme ele decidiu que também iria mostrar o outro lado, o lado das nações nativas da América. O filme é assim dividido em três atos bem claros. No primeiro temos a fuga dos Cheyennes da reserva deserta e hostil para onde foram levados. No segundo ato, passado na cidade de Dodge City, há um pânico quando moradores descobrem que os índios estão chegando a na última parte vemos o desfecho, a conclusão da história.
Embora seja um filme muito bom ele se torna irregular por causa do segundo ato, em Dodge City. James Stewart aqui interpreta o xerife Wyatt Earp, mas tudo em tom de comédia, de humor, o que destoa do restante do filme. Quando eles saem em perseguição dos índios no deserto tudo parece um episódio de Corrida Maluca. Algo que quebra o ritmo sério e concentrado do restante do filme. O que diabos tinha John Ford na cabeça quando rodou esse segundo ato? Felizmente o filme retoma sua seriedade inicial na terceira e última parte, quando os indígenas chegam em um forte do exército americano. Ali eles esperam um tratamento adequado para seres humanos. Esperam que o governo americano encontre uma solução para eles. Quem se destaca nessa última parte é o veterano ator Edward G. Robinson. Ele interpreta o secretário do interior Carl Schurz, um homem justo e humano.
Então é isso. Temos aqui um filme que quase foi estragado pelo próprio John Ford na sua equivocada decisão de inserir humor em um filme com temática séria demais para esse tipo de coisa. O western assim se vale das duas partes (inicial e final) para se assumir como grande obra cinematográfica. Há elementos demais a se pensar nesse roteiro, de como o governo dos Estados Unidos foi injusto e cruel com os índios daquele país. Uma dívida história que pensando bem até hoje não foi devidamente paga!
Crepúsculo de Uma Raça (Cheyenne Autumn, Estados Unidos, 1964) Direção: John Ford / Roteiro: James R. Webb, Howard Fast / Elenco: Richard Widmark, James Stewart, Edward G. Robinson, Karl Malden, Ricardo Montalban, Carroll Baker, Sal Mineo, Dolores del Rio, Patrick Wayne, Gilbert Roland / Sinopse: O filme conta a história da fuga de um enorme grupo de índios da nação Cheyenne de uma reserva deserta dada pelo governo dos Estados Unidos. Assim que eles deixam a reserva passam a ser perseguidos pela cavalaria, dando origem a diversos confrontos e conflitos. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de fotografia (William H. Clothier). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Gilbert Roland).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Gilda
Título Original: Gilda
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Charles Vidor
Roteiro: E.A. Ellington, Jo Eisinger
Elenco: Rita Hayworth, Glenn Ford, George Macready, Joseph Calleia, Steven Geray, Joe Sawyer
Sinopse:
Gilda (Rita Hayworth) é uma dançarina de clubes noturnos que acaba se envolvendo com um influente dono de cassinos. Só que seu coração não pertence apenas a ele, pois ela também tem interesses em outro homem, dando origem a um perigoso triângulo amoroso.
Comentários:
O que torna um filme um clássico do cinema ou um cult movie? Veja o caso desse "Gilda". Lançado no período do pós-guerra era para ser apenas um filme B da Columbia, uma produção sem maiores pretensões a não ser faturar bem com a beleza e o sex appeal da atriz Rita Hayworth. A crítica da época achou o filme apenas mediano, mas com o passar dos anos "Gilda" foi se tornando cada vez mais cultuado, até chegar no patamar que temos hoje. É um dos filmes mais cultuados da história do cinema americano. Entendo que seu estilo que flerta com o cinema noit e a presença exuberante de Rita tenha contribuído para isso tudo, mas ao meu ver o filme não é tão grandioso como se pode pensar. É um bom filme, não me entenda mal, mas não fica entre as grandes Obras-Primas. Ao que me parece o filme deve muito à figura de Rita Hayworth, linda e sensual cantando "Put Blame on Me", insinuando um striptease, em erotismo suave inédito na época. Fora isso é apenas um filme normal, nada de muito memorável.
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de abril de 2022
Batman
O assassino se auto denomina Charada. É um tipo psicótico que publica seus vídeos nas redes sociais e ganha seguidores com sua mensagem insana de justiça pelas próprias mãos. Nada lhe escapa. Ele mata o prefeito, depois o promotor de Gotham e não parece parar mais. A corrupção parece infiltrada por todos os segmentos de Gotham. E justamente as autoridades que deveriam combater o crime parecem trabalhar por ele. Porém o Charada quer mais. Ele planeja destruir a cidade em um grande evento trágico final.
Esse novo filme do Batman enfrentou diversos problemas durante as filmagens e depois para chegar nos cinemas. O filme teve as filmagens suspensas por um tempo por causa da pandemia e depois seu lançamento foi adiado várias vezes pela mesma causa. A Warner que havia investido milhões de dólares na produção do filme não poderia se arriscar, tinha que lançar o filme no momento certo. Só mais recentemente é que finalmente "The Batman" chegou nas telas de cinema com excelentes resultados. Até o momento o filme já faturou 750 milhões de dólares, ganhando elogios da crítica especializada. Nada mal.
A boa notícia para os fãs é que se trata de um filme muito bom. Eu particularmente acredito que filmes de super-heróis já estão bem saturados no cinema, mas esse aqui funciona muito bem. O roteiro explora o lado mais de detetive do Batman, algo que vem de encontro com suas origens. Nada mais adequado para quem surgiu inicialmente nas páginas de uma revista chamada Detective Comics, Além disso é de se elogiar um filme que optou pela sobriedade. É o filme mais sóbrio do Batman. É um filme tenso, escuro e bem realista se formos pensar bem. O Charada não se parece em nada com o personagem original que foi interpretado por Jim Carrey no passado. Esse aqui é pura insanidade, um tipo mais do que psicótico. Com isso o filme funciona excepcionalmente bem. É desde já a melhor adaptação dos quadrinhos desse ano. Merece todos os elogios.
Batman (The Batman, Estados Unidos, 2022) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Matt Reeves, Peter Craig. baseados no universo criado por Bob Kane / Elenco: Robert Pattinson, Jeffrey Wright, Paul Dano, Colin Farrell, Zoë Kravitz, John Turturro, Andy Serkis, Peter Sarsgaard / Sinopse: Milionário traumatizado pela morte dos pais assume a identidade de Batman nas noites escuras de Gotham City. Agora ele vai precisar resolver um caso envolvendo a morte de diversos figurões da cidade. O assassino se autodenomina Charada, mas quem será ele?
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de abril de 2022
Nenhum Passo em Falso
Título Original: 52 Pick-Up
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: John Steppling
Elenco: Roy Scheider, Ann-Margret, Kelly Preston, Vanity, John Glover, Alex Henteloff, Clarence Williams
Sinopse:
Um homem bem sucedido, bem casado, passa a ser chantageado por criminosos envolvidos com o submundo sórdido e cruel da pornografia clandestina e ilegal. Roteiro baseado em obra de Elmore Leonard.
Comentários:
Caso raro de filme produzido pela Cannon com ótimo diretor e elenco acima da média. Quem poderia prever que um cineasta como John Frankenheimer iria trabalhar nessa companhia? O mesmo vale para a dupla central de atores, Roy Scheider e Ann-Margret, dois veteranos consagrados por sua carreira no passado. A bela presença de Kelly Preston, bem jovem e cheia de charme também é um item positivo do filme. Apesar do talentoso trio o filme se revelou bem fraco, com enredo que muitas vezes não convence muito. Talvez o próprio roteiro não tenha ajudado muito, apesar de ser uma adaptação de um romance policial escrito por Elmore Leonard. De qualquer forma é um daqueles filmes dos anos 80 que até merece ser assistido. Não é um grande filme, mas pelos nomes envolvidos merece ao menos ser conhecido.
Pablo Aluísio.
O Colecionador
Título Original: The Collector
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: William Wyler
Roteiro: John Kohn, Stanley Mann
Elenco: Terence Stamp, Samantha Eggar, Mona Washbourne, Kenneth More, William Beckley
Sinopse:
Freddie Clegg (Terence Stamp) é um pacato e tímido bancário que tem como hobby colecionar belas borboletas, de todas as cores. Um dia acaba ganhando uma pequena fortuna na loteria. A partir daí ele decide colecionar outro tipo de espécie!
Comentários:
Com roteiro baseado no romance de suspense escrito por John Fowles, esse filme é considerado ao lado de "Psicose" um dos melhores sobre esse tema envolvendo assassinos seriais. O personagem principal é um tipo que parece bem inofensivo. Quando se vê rico decide colocar para fora toda a sua crueldade escondida por anos e anos. Ele que sempre teve fixação por borboletas decide colecionar mulheres jovens e bonitas. Para isso compra uma casa isolada no campo e constrói uma jaula no porão. E é para lá que ele leva uma bela garota, uma mulher que ele teve uma paixão platônica por muito tempo. É uma sondagem bem estranha da mente humana, aqui em direção do veterano cineasta William Wyler, demonstrando uma versatilidade admirável pelo tema do roteiro. Nada que pudesse lembrar de seus grandes filmes do passado. Por fim não poderia deixar de elogiar o trabalho de Terence Stamp. Ele interpreta o perturbado sujeito de uma maneira realmente excepcional. Digno de todos os aplausos!
Pablo Aluísio.