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quinta-feira, 21 de abril de 2022

Ultravioleta

Título no Brasil: Ultravioleta
Título Original: Ultraviolet
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Kurt Wimmer
Roteiro: Kurt Wimmer
Elenco: Milla Jovovich, Cameron Bright, Nick Chinlund, Sebastien Andrieu, William Fichtner, Ryan Martin

Sinopse:
No final do século XXI uma super raça de seres humanos é criada com o objetivo de dominar toda a humanidade. O aparecimento de uma criança pode colocar fim a toda essa raça. E esse menino passa a ser protegido pela guerreira Violet Song Jat (Milla Jovovich).

Comentários:
O filme tem uma estética visual excelente. Os efeitos digitais e tudo mais formam um conjunto dos mais belos aos olhos do espectador. A direção de arte também é de primeira linha. Pena que a criação de todo esse futuro não se sustenta em um bom roteiro. Esse é derivativo demais, aquela velha coisa sobre o surgimento de um predestinado, uma espécie de Messias do futuro. E esse é representado pelo garoto que a protagonista precisa proteger. A modelo Milla Jovovich teve muita sorte na carreira. Além de estrelar a franquia "Resident Evil" ela ainda fez filmes secundários como essa ficção de ação. Isso trouxe uma carreira estável para ela. Coisa que muitas atrizes talentosas não conseguiram. Bela como mulher, fraca como atriz, não consegue convencer em cena. Não que isso venha fazer muita diferença em um filme como esse.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Equilibrium

Depois da Terceira Guerra Mundial grande parte da humanidade está morta por causa do holocausto nuclear. Os que sobreviveram resolvem se submeter a um Estado autoritário que comanda cada aspecto pessoal dos súditos a ele submetido. Dentro dessa nova ideologia chega-se a conclusão que as emoções humanas causaram a guerra que destruiu grande parte da civilização. Para manter a paz então todos devem suprimir qualquer tipo de sentimento ou emoção. Drogas são usadas para isso e para manter a ordem, evitando o afloramento de emoções, é criado um grupo especializado chamado de "clérigos", cujo objetivo principal é caçar todo elemento subversivo aos mandamentos do Estado. Entre eles está John Preston (Christian Bale). Sua mulher foi incinerada pelos clérigos após demonstrar emoções humanas em relação ao próprio marido. O mundo começa a mudar para Preston quando ele acidentalmente deixa de usar sua droga diária de supressão emocional. Ao se sentir novamente como um ser humano capaz de experimentar emoções como no passado, ele começa a entender o absurdo da situação em que vive.

Essa ficção me lembrou muito de um clássico chamado "Fahrenheit 451" de François Truffaut. Tal como lá, aqui também temos um Estado opressivo que não abre margens para a liberdade individual. A simples posse de um livro de poesias, por exemplo, pode significar a eliminação completa do grupo, resultando em uma execução sumária. Literatura, filmes e música também são proibidos. A arte em geral é vista como algo extremamente nocivo pois faz aflorar os sentimentos e emoções tão inerentes aos seres humanos que esse Estado autoritário quer de todas as formas eliminar da sociedade. Embora tenha uma premissa realmente excelente o filme também faz inúmeras concessões comerciais para o deixar mais palatável ao público jovem que frequenta os cinemas. Assim sai uma abordagem mais intelectual da questão para se priorizar várias cenas de ação - muito bem realizadas, é bom frisar.  Christian Bale está muito adequado em seu papel. Ele é realmente o ator indicado para interpretar tipos como o do filme, inicialmente frios e sem emoção e que depois precisam lidar com uma nova forma de enxergar o mundo ao seu redor. Com boa direção de arte (que investe em cenários assépticos e desprovidos de alma) e um bom argumento, "Equilibrium" é certamente uma das ficções mais interessantes dos últimos anos. Inteligente e bem perspicaz.

Equilibrium (Equilibrium, EUA, 2002) Direção: Kurt Wimmer / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Christian Bale, Sean Bean, Emily Watson, William Fichtner, Sean Pertwee / Sinopse: Em um mundo que tenta se reconstruir após uma guerra nuclear, a sociedade resolve se submeter a um Estado totalitário que prega a supressão de todas as emoções humanas para se chegar na verdadeira paz entre os homens. Filme indicado ao American Choreography Awards e à Phoenix Film Critics Society Awards.

Pablo Aluísio.