Joaquin (Leonardo Sbaraglia) é um engenheiro paraplégico que ganha a vida trabalhando em sua enorme casa consertando computadores. Tendo apenas seu cachorrinho, já idoso e doente, como companhia, o amargurado engenheiro resolve anunciar um dos quartos para alugar. Um belo dia, a ex-stripper e esquelética, Berta (Clara Lago) e sua filha Betty, praticamente invadem sua casa para ocupar o quarto.
O caldo começa a engrossar quando, numa noite, enquanto trabalha em seus computadores, Joaquin ouve estranhos barulhos vindo do outro lado da parede e descobre que uma quadrilha está cavando um túnel até a caixa forte de um banco.
O longa argentino do diretor e roteirista Rodrigo Grande, surpreende ao misturar ótimos passeios da câmera em planos-sequência por dentro da mansão. Com imensa maestria no desenvolvimento da trama e na distribuição dos personagens, como num tabuleiro de xadrez, o diretor praticamente abre mão das externas e passa a usar e abusar do voyeurismo “indoor” de Joaquin.
Há na narrativa uma clara mistura de elementos hitchcokianos e tarantinescos, que aos poucos vão desfolhando a trama até o embate final entre Joaquin e o sanguinário Galereto (Pablo Echarri). Filme excelente que confirma o cinema argentino – que já abocanhou dois Oscars - como o melhor cinema, disparado, da América do Sul.
No Fim do Túnel (Al final del túnel, Argentina, Espanha, 2016) Direção: Rodrigo Grande / Roteiro: Rodrigo Grande / Elenco: Leonardo Sbaraglia, Pablo Echarri, Clara Lago.
Telmo Vilela Jr.
No Fim do Túnel
ResponderExcluirTelmo Vilela Jr.
Eu acho muito interessante como o cinema argentino tem a capacidade de achar caminhos originais pra fazer filmes com estória que já foram contadas. Eles tem um "que" pra dar clima nos filmes que é muito legal. Coisa que o cinema americano não tem. É parecido com o cinema inglês, mas ainda assim, também é diferente desse.
ResponderExcluirO Brasil está à léguas disso. Somos especialistas em fazer coisa mal feita.
O cinema argentino é ótimo. Muito superior ao cinema brasileiro que sempre tropeça em certos cacoetes que se repetem ano após ano.
ResponderExcluirSérgio Renine. Sua colocação foi perfeita.
ResponderExcluirPablo. O cinema brasileiro não consegue se livrar dos roteiros viciados em favela, presídio e comédias do Paulo Gustavo.
ResponderExcluirEsqueceu da putaria Telmo. Filme brasileiro tem que ter alguma putaria! kkkkkkkkkk
ResponderExcluirÉ verdade Erick... Kkkk
ExcluirNa década de 1970 isso era algo mais comum, com as chamadas pornochanchadas. Hoje em dia já não é mais tão presente. rsrs
ResponderExcluirHoje em dia é a "putaria" da lacração da esquerda.
ExcluirO Pablo tem razão. Esses filmes apelativos tendo o sexo como pilar narrativo, eram mais comuns nas décadas de 70 e 80. Eu mesmo não saía do cinema assistindo a essas porcarias
ResponderExcluirTelmo, eu nunca vi um filme dessa linha no cinema, mas tive a oportunidade de ver alguns na TV, lá pelos anos 80. Eram bem ruins mesmo.
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