domingo, 20 de julho de 2014

A Face do Mal

Título no Brasil: A Face do Mal
Título Original: Haunt
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: QED International, Revolver Pictures
Direção: Mac Carter
Roteiro: Andrew Barrer
Elenco: Jacki Weaver, Liana Liberato, Harrison Gilbertson

Sinopse:
Como a própria narração do filme explica, se trata de uma história de fantasmas e como toda história de fantasma tudo começa com uma grande e velha casa isolada. Lá ocorreu uma tragédia no passado, onde praticamente toda uma família foi morta, restante apenas a mãe, aterrorizada. Anos depois o lugar é colocado à venda. Uma nova família se decide então mudar para o casarão, o que definitivamente não será uma boa ideia.

Comentários:
O roteiro me lembrou imediatamente da franquia "Amityville". Pense, é praticamente o mesmo argumento - família sofre uma tragédia numa velha casa amaldiçoada, nova família se muda para lá e o terror recomeça. É algo que anda saturado em filmes de terror, para falar a verdade. A nota positiva é que realmente tentaram fazer um filme com esse estilo mais antigo, da velha escola. Essa escolha acaba se revelando a melhor coisa da produção. A estética e a fotografia também se destacam, dando origem a alguns bons (embora poucos) sustos verdadeiros. Como casas velhas fazem muitos ruídos (naturais e sobrenaturais) os roteiristas aproveitaram bastante esses elementos para dar arrepios no público. Só não gosto muito dessa coisa de deixar a cena em completo silêncio para depois tudo explodir em um som ensurdecedor, até porque isso não é susto real, vindo do suspense do filme, mas susto pelo susto, que pode acontecer com qualquer um, a todo momento. Já para o público mais adolescente há ainda espaço para um namorico entre dois jovens, um deles o rapaz que acaba de se mudar para aquela casa mal assombrada e uma jovem que tem problemas com seu pai e mora ali por perto. Ah, e antes que me esqueça os fãs de monstros também vão curtir pois o design das criaturas é bem feita. No geral fica um pouquinho acima da média do que se tem feito no estilo nos últimos tempos, mas só um pouquinho mesmo. De qualquer maneira ainda vale a locação ou o ingresso caso você esteja a fim de levar uns sustinhos de noite.

Pablo Aluísio.

Bad Ass 2

Título no Brasil: Bad Ass 2
Título Original: Bad Ass 2 - Bad Asses
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Craig Moss
Roteiro: Craig Moss
Elenco: Danny Trejo, Danny Glover, Andrew Divoff

Sinopse:
Três anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Frank Vega (Danny Trejo) segue levando sua vida em frente. Ele trabalha como treinador em uma academia de boxe e aposta todas as suas fichas em um jovem garoto, muito promissor no esporte. Não demora muito e Vega o transforma em seu pupilo. Os sonhos de um futuro melhor para ele porém acabam quando é encurralado à noite por uma quadrilha de traficantes. Esfaqueado, é deixado para morrer agonizante no meio da rua. Frank Vega fica desolado com a covardia do crime e resolve ir atrás dos bandidos para um acerto de contas final.

Comentários:
Bom, se você gostou do primeiro "Bad Ass" muito provavelmente gostará desse aqui também. O mesmo vale se odiou o original - nesse caso obviamente fique o mais longe possível. Essa sequência foi lançada diretamente para o mercado de venda direta ao consumidor americano. O orçamento é enxuto (meros cinco milhões de dólares) e o roteiro formulaico. De certa forma se apóia completamente no carisma de Danny Trejo, que está aos poucos ocupando o vácuo deixado por astros de filmes de ação do passado, como se fosse um novo Charles Bronson, só que em uma versão latina. Ao seu lado temos ainda a boa participação de Danny Glover, aqui interpretando um dono de loja 24 horas que apesar da idade se revela um sujeito durão, bom de briga e de taco (sim, ele usa tacos de hockey para derrubar seus adversários). Curiosamente sobrou até para os nossos queridos hermanos pois a gangue de traficantes é na verdade um grupo que trabalha no consulado argentino em Los Angeles... quem diria! Em suma, um action movie com muita pancadaria, roteiro simples e diversão. Se as porradas de Danny Trejo lhe divertem, nem pense duas vezes e vá fundo hombre!

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de julho de 2014

Jogos Patrióticos

Título no Brasil: Jogos Patrióticos
Título Original: Patriot Games
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: W. Peter Iliff
Elenco: Harrison Ford, Sean Bean, Anne Archer

Sinopse:
Jack Ryan (Harrison Ford) acaba se envolvendo em uma complicada rede de complôs, envolvendo membros revolucionários irlandeses que planejam cometer o maior atentado terrorista da história do Reino Unido. Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor lançamento em DVD.

Comentários:
O personagem Jack Ryan foi criado pelo autor Tom Clancy, que resolveu adaptar alguns aspectos das fantasiosas estórias de James Bond para o mundo atual, onde sai o charmoso agente inglês e entra um agente americano envolvido em inúmeras tramas envolvendo a CIA. Ryan assim vive em um mundo bem mais pé no chão que Bond, mas mesmo tentando ser o mais realista possível ainda enfrenta grandes desafios, geralmente salvando o mundo no fim de mais um dia duro de trabalho. Como já tive a oportunidade de escrever antes, esse é um dos melhores filmes com Jack Ryan. Até mesmo Harrison Ford está bem no papel (ele voltaria a encarnar o personagem novamente em "Perigo Real e Imediato" dois anos depois). Há um ótimo enredo, uma trama muito bem bolada e ótimas cenas de suspense e ação. Mostra que o gênero filme de espionagem não morreu com o fim da guerra fria na virada dos anos 80 para os 90. O diretor australiano Phillip Noyce também conseguiu unir inteligência com movimentação de uma forma que anda cada vez mais rara em Hollywood.

Pablo Aluísio.

Acima de Qualquer Suspeita

Título no Brasil: Acima de Qualquer Suspeita
Título Original: Presumed Innocent
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Frank Pierson
Elenco: Harrison Ford, Raul Julia, Greta Scacchi

Sinopse:
Quando a assistente de promotoria Carolyn Polhemus (Greta Scacchi) é violentamente assassinada, o promotor Rusty Sabich (Harrison Ford) é designado para solucionar o caso. O problema é que Rusty tinha um caso extra-conjugal com ela e isso pode se tornar um enorme escândalo caso a imprensa venha a descobrir isso. Por essa razão Rusty começa a apagar os indícios que o ligam até Carolyn, algo que depois lhe causará inúmeros problemas.

Comentários:
Existe um filme com o mesmo nome lançado em 2009 com Michael Douglas. Obviamente não é sobre ele que estamos tratando aqui, mas sim esse bom thriller de suspense, estrelado por Harrison Ford, com roteiro baseado no best seller escrito pelo autor Scott Turow. De certa maneira esse enredo sempre me lembrou de "Sem Saída" um filme dos anos 80 com Kevin Costner onde ele tinha que liderar uma investigação em que ele acabava virando o principal suspeito. Harrison Ford aqui surge com um personagem semelhante, o que garante o interesse até o fim. Ele aliás ainda estava na crista da onda, no auge de sua popularidade, colecionando sucessos de bilheteria em série. Afinal de contas ele tinha acabado de atuar no blockbuster "Indiana Jones e a Última Cruzada", o que acabou garantindo uma bilheteria muito boa para esse filme que o sucedeu no circuito comercial. O veterano Alan J. Pakula já havia dirigido coisas bem melhores como as obras primas "Todos os Homens do Presidente" e "A Escolha de Sofia", mas mesmo assim mantém um bom nível. No saldo final é uma de suas obras menores, mas que ainda merece a indicação.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Justa Causa

Título no Brasil: Justa Causa
Título Original: Just Cause
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Arne Glimcher
Roteiro: Jeb Stuart 
Elenco: Sean Connery, Laurence Fishburne, Kate Capshaw, Blair Underwood, Ed Harris, Scarlett Johansson, Ned Beatty 

Sinopse:
Bobby Earl (Underwood) é um condenado prestes a ser executado no corredor da morte quando, em desespero, pede ajuda a um conceituado professor de direito de Harvard, Paul Armstrong (Sean Connery). Após estudar o processo e todo o procedimento jurídico que levou Earl rumo em direção à cadeira elétrica, Armstrong descobre que pistas importantes foram ignoradas e provas afastadas, tudo com o objetivo de condenar e usar Earl como um conveniente bode expiatório da polícia e da justiça.

Comentários:
Baseado na obra de John Katzenbach, esse é outro interessante filme da carreira de Sean Connery que anda meio esquecido. Traz um bom roteiro que é particularmente indicado para estudantes de direito em geral. Segundo o autor, o livro que deu origem ao filme foi parcialmente inspirado em fatos reais mas ele, por motivos legais, mudou o nome dos principais personagens. O professor de Harvard inclusive é um famoso legalista no meio jurídico dos Estados Unidos. Interessante notar que a Warner apostou no inexpressivo cineasta Arne Glimcher para dirigir esse filme que prometia bastante. Diretor de apenas três outros filmes (a grande maioria bobagens como "Os Reis do Mambo" e "Prenda-me se Puder!") fica complicado entender porque um filme com Sean Connery no elenco não contou com alguém mais experiente na direção. Isso infelizmente se reflete no desenvolvimento da trama que perde o pique inúmeras vezes, causando um certo tédio e desconforto no espectador. "Just Cause" só não se torna um filme ruim por causa da sempre carismática presença de Sean Connery e da boa trama que se desenrola em seu enredo, porque se fosse depender exclusivamente de seu diretor era certo que naufragaria completamente em seus méritos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Sol Nascente

Título no Brasil: Sol Nascente
Título Original: Rising Sun
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Philip Kaufman
Roteiro: Philip Kaufman
Elenco: Sean Connery, Wesley Snipes, Harvey Keitel

Sinopse:
Nos escritórios de uma empresa japonesa, durante uma festa, uma mulher, que é, evidentemente, uma amante profissional, é encontrada morta, aparentemente depois de algum tipo de ritual violento. Um detetive da polícia, Web Smith (Snipes), é chamado para investigar, mas antes de chegar lá, recebe um telefonema de seu superior que lhe instrui para ir acompanhado de John Connor (Connery), um ex-capitão da polícia e especialista em assuntos japoneses. Quando chegam ao lugar do crime, Web e Connor descobrem que há algo terrível por trás daquele assassinato.

Comentários:
Nos anos 1990 os japoneses desembarcaram em Hollywood com a intenção de adquirir as ações dos grandes grupos de entretenimento da costa oeste. Conseguiram mesmo tomar a direção de vários deles, alguns praticamente falidos, e fundaram a poderosa Sony Pictures, que até hoje desempenha papel de ponta dentro do circuito comercial americano de cinema. Essa verdadeira "invasão" despertou o brio patriótico de certos grupos e a consequência disso foi o lançamento de vários filmes em que os japoneses desempenhavam o papel de vilões sem alma. "Rising Sun" veio nessa onda ufanista. Baseado no livro de sucesso do autor de best sellers Michael Crichton, o filme era mais uma tentativa branca de vilanizar os habitantes da terra do sol nascente. O que mais me admirou nessa fita porém nem foi isso, mas sim o fato de ter sido dirigida pelo cineasta cult Philip Kaufman. Para quem dirigiu filmes "cabeça" como "A Insustentável Leveza do Ser" e "Henry & June - Delírios Eróticos", assinar algo assim, tão comercial, soava quase como uma heresia.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Acerto de Contas

Título no Brasil: Acerto de Contas
Título Original: The Big Easy
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Jim McBride
Roteiro: Daniel Petrie Jr.
Elenco: Dennis Quaid, Ellen Barkin, Ned Beatty

Sinopse:
O detetive do departamento de homicídio de New Orleans, Remy McSwain (Dennis Quaid), precisa desvendar uma série de assassinatos violentos supostamente cometidos por uma gangue de criminosos, ao mesmo tempo em que tem que lidar com a bela, sensual mas perigosa Anne Osborne (Ellen Barkin), que trabalha na procuradoria do estado, sempre em busca de tiras corruptos da corporação.

Comentários:
Já que estamos falando do Dennis Quaid essa é uma boa oportunidade para lembrar desse filme policial estrelado pelo ator nos anos 80. Essa é a típica fitinha que fazia sucesso em locadoras de vídeo VHS. Bem realizada, com trama inteligente e esperta e muito clima ao estilo 80´s, cheio de jogo de sombras e linguagem de videoclip. Curiosamente com os anos o filme foi ganhando um imprevisto status cult que se preserva até os dias atuais. Também pudera, Dennis Quaid nunca esteve melhor do que aqui, na pele do detetive Remy McSwain! E o que falar de Ellen Barkin no auge da beleza e sensualidade? Sinceramente em seus bons tempos a Barkin foi uma das mulheres mais sensuais do cinema americano, colocando literalmente fogo nos filmes em que atuava. Ela nunca foi um símbolo de beleza perfeita, mas tinha um olhar de arrasar! A boa direção ficou com o cineasta Jim McBride, que muita gente pensa ser da Irlanda mas que nasceu mesmo em Nova Iorque. Ele voltaria a trabalhar com Quaid logo após em "A Fera do Rock", aquela cinebiografia em ritmo de histórias em quadrinhos sobre o roqueiro veterano Jerry Lee Lewis. Então é isso, o filme já não é tão fácil de achar hoje em dia, mas merece o garimpo.

Pablo Aluísio.

O Vôo da Fênix

Título no Brasil: O Vôo da Fênix
Título Original: Flight of the Phoenix
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Moore
Roteiro: Lukas Heller, Scott Frank
Elenco: Dennis Quaid, Miranda Otto, Giovanni Ribisi

Sinopse:
Um avião sofre uma pane sob o deserto da Mongólia, deixando seus tripulantes completamente isolados e sem possibilidade de serem resgatados. Para sobreviver eles precisam consertar a aeronave, algo que não será muito fácil por causa dos danos sofridos. Some-se a isso a presença de perigosos mercenários na região e você terá uma fórmula explosiva que pode levar tudo para os ares em questão de minutos.

Comentários:
Remake do clássico "The Flight of the Phoenix" de 1965 com James Stewart, Richard Attenborough e Peter Finch sob direção de Robert Aldrich. Se o primeiro filme foi muito celebrado (levando duas indicações ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante - Ian Bannen - e Melhor Edição) esse aqui, como todo remake, não tem muita razão de ser. O roteiro é praticamente o mesmo, sem maiores novidades, e tudo se resume em tentar trazer aquele bom enredo sob uma verniz moderna. Não funciona muito bem pelo simples fato de que filmes assim eram ideais para uma determinada época do cinema americano, onde os valores eram outros. De qualquer maneira se você nunca assistiu ao filme original e esteja em busca de algo diferente para ver em sua programação da tv a cabo pode ser uma boa opção. O clima de aventura aliada ao bom trabalho de fotografia de Brendan Galvin (o mesmo de "Atrás das Linhas Inimigas" e "Imortais") consegue manter o mínimo de interesse do espectador.

Pablo Aluísio.

Arquivo X - Eu Quero Acreditar

Título no Brasil: Arquivo X - Eu Quero Acreditar
Título Original: The X Files - I Want to Believe
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Carter
Roteiro: Frank Spotnitz, Chris Carter
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Billy Connolly

Sinopse:
Muitos anos depois do encerramento da divisão Arquivo X do FBI uma série de estranhas mortes começam a ocorrer numa região rural e isolada da Virgínia. Mulheres desaparecem e depois seus corpos são encontrados mutilados ao longo de uma rodovia. Para solucionar o caso novamente são chamados os ex-agentes Fox Mulder e Dra. Dana Scully, que não parecem muito empolgados de reviver seu passado.

Comentários:
A série "The X-Files" foi um marco da TV americana. Em seu auge alguns episódios eram bem melhores do que muitos filmes em cartaz. Além do excelente nível técnico havia o carisma dos dois protagonistas e temas de realismo fantástico que caíram imediatamente no gosto do público americano. Obviamente que em seu final a série foi perdendo qualidade gradualmente, mas antes que isso acontecesse tentaram levar os agentes mais famosos do FBI para as telas de cinema em "Arquivo X: O Filme" (1998). O resultado não foi o esperado embora o filme seja considerado interessante. Dez anos depois, já com a série cancelada, tentaram novamente com esse "Arquivo X - Eu Quero Acreditar". Embora tenha sido dirigido pelo criador da série, Chris Carter, não achei um filme digno de levar a marca "Arquivo X". Há problemas no roteiro, que não consegue tomar um rumo satisfatório, e o elenco também surge pouco compromissado. David Duchovny, que largou a série para tentar uma carreira no cinema (em vão), não parece muito empolgado em voltar para seu personagem Fox Mulder. Assim no final das contas essa produção só serviu mesmo para deixar saudades nos fãs da série, que era de fato excepcional (principalmente nas três primeiras temporadas).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Poder Absoluto

Título no Brasil: Poder Absoluto
Título Original: Absolute Power
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: David Baldacci, William Goldman
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Ed Harris, Laura Linney 

Sinopse:
Luther Whitney (Clint Eastwood) é um ladrão profissional que decide roubar a mansão de um bilionário americano em Barbados. Bem no meio do "serviço" acaba percebendo que há um casal no local, na verdade a jovem esposa do ricaço nas mãos de seu amante. Mal sabe Luther que o homem na realidade é o próprio presidente dos Estados Unidos, Allen Richmond (Gene Hackman), que fará de tudo para que todas as pistas de sua presença no lugar sejam apagadas, inclusive riscar do mapa o próprio Luther Whitney!

Comentários:
Um dos raros filmes dirigidos por Clint Eastwood que não foram bem sucedidos na bilheteria. Não chegou a ser propriamente um fracasso comercial, mas tampouco se revelou um investimento lucrativo. No geral apenas cobriu seus custos e nada mais. A primeira coisa que chama atenção aqui é a associação da produtora de Clint (Malpaso Productions) com a Castle Rock que é especializada mesmo em filmes de terror B. Uma sociedade pouco provável, no mínimo. De qualquer maneira mesmo dirigindo em uma companhia menor, Clint conseguiu reunir um elenco e tanto, só formado por feras como Gene Hackman e Ed Harris que muito provavelmente só aceitaram o convite por causa do prestígio de Clint em Hollywood. Essa conclusão é a que chegamos ao reconhecermos que o roteiro não é o forte do filme. Aliás "Absolute Power" é muito na média para um filme dirigido por Clint. Talvez por isso muitos tenham achado mesmo uma grande decepção. Não diria que chega a isso, apenas que é um policial sem surpresas, que se rende muito facilmente aos mais batidos clichês do gênero. De qualquer forma como é Clint na direção vale a pena ver pelo menos uma vez na vida.

Pablo Aluísio.

Marcas do Destino

Título no Brasil: Marcas do Destino
Título Original: Mask
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Bogdanovich
Roteiro: Anna Hamilton Phelan
Elenco: Cher, Eric Stoltz, Sam Elliott

Sinopse:
Roy L.'Rocky' Dennis (Eric Stoltz) é um adolescente americano que sofre de uma rara síndrome que faz com que seus ossos cresçam além do normal. Isso desfigura seu rosto e praticamente destrói sua vida social. Ao lado da sua corajosa mãe 'Rusty' Dennis (Cher) ele porém decide levar uma vida normal como a de todo rapaz de sua idade. Roteiro baseado numa história real. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Maquiagem.

Comentários:
Quando Cher resolveu deixar o mundo da música de lado para tentar uma carreira de atriz em Hollywood muitos criticaram. Havia certamente uma dose enorme de preconceito envolvido em muitas das críticas que lhe eram feitas. Algo visto como algo natural nos Estados Unidos já que astros da música que vão para as telas de cinema sempre são criticados, alguns até de forma severa. Pois bem, de todos os filmes que Cher realizou esse é certamente o meu preferido. Especialmente indicado para quem considera ela apenas como uma figura bizarra e sem talento dramático. Cher brilha no papel de Florence 'Rusty' Dennis, a mãe de um jovem com um sério problema de saúde que o deixa deformado. Sinceramente poucas vezes assisti a uma interpretação tão naturalmente inspirada como essa. O interessante é que ela, que até aquele momento era vista apenas como uma piada, deu um baile em seus críticos e acabou sendo indicada ao prestigiado Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz. Eric Stoltz também foi indicado, mostrando que mesmo sob pesada maquiagem ainda era possível se desenvolver um belo trabalho de atuação. Em suma, filme tocante, sincero e muito emocionante. Um dos melhores dramas da década de 1980. Para rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Quicksilver - O Prazer de Ganhar

Título no Brasil: Quicksilver - O Prazer de Ganhar
Título Original: Quicksilver
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Thomas Michael Donnelly
Roteiro: Thomas Michael Donnelly
Elenco: Kevin Bacon, Jami Gertz, Paul Rodriguez

Sinopse:
Jack Casey (Kevin Bacon) é um yuppie do mercado de ações que se considera um gênio em sua area. Depois de uma decisão equivocada sua carreira desce a ladeira (em um ambiente tão competitivo não há espaço para o perdão). Tentando refazer sua vida ele se une a uma pequena empresa de entregas, que usa bicicletas para evitar os grandes engarrafamentos da cidade de San Francisco. O sucesso do negócio logo se revela uma boa opção para se ganhar muito dinheiro na visão de Casey.

Comentários:
Depois do grande sucesso do musical "Footloose - Ritmo Louco", Kevin Bacon realizou o bom telefilme "Mister Roberts" e então voltou ao cinema nesse "Quicksilver - O Prazer de Ganhar". Bom, quem conhece Kevin Bacon de longa data (categoria na qual me enquadro) sabe que o ator viveu duas fases em sua vida. A primeira quando era apenas um jovem dançante, que realizava produções para a juventude dos anos 80, e outra quando começou a fazer filmes e dramas bem mais relevantes. Esse faz parte da primeira etapa de sua carreira. Bacon é praticamente apenas um garotão em um enredo que explora um esporte radical e muito popular entre a galera da época, o ciclismo. O filme é muito simpático e também despretensioso ao máximo. No Brasil foi lançado diretamente no mercado de vídeo VHS (confesso que não me recordo se ganhou as telas no cinema comercial). Mesmo assim não obteve muito sucesso, nem entre suas fãs de "Footloose". Cá entre nós, uma injustiça pois é uma diversão honesta e que cumpre bem seus objetivos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Pompeia

Título no Brasil: Pompeia
Título Original: Pompeii
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Constantin Film International
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Janet Scott Batchler, Lee Batchler
Elenco: Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Emily Browning, Kiefer Sutherland

Sinopse:
Após ter seu povo vencido no campo de batalha por tropas romanas, o jovem Milo (Kit Harington) se torna escravo de um rico comerciante. Como desde cedo mostra ter muito talento com a espada logo é enviado para os campos de treinamento de gladiadores. Se destacando nas arenas é então escolhido para participar dos jogos principais em Pompeia. O que poucos percebem é que o enorme vulcão Vesúvio está prestes a entrar em erupção, após séculos de hibernação. As consequencias serão trágicas para todos os moradores.

Comentários:
O contexto histórico é dos mais interessantes, a destruição da cidade romana de Pompeia no ano de 79, durante o período de reinado do imperador Tito. O problema é que os roteiristas resolveram escrever uma trama das mais bobas e derivativas que já vi, aliada a um romance absurdo do ponto de vista histórico entre um escravo e uma rica jovem da classe patrícia de Roma. Ora, não precisa ir muito longe para entender que algo assim jamais aconteceria na vida real. Na verdade esse filme acabou me lembrando de outro que comete os mesmos erros, o blockbuster "Pearl Harbor" de 2001. Sob um pano de fundo histórico marcante se cria toda uma trama de ficção sem o menor interesse ou talento. Só sobra no final das contas o evento histórico em si, com uso farto de efeitos digitais de última geração. Quem for atrás disso nessa produção vai ter que esperar um bocado, já que a destruição de Pompeia só acontece mesmo nos 25 minutos finais do filme, sendo que até chegar lá o espectador será bombardeado por um roteiro nada promissor, que procura plagiar inúmeros filmes épicos sobre Roma do passado, passando por "Spartacus" e chegando até no óbvio "Gladiador". 

Infelizmente tudo embalado para consumo rápido de adolescentes que frequentam cinemas de shopping center, ou trocando em miúdos, cinema fast food por excelência. Também pudera, não era de se esperar muito do diretor inglês Paul W.S. Anderson, já que ao longo da carreira ele se especializou mesmo em fitinhas descartáveis como essa, ou coisas piores como "Mortal Kombat" ou "Alien vs. Predador". Com um currículo desses realmente não há como levar nada muito mais a sério. Em termos de elenco apenas Kiefer Sutherland desperta algum interesse na pele do senador Corvus. O casalzinho principal é sem sal, pouco interessante, liderado pelo inexpressivo Kit Harington. Assim se você estiver em busca de algum material sobre o cataclisma que se abateu sobre Pompeia aconselho ir atrás de algum documentário do Discovery ou History. Será muito mais instrutivo e cultural.

Pablo Aluísio.

Bridget Jones - No Limite da Razão

Título no Brasil: Bridget Jones - No Limite da Razão
Título Original: Bridget Jones - The Edge of Reason
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Beeban Kidron
Roteiro: Andrew Davies
Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant, Jacinda Barrett

Sinopse:
Finalmente depois de longos anos Bridget Jones (Renée Zellweger) consegue firmar namoro com o advogado Mark Darcy (Colin Firth). Pelo jeito ela finalmente estaria se acertando em sua vida pessoal. A diferença de personalidade e temperamento certamente será um problema, agravado ainda mais  com a chegada da bonita Rebecca (Jacinda Barrett) que acaba abalando o relacionamento.

Comentários:
Curiosamente não consegui gostar dessa continuação de Bridget Jones! Isso foi uma surpresa e tanto pois sou fã tanto da atriz Renée Zellweger como da personagem criada pela autora Helen Fielding. Assim que deixei o cinema fiquei com a impressão de que não havia mais enredo nenhum a contar. E isso é um problema já que tudo indica que Fielding escreveu o segundo livro apenas pelo valor absurdo que lhe foi oferecido pelas editoras inglesas. Assim ela acabou enchendo linguiça mesmo. Se o livro já não era bom, o filme também não o seria. Para piorar Renée Zellweger está esquisita em cena! No primeiro filme ela estava muito simpática e com o feeling adequado para o papel. Nesse segundo ela está visivelmente no controle remoto, chegando ao ponto inclusive de deixar a desejar no sotaque britânico - o que é de se lamentar pois era um dos pontos fortes de sua interpretação. Além disso exagerou em seu aumento de peso, parecendo estar inchada em certos momentos. Assim o que temos no final das contas é um milionário pastel de vento que se arrasta do começo ao fim, chegando finalmente em lugar nenhum.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Na Mira do Chefe

Título no Brasil: Na Mira do Chefe
Título Original: In Bruges
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Martin McDonagh
Roteiro: Martin McDonagh
Elenco: Colin Farrell, Ralph Fiennes, Brendan Gleeson, Ciarán Hinds

Sinopse:
Ray (Colin Farrell) e Ken (Brendan Gleeson) são dois assassinos profissionais que são enviados para Bruges, na Bélgica, depois de um complicado serviço em Londres. No novo país os problemas continuam e eles acabam se envolvendo em várias confusões com os moradores da região. Filme vencedor do Globo de Ouro na Categoria Melhor Ator - Comédia ou Musical (Colin Farrell). Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria Melhor Roteiro Original (Martin McDonagh).

Comentários:
Sempre considerei "In Bruges" muito superestimado! Tudo bem que o filme tem seus méritos, isso é inegável, mas o que foi dito sobre ele, principalmente em seu lançamento, é algo para se surpreender, pois acabei criando expectativas além do normal e finalmente quando o vi cheguei na conclusão que é apenas ok! Talvez Colin Farrell tenha estrelado tantas bobagens e mediocridades nos últimos anos em sua carreira que quando surgiu aqui pareceu como algo mais interessante do que realmente é. Some-se a isso a fama de cineasta cult que o diretor Martin McDonagh tem recebido e você talvez tenha uma pista da razão de terem elogiado tanto essa produção. Para falar a verdade prefiro muito mais seu filme posterior, "Sete Psicopatas e um Shih Tzu", esse realmente original e diferente. De qualquer forma como se tornou queridinho da crítica "In Bruges" acabou fazendo bonito nos festivais de cinema mundo afora! Acredite, levou mais de quarenta, eu disse quarenta, indicações a prêmios diversos, inclusive o de Melhor Roteiro Original no Oscar. Mesmo com tantos elogios não se deixe enganar, pois não é tudo o que dizem dele.

Pablo Aluísio.