segunda-feira, 10 de março de 2014

Trapaça

Título no Brasil: Trapaça
Título Original: American Hustle
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David O. Russell
Roteiro: Eric Warren Singer, David O. Russell
Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Jeremy Renner

Sinopse:
Um casal de vigaristas, fingindo serem grandes investidores internacionais, caem na malha do FBI. Para não serem presos por um longo período fazem um acordo com a agência para ajudar na prisão de outros trapaceiros e estelionatários como eles. O alvo acaba sendo o prefeito de uma cidade que precisa investir pesado na construção de novos cassinos. Assim é armada toda uma farsa envolvendo um sheik árabe milionário que supostamente estaria interessado em investir na região. A trapaça porém começa a ganhar novos rumos quando a máfia italiana e vários congressistas entram na jogada visando ganhar muito dinheiro com isso.

Comentários:
Após assistir "Trapaça" cheguei na conclusão de que o filme anda muito superestimado desde o seu lançamento. Pelo que tinha lido até agora fiquei com a impressão que iria assistir uma verdadeira obra prima. Ledo engano. "Trapaça" certamente passa longe de ser um filme ruim mas também não é nada daquilo que dizem dele. Credito esse tipo de reação ao simples fato de termos hoje em dia uma ausência quase absoluta de roteiros inteligentes no mercado. Quando surge um mais bem escrito, com uma trama mais bem desenvolvida e complexa, é logo endeusado. Na verdade, apesar das inegáveis qualidades do texto, "Trapaça" é um filme meramente divertido, que brinca o tempo todo com seus personagens vigaristas mas que não consegue ser tão marcante como alguns queriam levar a crer. Entre seus méritos estão a boa reconstituição de época, com aqueles típicos exageros de figurino dos anos 70 e a trilha sonora, com vários hits daqueles tempos de discoteca. O elenco também ajuda. Christian Bale está ótimo como o sujeito careca (que usa uma peruca ridícula), gordo e trapaceiro que sempre procurou levar vantagem em tudo. Bradley Cooper também surpreende, pois está muito intenso em cada momento. Já Jennifer Lawrence, que interpreta uma mulher brega e vulgar, embora bonita, não merecia tanto sua indicação ao Oscar. Houve um certo exagero nessa nova indicação. No geral o filme tem pequenos toques que nos lembram de filmes clássicos sobre o tema como por exemplo "Um Golpe de Mestre" mas claro sem o mesmo talento. A palavra que o define realmente é essa: superestimado!

Pablo Aluísio.

Frankenstein - Entre Anjos e Demônios

Título no Brasil: Frankenstein - Entre Anjos e Demônios
Título Original: I, Frankenstein
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Hopscotch Features, Lakeshore Entertainment
Direção: Stuart Beattie
Roteiro: Stuart Beattie, Kevin Grevioux
Elenco: Aaron Eckhart, Bill Nighy, Miranda Otto

Sinopse:
Após a morte do Dr. Frankenstein, a criatura resolve enterrar o seu criador, mas no momento em que está fazendo isso é atacado por um grupo de demônios que desejam lhe capturar para levar ao seu mestre que reina nas profundezas infernais. Para salvar desse ataque surge no horizonte um outro grupo de seres alados, anjos celestiais, que habitam uma milenar igreja católica nas redondezas. Eles o levam até lá e explicam ao monstro que há uma guerra que dura milênios entre anjos de Deus e anjos decaídos, que foram expulsos do céu após uma rebelião contra a vontade divina.

Comentários:
Uma decepção essa nova aparição da criatura do Dr. Frankenstein nas telas. O roteiro tentou algo bem diferente. Ao invés de novamente adaptar o enredo clássico do livro original de Mary Shelley, partiu-se para uma adaptação de uma graphic novel que misturou a estória do monstro com a mitologia de anjos e demônios, como o próprio título nacional sugere. Assim bem no meio da guerra entre anjos caídos e arcanjos celestiais entra a criatura feita de restos humanos que novamente ganhou vida graças ao Dr. Frankenstein. A ideia não funciona. Os anjos quando atacam se transformam em Gárgulas e os demônios - um bando de sujeitos com caras de malfeitores, usando blusões negros - ao morrerem viram fagulhas de fogo! A premissa me lembrou bastante a franquia "Anjos da Noite". Se lá tínhamos uma guerra entre vampiros e lobisomens, aqui temos o eterno combate entre seres celestiais do mal e do bem. Infelizmente apesar de gostar dessa mitologia religiosa, nada, mas nada mesmo, parece funcionar. A criatura não tem dois metros de altura e nem a imagem clássica dos antigos filmes mas apenas a de uma pessoa comum, com cicatrizes atravessando o rosto, e pelo que se supõe, um corpo imortal que atravessa os séculos. No geral o diretor Stuart Beattie, roteirista da franquia "Piratas do Caribe", tentou fazer algo mais pipoca com o famoso monstro. Uma Modernização. Não deu muito certo.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de março de 2014

Capítulo 27

Título no Brasil: Capítulo 27
Título Original: Chapter 27
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Peace Arch Entertainment Group, Artina Films
Direção: J.P. Schaefer
Roteiro: J.P. Schaefer, Jack Jones
Elenco: Jared Leto, Mark Lindsay Chapman, Mariko Takai

Sinopse:
Mark David Chapman (Jared Leto) é um beatlemaníaco obcecado por seu grande ídolo, John Lennon. Ele resolve ir até Nova Iorque para tentar se aproximar do famoso cantor. Chegando lá acaba entrando numa crise psicótica ao perceber que Lennon vive uma vida de luxo e riqueza, bem ao contrário do que ele pensava ser. Lendo um exemplar de "O Apanhador no Campo de Centeio" ele decide comprar uma arma para matar John Lennon na porta do prédio Dakota onde morava.

Comentários:
Baseado no livro "Let Me Take You Down" o filme tenta desvendar a mente do assassino de John Lennon. Um sujeito com histórico de problemas mentais que em determinado momento não conseguiu mais separar seu mundo de delírios da realidade ao redor. Lennon que procurava levar uma vida sem maiores cautelas com sua segurança pessoal acabou virando alvo fácil da mente de uma pessoa perturbada como Chapman. Recentemente tivemos a premiação do ator Jared Leto no Oscar mas podemos bem perceber que ele na realidade já esbanjava muito talento aqui. Ele se transformou para o papel, engordou e praticamente incorporou o insano Mark Chapman, sumindo dentro de seu papel. O roteiro mostra os momentos que antecederam o assassinato de Lennon, com Chapman fazendo vigília na frente do portão principal do Dakota, esperando que Lennon lhe desse uma oportunidade pois o ex-beatle geralmente assinava autógrafos e dava certa atenção aos fãs que estavam sempre por lá. Chapman logo se enturma com alguns outros fãs dos Beatles e começa a conhecer a rotina de entradas e saídas de Lennon de seu edíficio. Um filme muito bom que conta uma das maiores tragédias da história da música. Todos sabem o final desse filme mas mesmo assim ele se torna uma peça essencial para se entender algo que até hoje parece inexplicável para muitos.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de março de 2014

Cabo do Medo

Título no Brasil: Cabo do Medo
Título Original: Cape Fear
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment, Tribeca Productions
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: James R. Webb, baseado na novela de John D. MacDonald
Elenco: Robert De Niro, Nick Nolte, Jessica Lange, Juliette Lewis, Robert Mitchum, Gregory Peck

Sinopse:
Max Cady (Robert De Niro) finalmente ganha a liberdade após passar anos na prisão. Ele age como um sujeito normal depois de sair da cadeia mas suas intenções logo se tornam bem claras. Ele quer vingança em relação ao advogado Sam Bowden (Nick Nolte) pois o considera um dos responsáveis por sua condenação. Para colocar seu plano em ação ele começa a jogar um terrível jogo psicológico contra Bowden e seus familiares.

Comentários:
Nunca cheguei a gostar completamente desse filme e não foi por falta de boa vontade. Sou fã declarado do cinema de Martin Scorsese. Do ator Robert De Niro nem preciso esclarecer, considero um dos grandes atores da história do cinema americano, apesar de atualmente não estar passando por um bom momento. Mesmo assim não deu para gostar mesmo. Achei uma produção sem alma, fruto única e exclusivamente do amor do diretor pelo filme original "Círculo do Medo" de 1962. Volto a repetir um pensamento que sempre me vem à mente quando me deparo com remakes: certas estórias já encontraram suas versões definitivas na sétima arte. Não adianta tentar revirar o que já foi muito bem feito no passado. Grandes filmes nunca ficam datados e por essa razão não precisam ser refeitos em hipótese nenhuma. Mas Scorsese, como sempre muito firme em suas convicções, resolveu apostar para ver no que tudo isso iria dar. O resultado é bem morno apesar da produção ter seus defensores (que em sua maioria não viram o filme origem com os grandes Robert Mitchum e Gregory Peck). De Niro surge em cena cheio de tatuagens com maneirismos de sociopata. Seu empenho é digno de aplausos mas no geral não chega a se destacar em sua filmografia. Enfim, aqui uma está mais um remake desnecessário, com a única diferença de que foi assinado por um dos grandes cineastas de nosso tempo. 

Pablo Aluísio.

X-Men - O Filme

Título no Brasil: X-Men - O Filme
Título Original: X-Men
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Tom DeSanto, Bryan Singer
Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Halle Berry, Anna Paquin, Rebecca Romijn

Sinopse:
Em um mundo onde os mutantes e humanos temem uns aos outros, Marie, mais conhecido como Rogue, foge de casa e pega uma carona com outro mutante, conhecido como Logan, que adotará mais tarde o codinome de Wolverine. Todos os mutantes da Terra estão na mira do Professor Charles Xavier, que desenvolve um trabalho excepcional numa escola para jovens mutantes. Pensando na segurança do casal ele envia Tempestade e Ciclope para trazê-los de volta antes que seja tarde demais. Magneto, que acredita que uma guerra se aproxima, tem um plano maligno em mente, e precisa da estranha e bela jovem Vampira para ajudá-lo.

Comentários:
Levou muito tempo para que Hollywood pudesse finalmente levar para as telas as aventuras dos X-Men. Muito populares no mundo dos quadrinhos, essa adaptação ficou anos e anos arquivada por dois motivos básicos: a disputa pelos direitos autorais entre os principais estúdios de cinema dos Estados Unidos e a consciência de que ainda não havia tecnologia suficiente para transpor tudo para o mundo real com certo realismo. Afinal de contas são muitos personagens, cada um com uma característica própria que os diferencia dos demais. Some-se a isso a dificuldade de escrever um roteiro que não menosprezasse o conhecimento dos fãs que acompanhavam as revistas há anos e anos. Bryan Singer mostrou um talento excecpcional sobre isso e mesmo com um elenco estelar, de grandes nomes, não se inibiu em realizar aquele que é até hoje considerado uma das melhores adaptações de quadrinhos que Hollywood já conseguiu produzir. Nota 10 para a direção de arte, figurinos, efeitos digitais, som e elenco. Por falar neles alguém conseguiria imaginar o Professor Charles Xavier sem Patrick Stewart ou outro ator no lugar de Hugh Jackman na pele de Wolverine? Esses e outros acertos certamente demonstram que "X-Men: O Filme" é realmente um filme bem acima da média. Imperdível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de março de 2014

O Curioso Caso de Benjamin Button

Título no Brasil: O Curioso Caso de Benjamin Button
Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Paramount Pictures
Direção: David Fincher
Roteiro: Eric Roth
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton

Sinopse:
Benjamin Button (Brad Pitt) nasce com uma estranha síndrome, até então desconhecida da medicina e da ciência. Ao nascer ele aparenta ser uma pessoa idosa, com rugas e todos os problemas inerentes à velhice mas conforme vai crescendo e se desenvolvendo começa a ficar cada dia mais jovem, o que contradiz completamente o ciclo natural dos seres humanos. Se sua saúde é fora do comum, sua vida emocional e sentimental também sofrerá inúmeros problemas causados por essa disfunção de desenvolvimento.

Comentários:
Alguns filmes valem a pena por causa de seu argumento singular e fora dos padrões. É o caso desse muito interessante "The Curious Case of Benjamin Button". Aqui o cineasta David Fincher (de "Clube da Luta" "Zodíaco" e "A Rede Social") realizou um de seus filmes mais sui generis, quase sem ligação com o restante de sua filmografia. O enredo vai se desenrolando em tom de fábula, mostrando um homem que percorre o caminho inverso dos demais seres humanos. Ele nasce velho para morrer jovem! Nessa mudança de rumo Fincher vai explorando com muita habilidade os aspectos psicológicos e as bagagens emocionais que todos nós temos que carregar em nossas vidas. Em uma linguagem muito bem desenvolvida eles nos mostra aspectos ternos de nossa existência, que no final das contas formam aquilo que nos tornam verdadeiramente humanos. Na época do lançamento do filme muito se comentou sobre a riqueza dos efeitos digitais. De fato eles são perfeitos, alguns inclusive impressionantes e plenamente inseridos na trama, mas penso que o filme sobreviverá ao tempo não por causa deles mas sim pela proposta de enredo realmente marcante e inovadora. Um belo filme que trouxe um esquecido lirismo para o cinema atual.

Pablo Aluísio.

Anjos da Noite

Título no Brasil: Anjos da Noite
Título Original: Underworld
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Kevin Grevioux, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Shane Brolly

Sinopse:
Selene (Kate Beckinsale), uma bela guerreira vampira, acaba se envolvendo numa milenar guerra entre vampiros e lobisomens. Por ser uma criatura da noite ela acaba se alinhando ao lado dos clãs vampirescos mas não consegue deixar de lado uma indisfarçável paixão para com Michael Corvin (Scott Speedman) que nas noites de lua cheia se torna um sanguinário lobisomem.

Comentários:
Como o tempo passa rápido! Lá se vai mais de um década da estréia da franquia "Underworld" nos cinemas. Tudo começou justamente com essa produção que foi lançada sem grandes pretensões mas que acabou caindo no gosto do público americano. Há uma clara tentativa de aproximar a mitologia dos vampiros e lobisomens com as novas tendências do cinema Sci-fi ao estilo "Matrix". Até os figurinos nos lembram disso. O enredo também tem um jeitão de adaptação de quadrinhos que deixa tudo com um estilo muito pop pipoca, o que desagradou a alguns fãs mais tradicionalistas do gênero horror. Em certos momentos também lembra o mal sucedido "Van Helsing" que curiosamente não deu certo nas bilheterias mas inaugurou um novo estilo, com muitos efeitos digitais e pouco roteiro. No final das contas quem segura o filme mesmo é o carisma da atriz Kate Beckinsale que aqui contracena com o galã televisivo da série "Felicity", Scott Speedman. Os efeitos ficariam melhores nos próximos filmes mas esse aqui já tem todos os ingredientes que fizeram o sucesso da franquia nos anos seguintes. Vale a pena rever para tentar entender porque a série deu tão certo, mesmo não havendo nenhuma obra prima entre as sequências.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Heleno

Título no Brasil: Heleno
Título Original: Heleno
Ano de Produção: 2011
País: Brasil
Estúdio: Agência Nacional do Cinema (ANCINE)
Direção: José Henrique Fonseca
Roteiro: L.G. Bayão, Felipe Bragança
Elenco: Rodrigo Santoro, Angie Cepeda, Alinne Moraes

Sinopse:
Filme baseado na história real do jogador de futebol do Botafogo e da Seleção Brasileira, Heleno de Freitas (1920 / 1959). Ele brilhou na década de 1940. Bom de bola, metido a galã e conquistador, Heleno virou muito popular e famoso por suas grandes jogadas e conquistas amorosas fora de campo.

Comentários:
Heleno de Freitas é até hoje um desportista querido pelos torcedores do Botafogo e por cronistas esportivos. Virou praticamente um símbolo de uma era que já não existe mais. O filme procura mostrar parte dessa sua trajetória. Infelizmente não há nenhum final feliz para se mostrar. Heleno era dado a farras, inclusive com prostitutas e isso lhe valeu uma grave doença, a sífilis. Uma das consequências dessa enfermidade é a perda da razão e capacidade cognitiva. A doença atinge o cérebro e devasta a saúde do enfermo. Assim o jogador terminou seus dias em um sanatório carioca, abandonado e esquecido. Não é uma produção de encher os olhos, sua falta de orçamento algumas vezes se torna clara, mas mantém aquela velha tradição do cinema brasileiro em mostrar o lado mais áspero da vida de pessoas que caíram de uma forma ou outra em suas vidas. O enredo está mais para tragédia do que para esporte. Mesmo assim o filme não é muito aconselhado a quem não gosta de futebol e sua mitologia de uma forma em geral. Vale como resgate histórico de um personagem meio esquecido de nossos gramados e é só.
 
Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Sem Escalas

Título no Brasil: Sem Escalas
Título Original: Non-Stop
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: John W. Richardson, Christopher Roach
Elenco: Liam Neeson, Julianne Moore, Scoot McNairy

Sinopse:
O agente Neil Marks (Liam Neeson) embarga em um voo entre Nova Iorque e Londres que jamais esquecerá. Assim que a viagem começa ele recebe uma série de mensagens de texto em seu celular avisando que um passageiro será assassinado a cada vinte minutos se não forem depositados cento e cinquenta milhões de dólares em uma determinada conta bancária. Inicialmente Marks acredita que tudo não passa de uma piada de humor negro ou um blefe mas conforme as mortes vão acontecendo ele inicia uma série de investigações dentro do avião para descobrir quem seria o assassino. 

Comentários:
De todos os gêneros cinematográficos acredito que o mais desgastado atualmente é a dos filmes de ação. Os roteiros não conseguem inovar, nem trazer nada de novo. Com o advento da tecnologia de computação gráfica a coisa piorou pois as cenas vão ficando cada vez mais absurdas e inverossímeis. Tudo parece se resumir a uma competição entre as produções para ver quem consegue firmar o momento mais impossível em suas sequências. O problema é que para quem é cinéfilo experiente tudo soa como algo tedioso e sem novidades. O próprio Bruce Willis resumiu tudo ao dizer que "filmes de ação andam bem chatos ultimamente". Definição perfeita. Não consigo enxergar nada de novo em produções como esse "Sem Escala". Não me empolgou e nem me trouxe nada de novo. Talvez para os mais jovens as coisas funcionem melhor, para quem já é veterano nas telas tudo vai parecer muito Déjà vu para marcar de alguma forma.

Pablo Aluísio.

Jogos Mortais 3

Título no Brasil: Jogos Mortais 3
Título Original: Saw III
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twisted Pictures, Evolution Entertainment
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Leigh Whannell, James Wan
Elenco: Tobin Bell, Shawnee Smith, Angus Macfadyen

Sinopse:
Jeff (Angus Macfadyen) é um homem angustiado após perder sua família em um terrível acidente de carro. Ele se torna obcecado em vingar a morte de seus parentes contra o motorista irresponsável que as causou. O Dr. Lynn Denlon (Bahar Soomekh) por sua vez tem sérios problemas em seu casamento. Frustrado, se torna um homem à beira da insanidade. Ambos se tornam alvos da psicótica Amanda (Shawnee Smith), uma admiradora de Jigsaw. Jeff é colocado em um jogo mortal de vida e morte e o Dr. Denlon é levado para um armazém abandonado onde precisa manter John Kramer - Jigsaw - vivo acima de tudo! Um colar explosivo é colocado em seu pescoço, ligado aos aparelhos que mantém Kramer vivo. O artefato será acionado caso Jigsaw morra. E que os jogos comecem...

Comentários:
Terceiro exemplar da franquia de grande sucesso "Saw". É a tal coisa, um filme como esse, com orçamento até modesto (custou meros 10 milhões de dólares) se torna facilmente lucrativo por causa da força do nome comercial dos filmes envolvendo o famoso Jigsaw (um dos melhores personagens de filmes de terror e suspense surgidos nos últimos anos, não há como negar). O interessante é que já nessa terceira parte já vamos percebendo uma certa saturação em seu argumento. Fruto provavelmente dos problemas de saúde enfrentados pelo John Kramer - Jigsaw. Um dos erros de roteiro dessa saga em minha opinião veio justamente disso. Jigsaw saiu de circulação cedo demais, fazendo com que os roteiros tivessem que se utilizar de "admiradores" do psicopata como a própria Amanda, que vemos aqui. Mesmo assim ainda conseguimos ter, apesar dos pesares, um bom produto em mãos. Não é nenhuma obra prima mas vale como elo de ligação entre as películas com a marca "Saw".

Pablo Aluísio.

Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio

Título no Brasil: Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio
Título Original: The Fast and the Furious: Tokyo Drift
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Justin Lin
Roteiro: Chris Morgan
Elenco: Lucas Black, Zachery Ty Bryan, Bow Wow, Vin Diesel

Sinopse:
Um adolescente americano chamado Sean Boswell enfrenta uma série de problemas em sua vida pessoal. É um solitário na escola, no entanto, ele desafia um rival para uma corrida de rua, um racha ilegal, mas é pego em flagrante. Para evitar que seja preso ele vai até Tóquio, onde vive seu pai, que é militar. Assim que chega na nova cidade descobre que rachas e competições com carros possantes são bem populares no submundo da cidade. Não demora a se envolver nesse tipo de "competição".

Comentários:
Um filme da franquia "Velozes e Furiosos" que peca por algo bem básico. A produção não conta com Paul Walker (que preferiu fazer bons filmes nesse ano como "A Conquista da Honra"). O estúdio também não chegou a um bom acordo sobre seu cachê. Além disso tentou-se inovar na trama, levando a série para o Japão. Há por isso uma clara diferença entre esse e os demais filmes. Há excessos de néon e luzes brilhantes por todos os lugares. O roteiro é mais raso do que o habitual e os atores japoneses não fazem grande diferença - a maioria aliás é de uma canastrice absoluta. Possa ser que os fãs desse tipo de produção venham a gostar do resultado mas eu particularmente não consegui simpatizar com a ideia por trás de tudo. A trama não é das melhores e as cenas de ação soam sem qualquer novidade relevante. No final é mais uma sequência sem grande destaque, só que rodada no Japão. Se isso vai fazer alguma diferença ou não cabe ao espectador julgar após assistir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de março de 2014

Resident Evil 2 - Apocalipse

Título no Brasil: Resident Evil 2 - Apocalipse
Título Original: Resident Evil: Apocalypse
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Constantin Film Ltd., Impact Pictures
Direção: Alexander Witt
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Sienna Guillory, Eric Mabius

Sinopse:
O vírus que transforma seres humanos normais em zumbis está fora de controle em Raccoon City. O resultado é trágico, milhões são contaminados e a humanidade caminha para um desastre de proporções globais. A empresa Umbrella então resolve colocar em prática novos experimentos, transformando Alice (Milla Jovovich) em uma aberração genética, pronta para enfrentar os mortos-vivos que cruzarem seu caminho. Com as alterações genética ela se torna mais forte, sensível aos menores detalhes e extremamente habilidosa em técnicas de combate. A guerra pela sobrevivência está prestes a começar.

Comentários:
Segundo filme da franquia "Resident Evil". Como o primeiro filme fez um sucesso digno de grandes orçamentos a produção dessa segunda parte ganhou bastante em termos de efeitos visuais, cenários e figurinos. É sem dúvida bem superior ao original nesse aspecto. Milla Jovovich continua tão bela como inexpressiva como atriz, o que não fará a menor diferença para os fãs de "Resident Evil" que desejam mesmo é ver o desfile de zumbis sendo trucidados pela heroína improvável (atire a primeira pedra quem nunca achou esquisito uma gata dessas baixando a porrada em um bando de monstros comedores de cérebros!). O destaque vai para as criaturas digitais como aquelas que atacam dentro da igreja, da fuga desesperada da população tentando fugir da cidade infectada e da destruição do prédio onde Milla Jovovich dá uma de Bruce Willis em "Duro de Matar" ao descer do edíficio em chamas. Cinema pop zumbi de qualidade certamente.

Pablo Aluísio.

Forças Especiais

Título no Brasil: Forças Especiais
Título Original: Forces spéciales
Ano de Produção: 2011
País: França
Estúdio: Easy Company, StudioCanal, Canal+
Direção: Stéphane Rybojad
Roteiro: Stéphane Rybojad, Michael Cooper
Elenco: Diane Kruger, Djimon Hounsou, Benoît Magimel

Sinopse:
Um grupo de elite do exército é enviado até uma região inóspita do Paquistão para resgatar uma jornalista francesa que se torna refém de um grupo radical ligado ao Talibã, terroristas islâmicos que pregam a guerra santa contra o Ocidente. O local onde ela está aprisionada parece ser um local afastado e isolado, dominado por fanáticos. O resgate não será nada fácil.

Comentários:
Esse filme mostra bem que na atual safra do cinema francês cabe praticamente todos os estilos, até mesmo filmes de ação como esse. A fita foi considerada uma inovação e tanto para os franceses, mais acostumados com dramas existenciais e profundos. "Forças Especiais" é o extremo oposto desse tipo de cinema mais intelectualizado. De certa forma lembra muito as produções americanas de guerra, com destaque para o famoso "Falcão Negro em Perigo" de Ridley Scott. A diferença é que saem os militares americanos e entram os franceses. Outro ponto que diferencia vem da própria maneira que Stephane Rybojad resolve explorar os momentos de maior combate, priorizando o uso de câmeras em movimento (algumas vezes em excesso) e trilha sonora com rock pauleira em último volume. Quem diria que uma mulher seria tão agressiva assim? Vale como diversão e curiosidade, pois não é todo dia que vemos um filme realizado na França com esse tipo de proposta.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Oscar 2014

Oscar 2014
Foi uma festa muito agradável, com uma apresentadora com um tipo de humor bem mais leve e inofensivo (você nunca verá Ellen DeGeneres fazendo algum tipo de piada ofensiva) e que transcorreu com rara normalidade, sem sobressaltos. Em termos de números de Oscars "Gravidade" levou a melhor com sete estatuetas. Era de se esperar que como venceu na categoria Melhor Direção levasse também o prêmio de Melhor Filme mas a velha tradição da Academia em premiar dramas históricos prevaleceu. Não é de hoje que filmes de ficção possuem poucas chances nas principais categorias e se for sucesso comercial as possibilidades de vencer se tornam ainda mais raras.

Além disso como bem brincou Ellen DeGeneres era a noite de "12 anos de escravidão" pois só havia duas possibilidades para os membros da Academia, ou votavam nesse filme ou seriam considerados racistas! Piadas à parte foi um prêmio justo, assim como também foram muito justas as premiações de elenco. Na ala masculina reinou "Clube de Compras Dallas" que levou os Oscars de Ator e Ator Coadjuvante (todos incontroversos). Cate Blanchett, que poderia ser prejudicada de alguma forma por causa dos problemas pessoais de Woody Allen, também venceu de forma incontestável. O único prêmio que pode ser considerado meio inesperado foi para a jovem atriz negra Lupita Nyong'o por "12 anos de escravidão" pois nem ela parecia acreditar que havia vencido. Em suma, uma noite bonita (gostei do cenário montado no palco, com várias referências aos equipamentos usados em cinema como holofotes e máquinas de escrever dos roteiristas), gente bonita e elegante e, é claro, muito glamour que a velha Hollywood nunca perdeu.

Lista dos vencedores do Oscar 2014:

12 anos de escravidão
Melhor Filme
Melhor Atriz Coadjuvante - Lupita Nyong'o
Melhor Roteiro Adaptado - John Ridley

Gravidade
Melhor Direção - Alfonso Cuarón
Melhores Efeitos Visuais
Melhor Edição de Som
Melhor Mixagem de Som
Melhor Fotografia
Melhor Edição
Melhor Trilha Sonora Original

Clube de Compras Dallas
Melhor Ator - Matthew McConaughey
Melhor Ator Coadjuvante - Jared Leto
Melhor Maquiagem e Cabelo

O Grande Gatsby
Melhor Figurino
Melhor Design de Produção

Frozen: Uma Aventura Congelante
Melhor Animação
Melhor Canção Original - "Let it Go"

Blue Jasmine
Melhor Atriz - Cate Blanchett

Ela
Melhor Roteiro Original - Spike Jonze

Helium
Melhor Curta-metragem

The Lady in Number 6: Music Saved My Life
Melhor Documentário em curta-metragem

A Um Passo do Estrelato
Melhor Documentário em longa-metragem

Mr. Hublot
Melhor Curta-metragem de Animação

A Grande Beleza (Itália)
Melhor Filme Estrangeiro

Pablo Aluísio.

Capitão América 2 - O Soldado Invernal

Título no Brasil: Capitão América 2 - O Soldado Invernal
Título Original: Captain America: The Winter Soldier
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios, Sony Pictures
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Elenco: Chris Evans, Frank Grillo, Robert Redford

Sinopse:
Steve Rogers (Chris Evans) ainda se esforça para se adaptar aos novos tempos. Além disso luta para encontrar seu papel nesse mundo moderno, onde as ideologias parecem perder sua força original, se tornando meras peças de oportunismo no quadro político mundial. Se os tempos são outros algo do passado acaba surgindo no caminho do Capitão América, um agente soviético dos tempos da guerra fria chamado Winter Soldier (Sebastian Stan).

Comentários:
Ficou estranho esse título nacional de "Soldado Invernal"! Não soa muito bem, além de criar confusão pois muitos vão confundir com "Soldado Infernal". Enfim, títulos nacionais bizarros não faltam. Esse "Capitão América 2" chega para manter em alta o lucro dos filmes baseados em personagens da Marvel (que nesse aspecto está dando baile nas adaptações da DC Comics). O filme, que custou a bagatela de mais de 100 milhões de dólares, está sendo esperado com ansiedade pelos fãs de quadrinhos. Para cinéfilos em geral o interesse vem da presença de Robert Redford no elenco! Quem diria que esse veterano conceituado iria se envolver em um projeto como esse? Capitão América é um representante máximo do que há de mais comercial em Hollywood atualmente. Em minha forma de ver o tão intelectualizado e cult Redford abriu uma concessão em sua carreira para valorizar um pouco mais o lado industrial da máquina de fazer filmes em Hollywood, já que algo assim em nada iria acrescentar em sua rica e brilhante filmografia. De qualquer forma sua presença já garante o interesse. O filme vai estrear nas telas americanas no dia 10 de abril. Vamos aguardar.

Pablo Aluísio.