terça-feira, 21 de abril de 2020

A Livraria

Título no Brasil: A Livraria
Título Original: The Bookshop
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Contracorriente Films
Direção: Isabel Coixet
Roteiro: Isabel Coixet
Elenco: Emily Mortimer, Bill Nighy, Patricia Clarkson, Honor Kneafsey, Hunter Tremayne, Reg Wilson

Sinopse:

Baseado no romance escrito por Penelope Fitzgerald, o filme conta a história de Florence Green (Emily Mortimer). Após a morte de seu marido na II Guerra, ela decide abrir uma pequena livraria em uma cidadezinha do interior da Inglaterra. Só que seu novo negócio passa a ser sabotado por Violet Gamart (Patricia Clarkson), uma mulher rica e poderosa da cidade.

Comentários:
Só o cinema inglês atualmente produz filmes como esse. Pequenas crônicas humanas sobre a vida de pessoas comuns. O cinema americano tem perdido a capacidade de produzir pequenos dramas emocionais como esse filme. Fica como um exemplo a seguir. Tudo se passa durante os anos 1950. Ainda jovem, mas viúva da guerra, Florence Green (Emily Mortimer) tem a ideia de abrir uma livraria. Não seria o tipo de estabelecimento comercial mais apropriado para aquele lugar, já que a cidade é bem pequena, cheia de pescadores. Não haveria muitos leitores de livros para comprar em sua loja. Uma exceção vem do recluso Edmund Brundish (Bill Nighy), que após a morte da sua esposa encontrou consolo na sua coleção de livros. A leitura se torna sua principal amiga e companheira. E logo se torna também o principal comprador de livros da pequena loja de Florence. Porém toda história também precisa de uma antagonista, que surge na figura de uma mulher rica que quer fechar a pequena livraria, pois no imóvel onde ela está há um interesse dela em abrir um centro cultural. "A Livraria" é assim um filme sobre pessoas comuns, tentando levar sua vida da melhor forma possível. Uma pequena obra cinematográfica que ganha muitos pontos no quesito humanismo. Algo que está muito em falta nos dias atuais. E para completar o quadro positivo o filme foi dirigido pela talentosa cineasta Isabel Coixet. O olhar feminino da diretora aqui fez toda a diferença. Trouxe uma sensibilidade ímpar ao filme.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Pablo:
    Eu me lembro do espanto que causou o custo de 200 milhões pra realização do filme Titanic, um absurdo inimaginável, que pronunciava um grande desastre financeiro e, consequentemente, a bancarrota dos envolvidos. No final o filme ficou grandioso, faturou mas de 1 bilhão e bateu todos os recordes possíveis.
    Hoje todo filme tem esse orçamento ou próximo disso sem ter um décimo do sucesso do Titanic. Agora, você acha que um cinema inflacionado dessa forma terá condição de fazer um filme pequeno e intimista como os filmes ingleses? Cada ator americano ganha 20 milhões por filme. Hollywood colocou a baliza tão alta que não conseguem, nem querem, mais voltar às origens.
    Serge Renine.

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  2. È verdade. E com isso os bons filmes, aqueles com bons atores, bons roteiros, vão também ficando para trás. É um monte de super herói de quadrinhos que já encheu o saco...

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    1. Nossa! E como enche o saco! E essa turma que adora esses filmes de herói também são bem insuportáveis.

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  3. Vai faltar super-herói para tanto filme... haja paciência! rsrsrs

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