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sábado, 12 de outubro de 2024

Os Fantasmas Ainda se Divertem

Título no Brasil: Os Fantasmas Ainda se Divertem
Título Original: Beetlejuice Beetlejuice
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar
Elenco: Michael Keaton, Winona Ryder, Jenna Ortega, Catherine O'Hara, Monica Bellucci, Willem Dafoe

Sinopse:
Quase 40 anos depois da história do primeiro filme, Lydia Deetz (Winona Ryder) continua a ter problemas. atualmente apresentando um programa de terror fajuto, desses que passam em canais a cabo, ela começa a sentir novamente a presença de Beetlejuice (Michael Keaton) e isso definitivamente é um grande problema. Pior, seu marido falece, ela tem um novo noivo canastrão e uma filha adolescente que acaba se envolvendo com o rapaz errado! 

Comentários:
Esse era um filme que eu jamais pensei que teria uma continuação. Até porque já faz quase 40 anos de seu lançamento original! Então, na falta de novas ideias na Hollywood dos dias atuais, eis que surge essa sequência mais do que tardia. Não é exagero dizer que há uma verdadeira onda de nostalgia do cinema dos anos 80, principalmente depois do sucesso de Top Gun 2. Tentando obter o mesmo sucesso comercial os produtores decidiram resgatar da tumba esse velho projeto de um segundo filme de "Os Fantasmas se Divertem". A boa notícia é que esse segundo filme ficou até muito bom. Trouxeram parte do elenco original e Tim Burton reassumiu a direção, algo que achei que não iria acontecer por causa das brigas que teve ao longo dos anos com a Warner. Para revitalizar a nova franquia e atrair o público jovem resolveram escalar a atriz Jenna Ortega. Uma ótima escolha. No geral esse segundo filme segue de perto as ideias do primeiro, inclusive se evitou ao máximo os efeitos digitais modernos, justamente para ter aquele mesmo clima do primeiro filme. O saldo final é muito interessante e positivo. Puro suco dos anos 80. E obviamente sendo assim eu gostei muito do que assisti. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Assassino Sem Rastro

Esse bom filme traz o ator Liam Neeson interpretando um assassino profissional. Ele já está com uma determinada idade e pensa em se aposentar, principalmente depois que começam a surgir os primeiros sinais do mal de Alzheimer, uma doença que já atingiu seu irmão que se encontra praticamente em estado vegetal em um hospital. Depois de fazer um execução no México, ele retorna aos Estados Unidos com um novo "serviço". Na cidade de El Passo no Texas ele precisa eliminar alguns alvos e no meio do serviço descobre que uma das pessoas a serem mortas é uma garota de 13 anos de idade, uma Imigrante ilegal mexicana, praticamente uma criança. Algo que para ele é inconcebível. Assim deixa ela viva. De assassino profissional para um cartel do México ele passa a ser o novo foco a ser apagado e aí precisa sobreviver sendo perseguido não apenas pelos criminosos, mas também pelo FBI e por uma polícia estadual do Texas altamente corrompida, cheia de policiais corruptos.

Não se pode dizer que Liam Neeson não seja um trabalhador padrão no mundo do cinema, atualmente acredito que seja o ator que mais lança filmes ao ano em Hollywood. Quem acompanhar sua carreira pode ficar tranquilo pois esse aqui é um bom filme policial com roteiro bem escrito, excelente trama e um bom desenvolvimento e desfecho da história. O realismo vai surpreender muita gente, principalmente no clímax do filme, onde vai se discutir que forma subliminar as falhas no sistema jurídico norte americano. O elenco é muito bom, além de Liam Neeson, temos Guy Pearce como um honesto agente do FBI e uma Vilã interpretada pela bela Monica Bellucci, dando vida a uma personagem interessante, uma magnata do ramo de imóveis envolvida no mundo do crime organizado. Filme muito bem produzido e dirigido, realmente acima da média, sendo um dos melhores de Liam Neeson nesses últimos anos. Recomendo sem restrições.

Assassino Sem Rastro (Memory, Estados Unidos, 2022) Direção: Martin Campbell / Roteiro: Dario Scardapane / Elenco: Liam Neeson, Guy Pearce, Monica Bellucci / Sinopse: Assassino profissional passa a ser alvo de um violento cartel do México após se recusar a eliminar uma garota de 13 anos. Além dos criminosos, ele precisa também escapar do FBI e de uma polícia estadual do Texas cheia de policiais corruptos e comprados por uma rica e poderosa empresária de El Passo.

Pablo Aluísio. 

domingo, 26 de dezembro de 2021

Sob Suspeita

Um rico advogado chamado Henry Hearst (Gene Hackman) e sua bela esposa Chantal Hearst (Monica Bellucci) acabam sendo acusados de um crime envolvendo a morte de uma criança, uma menina de 12 anos encontrada morta na ilha de San Juan, em Porto Rico. O casal estaria ali para participar de uma arrecadação de fundos para os desabrigados de um furacão que teria devastada a ilha do Caribe. Só que agora eles se encontram em uma situação extremamente delicada. Afinal teriam mesmo algo a ver com o crime? Ou tudo seria uma grande cilada armada por inimigos do advogado nos Estados Unidos? Morgan Freeman interpreta o policial Victor Benezet, que se torna o responsável pelas investigações do assassinato.

Um bom filme, valorizado (isso fica claro pela simples leitura da ficha técnica da produção) pelo ótimo elenco. O trio central é realmente acima da média. Gene Hackman (hoje em dia, aposentado) é um dos destaques porque seu personagem fica sempre no fio da navalha, levando o espectador a ora acreditar em sua inocência, ora pender para o lado daqueles que o acusam do crime. Morgan Freeman dispensa maiores comentários, pois sempre foi ótimo e Monica Bellucci está belíssima no filme, naquele ano em seu auge de beleza. Assim fica a dica desse bom thriller policial, com uma trama bem bolada que só se desvenda na última cena.

Sob Suspeita (Under Suspicion, Estados Unidos, 2000) Direção: Stephen Hopkins / Roteiro: Claude Miller, baseado no livro de John Wainwright / Elenco: Morgan Freeman, Gene Hackman, Monica Bellucci, Thomas Jane / Sinopse: Um advogado americano é acusado de um crime violento e bárbaro envolvendo uma criança. Seria inocente ou culpado das graves acusações?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Matrix Revolutions

Terceiro e último filme da trilogia Matrix. Tive a oportunidade de ver no cinema pois na época frequentava muito mais as salas de exibição do que hoje em dia. O que posso dizer desse filme? É a conclusão, o desfecho, onde tudo deveria ser explicado para o público. A série Matrix gozou de grande prestígio entre o público e a crítica. Seu roteiro, diríamos, filosófico, atraiu muita gente. Os cinéfilos em geral se tornaram fãs. Eu apenas acompanhei com interesse mediano. Sem arroubos de entusiasmo como muita gente boa por aí.

O curioso é que esse terceiro Matrix em minha opinião é o mesmo enigmático e o menos profundo também em sua trama. Essa coisa de se revelar muito acaba estragando certos filmes. O espectador olha e pergunta a si mesmo: Era só isso? Perdi o meu tempo. No meu caso não cheguei a tanto, mas fiquei também com uma sensação de que Matrix poderia ir muito além em seu final. Do jeito que ficou, temos apenas um clímax OK, nada demais. O destaque novamente vai para os efeitos especiais, revolucionários há 15 anos! Hoje em dia eles não surpreendem mais como antigamente, mas até que envelheceram bem.

Matrix Revolutions (The Matrix Revolutions, Estados Unidos, 2003) Direção: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Monica Bellucci / Sinopse: Conclusão da trilogia Matrix, onde todos os segredos e mistérios em torno da saga do protagonista Neo são reveladas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Malena

Título no Brasil: Malena
Título Original: Malèna
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Medusa Film, Miramax
Direção: Giuseppe Tornatore
Roteiro: Giuseppe Tornatore, Luciano Vincenzoni
Elenco: Monica Bellucci, Giuseppe Sulfaro, Luciano Federico
  
Sinopse:
O enredo se passa pelos olhos do jovem Renato Amoroso (Giuseppe Sulfaro). Quando a Segunda Guerra Mundial chega finalmente em seu país, a Itália, ele passa a acompanhar a mudança na vida de todos os seus vizinhos e em especial da bela Malena (Monica Bellucci). O garoto tem uma paixão platônica por ela que é bem mais velha. Ao longo dos anos ele vai acompanhando sua vida de longe, suas dores, privações e sofrimentos. A vida de uma mulher linda, mas pobre e explorada de todas as formas por aqueles que deveriam apenas lhe ajudar por uma questão puramente humanitária. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Lajos Koltai) e Melhor Trilha Sonora Original (Ennio Morricone). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
Gostei muito desse filme. O assisti inicialmente em 2008, embora sempre tivesse ciência de sua existência já que a película foi bastante homenageada pela crítica desde o seu lançamento em 2000. Quando o vi na programação da TV a cabo não perdi a chance de finalmente assistir. Não me arrependi e a boa recepção da crítica especializada mostrou-se mais do que merecida. O grande trunfo desse roteiro é que ele parte de uma perspectiva bem pessoal, da vida e da visão de jovens adolescentes, sobre a vida de uma linda mulher numa Itália destroçada pela guerra. Malena (Bellucci, no auge de sua beleza) é uma jovem linda que fica completamente sem recursos justamente no período mais desastroso de seu país. Sem emprego ou meio de vida ela acaba se prostituindo, até mesmo para um advogado sem escrúpulos que aceita lhe ajudar em uma questão jurídica em troca de sexo. Até então Malena era vista como uma mulher honesta e íntegra, verdadeiro símbolo sexual na vila onde morava, objeto de desejo e amores platônicos dos adolescentes do bairro. Quando tudo isso cai por terra por causa da necessidade de sobreviver em meio àquele caos fica aquela sensação de melancolia desesperançada para o espectador. Giuseppe Tornatore assim mostra porque sempre foi considerado um dos grandes diretores italianos de todos os tempos. Sua sensibilidade social e seu grande humanismo sempre foi o grande diferencial em suas obras. Algo que inclusive já havia ficado mais do que claro em filmes essenciais como "Cinema Paradiso". Não deixe de conferir mais essa visão romântica e melancólica embasada em uma nostalgia e uma saudade de um tempo em que não havia ainda nenhum tipo de decepção com a vida.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

007 Contra Spectre

Depois dos acontecimentos do filme anterior o agente James Bond (Daniel Craig) resolve ir atrás do criminoso Marco Sciarra (Alessandro Cremona) na Cidade do México. Ele foi indicado por M (Judi Dench) em um vídeo, determinando que Bond o eliminasse assim que o encontrasse. Tudo de forma não oficial. Ao colocar as mãos no mafioso, Bond descobre que há uma organização muito maior e mais organizada por trás de tudo o que anda acontecendo, inclusive dentro do próprio governo inglês. Há uma movimentação para que o o projeto de agentes 00 (com licença para matar) seja encerrado de forma definitiva. Além disso um burocrata chamado C (Andrew Scott) está lutando para que todos os serviços de inteligência sejam unificados, numa clara tentativa de controlar todo esse poder. Mal sabe Bond que tudo está sendo determinado pelo misterioso Blofeld (Christoph Waltz), líder de um grupo criminoso internacional chamado Spectre. O objetivo final é o controle completo do aparato de espionagem dos principais países ocidentais. "Spectre" é o quarto e ultimo filme de James Bond com o ator Daniel Craig já que o próprio ator anunciou recentemente que não mais voltará ao personagem. Depois de nove anos interpretando o agente 007, Craig se justificou dizendo que não havia mais nada a explorar dentro desse universo. Ele deseja agora trilhar outros caminhos na carreira. Uma pena já que esse também é seguramente o pior filme da era Craig. Isso até me surpreendeu de forma negativa porque havia gostado bastante do anterior, "Operação Skyfall" de 2012.

Nesse novo filme se nota claramente que os roteiristas tentaram em vão voltar aos velhos tempos, partindo de uma trama mais tradicional. Não deu muito certo. Apesar de trazer de volta um dos vilões mais clássicos da franquia, o cruel Blofeld, que apareceu pela primeira vez em "Moscou Contra 007" de 1963, o resultado se mostrou apenas morno demais. A trama é bem básica e se desenvolve de maneira quase preguiçosa. Não há tantas sequências memoráveis de ação como nos filmes anteriores mais recentes e a sensação de Déjà vu logo se impõe. Rodado na Cidade do México, Roma e Londres, além de inúmeras tomadas de cenas nas geleiras da Áustria e nos desertos do Marrocos, o filme decepciona até mesmo na beleza dessas paisagens naturais, bem pouco aproveitadas. E por falar em desperdício de talento o grande equívoco do filme vem principalmente da pouca exploração da presença do ótimo ator Christoph Waltz. Ele tem poucas cenas realmente importantes e em nenhuma delas tem uma oportunidade real de mostrar seu talento dramático. Ao invés de desenvolver melhor o lado psicológico de seu duelo com James Bond, os roteiristas escolheram o caminho mais fácil, apelando para clichês (como na explosão das instalações no meio do deserto, algo que já saturou em se tratando de filmes da série). Outro velho problema que se repete vem das inúmeras situações de conclusão ao longo do filme. Toda uma teia é tecida com extremo cuidado para depois ser dissolvida das formas mais banais. O vilão está incomodando? Explode-se tudo! C é um burocrata odioso? Jogue ele do alto do prédio... e por aí vai. Provavelmente o surgimento tardio da Spectre nessa era Craig que se encerra aqui seja aproveitada no próximo filme, já sem o ator. Vai funcionar? Só o tempo dirá. O que podemos dizer é que nessa nova produção definitivamente não pareceu dar muito certo.

007 Contra Spectre (Spectre, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Direção: Sam Mendes / Roteiro: John Logan, Neal Purvis, baseados no personagem criado por Ian Fleming / Elenco: Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Ralph Fiennes, Monica Bellucci, Andrew Scott, Judi Dench / Sinopse: James Bond (Craig) descobre a existência de uma ampla organização internacional dedicada ao crime denominada Spectre. Liderado pelo vilão Blofeld (Christoph Waltz) esse grupo almeja ter o controle completo sobre todos os serviços de inteligência do mundo.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Os Irmãos Grimm

Título no Brasil: Os Irmãos Grimm
Título Original: The Brothers Grimm
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra, República Tcheca
Estúdio: Dimension Films, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Matt Damon, Heath Ledger, Monica Bellucci
  
Sinopse:
Wilhelm Grimm (Matt Damon) e seu irmão Jacob (Heath Ledger) decidem percorrer vilas e comunidades do interior da Europa em busca de contos de fadas e estorinhas infantis para realizar um verdadeiro levantamento escrito do folclore da região. Na sua jornada de preservação desse patrimônio artístico acabam descobrindo que nem tudo é apenas fantasia e imaginação no mundo em que vivemos. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival. 

Comentários:
Terry Gilliam não é um diretor comum. Geralmente ele transforma seus filmes em verdadeiros delírios cinematográficos. Gosto de dizer que ele é um cineasta barroco, com tudo o que há de significado nesse tipo de qualificação. Sempre trabalhando com talentosos diretores de arte, ele acabou realizando um filmografia que é puro deleite visual e sensorial. Não é diferente nesse "The Brothers Grimm". O projeto nasceu bem convencional, com a proposta de contar a história real desses dois estudiosos e escritores que foram atrás de centenárias estórias infantis e as colocaram em edições de grande resgate histórico. Por essa razão os irmãos Grimm entraram na história. Indo de vila em vila eles foram compilando as historinhas infantis que lhes eram contadas. Pense em um famoso conto infantil e provavelmente os Grimm terão participado de algum forma ou em sua criação ou então em sua preservação, pois trazendo a tradição oral para o papel eles acabaram imortalizando esse rico acervo da cultura mundial. Embora rica do ponto de vista cultural, Gilliam preferiu acrescentar magia e fantasia na vida dos irmãos. Nada que fosse historicamente muito preciso. O resultado é criativo, não se pode negar, mas também irregular. Eu tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, mas infelizmente nem mesmo na tela grande houve melhoras. O resultado é de fato apenas bem mediano. O que ajuda muito é seu bom elenco principal. Com a morte do ator Heath Ledger o filme acabou ganhando ainda mais ares cult, embora bom mesmo seja a beleza de Monica Bellucci, praticamente uma deusa em suas cenas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Mandando Bala

Título no Brasil: Mandando Bala
Título Original: Shoot 'Em Up
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Michael Davis
Roteiro: Michael Davis
Elenco: Clive Owen, Monica Bellucci, Paul Giamatti

Sinopse:
Em meio a ação desenfreada uma mulher grávida entra em trabalho em parto e só conta com o auxílio de Smith (Clive Owen). Ele tem a missão de proteger a criança de um grupo de criminosos liderados por Hertz (Paul Giamatti). Para isso tentará manter a salvo o recém-nascido ao mesmo tempo em que tenta também sobreviver à caçada feroz que é iniciada.

Comentários:
Um filme que me chamou a atenção logo na primeira vez que assisti. Isso porque não é definitivamente um filme de ação convencional, longe disso, na realidade é uma espécie de paródia que nunca se assume como tal e que se vale de uma sucessão de cenas pra lá de absurdas para causar impacto ou risos nervosos nos espectadores. Alguns não compram a ideia e deixam o filme pela metade, outros resistem mas não gostam da proposta do filme e por fim há aqueles que acham tudo o máximo. De nossa parte podemos até achar algum mérito cinematográfico aqui, por causa da estética exagerada e sem noção. Talvez seja uma forma do cinema de ação sobreviver aos novos tempos em relação a uma geração criada em frente aos videogames. De qualquer maneira há defensores desse tipo de estética fora dos padrões. Prova disso é que a produção concorreu a dois prêmios no Satellite Awards nas categorias Melhor Filme e Melhor ator (Clive Owen). Arrisque para conhecer.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Lágrimas do Sol

O tenente A.K. Waters (Bruce Willis) da equipe de elite Navy SEAL é enviado para uma região de conflito armado, nas selvas da Nigéria, com o objetivo de resgatar a Dra. Lena Fiore (Monica Bellucci) que se recusa a abandonar o local deixando todos os seus pacientes à mercê de uma brutal guerrilha. Sem alternativas o militar então decide fazer algo impensável. Ignorando suas próprias ordens ele decide tentar resgatar todos os setenta refugiados daquela guerra civil violenta. Esse é o tema desse "Lágrimas do Sol" que tenta humanizar a figura do soldado americano, tão mal visto em todas as regiões do mundo afora. Em seu lançamento o filme foi acusado de muitas coisas, como por exemplo, reacionário, imperialista e até mesmo o de ser um prato requentado dos antigos filmes de ação dos anos 80 com seus super soldados ao estilo John Rambo. O diretor negro Antoine Fuqua defendeu sua obra afirmando que no fundo era apenas a tentativa de se contar uma boa história. Não deveria o público assim procurar por qualquer mensagem ideológica no roteiro já que em sua visão "Lágrimas do Sol" era apenas uma boa aventura e nada mais.

Mas será mesmo que um filme sobre militares americanos agindo de forma humana em um país estrangeiro pode ser visto apenas como um simples entretenimento? Depende de cada espectador, o que não se pode negar é que além de mera diversão o filme também funciona sim como uma forma de melhorar a imagem das forças armadas americanas no estrangeiro, meta bem complicada de se atingir uma vez que as inúmeras intervenções militares no exterior minaram muito essa imagem. Já olhando do ponto de vista puramente cinematográfico temos uma produção bem realizada mas que nunca empolga, nunca cria vínculo. A mistura de drama com ação também não funciona muito bem. O personagem de Bruce Willis é bem raso e pouco desenvolvido e suas motivações, que o levam a desobedecer ordens superiores, nunca ficam bem esclarecidas. De bom mesmo apenas a excelente fotografia do filme, uma vez que as cenas de selva foram rodadas no Havaí, com toda a sua beleza natural.

Lágrimas do Sol (Tears of the Sun, Estados Unidos, 2003) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Alex Lasker, Patrick Cirillo / Elenco: Bruce Willis, Cole Hauser, Monica Bellucci / Sinopse: Equipe Navy SEAL é enviada para a Nigéria para resgatar uma médica (Bellucci) que se recusa a ir embora deixando todos os refugiados para trás, pois certamente serão mortos pela guerrilha local. Ignorando ordens um tenente (Willis) decide ajudar a todos.

Pablo Aluisio.

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Informante

Filme que denuncia um dos maiores escândalos da história da ONU (Organização das Nações Unidas). Baseado em fatos reais o enredo mostra a luta de Kathryn Bolkovac (Rachel Weisz), uma jovem policial americana que é designada pela ONU para trabalhar na Bosnia Herzegovina. Como se sabe desde o fim dos regimes socialistas do leste europeu muitos países se fragmentaram, sendo um dos mais atingidos nesse processo a antiga Iugoslávia. Depois de anos de guerra civil várias nações surgiram como Croácia e Bósnia. Kathryn começa como investigadora de pequenos casos e depois começa a ser promovida na carreira. Em um novo posto, de hierarquia mais elevada, começa a descobrir a existência de uma grande rede de tráfico humano, que leva garotas jovens e pobres de países do leste europeu para casas de prostituição na Bósnia. Para sua grande surpresa descobre também que os principais clientes eram, ora vejam só, funcionários e membros de equipes de empresas privadas e órgãos internacionais como a própria ONU. Tentando denunciar tudo o que acontecia a oficial acabou sendo perseguida e depois demitida de suas funções. Uma história escabrosa!

O filme choca o espectador porque mostra um completo desvirtuamento de valores. Pessoas que deveriam zelar pela paz e segurança daquelas populações acabaram se envolvendo em crimes horríveis. Os chefões desses esquemas de tráfico humano e prostituição jogavam todas aquelas garotas jovens e bonitas em um verdadeiro terror. Os locais onde viviam mais pareciam masmorras medievais, com correntes e completa falta de higiene. Para piorar elas viravam verdadeiras escravas pois os cafetões não deixavam voltar ao seu país de origem antes que pagassem todas as suas contas de despesas, algo que as impedia de fugir daquele show de horrores. O pior de tudo porém é saber que americanos e europeus, agentes enviados para a Bósnia para ajudar a população local se aproveitavam disso, se envolvendo até o pescoço com todos esses crimes. Triste e lamentável. O filme é muito bom, extremamente bem roteirizado e conta com o grande talento da atriz Rachel Weisz, que tem se destacado cada vez mais em produções relevantes, de excelente nível cinematográfico. Não deixe de conhecer “A Informante” que mostra que de boas intenções o inferno realmente está cheio!

A Informante (The Whistleblower, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, 2010) Direção: Larysa Kondracki / Roteiro: Larysa Kondracki, Eilis Kirwan / Elenco: Rachel Weisz, Vanessa Redgrave, Monica Bellucci / Sinopse: Policial americana a serviço da ONU na Bósnia acaba descobrindo uma rede de tráfico humano e prostituição envolvendo membros da organização. Depois de revelar tudo acaba sofrendo todos os tipos de pressões para abafar o caso.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Drácula de Bram Stoker

Drácula de Bram Stoker (1847 - 1912) é um clássico absoluto da literatura de terror. Publicado originalmente em 1897 o livro é considerado o marco zero na mitologia moderna sobre vampiros. Obviamente que a lenda sobre vampirismo atravessou séculos mas foi Stoker, com raro brilhantismo, que conseguiu unir seus principais elementos em um texto único, extremamente bem trabalhado e rico em detalhes e nuances que anos depois seria usado exaustivamente pela sétima arte. O que fez o genial Stoker foi reunir em um só romance as lendas, os mitos e até as histórias reais (como a da Condessa Isabel Bathory) para criar um personagem singular, um Conde que esconde uma maldição secular em seu castelo sombrio. Foi justamente com a intenção de ser o mais fiel possível a essa obra que Francis Ford Coppola realizou sua versão de Drácula em 1992. Considerado por muitos como a obra definitiva sobre o personagem o filme ainda hoje impressiona por sua brilhante direção de arte, seu clima soturno e o excelente trabalho do roteiro em mostrar um lado até então pouco explorado em todos os filmes sobre Drácula: o aspecto mais romântico da personalidade do Conde. De fato seu maior fardo é a sua dor pela perda de sua amada, dor essa que atravessa os séculos, tornando-se o verdadeiro martírio do monstro. Ao explorar esse aspecto o filme traz uma carga humana muito intensa ao personagem, tornando tudo muito mais real e visceral.

Passados 20 anos de seu lançamento ouso dizer que Drácula foi a última grande obra prima do mestre Coppola. É uma constatação penosa, haja visto que sem dúvida ele foi um dos cineastas mais brilhantes de Hollywood. Seu grande trabalho aqui se revela na escolha do elenco ideal (Gary Oldman personifica as várias faces do vampiro de forma maravilhosa), no uso correto e pontual de ótimos efeitos especiais (todos recriando uma oportuna atmosfera Vitoriana) e na fidelidade ao texto original. O resultado de tanto talento se vê nas telas de forma grandiosa. Ao custo de 40 milhões de dólares o filme demonstra ter todas as peças perfeitamente encaixadas, resultando em um trabalho magnífico, uma obra de arte realmente. O velho Stoker certamente ficaria orgulhoso.

Drácula de Bram Stoker (Dracula, Estados Unidos, 1992) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro:  James V. Hart baseado na obra de Bram Stoker / Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci / Sinopse: Jonathan Harker (Keanu Reeves) vai a um distante e isolado castelo com a missão de vender uma propriedade a um estranho e recluso Conde chamado Drácula (Gary Oldman). Ao ver o retrato de sua amada o monstro fica admirado com a semelhança com sua antiga paixão, uma jovem falecida há muitos séculos. Não tardará para que o Conde vá ao seu encontro.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Paixão de Cristo

Jesus Cristo viveu em uma época brutal. Sua nação era dominada por um Império que punia com ferro e fogo qualquer mínimo sinal de rebelião. As penas eram duras e desumanas e os castigos aos que desobedeciam a lei romana eram simplesmente esmagadores. Mesmo vivendo em uma época tão sangrenta e monstruosa esse homem simples e humilde de Nazaré ousou pregar uma mensagem de paz e esperança para a humanidade. O que mais admiro em Jesus é justamente a base de sua filosofia de vida, tão simples e tão poderosa ao mesmo tempo, fundada no amor ao próximo e no respeito pela dignidade humana. Fundador da maior religião do planeta Jesus segue sendo tema de livros, teses e filmes que tentam captar um pouco de sua extraordinária personalidade. Desde a era do cinema mudo Jesus tem sido enfocado em inúmeras produções. Algumas se tornaram ícones, outras são superficiais. "A Paixão de Cristo" de Mel Gibson tentou ser a mais realista de todas. Algumas opções do diretor para alcançar esse objetivo são bem louváveis, como o uso do idioma que Jesus falava, o Aramaico, uma língua morta em nossos dias. Já outras opções artísticas soaram mais polêmicas como o uso sem pudores da violência que foi usada em Jesus pelos soldados de Roma.

Algumas pessoas inclusive passaram mal quando o filme foi lançado. As torturas e os atos violentos são mostrados nos menores detalhes, sem medo. Segundo Gibson a opção por mostrar Jesus sendo martirizado foi justamente para valorar ainda mais o sacrifício dele para salvar a humanidade. Outro ponto que foi muito discutido (e segue sendo discutido até hoje) é o grau de culpa que se pode atribuir aos líderes religiosos judeus na morte de Cristo. Teriam sido eles os verdadeiros responsáveis pela morte do Messias? Para muitos Gibson jogou a culpa pela condenação do Cristo nos ombros dos sacerdotes do Templo de Jerusalém, que não admitiram o que Jesus fez quando expulsou os mercadores do solo sagrado. Gibson rebateu as acusações afirmando que simplesmente seguiu o que está escrito no novo testamento cristão. Depois da troca de farpas entre Gibson e a comunidade judaica americana ele foi praticamente banido dos grandes estúdios (o capital judeu controla de certa forma a indústria cultural americana, inclusive os grandes estúdios de cinema em Hollywood). Não vou entrar no mérito dessa questão. Tudo o que posso dizer é que "A Paixão de Cristo" é certamente um filme muito marcante, muito emocional. Deixando de lado o aspecto mais religioso o que podemos dizer é que Jesus Cristo, por sua grandeza, por sua importância na história da humanidade, segue sendo um dos maiores mistérios de todos os tempos. "A Paixão de Cristo" certamente não desvenda esse mistério, seria simplesmente impossível uma obra cinematográfica fazer isso, mas pelo menos consegue jogar um pouco de luz sobre esse homem que viveu há dois séculos mas que ainda consegue despertar paixão e fé como se ainda vivesse fisicamente entre nós.

A Paixão de Cristo (The Passion Of The Christ, Estados Unidos, 2004) Direção: Mel Gibson / Roteiro: Benedict Fitzgerald, Mel Gibson / Elenco: Jim Caviezel, Maia Morgenstern, Monica Bellucci, Francesco Cabras, Rosalinda Celentano / Sinopse: O filme narra os últimos momentos de vida de Jesus de Nazaré, líder religioso do século I que é preso após expulsar os mercadores do Templo de Jerusalém. Condenado, ele é crucificado no calvário, não sem antes sofrer todos os tipos de violência possíveis.

Pablo Aluísio.