Mostrando postagens com marcador Teologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teologia. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Paixão de Cristo

E então, depois de julgado e condenado, Jesus, após sofrer várias humilhações e violências no quartel romano, foi levado para a crucificação. Os soldados o levaram para a morte no Gólgota, um monte nos arredores de Jerusalém, cuja aparência natural lembrava a figura de uma caveira, daí seu nome original. Era lá que os romanos crucificavam os criminosos e assassinos. Antes de ser crucificado os soldados lhe ofereceram uma mistura de mirra e vinho, mas Jesus recusou. Depois disso ele foi despido, sendo suas vestes repartidas pelos militares de Roma.

Jesus foi alçado à cruz às nove da manhã. Ao seu lado dois outros também foram executados, um à esquerda, outro à direita. Acima de sua cabeça os romanos colocaram uma placa que dizia "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus". Era um escárnio. Muitos que passavam diante da cruz zombaram de Jesus dizendo: "Tu não é o rei dos judeus? Tu não vai destruir e reconstruir o templo em três dias? Então desce da cruz e prova o que disse!". Alguns membros do templo, líderes religiosos judeus, também aproveitaram para fazer pouco de Jesus dizendo ironicamente: "Você não era o salvador dos outros? Por que não salva a si mesmo? Desce da cruz!" - desafiava os senhores da Lei de Moisés.

Ao meio-dia uma estranha escuridão tomou conta de Jerusalém. Esse tempo fechado iria durar até às três da tarde, quando Jesus finalmente perguntou aos céus: "Meu Deus, Meu Deus... Porque me abandonaste?". As pessoas por perto pensaram ouvir ele chamando por Elias. Para aliviar sua dor uma vara com vinagre foi levada até seu rosto, para que ele pudesse saciar sua sede. E então depois de horas de tortura Jesus deu um grito e disse "Está consumado!". Nesse mesmo momento a cortina do templo rasgou-se de alto a baixo. Um dos soldados romanos que estava abaixo da cruz e testemunhou todo o sofrimento final de Jesus então exclamou: “Na verdade, este homem era Filho de Deus!”

Muitas mulheres que andaram com Jesus estavam ao pé da sua cruz, entre elas Maria, sua mãe, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. Jesus deu então seu último suspiro. Tudo acabado. Pelo menos assim pensavam aqueles que estavam presenciando seus supostos últimos momentos na Terra. A tarde já ia, era véspera de sábado, dia sagrado que deveria ser guardado pelos judeus. José de Arimatéia, vendo que a noite estava prestes a chegar, foi então ao governador romano Pilatos pedir para sepultar Jesus. O romano então perguntou ao seu subordinado há quanto tempo Jesus estava morto. O soldado lhe disse que já há um bom tempo. Então Pilatos não viu maiores problemas, pois Jesus havia sido executado. Ele deu permissão para que José de Arimatéia levasse para sua tumba o morto Jesus. O corpo do Messias foi envolvido em uma grande peça de linho e levado até o túmulo novo escavado na rocha que havia sido construído por José de Arimatéia. E ali ele foi sepultado, atrás de uma grande rocha circular.

Pablo Aluísio.
(Baseado no Evangelho de São Marcos).

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Jesus Cristo - Atire a primeira pedra!

O evangelista João registrou em seu evangelho uma das mais conhecidas histórias de Jesus Cristo. Naqueles dias Jesus resolveu passar a noite no monte das oliveiras, onde meditou e rezou. No dia seguinte voltou para a rotina de sua missão, levando a palavra de Deus para todos os homens. Assim Jesus reuniu um grupo que se sentou ao seu redor, ouvindo toda a sua pregação.

Eis então que um grupo de fariseus e escribas do templo trouxe até ele uma mulher acusada de adultério, de ter traído seu marido. Eles queriam colocar Jesus em uma situação embaraçosa, constrangedora, pois eles entendiam que a mensagem de amor ao próximo de Jesus não poderia ser aplicada no caso dela.

Desde os tempos de Moisés os judeus seguiam literalmente a leis religiosas do judaísmo que diziam que uma mulher que houvesse traído seu esposo deveria ser levada para a praça pública. Uma vez na frente do povo todos deveriam pegar pedras pesadas para apedrejar a traidora. Sim, naqueles tempos a traição era punida com a morte, com requintes de sadismo e tortura! Imaginem uma mulher sendo morta, aos poucos, com pedradas dadas por todos! Uma brutalidade sem tamanho! Era brutal, mas os membros do templo entendiam que era o certo a fazer, pois assim estava escrito na lei judaica.

Então como Jesus iria aliar sua mensagem de paz e puro amor ao próximo com a brutal lei antiga dos tempos de Moisés? Então os fariseus trouxeram a mulher perante Jesus e perguntaram, maliciosamente: "Mestre, essa mulher pecou, cometeu adultério! A lei de Moisés afirma que ela deve ser apedrejada, então o que tens a dizer sobre isso?". Ora, se Jesus negasse a lei de Moisés, tal como determinado no templo, ele seria condenado por blasfêmia e outros crimes religiosos. Era uma cilada por parte dos fariseus e escribas do templo para condenar Jesus perante as autoridades religiosas de seu tempo.

Jesus então olhou para aquela situação e começou a escrever os pecados de todos aqueles que estavam ali, para assassinar a mulher! Depois olhando para eles desafiou: "Aquele que entre vocês não tenha pecado que atire a primeira pedra!". Todos ficaram sem saber o que fazer, como agir! Era um bando de pecadores querendo punir uma pecadora. A hipocrisia imperava entre aqueles que queriam apedrejar a pobre mulher indefesa. E então um a um todos eles começaram a se retirar, ficando apenas Jesus e a mulher. Foi nesse instante que Ele disse a ela: "Mulher, onde estão aqueles que queriam lhe apedrejar? Onde estão seus acusadores? Ninguém lhe condenou?". E assim, dando um maravilhoso exemplo de misericórdia divina Jesus concluiu: "Nem eu lhe condenarei! Vá e não volte a pecar!". Agindo assim Jesus provava mais uma vez que o perdão de Deus é infinito. "Perdoar setenta vezes sete!", em suas próprias palavras!

Pablo Aluísio.
Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
João 8:12
escribas e fariseus
João 8:3
escribas e fariseus
João 8:3

domingo, 19 de junho de 2011

Jesus e as riquezas do mundo

Um dos maiores erros sobre a mensagem de Jesus Cristo é acreditar que Ele prometeu riquezas materiais a quem seguisse sua mensagem. Não faz parte da filosofia e nem da mensagem de Jesus a recompensa em bens materiais, em riquezas nesse mundo em que vivemos. Por isso a tal teologia da prosperidade, tão difundida em meios protestantes, não tem qualquer base no evangelho. Em Mateus 6:19 Jesus prega: "Não acumuleis para vós outros tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde ladrões arrombam para roubar."

Esse trecho da bíblia é bem representativo da mensagem de Jesus. Juntar riquezas em nosso mundo é algo em vão, pois não levarás nada quando deixares essa realidade. A única coisa que o homem levará após sua morte são suas boas ações, sua caridade em vida e suas atitudes. Também levará a avareza, a mesquinharia e os pecados. No dia do julgamento toda a sua vida será pesada e o homem será julgado por atos de sua vida. A riqueza material não tem qualquer relevância no mundo espiritual. A riqueza que Jesus prega é justamente a riqueza espiritual. Ele jamais prometeu em sua longa caminhada na Terra a promessa de se ficar rico, cheio de propriedades e posses. Nada disso!

A riqueza material inclusive escraviza o homem. Jesus deixou claro isso em várias passagens da Bíblia. Ao ser procurado por um homem rico, querendo seguir sua mensagem, Jesus o aconselhou a vender tudo, dar aos pobres e só então segui-lo. Mais do que isso, Jesus deixou claro aos apóstolos que é muito difícil ao homem rico entrar no reino dos céus, justamente por causa dessa escravidão ao dinheiro. "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus" - ele afirmou. Agora tente passar um animal grande como um camelo pelo pequeno furo de uma agulha. Praticamente impossível. Assim será em relação ao rico no mundo espiritual, com todas as suas correntes o prendendo às riquezas. A riqueza escraviza, o dinheiro apodrece a alma do homem, que passa a se sentir poderoso, acima de Deus!

Essa mensagem aliás é bem antiga na tradição do judaísmo. Em Provérbios 11:4 está escrito: "As riquezas acumuladas não terão valor algum no Dia da ira divina, mas a justiça livrará o fiel da morte." E mais, em Eclesiastes 2:26 podemos ler: "Deus concede sabedoria, entendimento e felicidade às pessoas que nele têm o seu prazer. Quanto ao pecador, Deus o encarrega de ajuntar e armazenar riquezas para entregá-las a quem o agrada. Também isto é vão e frustrante."

E voltando ao Novo Testamento, em Lucas 18:24, temos o seguinte trecho: Jesus, observando o semblante abatido daquele homem, exclamou: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que possuem muitas riquezas!" Em Tiago 5:1-3 mais uma advertência: "E agora, prestai atenção, vós, os ricos! Chorai e arrependei-vos, porquanto desgraças haverão de cair sobre vós." Em João 2:15,16 mais uma mensagem cristalina sobre a verdadeira filosofia cristã: "Não ameis o mundo nem o que nele existe. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele!" Em Timóteo 6:8-10,17 uma reflexão poderosa: "Por isso, devemos estar satisfeitos se tivermos com o que nos alimentar e vestir."

Por tudo o que foi exposto podemos concluir: Não faz parte da mensagem de Jesus a recompensa em dinheiro, riquezas ou poder aos que procuram seguir seus ensinamentos. Não faz parte da mensagem do evangelho a troca e a barganha do amor a Deus por riquezas no mundo! Essa é uma distorção perigosa das escrituras e de sua verdadeira mensagem. Deus não recompensará ninguém com carros, apartamentos, dinheiro, fortuna ou bens materiais. Deus recompensará os que seguirem sua palavra no mundo espiritual, onde aí sim estará o verdadeiro tesouro, que não é formado por ouro, prata ou dinheiro, mas sim pela verdadeira vida eterna!

Pablo Aluísio. 

O Perdão de Jesus - Setenta Vezes Sete

Em determinado momento do evangelho segundo Mateus 18:22, o apóstolo Pedro pergunta a Jesus sobre o perdão. Quantas vezes deveria se perdoar ao próximo? Sete vezes? Jesus respondeu: "Não digo que se deve perdoar sete vezes, mas sim setenta vezes sete!". Essa expressão "setenta vezes sete" significava no tempo de Jesus o mesmo que "sempre!", ou seja, deve-se perdoar sempre ao próximo, sem limites!

Ao longo da vida certamente alguém nos ofenderá, nos trairá, nos magoará. Faz parte da natureza humana. O que propõe Jesus é que o cristão perdoe sempre. Claro que a ofensa, a traição e a deslealdade não ficaram em vão. Aqueles que cometem esses tipos de atitudes responderão perante Deus, porém apenas a Deus. Não cabe ao homem a vingança, a justiça pelas próprias mãos e o justiçamento. A Deus cabe a punição, ao homem só caberá o perdão, porque a mágoa, a raiva, a ira e os sentimentos negativos apodrecem a alma do homem.

A expressão "setenta vezes sete" usada por Jesus nessa parte do evangelho pode ser encontrado em outras partes da Bíblia, principalmente no velho testamento. Em Gênesis 4:24 lemos o seguinte trecho: "Porque sete vezes Caim será castigado; mas Lameque setenta vezes sete." Em outras palavras, certamente Caim pagará por seu pecado, mas Lameque será castigado pela eternidade por aquilo que fez.

Assim Jesus segue os ensinamentos dos antigos profetas. Salmos já deixava claro que a Deus cabe a justiça, não ao homem. "O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos." Em Romanos 12:19 temos a essência de tudo o que foi escrito: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor." A vingança, a justiça divina pertencem a Deus. Não cabe ao homem se colocar no lugar de Deus, pois ao fazer isso estará infringindo as leis divinas. Cabe ao homem apenas perdoar e entregar a Deus tudo o que de mal lhe foi feito. A justiça de Deus não falhará jamais!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os Filhos de Maria

Uma pergunta que sempre surge em sites e blogs de internet. Maria, mãe de Jesus, teve outros filhos após seu nascimento? Para a doutrina católica a resposta é negativa. Para justificar os teólogos católicos usam o próprio evangelho. Desde tempos imemoriais, ainda na fase meramente da tradição oral, a família de Jesus sempre foi representada como sendo formada apenas por José, Maria e o próprio Jesus. A tradição da família santa com apenas três pessoas também é seguida em várias outras tradições religiosas como, por exemplo, a da Igreja Ortodoxa e até mesmo de algumas igrejas protestantes históricas.

A dúvida porém ressurgiu quando certas vertentes protestantes passaram a pregar que Maria teria tido outros filhos, em especial Tiago, que é citado no texto bíblico como sendo irmão de Jesus. Há problemas nesse tipo de visão. A expressão "irmão de jesus" é interpretada de forma equivocada. Na antiguidade esse termo irmão tinha uma outra conotação. Muitas vezes os próprios primos eram designados como irmãos de  uma mesma família maior, formada por tios, tias, avós e avôs. Assim Tiago não era filho de Maria (em nenhum lugar da bíblia isso é citado) e nem muito menos irmão de sangue de Jesus Cristo. Ele era muito provavelmente seu primo, assim como suas outras "irmãs". Naqueles tempos distantes nem mesmo a designação "primo" era utilizada. Sendo todos filhos de uma linha envolvendo avôs, pais e tios, eram assim considerados "irmãos" em um sentido diferente do que hoje usamos.

E ainda há mais. Aos pés da cruz Maria está acompanhada de João, discípulo de Jesus. O Filho de Deus olha para ambos e diz: "João, eis sua mãe. Maria eis o seu filho!". Fica óbvio que Jesus estava designando que João cuidasse de Maria dali em diante. Ela obviamente já estava em uma idade mais avançada e precisava de alguém para cuidar dela em sua velhice. Ora, se Jesus tivesse mesmo irmãos e irmãs, não haveria essa preocupação por parte do Messias, pois ela seria cuidada por seus próprios filhos. Na preocupação de Jesus descobrimos duas coisas importantes: a de que Maria não tinha outros filhos e a de que José, seu esposo, muito provavelmente já estava morto quando Jesus foi crucificado. Maria ficava sozinha no mundo, sem parentes próximos. Por isso Jesus, mesmo crucificado, não deixou ela desamparada. Mandou que seu apóstolo cuidasse dela a partir daquele momento.

O fato é que João cumpriu a determinação de Jesus e ficou ao lado de Maria até seu falecimento. João, o amado apóstolo, esteve ao lado da mãe de Deus até o fim de seus dias. Finalizando, aqui vão mais dois outros fortes argumentos sobre a não existência de outros filhos de Maria. Nenhum filho dela é citado mais na Bíblia, nem nos atos dos apóstolos e nem em nenhuma outra parte do evangelho cristão. Além da tradição histórica que atravessou os séculos outro fato vem reforçar a doutrina católica. Nas mais antigas representações da família de Jesus não existem irmãos ou irmãs ao lado de Jesus, Maria e José. Apenas os três são representados nessas imagens, demonstrando que os cristãos primitivos, aqueles que tiveram mais contato com a história real, também tinham a certeza e a convicção de que a família santa era formada apenas por um trio, envolvendo pai, filho e mãe. A história, além da teologia, confirmam assim que não havia mais irmãos e nem irmãs na vida de Jesus.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jesus e Isaías

Para os cristãos o profeta Isaías profetizou a chegada de Jesus, principalmente em Isaías 53. Nesse versículo, extremamente importante para a teologia cristã, vemos o profeta Isaías se referindo a um homem justo, que seria moído (martirizado) pelos pecados do mundo. Como todos sabemos a doutrina católica é categórica ao afirmar que Jesus foi crucificado para curar os pecados do mundo, para ser o supremo sacrifício divino em prol da redenção de toda a humanidade. O Salvador seria assim desprezado, humilhado, morto e sepultado por causa das iniquidades do povo (iniquidades no sentido de pecados). Jesus seria o cordeiro, aquele que daria a vida por amor ao próximo. Lendo Isaías vemos que isso combina perfeitamente com a história de Jesus. Para os cristãos é uma profecia definitiva sobre a vinda de Jesus (Deus) ao mundo. Para bem situar o leitor colocarei abaixo o inteiro teor do texto bíblico.

"Isaías 53 - 1 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? 2 Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. 3 Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. 4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

7 Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. 8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. 9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. 10 Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. 11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. 12 Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores."

Apesar do texto ser bem claro a respeito de tudo o que aconteceria com Jesus no futuro (essa profecia foi escrita cinco séculos antes do nascimento de Jesus de Nazaré, profetizando o que lhe aconteceria), muitos rabinos judeus entendem que o longo trecho se refere não a um homem e nem a um Messias, mas sim ao próprio povo de Israel, Para eles o "servo sofredor" na verdade seria o próprio povo judeu, em uma referência que do ponto de vista histórico falava sobre a saída dos judeus do cativeiro da Babilônia. Nada a ver com a chegada de Jesus cinco século depois. É realmente muito complicado ler a profecia de Isaías e não pensar que ele está se referindo a um sujeito, a uma pessoa e não a uma coletividade. Como superar isso? Para os mestres do judaísmo isso seria explicado pelo fato de existir traduções equivocadas do original em hebraico. Não concordamos com esse ponto de vista, porém diante de uma postura de respeito a outras religiões e crenças, resolvemos colocar aqui também a opinião dos judeus, que até hoje não aceitaram a figura de Jesus (Yeshua em sua língua natal) como o verdadeiro Messias profetizado pelo profeta Isaías.

Pablo Aluísio.

A Mensagem de Jesus e a Intolerância Religiosa

A Mensagem de Jesus e a Intolerância Religiosa
Devemos respeitar todas as religiões e suas doutrinas, caso contrário tudo o que nos tornaremos é mais um na longa fila dos intolerantes religiosos. Se você quer expor seu pensamento sobre Deus, ótimo, você é livre para isso, mesmo que sua doutrina religiosa seja diferente da minha. Agora tudo se deturpa quando você começa a apenas atacar as outras crenças. A fé em Deus é algo pessoal, bem  subjetivo. No final é algo entre Deus e a pessoa. Cada um encontra seu caminho até chegar a Deus e se esse caminho é diferente do seu, não significa que você deve ofender as escolhas de cada um. A intolerância religiosa nasce quando alguém não aceita que as pessoas tenham sua própria religiosidade. A humilhação e a ridicularização são formas de intolerância religiosa. Repense suas posturas. Você poderia estar passando seu ponto de vista de um modo equilibrado, racional. Não seja mais um pregador de ódio contra os que pensam diferente de você! O ódio é o oposto do amor e Jesus pregou o amor. Quem prega o ódio contra a religião alheia não está obviamente seguindo a mensagem de Jesus que era acima de tudo de puro amor.

Deus não olha pequenas divergências de doutrina religiosa, Deus olha o coração de cada um. Um católico pode ser salvo, assim como um evangélico, um judeu, etc. Se essas pessoas forem puras de coração e sua ligação com Deus for sincera ela será salva. Não será por causa de picuinhas doutrinárias religiosas (muitas delas criadas pelos homens apenas) que alguém perderá a salvação. Detalhes de doutrinas são secundárias, Jesus deixou isso bem claro. Veja no evangelho. Ao ver que alguns judeus estavam preocupados em violar uma lei que dizia que não se deveria consumir certos alimentos em determinados dias da semana, que isso causaria a impureza da alma desses homens, Jesus disse: O que torna impuro o homem não é o que entra pela sua boca (os alimentos em questão), mas sim o que sai de sua boca (as ofensas aos outros, por exemplo).

Você acha que entre bilhões de pessoas no mundo, cada qual com sua própria cultura e religião, ninguém seria salvo apenas por questões doutrinárias secundárias? Os justos e puros de coração serão salvos pela misericórdia de Deus. Esse é ensinamento de Jesus de Nazaré. A condenação da alma apenas por pequenos detalhes religiosos é sem sentido. Esse tipo de pensamento é absurdo. Deus não punirá e nem condenará ninguém por causa desse tipo de questão. O que valerá no final é a pureza do coração em cada um. Esse é o pensamento que Jesus deixou bem claro em sua mensagem. Por isso te digo, se estão saindo coisas impuras da sua boca (como disse Jesus), isso não será bom para você no juízo. Repense e leia a palavra do Filho do Homem. Entenda bem o que ele quis passar. Reavalie a forma como você está agindo. Não condene a maneira de pensar diferente do seu irmão. Ele segue outra religião? Essa é uma escolha dele, apenas dele.

Apenas fique atento e procure evitar seguir aqueles que transformam a pregação em uma bandeira de ódio contra os outros, contra os que professam outro tipo de fé! Uma conduta negativa nada tem a ver com a mensagem do Cristo. E qual é a sua conduta? A de ofender outras formas de religião! Isso seria de acordo com Deus? Jamais! Jesus veio para divulgar a boa nova e a boa nova é o amor, a tolerância e a misericórdia. O católico deve considerar o evangélico seu irmão, assim como o judeu, o seguidor de religiões afro, os espíritas, os mórmons, as testemunhas de Jeová, os budistas! Qualquer pessoa religiosa merece respeito, acima de tudo! Jesus disse que na casa de seu Pai havia muitas moradas. Esse é o grande exemplo do cristianismo, o acolhimento de todos. O Nazareno deixou claro que a cortina do templo da antiga proposta religiosa (que só aceitava os seguidores da vertente religiosa judaica) estava rasgada com sua ressurreição. Se você ainda não entendeu isso, certamente não entendeu a verdadeira mensagem de Jesus de Nazaré. A mensagem de Jesus é para todos os homens, independente de suas religiões. Jesus veio para todos.

A ofensa e a perseguição contra outras religiões é algo absolutamente negativo e isso definitivamente não parte de Deus. Devemos amar todas as maneiras e expressões religiosas no mundo. Isso é positivo. Ofender, não. Como disse Jesus o que realmente torna impuro o homem é o que sai de sua boca. Eis o problema. Se você deseja mesmo seguir o exemplo do Filho do Homem é importante entender sua mensagem. Faço parte de uma comunidade católica e sou muito feliz na minha religião. Claro que sei que existem muitas outras religiosidades pelo mundo afora, mas procuramos respeitar todas elas, todas! O Papa Francisco sempre deixa isso bem claro em suas pregações. Trate aquele que professa outra fé como a um verdadeiro irmão. Talvez esse seja o grande segredo do sucesso do catolicismo pelo mundo inteiro, a sempre disposição de ajudar, de ser um braço amigo e fraterno.

A tolerância religiosa nos aproxima de Deus, nos tornam pessoas melhores. Esse tipo de postura não faz parte apenas da doutrina religiosa católica, mas das obras dos grandes filósofos clássicos da Grécia e de Roma. Aliás os grandes textos filosóficos clássicos da antiguidade só chegaram ao nosso conhecimento por causa dos mosteiros católicos espalhados por toda a Europa. Os monges copistas preservaram esse grande legado cultural. Não é à toa que na visita do Papa Francisco aos Estados Unidos o Presidente Obama disse em discurso que a Igreja Católica foi um dos mais importantes pilares da fundação da civilização. Ele tinha toda a razão.

Essa é a grande lição dessa mensagem. O próprio Jesus, se formos pensar bem, foi morto justamente por causa da intolerância religiosa. Sua mensagem era revolucionária, ia contra a visão tradicional da época. A forma de pensar de Jesus foi combatida com violência e ele foi crucificado. Quando você se torna intolerante religioso você pensa igualmente aos que mataram Jesus. Ser um intolerante faz de você uma pessoa que está colocando Jesus de novo na cruz! É isso o que você deseja ser? Claro que não! Quando geralmente encontro alguém cheio de ódio no coração tento deixar uma palavra de paz, de amor e de compreensão. Jesus deixou palavras de amor, seu mandamento é puro amor - amar uns aos outros como eu os amei - tão simples! Infelizmente as pessoas ainda preferem encher o coração de ódio ao invés de amor. Odiar o que pensa diferente, o que segue outra vertente religiosa. Isso não o levará perante Deus. De qualquer forma, fazendo um trabalho de formiguinha tento espalhar a mensagem pura do Nazareno que foi acima de tudo o amor ao próximo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Deus dos Judeus e o Deus dos Cristãos

Esse é um aspecto polêmico, mas vale a reflexão. Antes de mais nada é importante frisar que estou nesse texto tratando de um aspecto teológico, ou seja, não é minha intenção criticar qualquer tipo de crença ou fé alheia. Dito isso vamos para a análise. A primeira é uma afirmação que não está livre de controvérsias. O Deus dos judeus não é o mesmo Deus dos cristãos. O Deus dos cristãos é Jesus. Jesus é Deus dentro da doutrina cristã. Deus se fez homem na figura de Jesus. O Deus dos  judeus é apenas Deus, o eterno. Os judeus não acreditam que Jesus era Deus. Não acreditam nem que ele era o Messias. Assim muitos confundem esse tema. Jesus por ser judeu seguia em parte as leis do judaísmo e tecnicamente o Deus que ele adorava seria o mesmo Deus dos cristãos. Será mesmo? Não se deve confundir as bases do Judaísmo com as bases do Cristianismo. O Judaísmo é uma religião, o Cristianismo é outra. As regras de uma doutrina religiosa não valem necessariamente para a outra. Nem o Deus de uma das religiões é o mesmo da outra. Duvida? Então vamos lá.

Quem acha que o Deus do Judaísmo é o mesmo do Cristianismo nunca refletiu muito a fundo sobre os fundamentos do próprio cristianismo. Teologia é importante, justamente por essa razão, é algo importante para a vida! Assim vamos expor as bases de cada religião aqui. Jesus é Deus na doutrina do cristianismo (católico e protestante). Para o Judaísmo Jesus não é Deus. Ele foi apenas um judeu que viveu no século I e que tinha sua própria visão religiosa. Nada mais do que isso. Se Jesus é Deus dentro do cristianismo e não é Deus dentro do judaísmo, logo chegamos na conclusão lógica que as duas grandes religiões do mundo ocidental não seguem a mesma divindade. O Deus de uma religião não é o mesmo Deus da outra religião.

Claro que existirão aqueles que dirão que o Deus que Jesus adorou foi o mesmo Deus do judaísmo tradicional. Isso porém vai até um determinado momento histórico. Com a morte de Jesus e a crença em sua ressurreição temos uma clara ruptura entre o Judaísmo tradicional e a nova religião que nascia. Uma expressão muito interessante que expressa isso diz que a cruz de Jesus rasgou a cortina do templo, ou seja, sua morte e ressurreição rompe definitivamente com as amarras e leis do velho Judaísmo tradicional. O próprio Jesus ao longo de sua vida pregou vários temas que fugiam ao que era imposto pelas autoridades do templo. Basta lembrar do evento em que ele disse "Que atire a primeira pedra quem nunca pecou!" ao impedir o apedrejamento de acordo com as leis judaicas ou então quando rompeu com uma velha tradição sobre o não consumo de alimentos por parte dos judeus em determinado dia da semana. Nesse dia Jesus disse: "O que torna impuro os homens não é que entra de sua boca, mas o que sai dela!".

Então o que vemos é um Jesus que não estava disposto a seguir cada detalhe secundário da doutrina do judaísmo, muito longe disso. E por parte das autoridades do templo ele tampouco era o Messias e para sustentar essa posição alegavam e traziam de volta as antigas profecias que diziam o que o verdadeiro Messias deveria fazer. Não há salvação nesse ponto. O cristianismo apresenta muitos laços históricos com o judaísmo, mas em termos de identificação as semelhanças logo param e param justamente na figura de Jesus, o Deus dos cristãos. A Trindade, por exemplo, algo tão vital na crença dos cristãos não é também aceita pelos judeus. As diferenças são enormes e não cabe aqui expor todas elas.

O Judaísmo tem seus dogmas, doutrinas religiosas e sistema de crenças próprios. O cristianismo também. Não são ambos idênticos e por essa razão não são a mesma religião. Por isso vejo com espanto quando algum líder religioso cristão levanta regras do velho Judaísmo para criticar outras vertentes do cristianismo. Do ponto de vista teológico isso não faz o menor sentido. Um exemplo vem da tão falada idolatria dos católicos em relação às imagens. Ora, essa é uma velha regra do Judaísmo que sequer deveria ser levada em conta dentro do cristianismo. Pior do que isso, os católicos não veneram imagens, como já bem expliquei aqui no blog. Mesmo que adorassem imagens, não haveria em si mesmo nenhum problema. O catolicismo tem seus próprios dogmas religiosos, suas próprias doutrinas. Não segue literalmente tudo o que o velho Judaísmo prega. Como um evangélico pode levantar uma regra do velho Judaísmo contra os católicos se os judeus sequer acreditam que Jesus é o Messias? Não faz muito sentido não é mesmo?

Além disso a ignorância impera em muitos setores. O idolatrismo condenado pelos judeus era bem outro. Primeiro só se referia a idólatras dentro do próprio Judaísmo e segundo que os textos antigos se referem a cultos de idolatria onde havia até mesmo sacríficios humanos de crianças. Quem pode comparar algo assim tão terrível com a arte sacra dos católicos? É simplesmente absurdo. Dessa forma fica então esses aspectos que levantei para pura reflexão. Pense sobre tudo o que leu e reflita sobre tudo o que eu escrevi.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Jesus e os dias no deserto

Hoje vou deixar aqui uma dica de filme para os leitores do blog. A produção em questão se chama "Últimos Dias no Deserto". Como bem sabemos o evangelho nos informa que Jesus foi para o deserto por 40 dias e 40 noites para jejuar e orar a Deus. Ele estava prestes a iniciar sua missão e por isso procurou resguardar um tempo de isolamento e oração antes de iniciar sua jornada. Foi acima de tudo uma busca espiritual em torno de si mesmo. Um momento de auto conhecimento de Jesus. Uma viagem existencial e espiritual.

No deserto Jesus sofreu tentações do diabo. Ele tentou quebrar seu espírito, oferecendo riquezas materiais em troca de adoração. "Se você se prostrar perante mim, terá todos os reinos e riquezas do mundo!" - teria proposto o anjo caído. Jesus porém venceu as tentações e partiu para seu destino divino. No filme vemos um enredo meramente ficcional em parte. Isso porque a Bíblia não entra em tantos detalhes como nos é mostrado no filme. No roteiro Jesus encontra uma família no meio do deserto e tenta ajudá-la (sendo que essa parte do roteiro não existe no evangelho, servindo como uma licença poética e de finalidade dramática).


A família que Jesus encontra tem muitos problemas de relacionamento. O filho quer ir embora para Jerusalém. Ele não quer seguir os passos do pai que vive como pedreiro nas areias do deserto. O pai é um sujeito durão, que não aceita que suas ordens sejam questionadas. Nisso se cria o conflito entre pai e filho. Para piorar ainda mais a mãe está morrendo. Ela passa os dias dentro da pequena tenda de peles que eles mantém no alto das montanhas. Satã então desafia Jesus a resolver aquele conflito familiar. E isso não é só. A todo tempo o diabo tenta Jesus, sussurrando coisas em seu ouvido, fazendo com que ele comece a duvidar de si mesmo, de sua capacidade de fazer jus ao seu papel de Messias. O roteiro porém acerta ao mostrar que Jesus não aceitaria desafios por parte do demônio. Afinal sendo Jesus o próprio Deus encarnado na Terra, não faria sentido algo desse tipo.

Olha, teologicamente falando o roteiro apresenta alguns problemas, isso é verdade. Nada disso porém desmerece o filme que é por demais interessante, principalmente indicado aos cristãos. O Jesus (interpretado pelo excelente ator Ewan McGregor) é muito humano, muito humilde, sempre pronto a ajudar. O filme tem uma fotografia lindíssima, pois o deserto, com sua imensidão vazia tem também sua beleza natural. Por fim podemos ao menos tentar imaginar o que sentiu e o que passou o Jesus da história quando resolveu jejuar em um deserto escaldante, sem nenhuma alma viva por perto. Foi certamente um dos momentos mais importantes no fortalecimento de sua fé que a partir dai seria completamente inabalável.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O que são Nefilins?

Segundo textos antigos os Nefilins seriam uma raça formada pelo cruzamento entre Anjos e seres humanos. Um ser híbrido, não autorizado a existir por Deus. A palavra original em hebraico significa "Aqueles que farão os demais caírem", uma clara referência aos anjos caídos, seres angelicais que foram expulsos por Deus do céu.

Condenados a viveram na Terra acabaram encarnando como gigantes (presentes em várias lendas antigas). No mundo dos vivos teriam raptado, violentado e engravidado mulheres humanas. Desse cruzamento herético nasceram os Nefilins, seres enormes, com grande poder e força física.

Em textos mitológicos eles são representados como gigantes - com mais de quatro metros de altura. Como eram imbatíveis no campo de batalha passaram a ser considerados semideuses, ou heróis. Retratados em lendas mitológicas antigas chegaram até os escritores do velho testamento. Segundo lendas, Deus teria promovido o grande dilúvio (onde resolveu poupar apenas Noé e sua família), entre outros motivos, para destruir essa raça híbrida entre homens e anjos. Com o dilúvio todos os Nefilins foram exterminados da face da Terra. No mundo espiritual suas almas errantes se tornaram demônios.

Outro fato como razão da ira de Deus contra a raça dos Nefilins provém do fato de que eles começaram a ser idolatrados pela humanidade como Deuses, e isso era obviamente uma grave ofensa contra Deus e seus planos para os homens e os anjos. Deus entendeu que os Nefilins não eram anjos e nem seres humanos e isso claro ofendia aos planos de Deus para o mundo. Assim eles foram destruídos para todo o sempre e não mais andaram sobre o nosso mundo novamente.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de junho de 2011

10 Razões Para Amar a Igreja Católica

1. Foi fundada por Pedro, o primeiro Papa da história!

2. O Papa Francisco, nosso atual líder espiritual, é um símbolo de dignidade e humildade! Um exemplo para o mundo!

3. A Igreja Católica é a maior instituição de caridade do mundo, presente em praticamente todos os países ao redor do globo!

4. A Igreja Católica mantém milhares de hospitais, asilos, creches e missões de ajuda aos mais pobres em lugares de extrema privação como a África!

5. São dois mil anos de história - sendo a instituição mais antiga da humanidade ainda em atividade!

6. Maria, nossa mãe, está na Igreja Católica, santa e imaculada!

7. Foi a Igreja Católica que organizou a Bíblia, dando ordem e a dividindo em capítulos e versículos!

8. Durante 15 séculos foi a única Igreja a levar a palavra de Cristo aos quatro cantos do mundo!

9. Sua história está repleta de homens e mulheres que dedicaram sua vida ao cristianismo!

10. Jesus Cristo vive em nossa querida Igreja Católica, ontem, hoje e sempre!

Pablo Aluísio.

As Bruxas

Até o século X a Igreja não levou muito à sério a figura das bruxas. Elas já existiam como personagens de ficção na literatura há muito tempo, geralmente surgindo como antagonistas em contos e fábulas bem comuns na Europa medieval. Só a partir de alguns séculos depois foi que a Igreja começou a entender e associar os atos de bruxaria com heresias. Antes disso porém alguns estudiosos do tema afirmavam que o que era chamado de bruxaria nada mais era do que antigos rituais das religiões pagãs que tinham sobrevivido em cidades e vilas mais afastadas do continente europeu. O culto às forças da natureza provavam bem isso. Era uma espécie de revitalização de antigas deusas como Diana, por exemplo. Assim as autoridades da Igreja católica afirmavam que o ato de bruxaria certamente era um pecado, mas como pura mágica ou crentice não tinha como influenciar o mundo real e nem fazer o mal a quem quer que seja.

Curiosamente em países com influência nórdica começou a surgir a crença teológica que as mulheres que cometiam atos de paganismo estavam na verdade cultuando ao anjo caído, Satanás. Essa nova visão pregava que a bruxaria não era apenas um resquício pagão, mas sim um novo culto, de devoção ao diabo. A partir do século XIII essa visão foi se acentuando.  Em 1258 o Papa Alexandre IV condenou toda prática mística que envolvesse atos de mágica, adivinhação e tentativa de contato com pessoas mortas. Em 1320 o Papa João XXII ficou extremamente preocupado ao ser informado de que atos de bruxaria estavam se espalhando em regiões da França, em especial Toulouse. Ele assim ordenou que autoridades religiosas do Vaticano fossem enviadas até lá para investigar tudo mais a fundo. Mesmo com o combate da Igreja contra esse tipo de prática ela não parecia surtir muito efeito. O Papa Nicolau V ficou extremamente irritado ao descobrir que a adivinhação por cartas ainda era muito comum em feiras mercantis por todo o continente.

Entre os séculos XIV e XV chegaram ao seio da Igreja diversos estudos e tratados sobre a bruxaria na Europa. Eles contavam que as mulheres que se dedicavam a esse tipo de coisa se diziam possuídas pelo próprio demônio, não apenas mentalmente, mas fisicamente também. Algumas iam além dizendo que tinham tido relações sexuais com seres das trevas. Havia também a descrição de inúmeros rituais de magia e feitiços, algo que alarmou a cúpula da igreja. Não era mais apenas uma questão de teologia, de paganismo ou algo semelhante. Era algo mais grave. Muitas mulheres confessaram que faziam parte de comunidades de adoração ao diabo que se reuniam para blasfemar contra Deus, a trindade e Maria, mãe de Jesus. De fato os velhos rituais pagãos tinham se tornado algo mais grave e severo, abraçando o satanismo em seus cultos. Era algo assustador.

Diante de tais relatos o Papa Inocêncio VIII editou a bula papal Summis desiderante affectibus que tinha como objetivo deter a proliferação de cultos satânicos por toda a Europa. Foram criados cargos de inquisitores para procurar, localizar, identificar e prender pessoas acusadas de bruxaria e satanismo pelas nações cristãs. A bula foi imediatamente apoiada por nobres e reis por toda a Europa. O imperador Maximiliano da Áustria, por exemplo, deu total apoio às novas medidas. Nesse mesmo ano foi publicado o livro Malleus Maleficarum, que passou a ser conhecido como "O Martelo das Bruxas" onde se procurava tratar a questão da bruxaria de forma codificada, estudada em cima de casos reais que aconteceram em cidades da Alemanha e Áustria. Esse livro escrito pela dupla de teólogos Krämer e Spengler afirmava que as bruxas existiam, faziam parte de grandes comunidades e que tinham como inspiração maior em suas vidas o próprio Satanás.

Com o livro em mãos qualquer inquisidor poderia identificar uma bruxa real ou um feiticeiro ou mago. Havia métodos de identificação, as principais características desses cultuadores do mal e elementos que provavam sua presença. Ignorar a existência de bruxas, de magia negra e de satanismo era por si só também um ato de heresia. Esse tipo de visão deu origem a uma série de perseguições por todo o continente, atingindo não apenas os católicos, mas também os protestantes que para muitos historiadores foram mais violentos e repressivos do que os próprios membros do catolicismo. Em países onde o protestantismo se disseminou a caça às bruxas deu origem à infame inquisição protestante que levou para a fogueira milhares de pessoas. A Europa passaria assim nas décadas seguintes  por um novo e tenebroso período histórico de consequências imprevisíveis.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Comércio da Fé

Eu fico muito entristecido quando vejo pessoas - algumas até queridas, de meu círculo social - usando a fé como fonte de comércio. É o infame comércio da fé. Não preciso apontar o dedo para a Igreja A ou B pois acredito que todos saibam muito bem do que estou dizendo. Exemplos não faltam. É algo que no Brasil perdeu o controle. Mal fecha um mercadinho, um cinema ou uma bodega qualquer e de repente lá temos mais uma Igreja de ocasião, geralmente visando única e exclusivamente o dinheiro dos potenciais fiéis que venham a aparecer. Na revista Veja vi até mesmo o caso de um profissional que atua em Rio e São Paulo que é contratado exclusivamente para dar nomes a Igrejas - geralmente fundadas por ex-comerciantes que viram seu comércio ir a falência. Assim ao invés de abrir um mercadinho ou uma padaria essas pessoas resolvem abrir Igrejas, afinal o custo é baixo - vai se gastar apenas com cadeiras e alguns outros equipamentos - e não haverá qualquer custo com matéria prima uma vez que só se está vendendo fé e essa não tem fornecedor. Além disso não se paga impostos. Por outro lado se terá um dízimo muito atraente todos os meses.

E Jesus onde está? Jesus nesses lugares é apenas uma marca, um chamariz para se atrair mais clientes, digo, fiéis. É uma triste realidade desse país onde vivemos. Desde muito jovem sempre dissociei fé de bens materiais. A fé em Jesus deve ser separada da vida material de cada um. Jesus foi o mais pobre dos homens, e deixou claro que não se pode viver para dois deuses, o verdadeiro Deus e o dinheiro. É triste ver que o Cristianismo em nosso país está virando puro comércio. A tal teologia - ou teoria - da prosperidade prega sucesso material, dinheiro, carro, casa nova. Espiritualidade? Bem pouco, quase nada. Deus nessa visão vira um gerente de banco - você paga a Ele seu dízimo e supostamente Ele lhe retorna sucesso material na vida. Só que no final quem ficam realmente ricos são os tais donos dessas Igrejas. Compram carros de luxo, apartamentos milionários e até aviões. E a mensagem do Cristo? É praticamente ignorada.

Isso muitas vezes me lembra a passagem na Bíblia em que Jesus é tentado por Satã. Esse lhe oferece tesouros, riquezas sem limites, reinos inteiros e Jesus recusa. Será que ainda hoje não conseguiram entender a essência desse trecho? A mensagem de Jesus não é de promessa de vida material desfrutada em riqueza mas sim de vida espiritual plena. Francisco de Assis, o pobrezinho, certamente entendeu a mensagem de Jesus Cristo. Renunciou a todas as riquezas e foi viver na pobreza, ajudando ao próximo. O próprio Jesus afirmou que será mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus! Então porque tanta gente insiste em usar a fé como fonte de riqueza material? Será que nunca compreenderam a verdadeira intenção de Jesus em todos esses trechos em que Ele expôs seu pensamento?

Nesse jogo de comércio da fé os dois lados estão completamente equivocados. O fiel está errado pois entra em um jogo imaginário de barganha com Deus! Ele paga o dízimo e Deus lhe voltará sucesso, riqueza e poder. Já o líder religioso se coloca numa posição muito mais delicada e equivocada ao insistir nessa "troca de favores" e quando fica rico com isso acaba condenando sua própria alma. Não transformem algo tão lindo como a fé em Deus numa bodega comercial. Deus não é comércio, Deus não é dinheiro. É triste ver massas de brasileiros entrando nesse jogo insano. Quem acredita verdadeiramente em Deus sabe que a verdadeira riqueza é a espiritual e não bens e objetos materiais que mais cedo ou mais tarde serão corroídos pelas areias do tempo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Jesus e a Teologia da Prosperidade

A teologia da prosperidade, muito difundida nos meios protestantes, afirma que Deus lhe dará prosperidade financeira e econômica caso contribua com as igrejas que servem à sua mensagem. É uma troca, o fiel dá o dízimo e Deus em troca lhe dá graças, não espirituais, mas sim materiais. Dinheiro, carros, apartamentos, joias, luxo, enfim, riquezas do mundo material.

É uma barganha com Deus! Alguns líderes protestantes foram além e disseram com todas as palavras que Deus seria obrigado a dar riqueza aos fieis que contribuíam com as denominações evangélicas. Tudo isso tem um nome, é a tal "teologia da prosperidade". Dê dinheiro que receberás em troca muita prosperidade material!

Não precisa ir muito longe para perceber a mediocridade desse tipo de pensamento religioso (ou melhor dizendo, corrupção religiosa). Não faz parte da mensagem de Jesus a promessa de riquezas nesse mundo. Muito pelo contrário, Jesus sempre deixou claro que sua mensagem era de riqueza espiritual! O próprio Nazareno era um homem humilde, que não tinha posses e nem bens materiais. Ele próprio deixou claro que o homem não deveria juntar riquezas na Terra, onde tudo é corroído pelas traças ou levado pelos ladrões.

Jesus também deixou claro que a verdadeira riqueza estava no céu, ao lado do Pai. Esse tesouro obviamente não era composto de dinheiro, joias, carros de luxo e apartamentos na praia. Quem pensa isso está completamente equivocado, chegando a ser grotesco! A teologia da prosperidade vai no fundo da alma do homem e de lá atinge sua ganância em cheio! O puxa não pela mensagem de Deus, mas pela pura e simples ganância! A mensagem subliminar é "Venha, lhe tornarei rico e cheio de posses!". Isso não é bíblico e não há nenhum trecho do novo testamento que pregue algo nesse sentido! Você tem que amar a Deus acima de todas as coisas e não apenas se ele lhe der dinheiro, bens, carros! Se você ainda não entendeu isso, você certamente não entendeu nada da mensagem de Jesus de Nazaré!

Ao contrário da promessa de dinheiro, Jesus ofereceu o céu, a vida eterna. E deixou claro que aquele que o segue deve-se decidir entre amar a Deus ou amar ao dinheiro. Em Mateus 6:24 isso fica cristalino como a graça de Deus, quando Jesus afirma: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.". Em outro momento o próprio Jesus deixa claro que ele próprio não tinha nem onde descansar sua cabeça durante as noites, ou seja, era um homem sem posses, sem casas, sem dinheiro, mas muito iluminado, pois não estava juntando riquezas nesse mundo em que tudo um dia irá virar pó! Quem ofereceu bens materiais a Jesus nesse mundo foi o diabo, quando resolveu tentar o mestre da Galileia quando Ele estava no deserto, orando e jejuando! Ou seja quem oferece riquezas materiais nas escrituras? Não é Jesus, mas sim o diabo, o anjo caído. Afinal você quer a riqueza espiritual ou a material? Decida se aceita a oferta de Jesus ou a do diabo!

Pablo Aluísio.

A Teologia da Prosperidade e o Anjo Caído

Vou contar aqui uma experiência que vivi no último fim de semana. Fui ao shopping no domingo, mas chegando lá descobri que as portas só seriam abertas dali uma hora! O que fazer para passar o tempo? Pois bem, ali pertinho estava havendo um culto de uma conhecido igreja evangélica, aquela mesma de um pastor bem conhecido no Brasil. Embora eu seja um católico convicto não me senti inibido em entrar lá. Na pior das hipóteses iria ouvir um pouco da palavra de Deus, mesmo vindo da boca de um pastor.

Minha primeira surpresa foi descobrir que havia poucas pessoas no culto. Embora as instalações fossem enormes, havia ali no máximo 25 pessoas. Foi um impacto porque sempre ouvi falar que essas igrejas estavam sempre lotadas. Acho que isso é puro marketing. Havia mesmo quase ninguém, a maioria senhoras. E olha que isso era um domingo! A crise pelo visto chegou por lá. Afinal a tal prosperidade pregada por essa igreja não anda abençoando muitos mesmo, afinal o Brasil passa por uma grande crise.

Quando o pastor começou a pregar não houve surpresas. Era pura teologia da prosperidade. A velha conversa de sempre. Que Deus iria abençoar materialmente todas aquelas pessoas, que elas iriam vestir as melhores vestes, que teriam os melhores carros, apartamentos de luxo. Depois pediu, vejam só, ofertas a Deus. Primeiro disse que as pessoas levantassem o dinheiro para a benção. Depois o obreiro - um garotinho magrinho com óculos grossos - começou a passar uma sacolinha amarela, recolhendo o dinheiro. Quando pensei que estava acabado veio mais pedidos. O pastor disse que aqueles que doassem cinquenta ou cem reais subiriam ao palco, onde seriam presenteadas com o privilégio de usar parte das vestes pastorais.

Depois na saída elas poderiam comprar por também cinquenta reais uma aliança de plástico branca. Elas teriam que trocar a aliança preta pela branca, na saída. Não entendi o propósito. Em qual lugar da Bíblia se afirma que Deus vende alianças de plástico e que elas precisam trocar toda semana? A partir daí pude perceber que tudo o que se dizia sobre a teologia (nem merece essa denominação) da prosperidade é tudo verdade. É tudo uma grande barganha com Deus. Não há espiritualidade ali, apenas busca por favores materiais, riqueza, dada por Deus aos (poucos) fiéis que estavam assistindo àquele culto. Volto a afirmar, quem dá riqueza material em troca de adoração é o anjo caído, está lá nas escrituras. Assim a teologia da prosperidade ao meu entendimento não tem nada a ver com Deus e sua palavra, mas sim com o anjo caído que tentou Jesus no deserto, sem sucesso. E então, você quer seguir a Jesus ou ao anjo caído? Decida o seu lado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Jesus e o Buraco na Agulha

Disse Jesus: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Para contornar uma mensagem tão forte muito já foi dito e escrito. De que não foi bem isso que Jesus quis dizer, que agulha não é agulha, que mexeram no texto original do novo evangelho. Outros dizem que foi o imperador Constantino que escreveu a frase! Mil teorias da conspiração! Afinal esse tipo de frase não ajuda em nada para aqueles quer querem vender riqueza e prosperidade em cultos dominicais. É embaraçoso e vergonhoso. E o pior é que temos uma frase saída da boca do próprio Jesus. Frase definitiva!

Mas foi isso mesmo que Jesus afirmou. Agulha é agulha mesmo. Desde os tempos de Jesus já existia agulha que era usada para costurar as roupas, etc. Jesus quis dizer o que está na frase mesmo, ele foi claro. Agora se isso incomoda alguns, aí já é outra história. Jesus ensinou o desapego aos bens materiais. As pessoas no Brasil hoje vão às igrejas em busca de riqueza material. Quem prometeu riquezas no mundo foi o Diabo. Quem vai numa igreja pedir riqueza material certamente não segue Jesus e nem está fazendo pacto com ele. Está fazendo pacto com outro ser, aquele que caiu do céu, mais conhecido como Lúcifer. Esse topa pacto para trazer riquezas.

O verdadeiro Jesus é aquele que dizia que era tão pobre que não tinha nem onde repousar sua cabeça de noite. A verdadeira mensagem de Jesus nada tem a ver com riquezas. O resto é alienação e fanatismo de gente besta. Na verdade quem prometeu riquezas materiais foi o Diabo, o anjo que foi expulso do céu. Ele que surge no evangelho prometendo riquezas a Jesus. Assim quem tenta formar pactos de riqueza com sua religião pobre e rasa, na verdade está firmando pacto não com Jesus, mas sim com Lúcifer! Pense sobre isso.

Pode existir um rico que não tenha apego e amor ao dinheiro, aos bens que possui? Sim, pode existir, mas é algo muito raro, muito raro. O rico médio é o escravo do dinheiro, é dinheirista, o que ama mesmo o vil metal. Ser rico e ser elevado espiritualmente é tão raro como um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Eis o que Jesus deixou em sua mensagem. A maioria dos ricos amam sua riqueza, sua fortuna. Eles não amam Jesus de verdade e nem tampouco sua mensagem.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de março de 2011

Kardec, o Ocultismo e a Necromancia

Kardec, o doutrinador principal do espiritismo era um maçom francês que tinha grande atração por ocultismo. Antes mesmo de escrever seus primeiros livros ele já participava de rituais de invocação de mortos, algo completamente proibido pelas escrituras sagradas. Ora, quando Kardec escreveu seu livro ele creditou tudo a uma suposta revelação de espíritos. Porém seu próprio colega de escrita, Flammarion, deixou claro que muito do que foi escrito veio mesmo da mente de Kardec e não de uma suposta revelação espiritual, até porque ele próprio não queria que o espiritismo fosse encarado como religião, mas sim como ciência.

Analisando-se a obra e a doutrina de Kardec vemos também que ele compilou (ou plagiou, dependendo do ponto de vista) da doutrina de antigas religiões orientais. A reencarnação vem do budismo e o karma vem do Hinduismo. Assim Kardec acabou misturando tudo, colocando numa mesma doutrina aspectos de religiões diversas, tudo claro misturado ao ocultismo, do qual ele tinha especial interesse.

Uma das práticas mais comuns no ocultismo é a invocação dos mortos. Sessões ou rituais são feitos invocando entidades espirituais. Na antiguidade esses rituais eram feitos nas sombras das florestas, ao redor da fogueira. Nos tempos atuais tudo é feito em mesas naquilo que os espíritas chamam de rituais ou sessões "brancas" de espiritismo. Ora, isso nunca foi desconhecido dos judeus e dos escritores da Bíblia. Em diversos livros essa prática, também conhecida como necromancia, é fortemente repudiada. Não haverá entre vocês aqueles que consultam os mortos, deixa claro as escrituras. Isso era proveniente do antigo judaísmo que se revelou também presente no cristianismo. Jesus jamais pregou a ideia da reencarnação. Nunca procurou entrar em contato com mortos. Jamais. Ao contrário disso, quando Jesus era confrontado com esse tipo de situação - a de espíritos dominando e falando por pessoas possuídas - ele simplesmente as expulsava, sem procurar dialogar ou trocar ideias com essas entidades.

Na parábola do Lázaro e do Rico, Jesus deixa claro que não há comunicação entre mortos e vivos. O que existem, segundo a doutrina e os ensinamentos cristãos, é a presença de entidades mentirosas que dizem ser o que efetivamente não são. Se apresentam como pais e mães mortos, como parentes queridos que já faleceram. Não são! Na verdade são anjos caídos, também conhecidos como demônios, que seguem seu grande líder, Lúcifer, o Pai da mentira, assassino e homicida desde o começo dos tempos, como bem deixou claro Jesus Cristo.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 7 de março de 2011

O Rei Saul e a necromancia na Bíblia

No velho testamento conhecemos a história do Rei Saul. Ele reinou inicialmente seguindo os preceitos de Deus, mas a riqueza, a fortuna e os prazeres o levaram para longe das escrituras. Em determinado momento de sua vida virou um déspota, um tirano e um insano. Na época de Saul o profeta de Israel era Samuel. Esse tentou de todas as formas que o Rei seguisse o caminho de Deus, mas ele se desviou dessa trajetória. Ao invés disso começou a ignorar a palavra de Deus.

Com isso seu reinado entrou em crise. Em poucos anos estava cercado de inimigos de todas as partes. Procurou pelos conselhos de Samuel, mas esse já estava morto. Então o Rei Saul cometeu o maior de seu erros. Tentou entrar em contato com o espírito de Samuel através de uma pitonisa, uma sacerdote pagã, versada em ocultismo.

Ora, Deus sempre deixou claro nas escrituras que a invocação de mortos era blasfema diante dos seus olhos. Saul porém ignorou tudo isso. Disfarçado ele participou de uma sessão de necromancia, também conhecido nos dias de hoje como espiritismo. A situação era a mesma: a consulta dos mortos, dos espíritos que vagam pela Terra. Só que essas entidades espirituais que surgem nunca são quem dizem ser. Muitos se declaram como pessoas queridas que se foram, como parentes falecidos, por exemplo. Porém Jesus deixou claro na parábola do Lázaro e do Rico que não existe essa comunicação. Que quem está no mundo espiritual não se comunica com quem está no mundo material.

E quem são aqueles que dizem ser os espíritos de parentes mortos? Muito simples, são anjos caídos, seguidores de Lúcifer, o pai da mentira. Saul também foi enganado. Uma entidade subiu (deixando claro nas palavras das escrituras que essa entidade veio de baixo, das profundezas do inferno) e se disse ser Samuel, o profeta. O rei Saul, um tolo, acreditou no que ele dizia. Falou que precisava saber seu futuro. Quando Deus descobriu que Saul estava envolvido com necromancia o abandonou de vez. Saul caiu em desgraça perante Deus. Seus filhos foram mortos, sua esposa morreu, os inimigos venceram e Saul foi enviado para as fossas infernais, onde acabou por beijar o mármore dos mais profundos vãos do abismo em chamas. Assim fica a lição para todos. Não procurem entrar em contato com espíritos. Isso é ocultismo, necromancia. Uma monstruosidade perante os olhos de Deus.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de março de 2011

Kardec e a cultura pop

Costumo dizer que o espiritismo é uma cultura pop que fugiu do controle. Eu me explico. Desde o primeiro momento em que tomei conhecimento da doutrina espírita (vinda através de um amigo de meu pai), pude perceber que o espiritismo era um caldeirão, um mosaico onde Kardec misturou aspectos de religiões orientais antigas (como o budismo e o hinduísmo), com a cultura pop das histórias de fantasmas da Europa ocidental. Essa cultura popular de fantasmas em castelos mal assombrados faz parte da cultura europeia desde o período medieval. Aos poucos essas estórias de almas penadas e derivados foram absorvidas pelos grandes escritores de terror que iam surgindo como Edgar Allan Poe, Abraham "Bram" Stoker e tantos outros. Só que esses autores sabiamente nunca cruzaram a linha da cultura pop. Kardec sim. Ele foi além disso.

O que fez esse francês, membro da maçonaria que estava em guerra com a Igreja Católica, foi tentar trazer uma racionalidade, uma explicação doutrinária e religiosa (embora os espíritas neguem o conceito de religião) para o mundo espiritual, o mundo dos fantasmas. Usando aspectos de outras religiões milenares como a própria reencarnação (forte nos ensinamentos de Buda e de religiões indianas), trazendo tudo isso para o atraente mundo dos contos de fantasmas, ele juntou tudo e pronto - nasceu a doutrina do espiritismo tal como a conhecemos. Junte-se a isso o lado místico do povo brasileiro e você entenderá porque essa crença cresceu tanto em nosso país. Na França e em outros países europeus os livros de Kardec estão praticamente esquecidos e quando são lembrados o são apenas como uma curiosidade literária de um tempo em que tentou-se unir o pensamento do cientificismo, tão disseminado naquele período histórico, com a religião, conseguindo de quebra com isso desvalorizar a tradicional doutrina católica, que no fundo era o principal objetivo de muitos maçons franceses naqueles tempos.

Um dos problemas básicos do espiritismo na Europa e de seu quase desaparecimento nos anos seguintes foi que muitas das supostas histórias de fantasmas que lhe davam base teórica se revelaram como meras fraudes, como o caso da irmãs Fox que depois de toda a repercussão abriram o jogo, dizendo que tudo havia sido uma farsa. Outro que ajudou a destruir o espiritismo na Europa e Estados Unidos foi o famoso mágico Harry Houdini. Intrigado e desafiado ao ver as sessões de espiritismo se espalharem, com manifestações de pessoas mortas dando batidas em mesas, portas e fazendo pratos voarem, ele passou a se dedicar a revelar os truques que aconteciam nessas sessões espíritas, desmascarando assim milhares de charlatões. Com seu trabalho de desmascarar essa horda de médiuns e clarividentes fajutos, picaretas, as doutrinas nascidas com Kardec foram perdendo a credibilidade perante os povos europeus.

Hoje o espiritismo sobrevive basicamente no Brasil. Na Europa o próprio Kardec é uma figura bem desconhecida. Curioso o caso de duas irmãs brasileiras que foram até a França para visitar o túmulo do escritor e descobriram, abismadas, que nem os funcionários do cemitério onde ele estava enterrado sabiam quem ele havia sido em vida. Um desconhecido para os franceses em geral. Há uma pseudo ciência envolvida em seus escritos que pioraram ainda mais a situação sobre a credibilidade de seus livros, já que os avanços da ciência colocaram a nu todas as supostas verdades reveladas pelos tais espíritos, pelos que vivem no mundo além túmulo. Finalizando deixo claro que minha intenção com esse texto não é atingir qualquer pessoa que venha a acreditar no mundo espiritual supostamente revelado por Kardec, mas sim de deixar minha opinião, afinal vivemos em um país livre. Acredito pessoalmente que o espiritismo é mesmo uma parte da cultura pop literária que simplesmente fugiu do controle, tal como se uma religião fosse fundada baseada nos contos do grande Edgar Allan Poe, que aliás como escritor dava de dez a zero no esquecido Kardec.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Ateísmo e o Protestantismo

Ao se debruçar em relação à pesquisas sobre religião no continente europeu descobrimos algumas coisas interessantes, principalmente sob um ponto de vista histórico. Os países europeus com o maior número de ateus atualmente são exatamente aqueles em que o protestantismo dominou nos últimos séculos. Em alguns deles o catolicismo foi banido das igrejas. Historicamente também percebemos que os países europeus mais religiosos atualmente são justamente aqueles em que o catolicismo sempre predominou. Isso cria uma relação inegável entre as doutrinas inauguradas por Lutero e o puro e simples ateísmo, onde grande parcela da população não acredita mais em Deus.

Os países europeus mais ateus na atualidade são Suécia (onde 85% do povo se declara ateu), Dinamarca (com 80% de pessoas que não acreditam em Deus) e Noruega (onde 72% não acreditam mais em nenhum tipo de divindade). O que aconteceu no passado nesses países do norte da Europa? Ora, reis e rainhas se declararam protestantes e expulsaram os católicos ou os perseguiram implacavelmente. Sem a fé católica tudo foi uma questão de tempo. O ateísmo se instalou e os protestantes que sobraram se tornaram uma pequena minoria entre o povo, encarado muitas vezes como fanáticos intolerantes (características aliás que sempre são associados aos protestantes em várias partes do mundo).

Do outro lado da balança temos os países mais religiosos da Europa. Quais são eles? Portugal, Espanha e Itália. Países tradicionalmente católicos, onde a Igreja Católica sempre se fez muito presente ao longo da história. Em Portugal tivemos as aparições de Nossa Senhora. Na Espanha a Igreja Católica sempre foi muito presente e na Itália temos a sede da Igreja, no Vaticano, em Roma. Um dado importante sobre isso: 98% dos italianos se declaram católicos! A França também foi uma nação católica por séculos, com a monarquia muito próxima aos assuntos papais, porém a Revolução Francesa parece ter quebrado em parte a fé dos franceses. Em consequência disso é dos países católicos tradicionais o que atualmente tem a menor percentagem de pessoas com crença em Deus, mas se comparada com as nações historicamente protestantes do norte europeu ainda exibe números até robustos.

Isso levou um dos pesquisadores a dizer a seguinte frase: "O Protestantismo parece ser a antessala do ateísmo!" Números não mentem. Nações europeias que abraçaram o protestantismo depois da reforma acabaram liquidando no seio de seu povo com a fé em Deus. Parece algo que não germina, que não dá frutos. No Brasil temos também uma relação curiosa. Conforme aumenta o número de evangélicos, aumenta também o número de ateus, principalmente entre os mais jovens. Os absurdos que ocorrem em certas denominações protestantes acabam chocando esses jovens e muitos deles acabam criando uma aversão ao evangelho, à palavra de Deus. Muitos encaram tudo como simples charlatanismo para se ganhar dinheiro com a fé alheia! Quem pode censurá-los? Assim encerro a postagem com os números postos sobre a mesa. Agora cada um que tire suas próprias conclusões.

Pablo Aluísio.