Mostrando postagens com marcador Ed Harris. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ed Harris. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Círculo de Fogo

Após várias operações de sucesso pela Europa, inclusive a invasão e ocupação da França pelas tropas de Hitler, não parecia haver mais barreiras para o avanço do nazismo. Hitler, completamente alucinado e empolgado pelos sucessos militares de suas forças armadas, então deu inicio ao pior plano de ataque da história: a invasão da Rússia! Foi a maior operação de guerra da história e o maior desastre que se tem noticia. Naquela ocasião a Rússia era governada com mão de ferro por outro ditador sanguinário, Stálin, que não iria permitir que algo assim acontecesse. Inicialmente os alemães enfrentaram a fome, o frio e os retrocessos típicos de uma invasão mal conduzida, mal planejada e impossível de ser bem sucedida. Quando chegaram nos portões de Stalingrado deu-se o grande massacre. Cercados por todos os lados as tropas do exército vermelho lutou bravamente para expulsar o invasor nazista. Lembrado até hoje como uma das maiores batalhas da história esse filme tenta reconstruir aquela resistência heroica.

Esse projeto nasceu inicialmente pelas mãos de Sergio Leone que tencionava realizar aquele que seria o maior filme de guerra produzido na Europa. Infelizmente ele morreu antes de ver o começo das filmagens. Com sua morte o projeto foi arquivado por longos anos sendo resgatado do esquecimento pelo corajoso cineasta Jean-Jacques Annaud. “Círculo de Fogo” foi a produção europeia mais cara da história. O financiamento veio de quatro nações diferentes mas infelizmente o roteiro foi em grande parte fracionado,  focado apenas na disputa psicológica que é travado por Vassili Zaitsev (Jude Law), exímio atirador de elite do exército vermelho e o Major König  (Ed Harris), oficial alemão do Reich. De certa forma esse verdadeiro duelo é uma metáfora do que aconteceu em toda a batalha. Há cenas extremamente bem realizadas – como a luta nos portões da cidade – e momentos de tensão e suspense. Provavelmente seria um filme bem diferente se fosse dirigido pelo grande Sergio Leone mas mesmo assim mantém o interesse e o impacto. No final das contas vale principalmente por relembrar uma das maiores carnificinas da Segunda Guerra Mundial.

Círculo de Fogo (Enemy at the Gates, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, 2001) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Jean-Jacques Annaud, Alain Godard / Elenco: Jude Law, Ed Harris, Rachel Weisz, Joseph Fiennes,  Bob Hoskins,  Ron Perlman / Sinopse: O filme recria o cerco e a batalha travado em Stanligrado durante a II Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A Rocha

Segue sendo lembrado pelos fãs de filmes de ação como um dos melhores momentos da carreira de Sean Connery no gênero. Ele aqui estrela ao lado de Nicolas Cage (no auge da carreira, muitos anos antes de virar um sombra do que foi, estrelando filmes sem qualquer qualidade como vemos atualmente). O enredo é pura fantasia mas diverte e entretém como poucos. Um militar, general condecorado, Francis X. Hummel (interpretado pelo sempre ótimo Ed Harris), se revolta contra a situação dos veteranos e o tratamento que o governo dos EUA lhes dá e resolve tomar uma decisão realmente radical. Ao lado de um grupo de fieis aliados ele rouba um lote de armas químicas e se encastela na antiga prisão de Alcatraz ao lado de vários reféns. A partir daí ameaça atacar a cidade de San Francisco se não lhe forem pagos 100 milhões de dólares. Para deter suas pretensões terroristas o governo americano envia para a “rocha” (como era conhecida Alcatraz pelos prisioneiros que lá ficavam) um grupo de elite que conta com dois especialistas.

O primeiro é Stanley Goodspeed (Nicolas Cage), especialista em armas bioquímicas e o segundo o ex-detento e único homem a fugir da prisão de Alcatraz, John Patrick Mason (Sean Connery). Juntos tentarão deter os planos do obstinado general. “A Rocha” foi dirigido por Michael Bay e produzido pela dupla Jerry Bruckheimer e Don Simpson (que morreu poucos meses antes da estréia do filme). A presença do trio já deixa claro o que o espectador vai encontrar no filme. Muitas explosões, ação desenfreada e um roteiro não muito trabalhado. Michael Bay que vinha do sucesso “Bad Boys” ainda não tinha se tornado esse cineasta alucinado dos dias atuais, onde seus filmes mais parecem um festival de pirotecnia, mas já demonstrava em “A Rocha” os caminhos que iria seguir em sua carreira. É curioso também o fato de Sean Connery ter feito esse filme. Ele vinha numa fase de busca por reconhecimento artístico e de repente se viu envolvido nesse projeto de pura ação e pipoca (chegou inclusive a participar da produção como produtor executivo). Deixando tudo isso de lado não há como deixar de se divertir nesse filme. É obviamente um blockbuster de ação, sem maiores pretensões a não ser divertir as massas. Olhando sob esse ponto de vista “A Rocha” certamente cumpriu seus objetivos cinematográficos.

A Rocha (The Rock, Estados Unidos, 1996) Direção: Michael Bay / Roteiro: David Weisberg, Douglas Cook / Elenco: Sean Connery, Nicolas Cage, Ed Harris,  John Spencer / Sinopse: Um general renegado (Ed Harris) decide tomar Alcatraz armado com armas químicas. Após ameaçar atacar a cidade de San Francisco o governo americano envia um grupo de elite para o local com a finalidade de deter o obstinado militar.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de maio de 2013

Nixon

É bem complicado assistir a um filme como esse que, em uma análise mais profunda, foi realizado por um liberal de carteirinha (Oliver Stone) retratando um líder republicano, conservador (o presidente americano Richard Nixon). Não há a isenção e nem a imparcialidade necessárias para se realizar assim uma obra cinematográfica historicamente correta, livre de manipulações. Stone deveria se concentrar mais em aspectos mais periféricos da sociedade americana, como fez brilhantemente com os feridos em guerras (Nascido em 4 de Julho) ou os combatentes deixados ao acaso no meio da selva do Vietnã (como vimos em Platoon). Ao retratar um presidente que particularmente odeia o cineasta perde a compostura, se deixa dominar pela emoção. Esse é sem sombra de dúvida o ponto mais complicado desse filme “Nixon”. Stone despreza o biografado e não tem o menor pudor de esconder isso. Na pele do excelente e talentoso Anthony Hopkins, o ex-presidente americano virou praticamente uma caricatura de si mesmo, chegando ao ponto de até mesmo parecer um ser repulsivo e grotesco, lambendo os lábios, suando em profusão, quase um monstro shakesperiano.

Na verdade Nixon até que não foi um presidente tão ruim como se pensa. Claro que aconteceram fatos lamentáveis em sua trajetória, sendo o mais conhecido o escândalo Watergate, mas de uma maneira geral ele de certa forma tirou os Estados Unidos da lama do Vietnã e reatou laços diplomáticos com inimigos históricos, entre eles a China. Era um político experiente (muito mais do que JFK) e soube conduzir o país muito bem na política internacional. Infelizmente dentro de casa a coisa não foi tão bem sucedida. Tragado por uma burocracia que mal conseguia compreender, Nixon foi crucificado pela invasão a sede do partido democrata, onde homens de sua filiação política teriam ido em busca de informações sobre a campanha adversária. Em uma democracia como a americana isso certamente era algo inadmissível e assim Nixon perdeu não só sua credibilidade mas também sua presidência. Por fim quero destacar o confuso roteiro do filme. Para quem não é particularmente intimo de história americana a película certamente se mostrará confusa, desconexa, com idas e vindas no tempo, deixando o espectador comum simplesmente perdido. Assim Stone erra duplamente, ao enfocar um personagem histórico que simplesmente detesta e ao fazer um filme por demais fragmentário. Prefira assistir “Frost / Nixon” que sem dúvida é uma produção bem mais consistente.

Nixon (Nixon, Estados Unidos, 1995) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Stephen J. Rivele, Christopher Wilkinson, Oliver Stone / Elenco: Anthony Hopkins, Joan Allen, Powers Boothe, Ed Harris, Bob Hoskins, E.G. Marshall, David Paymer, David Hyde Pierce, Paul Sorvino, Mary Steenburgen, J.T. Walsh, James Woods, Brian Bedford, Kevin Dunn, Fyvush Finkel, Annabeth Gish, Tom Bower, Tony Goldwyn, Larry Hagman / Sinopse: Cinebiografia do presidente Americano Richard Nixon. Indicado aos Oscars de Melhor Ator (Anthony Hopkin), Melhor Atriz Coadjuvante (Joan Allen), Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

As Horas

Três linhas narrativas. Três excelentes atrizes. Um grande filme. Assim poderia resumir esse maravilhoso “As Horas”. Na trama acompanhamos três estórias envolvendo três mulheres em épocas diferentes mas com algo em comum: a impossibilidade de alcançar a verdadeira felicidade. Na primeira estória surge a figura da consagrada autora Virginia Woolf (interpretada com maestria por Nicole Kidman, perfeita, no papel que lhe valeu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz). Grande talento nas letras ela vive um drama em sua vida pessoal. Sofrendo de uma forte depressão e outros problemas mentais não consegue mais ter o controle sobre sua própria vida. Ela é casada com um homem que parece estar disposto a fazer tudo por sua felicidade mas essa parece cada vez mais distante e inatingível. A vida perdeu o próprio sentido de ser. Enquanto escreve seu grande livro, “Mrs Dalloway” (publicado em 1925), ela vai afundando em seus próprios dramas pessoais até que resolve tomar uma atitude extrema. Na segunda estória, passada na década de 50, conhecemos Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa infeliz com a rotina de um casamento frustrante e banalizado. O marido a ama e tenta agradar mas ela, muito tímida e sempre melancólica, não consegue encontrar mais motivações para seguir em frente. Lendo “Mrs Dalloway” ela acaba se identificando com a forma de ver o mundo da protagonista do famoso romance.
   
A terceira e última linha narrativa de “As Horas” traz o espectador para a Nova Iorque dos dias atuais. É lá que vive a bem sucedida editora de livros Clarissa Vaughan (Meryl Streep). Ela tem um relacionamento estável com outra mulher há longos dez anos mas parece incapaz de esquecer o grande amor de sua vida, o escritor Richard (Ed Harris) que está morrendo de AIDS lentamente. Embora tenha uma vida complicada com agenda cheia ela não perde a oportunidade de visitá-lo, afinal ele é o amor platônico, idealizado, nunca superado de sua vida sentimental. Ela almeja organizar uma grande festa para trazer o prazer de viver novamente a Richard, mas esse, vendo o final se aproximando, tem outros planos. “As Horas” é um filme sensível mas também doloroso, pesado, não recomendado para pessoas que tenham algum tipo de depressão. O seu texto não procura amenizar o espectador nem trazer algum tipo de falsa esperança para as vidas frustrantes de seus personagens. No fundo todos parecem estar mergulhados na mesma melancolia de viver da personagem principal do livro de Virginia Woolf. São mulheres vivendo em tempos diferentes mas que compartilham o mesmo sentimento de frustração, infelicidade e falta de perspectivas em suas vidas. A falta da realização pessoal, a impossibilidade de alcançar uma existência plena são os temas centrais desse filme realmente marcante. Uma obra prima do cinema que merece todos os elogios e prêmios que recebeu em seu lançamento.

As Horas (The Hours, Estados Unidos, Inglaterra, 2002) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: David Hare, baseado no livro de Michael Cunningham / Elenco:  Meryl Streep, Julianne Moore, Nicole Kidman, Ed Harris, Toni Collette, Claire Danes, Jeff Daniels / Sinopse: Três mulheres vivendo em épocas diferentes passam pelo drama de não conseguir alcançar a verdadeira felicidade.  Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris), Melhor Atriz Coadjuvante (Julianne Moore), Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Drama e Melhor Atriz Drama (Nicole Kidman).

Pablo Aluísio

sábado, 22 de setembro de 2012

Apollo 13

“Houston, nós temos um problema””. Foi assim, com essa simples frase, que tudo começou. Hoje o programa espacial americano está em frangalhos. Com a crise econômica o governo americano fez profundos cortes no orçamento de sua agência espacial, a Nasa. Com isso programas pioneiros como a dos ônibus espaciais foram devidamente aposentados. Agora os astronautas americanos são meros caroneiros dos foguetes russos o que não deixa de ser muito irônico. Isso seria algo impensável durante a guerra fria pois naqueles anos os russos eram os principais concorrentes dos americanos na chamada conquista do espaço. Hollywood sempre serviu como braço direito dessa ideologia de chegar primeiro do que os comunistas soviéticos, louvando a  coragem e o brio dos cosmonautas do Tio Sam mas aqui temos uma exceção interessante. “Apollo 13”, o filme, enfoca justamente a missão do vitorioso programa onde praticamente tudo deu errado. Para quem gosta de superstições o fato de ter sido a décima terceira missão já era um prato cheio mas o filme é mais do que isso, pois procura retratar da forma mais fiel possível tudo o que passou os tripulantes depois que algo aconteceu na nave deles – até hoje não se sabe com exatidão o que desencadeou toda  uma série de eventos que colocaram em grande risco a vida dos americanos. De qualquer forma, como eles mesmos avisaram para sua torre de comando, eles tinham um problema, um sério problema.

Liderados pelo comandante vivido por Tom Hanks o filme consegue driblar o fato de ser passado praticamente todo dentro de um pequeno espaço sem se tornar chato, cansativo ou maçante. Os diálogos técnicos também poderiam contribuir para tornar tudo enfadonho mas o diretor de posse de um roteiro bastante inteligente conseguiu superar tudo isso. O fato é que tudo é tão bem exposto, tão bem desenvolvido que o espectador realmente fica torcendo pela vida dos membros da Apollo 13, mesmo já sabendo como será o desfecho da história. Quando essa produção surgiu nas telas muitos ficaram intrigados porque não se fazia um filme sobre a Apollo 11, essa sim um grande êxito do programa espacial americano pois foi a missão que levou o primeiro homem à lua. Bom, dramaticamente falando a Apollo 11 não tem a mesma intensidade da história da Apollo 13. Naquela tudo saiu conforme planejado, além disso os próprios eventos foram assistidos pelo mundo afora ao vivo pela televisão então o impacto já foi grande nos próprios eventos reais. Já a Apollo 13, além de ser bem menos conhecida, ainda traz o suspense e a carga de emoções próprias de uma missão desastrada e mal sucedida. No saldo final temos aqui uma película que vai agradar não apenas aos interessados pelo tema da exploração espacial mas também para os fãs de filmes de suspense e tensão em geral. Um excelente momento do cinema da década de 90 que merece ser redescoberto.

Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo (Apollo 13, Estados Unidos, 1995) Direção: Ron Howard / Roteiro: William Broyles Jr., Al Reinert, baseado no livro de Jim Lovell e Jeffrey Kluger / Elenco: Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Gary Sinise, Ed Harris, Kathleen Quinlan, Frank Cavestani, Jane Jenkins, Christian Clemenson, Roger Corman / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme mostra os problemas enfrentados pela missão Apollo 13.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Segredo do Abismo

Título no Brasil: O Segredo do Abismo
Título Original: The Abyss
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Ed Harris, Mary Elizabeth Mastrantonio, Michael Biehn

Sinopse:
Equipe formada por mergulhadores, exploradores e cientistas é contratada para descer até as profundezas do oceano com o objetivo de resgatar um submarino nuclear desaparecido. Uma vez na fossa oceânica descobrem que há no local uma estranha presença de seres desconhecidos da ciência. Intrigados tentarão levar o resgate até o final, embora sejam surpreendidos pela natureza daquelas entidades alienígenas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. 

Comentários:
Analisando de um ponto de vista bem imparcial já podemos encontrar nessa ficção "The Abyss" todos os pontos positivos e negativos que iriam acompanhar James Cameron em toda a sua carreira. Entre os pontos positivos podemos citar o uso de tecnologia de ponta em termos de efeitos especiais. Aqui nessa produção James Cameron já antecipava o que viria a mostrar em "O Exterminador do Futuro 2", ou seja, criaturas que mais parecem fluidos sem definição. Nesse aspecto não há como negar que o filme seja extremamente bem realizado, até mesmo se levarmos em conta o padrão atual da tecnologia digital usada no cinema americano. Por outro lado temos também os velhos erros que sempre acompanharam Cameron desde o começo de sua filmografia, sendo o mais visível deles o próprio roteiro escrito pelo diretor. Os personagens são vazios e as situações bem clichês. James Cameron pode até ser um bom coordenador de equipes especializadas em efeitos especiais, mas como diretor de elenco e escritor de roteiros ele deixa mesmo a desejar. Assim se você estiver em busca de um filme que exponha o lado bom e ruim de Cameron, "O Segredo do Abismo" é sem dúvida uma boa pedida.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Ed Harris - Westworld

Outro destaque da série "Westworld" vem do personagem interpretado por Ed Harris. Esse ator é um velho conhecido para quem gosta de cinema. Citar os filmes em que ele atuou ao longo de todos esses anos seria no mínimo complicado, uma vez que são tantos e tão variados... que as omissões seriam óbvias. Eu tive uma surpresa em ver Ed Harris tão jovial, apesar da idade. Ele parece muito bem em todos os episódios, sempre surgindo como o pistoleiro todo vestido de negro. Na verdade é apenas um visitante humano no mundo de fantasia de Westworld. Um milionário que está há tantos anos cavalgando dentro do parque que já poderia ser considerado um verdadeiro viciado naquele universo.

Na segunda temporada já existem algumas surpresas preparadas pelos roteiristas. A mais significativa delas vem da dúvida que eles implantaram no público. Seria o personagem de Ed Harris um ser humano normal mesmo ou seria uma nova etapa em Westworld, onde consciências de pessoas já falecidas seriam transportadas para os corpos de anfitriões, sem que eles nem mesmo chegassem a conceber uma imagem de si mesmos, vivendo uma eterna mentira de alta tecnologia...

Esse vai ser, assim espero, o mote da terceira temporada. Até porque a não ser que ele seja uma nova versão para o imortal Jason dos filmes "Sexta-Feira 13" o mais provável é que seja mesmo um anfitrião sem ideia de onde veio de fato. Foram tantos os tiros, facadas e espancamentos, quem penso ser bem inverossímil que ele seja um homem comum. Outro aspecto que me chamou a atenção é que apesar de estar quase sempre no meio dos acontecimentos, o pistoleiro de Ed Harris nem sempre é muito aprofundando. Para falar a verdade existe apenas um episódio dedicado inteiramente a ele. Só nesse episódio é que descobrimos um pouco de sua história - além de sermos apresentados para sua filha, que como sempre, cria a dúvida se seria um ser humano de carne ou osso ou um anfitrião sintético! Pelo visto a terceira temporada vai trazer essas respostas. Enquanto isso façam suas apostas.

Pablo Aluísio.