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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

O Grande Búfalo Branco

Um faroeste clássico estrelado por Charles Bronso. O interessante é que esse filme também apresenta elementos novos, nada comuns nesse gênero. Na história um sujeito chamado James Otis (Charles Bronson) chega em uma remota cidade mineradora bem na fronteira do chamado cinturão do ouro, onde várias minas do rico mineral estão sendo exploradas. Ele vem atrás de dois objetivos principais: achar seu filão dourado e caçar um mítico búfalo branco que habita as montanhas geladas de Black Hills. Há tempos Otis vem sofrendo de terríveis pesadelos onde se vê face a face com a temível besta. Agora, de volta ao oeste, ele pretende liquidar aquele que é considerado o último animal selvagem de sua espécie livre na natureza, uma vez que os búfalos da região estão praticamente extintos após longos anos de matança desenfreada por caçadores em busca de peles e carne dos animais abatidos. O que pouca gente sabe é que Otis é apenas um disfarce, pois ele é na verdade o famoso pistoleiro Wild Bill Hickok, que se mantém incógnito, sem alardear sua verdadeira identidade, pois sua fama o precede, sempre trazendo jovens aspirantes que desejam o título de "homem mais rápido do gatilho". Agindo assim ele evita ter que enfrentar um novo pistoleiro toda vez que entra em um saloon cheio de cowboys e aventureiros de todo tipo.

“O Grande Búfalo Branco” é um dos mais lembrados filmes de faroeste estrelado por Charles Bronson. É uma produção de Dino de Laurentis, com muita competência técnica. O Búfalo se torna no enredo uma besta invencível, um monstro a ser desafiado nas nevascas das montanhas. O animal é todo criado através de efeitos especiais e sonoros, criando toda uma expectativa no espectador sempre que surge em cena. Nos tempos de consciência ecológica em que vivemos atualmente, o enredo pode vir a incomodar alguns pois tudo o que pretende o personagem de Bronson e caçar e matar a fera terrível, que em acessos de fúria, mata homens, animais e crianças, varrendo tudo por onde passa.

Charles Bronson está muito bem no papel. Usando um figurino exótico, usando inclusive óculos de aros redondos, bastante psicodélicos, sua caracterização certamente cairá no gosto de seus fãs. Ao seu lado, no alto da montanha, caçando o búfalo, dois outros bons atores dividem a cena com ele, Jack Warden, como um velho caçador rabugento e Will Sampson como o mitológico guerreiro Sioux Cavalo Louco. Outro destaque do elenco é a presença da veterana Kim Novak, que apesar da idade mais madura ainda estava muito bonita. A direção é do competente J. Lee Thompson, que iria trabalhar ao lado de Bronson em outras fitas violentas, como "Dez Minutos Para Morrer", "O Vingador", "Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown" e "Kinjite - Desejos Proibidos”. Em suma fica a recomendação desse bom momento do cinema western na década de 1970.

O Grande Búfalo Branco / A Caçada da Morte (The White Buffalo, Estados Unidos, 1977) Direção: J. Lee Thompson / Roteiro: Richard Sale / Elenco: Charles Bronson, Jack Warden, Will Sampson, Kim Novak / Sinopse: Caçador e pistoleiro se une a velho minerador e a um chefe indígena Sioux para caçar o último búfalo branco nas montanhas nevadas de Black Hills.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Matando Sem Compaixão

“Billy Two Hats “ (Matando Sem Compaixão, no Brasil) é um western árido, cru, selvagem e muito eficiente. O enredo é muito simples: dois criminosos são implacavelmente caçados por um xerife sanguinário no meio do deserto, na fronteira árida e seca entre Estados Unidos e México. Nesse lugar onde não existe água e nem perdão, os dois fugitivos tentarão de todas as formas sobreviver, enfrentando não apenas a tenacidade do homem da lei, mas também a selvageria de um grupo de Apaches que vivem entre os despenhadeiros do lugar. Gregory Peck interpreta Arch Deans, um velho pistoleiro e ladrão de bancos que ao lado de seu fiel escudeiro, Billy Two Hats (Desi Arnaz Jr.), um mestiço que se torna seu braço direito no meio daquela terra de ninguém, tenta escapar do longo braço da lei e do grupo selvagem apache. O Xerife que persegue os bandoleiros no meio do nada é interpretado pelo sempre bom ator Jack Warden, veterano de longa tradição no gênero faroeste. Seu personagem é um sujeito rude e disposto a capturar os dois criminosos, custe o que custar.

“Matando Sem Compaixão” foi dirigido por Ted Kotcheff que até aquele momento só tinha experiência em dirigir telefilmes, sendo que esse foi o seu primeiro filme no cinema. Sua habilidade para dirigir seqüências de ação – bem demonstrada aqui nesse western – lhe valeu a indicação anos depois para dirigir seu maior sucesso nas telas, o famoso “Rambo – Programado Para Matar”, filme ícone com Sylvester Stallone, que dispensa maiores apresentações. Analisando bem, ambos os filmes possuem certas semelhanças. O enredo deles tratam sobre um mesmo tema, a perseguição implacável pela lei a homens que no fundo só estão tentando sobreviver ao ambiente violento em que encontram. Olhando por esse lado não há muita diferença entre o pistoleiro interpretado por Gregory Peck e o veterano do Vietnã feito por Stallone. Além de carismáticos são extremamente resistentes.

Um exemplo disso acontece quando o personagem de Peck fica encurralado pelos Apaches bem no meio do deserto. Sem saída procura se proteger embaixo de sua velha carruagem, mas isso acaba se tornando praticamente impossível pelas circunstâncias em que se encontra. O desfecho acaba sendo um dos momentos marcantes do filme. Curiosamente o filme foi realizado não no Novo México e nem no Arizona, locais tradicionais onde eram rodados filmes de westerns nos Estados Unidos, mas sim em Israel! Isso mesmo, a produção foi rodada em pleno deserto israelense, no Oriente Médio. Os produtores tomaram essa decisão não apenas em razão dos custos mais baixos de se filmar por lá, mas também por ser aquela região uma das mais secas do mundo, o que a tornava ideal para a história do filme. Enfim, fica a recomendação desse “Matando Sem Compaixão”, um western de ação que certamente vai agradar aos apreciadores desse tipo de filme de faroeste mais cru e violento.

Matando Sem Compaixão (Billy Two Hats, Estados Unidos, Israel, 1974) Direção: Ted Kotcheff /  Roteiro: Alan Sharp / Elenco: Gregory Peck, Desi Arnaz Jr, Jack Warden, David Huddleston, Sian Barbara Allen / Sinopse: O Xerife  Henry Gifford (Jack Warden) sai no encalço de dois fugitivos, Arch (Peck) e Billy (Arnaz), bem no meio do deserto, na fronteira entre México e Estados Unidos. O ambiente hostil e árido da região será o palco dessa caçada sem trégua.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de maio de 2012

Carros Usados

Título no Brasil: Carros Usados
Título Original: Used Cars
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Elenco: Kurt Russell, Jack Warden, Gerrit Graham, Frank McRae, Deborah Harmon, Joe Flaherty, David L. Lander

Sinopse:
Quando o proprietário de um lote de carros usados ​​em dificuldades é morto, cabe ao vendedor do lote salvar a propriedade de cair nas mãos do implacável irmão do proprietário e rival da loja de carros usados.

Comentários:
Puxando pela minha memória de frequentador de locadoras de vídeo, eu me recordo de uma velha fita VHS desse filme pegando poeira nas prateleiras da locadora que eu costumava frequentar. Lançamento da CIC vídeo no Brasil. O curioso é que essa comédia, sem maiores pretensões foi feita pela mesma trupe que anos depois iria realizar um dos grandes sucessos dos anos 80, com "De Volta para o Futuro". Porém isso ainda iria acontecer alguns anos depois. Com esse filme "Carros Usados" tudo era ainda muito mais simples, apenas uma tentativa mais sutil de fazer humor. O destaque no elenco vai para Kurt Russell que sempre demonstrou ter um ótimo feeling para a comédia, até mesmo quando fazia filmes de pura ação.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Tiros na Broadway

Título no Brasil: Tiros na Broadway
Título Original: Bullets Over Broadway
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen, Douglas McGrath
Elenco: John Cusack, Dianne Wiest, Jack Warden, Chazz Palminteri, Joe Viterelli, Jennifer Tilly, Rob Reiner, Mary-Louise Parker.

Sinopse:
Nova Iorque, década de 1920. O dramaturgo e escritor David Shayne (John Cusack) é um idealista que não aceita vender a dignidade de sua arte. Sem trabalho e passando por dificuldades acaba porém aceitando o financiamento de um gângster valentão para a produção de uma de suas peças. Para isso há uma condição que o escritor terá que aceitar, a escalação da namorada pouco talentosa do chefe criminoso, Olive (Jennifer Tilly), que terá que ganhar um destaque dentro da encenação.

Comentários:
Arranjar um lugar numa peça para alguém sem qualquer talento. Como se isso não fosse um problema e tanto Shayne ainda tem que lidar com o complicado temperamento de sua estrela principal, Helen Sinclair (Dianne Wiest). No meio de tanta confusão todos são surpreendidos ainda pelo improvável talento para a dramaturgia do grandalhão capanga do chefe mafioso, o truculento Cheech (Chazz Palminteri). Um filme muito querido do diretor por seus fãs. Por essa época Woody Allen pareceu ter flertado com o cinemão americano mais comercial. Seus roteiros mais intelectuais, intimistas, interiores, que discutiam questões existenciais foram deixados de lado para dar mais espaço ao humor, aos figurinos luxuosos e à uma produção bem mais trabalhada. Mesmo assim o diretor conseguiu fazer tudo isso sem deixar de lado sua inteligência, além da fina ironia que sempre o caracterizou. Um Allen excelente!.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O Veredito

O Veredito é um dos filmes mais humanos que já assisti. Isso porque ele não é apenas um filme sobre um julgamento que coloca de um lado uma pessoa vitima de negligência médica e do outro instituições ricas e poderosas. Ele é muito mais. O argumento toca em valores como dignidade e respeito ao próximo, mostrando toda a hipocrisia existente em certos setores que deveriam lutar por eles e não combatê-los. A dignidade do advogado vivido brilhantemente por Paul Newman é um dos destaques do roteiro. Todos o rebaixam, todos o humilham, tudo porque ele é um profissional em um momento complicado de sua vida, sem clientes e com problemas de alcoolismo. A postura dele lutando contra tudo e contra todos (mesmo mostrando sua própria fraqueza como ser humano) é uma das coisas mais dignas que já vi no cinema.

Por fim temos a direção de Sidney Lumet, que é maravilhosa. O diretor não apenas mostra mas sugere, insinua. Um exemplo é mostrada numa cena em plena rua onde Newman vem a saber de um fato perturbador através de seu amigo e assistente. Veja que o diálogo não é mostrado na tela, a cena é captada por uma visão do alto, que mostra como somos pequenos diante de situações limites como essa, que afinal podem acontecer com qualquer um de nós. Simplesmente brilhante. Eu sinto falta de filmes assim, que foquem em temas sérios e consistentes e que não vivem de escapismos bobos. Nesse aspecto "O Veredito" é simplesmente uma grande obra prima da história do cinema.

O Veredito (The Veredict, Estados Unidos, 1982) Direção: Sidney Lumet / Elenco: Paul Newman, James Mason, Charlotte Rampling, Jack Warden / Sinopse: Frank Galvin (Paul Newman), advogado alcoólatra e decadente, vê a chance de recuperar a sua auto-estima quando lhe é dado um caso sobre um erro médico. Mesmo quando uma quantia razoável é oferecida para se chegar a um acordo e o caso não ir a julgamento, ele não concorda e decide enfrentar um poderoso grupo, que é defendido por um renomado e ardiloso advogado.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de março de 2006

Amor Feito de Ódio

Título no Brasil: Amor Feito de Ódio
Título Original: The Man Who Loved Cat Dancing
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard C. Sarafian
Roteiro: Eleanor Perry
Elenco: Burt Reynolds, Sarah Miles, Lee J. Cobb, Jack Warden, George Hamilton, Bo Hopkins

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Marilyn Durham, o filme conta a história do pistoleiro e ladrão de trens Jay Grobart (Burt Reynolds). Durante um de seus assaltos ele decide raptar a jovem Catherine Crocker (Sarah Miles) e se apaixona por ela.

Comentários:
Não se enganem, durante os anos 70 o ator Burt Reynolds foi um dos maiores astros de Hollywood. Seus filmes faziam muito sucesso e ele era considerado um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. Tanto que ele acabou passeando por praticamente todos os gêneros cinematográficos. Um de seus momentos mais interessantes na carreira aconteceu nesse western romântico. Isso mesmo, o roteiro passeava pelo faroeste mais tradicional, porém com fartas doses de romantismo. Até porque o material original, o romance que deu origem ao roteiro, havia sido escrito por uma mulher, Marilyn Durham. Nada mais curioso do que ver o velho oeste, com seus foras-da-lei e pistoleiros, tudo recriado pela imaginação de uma talentosa escritora. E o filme é até muito bom. Alguns se incomodaram um pouco com o romance do casal central, até pela forma como ele começou, mas penso diferente. Acredito que dentro da mitologia do velho oeste tudo seria cabível, até mesmo a história de amor de um bandoleiro e uma dama raptada. Assim deixo o convite para assistir a esse faroeste diferente, criado a partir do ponto de vista puramente feminino.

Pablo Aluísio.