Na categoria ator coadjuvante (que estava mais acirrada do que a de ator principal) o premiado foi Brad Pitt por "Era uma Vez em… Hollywood". Não era o meu preferido, mas não fiquei chateado por sua premiação. Ele está de fato muito bem no filme de Tarantino. Pelo visto dar uma surra em Bruce Lee foi um negócio e tanto para ele. O ator, que só havia sido premiado antes por "Doze Macacos" ficou claramente tocado pela premiação. Até se viu pedindo desculpas aos demais concorrentes que ele chamou de "Deuses da atuação". O bom e velho Pitt merece, tenho que dizer.
E por falar em Quentin Tarantino ele levou prêmios importantes na noite. O Globo de Ouro de Melhor Roteiro prova mais uma vez que o diretor é mesmo o rei das referências da cultura pop. Seu filme aliás é mais um exemplo disso. Só achei que deixaram de dizer algumas palavras em memória da atriz Sharon Tate. Ela não foi lembrada nos discursos e nem nas entrevistas. Furo complicado de entender. Russell Crowe foi premiado por "The Loudest Voice", porém ele não compareceu na cerimônia. O ator está na Austrália, tentando ajudar no desastre natural que se abate sobre seu país. Mandou um texto de conscientização sobre as mudanças climáticas globais. Foi algo bem conveniente.
Em termos de atrizes também surgiram surpresas. Renée Zellweger venceu por "Judy – Muito Além do Arco-Íris". É uma espécie de retorno após uma fase muito ruim na carreira e na vida pessoal. Achei sua aparência bem melhor. Ela passou por uma série de cirurgias de reconstrução de seu antigo rosto e os resultados ficaram bons. Não é a mesma loirinha do passado, mas pelo menos agora podemos reconhecer ela de novo! Laura Dern foi também premiada como atriz coadjuvante por "História de um Casamento". Ela interpretou a advogada da esposa no filme. Essa produção também derrapou feio na premiação. E era o segundo filme favorito da noite, ao lado de Scorsese. Por fim tivemos homenagens a Tom Hanks (um sujeito muito bacana, com uma filmografia espetacular) e Ellen DeGeneres (que sempre considerei muito forçada e sem graça). Assim tivemos uma noite de erros e acertos. Nada muito diferente do que acontece também no Oscar.
Pablo Aluísio.