Título no Brasil: O Profundo Mar Azul
Título Original: The Deep Blue Sea
Ano de Produção: 1955
País: Inglaterra
Estúdio: London Film Productions
Direção: Anatole Litvak
Roteiro: Terence Rattigan
Elenco: Vivien Leigh, Kenneth More, Eric Portman, Emlyn Williams, Moira Lister, Arthur Hill
Sinopse:
O filme "O Profundo Mar Azul" nos mostra a história de Hester Collyer (Vivien Leigh), uma mulher reprimida que embora tente seguir os padrões sociais vigentes em relação ao casamento, acaba sucumbindo aos seus desejos mais inconfessáveis. Ao trair seu marido, acaba sendo acusada de adultério, caindo em uma espécie de marasmo social onde acaba sofrendo todos os tipos de preconceitos possíveis e imagináveis.
Comentários:
Mais um excelente drama da carreira de Vivien Leigh que infelizmente ainda se mostra um tanto desconhecido do grande público nos dias atuais. Baseado na peça teatral de Terence Rattigan (que assina o roteiro), o projeto nasceu justamente quando a própria Leigh assistiu a peça original em Londres em 1953. Ela imediatamente entrou em contato com o autor e comprou os direitos da obra para ser levada ao cinema. A atriz, muito sensível e corajosa, queria enfocar a situação das mulheres que sofriam preconceitos dentro da sociedade inglesa após se divorciarem de seus maridos. O peso se tornava ainda mais insuportável quando elas eram, sob o ponto de vista da sociedade, as culpadas pelo fim do casamento. O interessante é que o roteiro, extremamente bem escrito, tenta demonstrar que na realidade não existem culpados nesse tipo de problema conjugal, pois se a mulher realmente procura os braços de um outro homem isso significa apenas que o casamento como laço de amor e paixão já estava destruído. Ótimos diálogos e atuação sensível de Vivien Leigh deixam ainda mais interessante a produção. Um tema que ainda continua atual, mesmo tantas décadas depois de seu lançamento original. Um clássico dramático imperdível. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de melhor roteiro e melhor ator (Kenneth More).
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirO Profundo Mar Azul
Pablo Aluísio.
Esse negocio de mulher separada do marido tambem era um problema aqui no Brasil há umas decadas atrás.
ResponderExcluirQuando eu era crianca a mimha tia, irmã da minha mãe, se desquitou do marido (ainda não existia divorcio aqui) e ela se tornou uma pária social dentro da nossa família, imagine para os estranhos?
Pablo:
ResponderExcluirEu nao sei se você ja assistiu "Covil de Ladrões", com o Gerard Butler, se não, assista. Tem uns problemas de montagem e edição, mas a produção caprichada e o resultado final da estoria compensam.
Muito interessante. Não conhecia este filme da Vivien Leigh. O diretor é o ucraniano Anatole Litvak que em 1967 dirigiu o longa, A Noite dos Generais, com Peter O'toole e Omar Sharif.
ResponderExcluirUm casamento se acaba por vários motivos, mas entre os principais se encontra o fim da paixão. As pessoas confundem paixão com amor. Paixão é fugaz, um fósforo que se acende e logo se apaga. Amor é duradouro, a chama de uma lareira em noite de inverno.
ResponderExcluirSerge,
ResponderExcluirPois é, meu caro. É um estigma misturado com preconceito, tudo embalado por ignorância e mal dizer. Infelizmente ainda presente em nossa sociedade atual, por mais incrível que isso possa parecer. Sobre a sugestão do filme, obrigado pela dica. Esse ainda não vi.
Prezado Telmo,
ResponderExcluirIsso mesmo, bem lembrado. Esse filme de guerra aliás é ótimo e traz uma das melhores atuações do Peter O´Toole, o que convenhamos não é pouca coisa!
Lord Erick,
ResponderExcluirVocê está muito poético hoje! Será que o espírito do seu conterrâneo Lord Byron sussurrou essas palavras em seu ouvido? rsrs