O problema é que Ike não era uma pessoa fácil de se viver. Irascível, violento e viciado em cocaína ele frequentemente espancava a esposa com violência extrema. Após anos de abuso ela finalmente resolve retomar os rumos de sua própria vida, se lançando numa carreira solo de muito sucesso. A sua terrível vida conjugal virou livro, escrito pela própria Tina e depois foi adaptada para o cinema nessa cinebiografia muito bem realizada contando sua trajetória rumo ao sucesso e sua complicada relação com o terrível Ike Turner, aqui em excelente e inspirada atuação de Laurence Fishburne. Gosto muito do título original dessa produção, "What's Love Got to Do with It”, não apenas o nome de uma das mais conhecidas músicas de Tina mas também uma pergunta muito relevante sobre tudo o que aconteceu entre ela e Ike. A cantora é interpretada com garra pela atriz Angela Bassett, que consegue fazer muito bem a transição de uma mulher insegura, submissa e aterrorizada, para uma mulher adulta, segura de si, que em determinado momento resolveu tomar as rédeas de sua vida novamente. Um excelente drama musical que mostra uma realidade que infelizmente é vivida por muitas mulheres em seus casamentos. Nesse ponto de vista “Tina” é uma lição de vida e superação, acima de tudo.
Tina - A Verdadeira História de Tina Turner (Tina - What's Love Got to Do with It, Estados Unidos, 1993) Direção: Brian Gibson / Roteiro: Kurt Loder baseado no livro escrito por Tina Turner / Elenco: Angela Bassett, Laurence Fishburne, Rae'Ven Larrymore Kelly, Virginia Capers / Sinopse: Cinebiografia da cantora Tina Turner. De origem humilde ela acaba sendo descoberta pelo músico Ike Turner que ao seu lado forma uma das duplas mais famosas da década de 60. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Laurence Fishburne) e melhor atriz (Angela Bassett).
Pablo Aluísio.
Tina - A Verdadeira História de Tina Turner
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Quando eu vejo esse filme vem na minha cabeça que o Ike Turner com seu "Rocket 88", já cantava rock desse 1951, tanto que o prorio Elvis dizia que não tinha inventado o Rock coisa alguma e que jamais seria capaz de cantar com o Fats Domino, por exemplo. Entretanto a dupla Ike and Tina Turner era alguns dos poucos artistas que faziam com que ele fosse a um local pública ver seus shows de tanto que os admirava. Pena que, como você escreveu, o Ike era um louco e a Tina passou poucas e boas na suas mãos. Nesse filme uma coisa muito interessante é quando a Tina saca que a musica do Ike já havia envelhecido na década de '70 e ela ela tinha tanta razão que, ao se afastar dele, vai para o lado da Discoteca, do New Wave na década de "80, ou simplesmente da Pop Music e se dá muito muito bem, claro, graças a sua incrível voz e estilo interpretativo.
ResponderExcluirAh, e o Ike Turner gravou o Howlin 'Wolf, que o próprio Sam Philips declarou considerar um artista ainda mais integro e puro que o próprio Elvis Presley. Pra não falar no Grammy que o Ike ganhou em 2007 por um álbum de Blues. Então, o cara também não era fraco não.
ResponderExcluirO Ike Turner era um ótimo artista, mas como pessoa era um tipo indigesto, cafajeste, que gostava de dar murros nas mulheres com quem se envolvia. Não escapava muito daquela imagem de cafetão de bairros negros, aqueles tipos que se vestem com roupas espalhafatosas para explorar as mulheres. Foi justamente isso que ele fez com a pobre da Tina Turner. Explorou ela por anos, enquanto enfiava a porrada na esposa.
ResponderExcluirE sobre a Tina Turner, a imagem que eu sempre terei dela é a dos anos 80, com aqueles cabelos armados e ótimo repertório musical. A vitalidade que ela apresentava nos palcos era coisa de outro mundo. Marcou muito na música, principalmente por essa fase de maior sucesso comercial, nos anos 80.
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