domingo, 6 de novembro de 2016

10 Curiosidades - Rogue One: A Star Wars Story

10 Curiosidades Sobre "Rogue One: A Star Wars Story":

1. O filme foi praticamente todo rodado nos Pinewood Studios, em Buckinghamshire, Inglaterra. A razão é simples. Além dos impostos mais baratos o local é bem longe da imprensa de Hollywood, evitando assim pressão e eventuais vazamentos sobre o roteiro e a produção. Também aconteceram filmagens na Islândia e nas Ilhas Maldivas.

2. O criador da saga George Lucas disse ter dado um adeus definitivo aos filmes "Star Wars" após a venda dos direitos para a Disney. Segundo Lucas, daqui para frente, ele só será um espectador eventual dos filmes. "Estou velho demais para lidar com filmes como esse e principalmente com os fãs da série" - declarou Lucas.

3. Esse será o primeiro filme de uma nova saga denominada "Star Wars: Anthology". Inicialmente a Disney tem a pretensão de lançar um novo filme a cada fim de ano. A expectativa de lucros é obviamente enorme.

4. Pela primeira vez desde a trilogia original o ator James Earl Jones retorna para fazer a voz do vilão Darth Vader. O retorno de Vader às telas de cinema também é um dos trunfos do estúdio para alcançar uma ótima bilheteria.

5. A intenção da Disney seria contratar todos os profissionais ainda vivos que participaram da trilogia original. Dessa forma retornou o diretor de arte David Crossman que havia trabalhado nos três primeiros filmes. Por outro lado, infelizmente, esse será o primeiro filme da saga "Star Wars" sem o maestro John Williams.

6. Segundo algumas estimativas em Hollywood esse novo filme teve um custo aproximado de 150 milhões de dólares. A Disney espera ter uma bilheteria mundial superior a marca de 1 bilhão de dólares em faturamento de ingressos vendidos.

7. O roteiro do filme foi escrito a partir de eventos descritos nos primeiros filmes, na trilogia original. Esses eventos não foram mostrados naquelas produções, mas serão a base dessa nova série cinematográfica.

8. Muito se especulou sobre a contratação do cineasta Gareth Edwards para dirigir o filme. Para muitos ele seria sem expressão no mundo do cinema, apesar de ter dirigido a nova versão do filme "Godzilla" em 2014. Um filme que teve bilheteria modesta.

9. Esse será o primeiro filme com a marca "Star Wars" que não faz parte da saga principal. A última vez que isso aconteceu foi em 1978 com o especial "The Star Wars Holiday Special" que diga-se de passagem foi um grande fracasso comercial.

10.  O filme receberá o título nacional de "Rogue One: Uma História Star Wars" o que gerou várias críticas dos fãs que disseram que esse nome era simplesmente tosco demais, apesar de ser a tradução original do título em inglês.


10 Curiosidades - Jack Reacher: Sem Retorno

Top 10 - Jack Reacher: Sem Retorno

Dez informações vitais para você saber sobre o filme "Jack Reacher: Sem Retorno"

1. O filme foi lançado nos Estados Unidos e Europa no dia 20 de outubro. A estreia no Brasil está marcada para o dia 24 de novembro.

2. O filme custou em torno de 60 milhões de dólares, um valor considerado apenas mediano em termos de Hollywood. O ator Tom Cruise, que também produziu o filme, optou por um orçamento mais enxuto e econômico. No mercado americano o filme teve uma bilheteria apenas modesta até o momento: 54 milhões de dólares. Em termos mundiais já rompeu a barreira dos 100 milhões de dólares arrecadados.

3. Essa é a segunda vez que Tom Cruise interpreta o personagem. A primeira foi em "Jack Reacher: O Último Tiro" (2012). Curiosamente o enredo desse segundo filme foi tirado do oitavo livro com as aventuras de Jack Reacher. Cruise considerou essa estória mais adequada para essa sequência.

4. O filme foi praticamente todo rodado em New Orleans, na Louisiana. A região possui costumes e cultura bem próprios, fora a arquitetura bem característica, o que trouxe uma bela fotografia natural ao filme.

5. Tom Cruise pretende transformar Jack Reacher em sua nova franquia de sucesso, seguindo os passos de "Mission: Impossible". Para isso ele já determinou aos roteiristas a adaptação de mais dois novos filmes com o personagem. Os filmes não serão tão caros como Missão Impossível, mas terão o mesmo suporte de marketing e propaganda nos cinemas.

6. O veterano diretor Edward Zwick foi escolhido pessoalmente pelo astro Tom Cruise. O gênero ação nunca foi o seu preferido, apesar de ter dirigido o sucesso "Nova York Sitiada" e o fracasso "Coragem Sob Fogo". O cineasta sempre preferiu dramas históricos (como "Tempo de Glória") romances ("Lendas da Paixão", "Sobre Ontem a Noite...", "Amor e Outras Drogas") e dramas. Ele já havia dirigido Tom Cruise antes no sucesso de bilheteria "O Último Samurai" e agora repete a dose.

7. O livro original em cujo o roteiro se baseou foi publicado em 2013 com o título de ""Never Go Back".

8. O astro Tom Cruise recebeu algo em torno de 9 milhões de dólares de cachê, mais ou menos quinze por cento do total do custo da produção. A crítica americana recebeu o novo filme de Tom Cruise com reservas, embora reconhecendo sua boa produção. É um filme de ação genérico, com produção acima da média.

9. Durante o lançamento do filme Tom Cruise comentou sobre seu retorno em "Top Gun 2". Dessa vez seu personagem, o piloto Maverick, será um instrudor de aviação da Marinha.

10. Além desse filme Cruise ainda anunciou a relização de seus próximos filmes: "Luna Park" (uma ficção com renegados espaciais), "American Made" (outro filme de ação) e finalmente "Mission: Impossible 6" onde voltará a interpretar o agente Ethan Hunt.

Pablo Aluísio.  

sábado, 5 de novembro de 2016

Caça-Fantasmas

Alguns filmes são simplesmente ruins. Não adianta procurar qualquer tipo de justificativa para tentar levantar sua bola. Esse novo remake, na verdade uma cópia muito mal feita e sem graça do famoso filme dos anos 80 (sem pensar em sua continuação que era igualmente ruim) não convence em nenhum momento. Os defensores dessa nova versão apelaram para o feminismo de colocar quatro atrizes nos papéis principais, ao invés do quarteto de marmanjos do filme original. Um espécie de "empoderamento" das mulheres no cinema. Haja bobagem! O filme é ruim, não importando o fato de ter sido estrelado por quatro atrizes. Ele é simplesmente ruim e fraco. E peca por aspectos surpreendentes, como por exemplo, efeitos especiais ruins (o que não era de se esperar) e uma ridícula direção de arte que tenta em vão capturar o estilo anos 80. Tudo muito, muito fraco, de dar tédio.

Outro aspecto que depõe contra o filme é seu roteiro mal desenvolvido. Era de se esperar que por causa do tal "empoderamento" as personagens femininas fossem minimamente bem exploradas, mostrando aspectos das vidas delas. Mas esqueça. Isso não acontece. Todas as personagens são vazias e sem graça. Assim, no fritar dos ovos, só sobram as meras boas intenções que sinceramente não farão diferença nenhuma quando você se tocar que é um dos piores filmes de 2016. Pior para quem, como eu, foi assistir com a maior boa vontade do mundo e quebrou a cara - além de perder o precioso dinheiro do ingresso. Dizem que remakes são ruins por natureza, pois bem, esse aqui se superou pois é realmente péssimo. Uma tremenda perda de dinheiro, tempo e paciência. Melhor que não fosse sequer produzido.

Caça-Fantasmas (Ghostbusters, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Paul Feig / Roteiro: Katie Dippold, Paul Feig / Elenco: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon / Sinopse: Grupo de garotas decide formar sua própria equipe de Caça-Fantasmas.

Pablo Aluísio.

Terapia do Prazer

Título no Brasil: Terapia do Prazer
Título Original: Bliss
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Triumph Films, Stewart Pictures
Direção: Lance Young
Roteiro: Lance Young
Elenco: Craig Sheffer, Sheryl Lee, Terence Stamp
  
Sinopse:
Um casal, recentemente casado, decide ir até um analista por causa de problemas sexuais. Ela não consegue chegar ao orgasmo com seu marido. Fazendo uma regressão psicológica o médico descobre que ela na verdade suprimiu um grave trauma psicológico em seu passado. Ao reviver o que tentava esquecer, a esposa começa a ficar novamente interessada em seu marido.

Comentários:
Um thriller erótico chic psicológico que chegou a fazer um relativo sucesso no Brasil, ainda na era do VHS. A intenção é ser ao mesmo tempo excitante e inteligente, fazendo com que seu roteiro desenvolvesse esses dois aspectos na vida da protagonista, uma bela e jovem mulher com problemas sexuais, de origem psicológica. O grande destaque dessa produção em minha visão vem da beleza da atriz Sheryl Lee. Dono de uma beleza marcante, com longos cabelos loiros cacheados, ela nunca conseguiu se tornar uma grande estrela. Lee ficou famosa na TV, por interpretar a misteriosa Laura Palmer na série cultuada "Twin Peaks". Depois conseguiu algum destaque em filmes no cinema como "Os Pervertidos" (que também escreverei aqui no blog), "Vampiros De John Carpenter" e principalmente "Backbeat - Os 5 Rapazes de Liverpool" onde interpretava a namorada de um dos Beatles, a artista alemã Astrid Kirchherr. Nesse filme aqui ela usou obviamente seus dotes estéticos para se destacar, mas comercialmente o resultado foi bem morno. Mesmo assim não é um filme ruim, pelo contrário. Em suma, uma boa produção erótica, que não apela e nem é vulgar. Especialmente indicado para casais que estejam vivendo alguma situação parecida. Pode ser um bom caminho para a reconciliação.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Invasão a Londres

Título no Brasil: Invasão a Londres
Título Original: London Has Fallen
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Babak Najafi
Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt
Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Michael Wildman, Alon Aboutboul, Waleed Zuaiter

Sinopse:
Com a morte do Primeiro Ministro inglês todos os líderes mundiais se reúnem na capital britânica para o seu funeral. O que ninguém poderia esperar acaba acontecendo. Em pouco tempo acontece o maior ataque terrorista da história, com vários atentados ocorrendo em diversas partes da cidade. Agora, caberá ao agente especial Mike Banning (Gerard Butler) salvar a vida do presidente dos Estados Unidos Benjamin Asher (Aaron Eckhart) que passa a ser literalmente caçado pelas ruas de Londres.

Comentários:
Filme de ação produzido pelo próprio ator Gerard Butler. É a tal coisa, tudo bem querer produzir um filme de pura ação, sem muito roteiro ou conteúdo. Na década de 80 tivemos o auge desse tipo de filme. O problema é quando o resultado é tão boboca e estúpido que chega ao ponto de ofender a inteligência do espectador. Fico imaginando a cara de pau desses roteiristas. Não há sequer um aspecto desse roteiro que seja minimamente verossímil. Nada é desenvolvido, tudo é jogado na tela sem mais nem menos. Nenhum personagem parece ser real, mas sim caracteres de vídeo game. Tudo é tão absurdo que logo se torna uma piada involuntária. Imagine praticamente todos os membros dos serviços de segurança da Inglaterra se tornando terroristas da noite para o dia. Os policiais e agentes de segurança abrindo fogo contra os líderes mundiais que deveriam proteger! E tudo isso assim, sem maiores explicações. Eu já assisti muito filme de ação descerebrado em minha vida, mas como esse estou pra ver! Nem Michael Bay em seus piores delírios cinematográficos de pura estupidez pensaria em dirigir algo desse tipo. Outra coisa que incomoda e já falei isso mais de uma vez é a visão extremamente ufanista e babaca que os americanos enxergam seus próprios presidentes. O ator Aaron Eckhart interpreta um presidente super heroico, atlético, honrado, virtuoso, destemido, que chega a passar tédio de tão idiotizado que é. Os americanos definitivamente são muito infantiloides nesse aspecto. O filme é tão sumário e básico que até mesmo um grande ator como Morgan Freeman sai arranhado de uma bobagem sem tamanho como essa. Ele interpreta o vice-presidente que torce para que o presidente saia vivo das ruas de Londres, agora transformada em campo de batalha dos terroristas. Cheguei a sentir pena de Freeman atuando em um abacaxi como esse. Enfim, não adianta listar erros e mais erros dessa fita de ação ruim, pois ficaria horas aqui escrevendo. Tudo o que tenho a dizer é simples: "London Has Fallen" é realmente tão ruim que vai ofender seu bom senso.

Pablo Aluísio.

Asas do Amor

Título no Brasil: Asas do Amor
Título Original: The Wings of the Dove
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Miramax, Renaissance Dove
Direção: Iain Softley
Roteiro: Hossein Amini
Elenco: Helena Bonham Carter, Charlotte Rampling, Elizabeth McGovern, Linus Roache, Alex Jennings, Michael Gambon, Ben Miles
  
Sinopse:
Uma jovem aristocrata inglesa decadente, agora empobrecida, precisa decidir entre viver ao lado de sua tia rica ou se entregar ao amor que sente por um jornalista americano pobretão. Quando ela conhece uma rica herdeira, descobre que pode haver uma terceira alternativa para seu incerto futuro. Filme indicado ao Oscar de Melhor Atriz (Helena Bonham Carter), Melhor Roteiro Adaptado (Hossein Amini), Melhor Fotografia (Eduardo Serra) e Melhor Figurino (Sandy Powell). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Helena Bonham Carter).

Comentários:
O cinema britânico sempre foi muito mais sofisticado do que o comercial cinema americano. Isso é um fato. Uma exceção na história aconteceu quando a Miramax resolveu apostar em filmes mais elegantes, baseados em grandes obras de literatura. "The Wings of the Dove" é um representante dessa safra mais fina e consistente. O roteiro foi baseado na obra literária do aclamado escritor Henry James. Muitos críticos salientaram, no lançamento desse filme, que uma obra tão tensa e complexa como a de James jamais poderia ser adaptada com sucesso para o cinema. De certa maneira há razão nesse tipo de pensamento, porém não podemos esquecer que dentro dos limites de um longa-metragem (com sua duração limitada, etc) até que esse filme acabou se tornando um dos melhores já feitos nessa linha. Não é por outra razão que conseguiu tantas indicações ao Oscar. No geral é uma história de amor amarga em plena era vitoriana. Certamente é uma produção para um público mais refinado, sofisticado. O interesse vem nas pequenas nuances, os pequenos detalhes. Se você se enquadra nesse seleto tipo de espectador não deixe de assistir. Outro ponto positivo vem do elenco, com excelentes atrizes, tendo como destaque a futura esposa do diretor Tim Burton, a talentosa Helena Bonham Carter. Ela é verdadeiramente a alma desse filme ora romântico, ora amargo. No quadro geral é realmente um excelente filme, dentro de sua proposta.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Lar das Crianças Peculiares

Título no Brasil: O Lar das Crianças Peculiares
Título Original: Miss Peregrine's Home for Peculiar Children
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Tim Burton
Roteiro: Jane Goldman
Elenco: Eva Green, Asa Butterfield, Samuel L. Jackson, Judi Dench, Rupert Everett, Terence Stamp
  
Sinopse:
Após a morte de seu avô, o jovem Jake (Asa Butterfield) resolve descobrir o que realmente aconteceu. O velho sempre dizia que havia sido criado em um orfanato em Gales onde moravam crianças extraordinárias, peculiares. Durante a II Guerra Mundial ele havia deixado todos para trás, indo servir o exército, mas agora, na velhice, começava a ser perseguido por estranhas criaturas que queriam saber para onde havia ido as crianças peculiares da senhorita Peregrine (Eva Green).

Comentários:
Que Tim Burton há muito tempo anda devendo um bom filme isso todos os cinéfilos sabem. O que eu não sabia era como esse seu novo filme seria tão decepcionante. Não conheço o livro original, porém já vi muitos leitores da obra de Ransom Riggs reclamando muito dessa adaptação de seu livro para o cinema. Segundo eles vários elementos importantes do enredo original ficaram de fora, além de terem alterado o próprio final do livro. Minha visão assim é limitada apenas ao filme em si e posso dizer que esse é bem fraco. Na verdade o filme só funciona mesmo em sua terça parte inicial. Aqui há bons elementos de suspense e mistério que acaba prendendo a atenção do espectador. Depois que tudo é revelado a situação se torna a mais clichê possível, com aquela velha luta dos bonzinhos contra os malvados. Tudo bem que é um filme feito para o público infanto-juvenil, mas sinceramente precisava mesmo Tim Burton ser tão raso? Se o roteiro tem falhas o que mais me irritou mesmo foi o desperdício dos bons atores. Quem conhece Eva Green de outros trabalhos vai ficar totalmente insatisfeito. Sua personagem parece não ter muita personalidade, é fraca e não dá chance para Eva brilhar mais uma vez. Pior é a péssima participação da dama do teatro Judi Dench! Sua atuação e importância dentro do filme é nula, um absurdo! 

E o que dizer do veterano Terence Stamp? Esse ainda tem uma ou outra boa cena, mas é muito pouco! Sobra Samuel L. Jackson como um vilão caricato que solta as famigeradas piadinhas (sem graça, é bom avisar). Já em relação aos principais personagens devo dizer que embora sejam criativos e imaginativos (como convém a uma fábula) nenhum deles me cativou em particular. Alguns são bem esquisitos e estranhos, como dois pequenos gêmeos que se vestem como dois fantasminhas! Outra precisa andar com sapatos de chumbo para não sair voando e uma garotinha tem a força de vários homens. Nenhuma das crianças é muito bem desenvolvida, o que deve ter deixado ainda mais irritado o leitor do livro original. O uso dos recursos das fendas temporais até que é bem interessante, mas presumo que as crianças pequenas não vão entender direito o que se passa. Enfim, se o filme se limitasse apenas ao início de sua trama até que teria alguma qualidade maior a se elogiar. O problema é que ele, apesar de seu visual gótico, é bobo demais para ser levado à sério. Com duas horas de duração facilmente fica cansativo. Enfim, outra bola fora de Tim Burton.

Pablo Aluísio.

Tropas Estelares

Título no Brasil: Tropas Estelares
Título Original: Starship Troopers
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Edward Neumeier
Elenco: Casper Van Dien, Denise Richards, Dina Meyer, Jake Busey, Neil Patrick Harris, Michael Ironside
  
Sinopse:
Para sobreviver a uma invasão alien devastadora, a humanidade se entrega a um governo centralizador, militarista e fascista. A democracia se revela frágil para se lidar com uma situação tão extrema. Assim um grupo de jovens soldados é enviado para enfrentar uma nova remessa de seres alienígenas exóticos em forma de insetos que pretendem destruir todos os seres humanos, para tomar posse dos recursos naturais da Terra.

Comentários:
Em seu lançamento o filme "Starship Troopers" foi acusado de muitas coisas, entre elas a de trazer uma mensagem subliminar nazista e fascista em seu enredo. Bobagem pura, delírios de um mundo politicamente correto e muito do chato. Na verdade essa nunca foi a intenção do roteiro que diga-se de passagem foi baseado no livro escrito por Robert A. Heinlein, um talentoso escritor de Sci-Fi. Vale a pena inclusive conferir outro filme baseado em sua obra chamado "O Predestinado". Pois bem, aqui a real intenção do livro original fica bem explícito desde a primeira cena. O que se procura nesse filme é realmente a pura diversão. E o que seria mais divertido do que assistir militares humanos tentando enfrentar aliens em forma de insetos gigantes? Olhando-se sob esse prisma o filme funciona muito bem. Os efeitos visuais são ótimos, até porque essa foi uma produção bem cara que custou mais de 100 milhões de dólares ao estúdio. O único problema maior que o filme demonstra ter é seu opaco elenco jovem, formado por atores e atrizes bem bonitos, mas dramaticamente nulos e sem expressão. Tanto Casper Van Dien como Denise Richards não convencem em nenhum momento. São bonecos esteticamente interessantes e nada mais. Melhor para os invasores, esses sim, extremamente bem feitos. No final não se admira se você chegar na absurda conclusão que os aliens são mais talentosos que seus inimigos humanos em cena! Enfim, coisas de Hollywood...

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Fúria Cannabis

Título no Brasil: Fúria Cannabis
Título Original: The World Made Straight
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreambridge Films
Direção: David Burris
Roteiro: Shane Danielsen
Elenco: Noah Wyle, Jeremy Irvine, Minka Kelly, Adelaide Clemens, Haley Joel Osment, Marcus Hester
  
Sinopse:
Travis (Jeremy Irvine) é um jovem sulista desempregado que resolve roubar maconha nas terras pertencentes a um violento traficante de sua cidade. Ele corta um pequeno arbusto da erva e a leva para vender ao professor Leonard (Noah Wyle). Esse vive da venda de drogas desde que perdeu seu emprego na escola da região. Morando em um trailer, pobre e em dificuldades financeiras, ele procura um novo sentido para sua vida.

Comentários:
O título nacional pode enganar. "Fúria Cannabis" certamente dará a impressão que se trata de um filme com muita violência e ação, tudo se passando no meio da guerra contra as drogas. Não é bem isso. Na verdade o filme aposta mais no drama, mostrando duas pessoas comuns que acabam se envolvendo com o tráfico de maconha por não ter muitas opções. O sul dos Estados Unidos é a região mais atrasada daquela nação. As pequenas cidades não possuem economias robustas e nem parque industrial. Assim os mais jovens, geralmente sem emprego, procuram por algum tipo de trabalho ou renda no que encontram pela frente. O protagonista desse filme é um desses jovens. Trabalhando em um emprego sem futuro, em um mercadinho, ele acaba sendo demitido e fica no limbo. Para piorar não se dá bem com o pai, que é um daqueles caipiras mal encarados. Sem grana e sem perspectivas ele acaba encontrando apoio e amizade em um professor que vive em um trailer vendendo drogas para a matutada local. O sujeito é inteligente, mas foi alvo de um incidente infeliz em seu passado que enterrou sua carreira no mundo acadêmico. O ator Noah Wyle que interpreta esse personagem é uma das boas coisas do filme. Ele tem muito interesse por história e durante uma viagem ao interior acaba descobrindo que os parentes de seu pupilo Travis foram assassinados durante uma chacina ocorrida na Guerra Civil. Do elenco de apoio eu destaco a bela Minka Kelly e a aparição do antigo astro mirim Haley Joel Osment. Pois é, ele cresceu, não é mais uma criança e pouco lembra do garotinho que via almas penadas em "O Sexto Sentido". De forma em geral é um bom drama mostrando o lado mais pobre e sem perspectivas de uma América que parece ter perdido o brilho e o futuro.

Pablo Aluísio.

Morcegos

Título no Brasil: Morcegos
Título Original: Bats
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Destination Films
Direção: Louis Morneau
Roteiro: John Logan
Elenco: Lou Diamond Phillips, Dina Meyer, Bob Gunton, Carlos Jacott, Marcia Dangerfield, George Gerdes
  
Sinopse:
Cientista cria uma nova raça superior de morcegos, bem mais fortes, inteligentes e sanguinários. Após uma série de mortes inexplicáveis em uma pequena cidade do oeste, o xerife local, Emmett Kimsey (Lou Diamond Phillips), começa a investigar o que de fato estaria acontecendo. Ao lado de uma jovem bióloga, a Dra. Sheila Casper (Dina Meyer), ele descobre que o problema pode ser bem mais sério do que todos pensavam.

Comentários:

Que tal assistir a um filme com roteiro que lembra os filmes trash de antigamente, só que acompanhado de uma boa produção? Pois é basicamente essa a proposta desse filme. Bom, não é novidade para ninguém esse tipo de argumento colocando seres humanos versus a natureza. A novidade aqui é trazida por uma boa seleção de efeitos digitais de última geração que recriam as criaturas da noite, os morcegos, com grande realismo. Depois que a computação gráfica entrou de vez no cinema realmente não há mais qualquer limite para se recriar o que se deseja em cena. O elenco é liderado por Lou Diamond Phillips, ator especializado em interpretar personagens chicanos. Todos se lembram ainda de seu trabalho como o roqueiro Ritchie Valens no ótimo drama musical "La Bamba". Pois é, aqui ele dá uma de herói, sem convencer muito, temos que admitir. Mesmo assim, com algumas limitações, até que "Bats" não é ruim. Diverte e nos faz lembrar dos tempos em que o cinema não se levava muito à sério, criando ótimos filmes de monstros, fossem eles reais ou imaginários. Vale a pena conferir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um Canto de Esperança

Título no Brasil: Um Canto de Esperança
Título Original: Paradise Road
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: David Giles, Martin Meader
Elenco: Glenn Close, Frances McDormand, Pauline Collins, Cate Blanchett, Julianna Margulies, Pamela Rabe
  
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Durante a II Guerra Mundial um grupo de mulheres americanas e europeias são aprisionadas por tropas japonesas na distante e isolada ilha de Sumatra. Para suportar a prisão - completamente injusta e sem razão de ser - elas usam a música para tornar seus dias menos miseráveis e torturantes. Filme premiado pela  Australian Cinematographers Society e Film Critics Circle of Australia Awards.

Comentários:
A II Guerra Mundial não foi apenas a guerra dos grandes acontecimentos, das grandes batalhas épicas. A guerra destruiu também a vida de milhões de pessoas comuns, que nada tinham a ver com o conflito armado. Um exemplo podemos conferir nesse filme onde várias mulheres são enviadas para uma prisão apenas por causa de suas nacionalidades. Os japoneses as aprisionam sem razão de ser, apenas por serem estrangeiras. As atrocidades japonesas durante a guerra impressionam, na China ocupada, por exemplo, as tropas japonesas promoviam estupros coletivos, massacres e chegavam ao requinte da crueldade de enterrar pessoas vivas, fora a tortura que era algo muito comum no cotidiano daqueles militares. Assim o roteiro dessa produção explora mais um crime de guerra dos japoneses, porém de uma forma mais sutil e com uma certa dose de diplomacia. Penso inclusive que o fato histórico real foi bem mais brutal do que vemos. De qualquer forma o ótimo elenco e a delicadeza de sua mensagem valem qualquer esforço. Um momento da II Guerra Mundial que segue esquecido, infelizmente.

Pablo Aluísio.

O Regresso

Título no Brasil: O Regresso
Título Original: The Revenant
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Alejandro G. Iñárritu
Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Will Poulter, Domhnall Gleeson, Forrest Goodluck, Paul Anderson
  
Sinopse:
O caçador de peles Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) vê seu grupo ser atacado por nativos selvagens em uma região remota do velho oeste. Eles quase não conseguem sair vivos da brutalidade dos indígenas. Precisando encontrar o caminho de volta para sua base ele acaba sendo atacado de forma violenta por um urso cinzento. Praticamente dado como morto, vira alvo do caçador John Fitzgerald (Tom Hardy) que quer deixá-lo para trás. O instinto de sobrevivência de Glass porém falará muito mais alto. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Direção (Alejandro G. Iñárritu). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Drama (Leonardo DiCaprio) e Melhor Direção - Drama (Alejandro G. Iñárritu).

Comentários:
"O Regresso" é um filme brutal. Não há outra definição. Também traz a interpretação mais visceral da carreira do ator Leonardo DiCaprio. Praticamente não há quase diálogos para declamar, mas apenas a fúria da luta entre o homem e a natureza. O realismo das cenas impactam desde o começo. É curioso como há um contraste muito presente entre a beleza do lugar onde a estória se passa e a brutalidade inerente da natureza humana entre brancos e nativos. O discurso politicamente correto também não resiste em nenhum momento. A velha ladainha do choque de civilizações não encontra eco nessa batalha pela sobrevivência. E por falar em sobreviver a qualquer custo a cena mais lembrada da produção (o ataque do urso selvagem contra Glass) resume muito bem a essência desse roteiro. Nesse mundo primitivo não há espaço para o Éden, mas apenas para a guerra em se manter vivo. "The Revenant" assim se revela uma obra prima. O cineasta mexicano Alejandro G. Iñárritu é certamente o diretor mais promissor de sua geração. Confesso que ele nunca havia me impressionado tanto como agora. Não há qualquer dúvida de que "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" é uma obra prima do cinema, porém com esse novo filme ele alcançou um novo pico em sua filmografia, algo que poucos esperavam. Certa vez o lendário xerife Wyatt Earp foi perguntado sobre o que achava dos filmes de western que estavam sendo lançados no cinema. Ele disse que o velho oeste americano era muito mais brutal do que aquilo que se via nas telas. Provavelmente se tivesse tido a oportunidade de assistir "O Regresso" o velho homem da lei teria se sentido muito mais familiarizado. O filme é isso, um retrato extremamente bem feito de um tempo onde apenas os mais fortes conseguiam sobreviver. É brutal, mas também é maravilhoso em todos os aspectos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O Exorcista - Primeira Temporada

Título no Brasil: O Exorcista
Título Original: The Exorcist
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox Television
Direção: Michael Nankin, Jason Ensler, Jennifer Phang
Roteiro: Jeremy Slater, Heather Bellson
Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Brianne Howey, Geena Davis, Alan Ruck
  
Sinopse:
Série baseada no famoso livro "O Exorcista" escrito por William Peter Blatty. No enredo um jovem padre chamado Tomas Ortega (Alfonso Herrera) acaba se deparando com uma possessão demoníaca envolvendo uma jovem de sua paróquia. Por não ser um exorcista de formação ele resolve procurar pela ajuda de um padre exorcista veterano, Marcus Keane (Ben Daniels), que acabou de chegar do México onde se envolveu em um exorcismo de um garoto que não terminou bem. História baseada em fatos reais.

Episódios Comentados:

The Exorcist 1.01 - Chapter One: And Let My Cry Come Unto Thee 
Primeiro episódio da série. Como se trata de um remake de um dos maiores clássicos do cinema, sempre se fica com receios de que tudo se torne bem decepcionante, afinal de contas remakes em geral costumam ser bem ruins. Felizmente não é o caso dessa nova série. Por esse primeiro episódio já podemos perceber que teremos um bom programa pela frente. No começo somos apresentados a esse jovem padre Tomas, ainda pouco experiente, tentando dar o melhor de si em sua paróquia. Ele se enrola um pouco no sermão dominical, procura pelas palavras certas e tenta manter a atenção de seu rebanho, corrigindo suas falhas. Além da falta de experiência outra coisa começa a perturbar sua vida. Ele tem visões estranhas, envolvendo um outro sacerdote, em pleno ritual de exorcismo. Com o tempo ele descobrirá que o padre de suas alucinações realmente existe e é um exorcista veterano chamado Marcus Keane. Ambos terão os destinos traçados por algo que acontece com uma jovem da paróquia. Filha de Angela Rance (Davis), a adolescente Casey (Hannah Kasulka) começa a apresentar um comportamento estranho, atingindo todos os membros de sua família. É interessante porque de início sua irmã Kat (Brianne Howey) aparenta ter problemas, porém quando o padre vai visitar a família logo descobre que Casey é realmente a jovem atingida pelas forças do mal. Esse primeiro episódio joga bastante com o suspense e a tensão. Nada é muito explicitamente explorado, a não ser no encontro do padre com Casey no sotão, onde tudo se torna bem claro. O uso excessivo de efeitos digitais pode vir a se tornar um problema nos episódios seguintes, mas pelo menos nesse primeiro aqui tudo soa bem interessante, nada exagerado, como tem que ser. O roteiro me pareceu bem acima da média, procurando seguir os passos do livro original. É uma série que realmente promete e que vale muito a pena acompanhar. Em breve publicaremos aqui nessa mesma postagem comentários sobre todos os demais episódios. Aguardem. /  The Exorcist 1.01 - Chapter One: And Let My Cry Come Unto Thee (EUA, 2016) Direção: Rupert Wyatt / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco:  Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Brianne Howey, Geena Davis, Alan Ruck.

The Exorcist 1.02 - Chapter Two: Lupus in Fabula  
O título desse episódio provém de um antigo brocardo em latim que significa "Chame o demônio que ele virá!". Nada mais providencial. Diante dos ataques estranhos que sua filha Casey vai sofrendo sua mãe volta a procurar o padre Tomas em busca de ajuda. Ele vai até o bispo e esse lhe diz que rituais de exorcismos não são facilmente aprovados pela Igreja. Ainda mais agora que todos estão esperando pela chegada do Papa a Nova Iorque (uma clara referência à visita do Papa Francisco aos Estados Unidos). Assim Tomas diz para a mãe de Casey que a garota precisará passar antes por uma avaliação psicológica, para só depois se pensar em rituais de exorcismo. Para o Padre Marcus porém tudo isso é uma burocracia que deve ser deixada de lado. Ele dá discretamente para a mãe de Casey um pouco de água benta e diz para ela dar para a filha beber durante o jantar. O resultado é devastador, a garota passa mal e coloca para fora uma lacraia venenosa enorme! Insetos peçonhentos são sinais da presença de Satã e seus vassalos. Para o Padre Marcus não restam mais dúvidas, ainda mais quando ele encontra uma sem teto possuída que o enfrenta, debochando do esvaziamento de sua fé. Somos mesmo tentados todos os dias! Gostei desse episódio. A série caminha cada vez mais para o sucesso, tanto do ponto de vista de audiência como de qualidade. O confronto entre o bem e o mal vai assim se formando no horizonte! / The Exorcist 1.02 - Chapter Two: Lupus in Fabula (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Nankin / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Geena Davis, Alan Ruck.

The Exorcist 1.03 - Chapter Three: Let 'Em In
Nesse episódio o Padre Marcus resolve entrar de vez no caso da garota Casey, mas para surpresa descobre que foi excomungado por Roma. Entre as acusações estão o exorcismo onde o menino Gabriel morreu e o colapso emocional que ele teve, culminando no absurdo de apontar uma arma para outro padre da igreja. Enquanto Marcus se defende dentro da Igreja a jovem Casey vai piorando. Nesse episódio ela é possuída dentro do vagão do metrô. Um carinha, daqueles bem idiotas, começa a assediar ela, enquanto seu pai passa mal. O sujeitinho quase a estupra na frente de todos. Com o diabo no corpo literalmente ela parte para a briga - e vira uma entidade do mal, com a força de jogar as pessoas ao redor apenas com seu olhar, terminando tudo em clima de insanidade completa, urinando na frente de todos. Achei essa sequência um tanto absurda e gratuita também. Pelo visto a Fox parece estar disposta a abraçar o sensacionalismo barato ao invés de investir no suspense, no clima adequado. Será que isso será um padrão ruim daqui para frente? Só nos resta aguardar, esperando pelos novos episódios. / The Exorcist 1.03 - Chapter Three: Let 'Em In (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Nankin / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka.

The Exorcist 1.04 - Chapter Four: The Moveable Feast
Estou assistindo a essa nova série The Exorcist, mas sinceramente falando o programa ainda não me convenceu completamente. O fato é que levar esse nome, de um dos maiores clássicos de terror da história do cinema, pode ser um peso e tanto. De qualquer maneira nesse quarto episódio chamado "Chapter Four: The Moveable Feast" as coisas vão se encaixando melhor. Aqui o Padre Marcus Keane (Ben Daniels) vai até um convento e descobre que lá também são realizados exorcismos, só que ao contrário do ritual tradicional aqui as religiosas usam de um método diferente, baseado na misericórdia de Deus. Achei extremamente intrigante o ritual. Enquanto isso, na outra linha narrativa, a garota protagonista da série vai para o hospital, só que os médicos não conseguem achar uma cura. A mãe dela (interpretada pela atriz Geena Davis) quer que um exorcismo seja feito, mas sem autorização do Vaticano as coisas não vão para frente. Na última cena o Padre Marcus e o Padre Tomas Ortega (Alfonso Herrera) decidem unir forças para expulsar o demônio. Eles arrumam um lugar no sótão para começar os rituais... / The Exorcist 1.04 - Chapter Four: The Moveable Feast (Estados Unidos, 2016) Direção: Craig Zisk / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka.

The Exorcist 1.05 - Chapter Five: Through My Most Grievous Fault
Finalmente começa o exorcismo de Casey. O demônio que toma seu corpo começa a enganar a todos, inclusive os próprios padres, trazendo lembranças, sonhos e visões de pessoas mortas de seu passado. Além de usar a tentação para destrui-los espiritualmente. O primeiro a cair é o Padre Tomas Ortega. Ele tem uma paixão secreta por uma jovem mulher, uma latina muito sensual. Ela é casada, mas o padre acaba caindo mesmo em tentação. A aproximação com o diabo despertou a luxúria em seu corpo. Já o Padre  Marcus Keane é bem mais experiente. Exorcista há anos ele conhece as artimanhas de Lúcifer. Na sua alucinação ele vê sua mãe falecida, uma pessoa muito querida de seu passado. A batalha assim se torna muito mais penosa de resistir. A situação aos poucos vai fugindo ao controle e a polícia chega no local. A irmã de Casey não aguenta a pressão psicológica de ver o sofrimento de sua irmã e chama os policiais. Casey é então levada, em uma ambulância para o hospital, mas antes de chegar lá resolve destruir tudo, matando os paramédicos. A coisa mais interessante desse episódio vem da revelação de que a personagem de Geena Davis (a mãe de Casey) é na verdade Regan MacNeil, a menina possuída do filme "O Exorcista", fazendo assim a ligação da série com o clássico filme de terror. Oportunismo barato do roteiro? Pode ser. Foi a forma encontrada pelos roteiristas de ligar as duas estórias diretamente. De maneira em geral essa série ainda não convenceu completamente e nem pode sequer ser comparada ao filme clássico que lhe deu origem. Porém desperta curiosidade e mantém o interesse. Por isso é interessante terminar de assistir ao menos essa primeira temporada. / The Exorcist - Chapter Five: Through My Most Grievous Fault (Estados Unidos, 2016) Estúdio: Morgan Creek Productions / Direção: Jason Ensler / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka, Kurt Egyiawan, Geena Davis, Alan Ruck.

The Exorcist 1.06 - Chapter Six: Star of the Morning
O nome desse episódio, "A estrela do amanhã" é um dos nomes atribuídos ao anjo caído Satã. Pois é justamente ele, o diabo, que toma conta do corpo da garota Casey Rance (Hannah Kasulka). Completamente possuída pelas forças do mal ela foge e ganha as ruas. O padre Marcus Keane (Ben Daniels) vai atrás e encontra pistas de seu paradeiro no meio do lixo dos mendingos, dos sem-teto e dos miseráveis que vivem escondidos em lugares úmidos e imundos! Esse episódio tem uma cena muito boa, bem forte, quando o padre leva a garota até o mar e transforma toda a água ao redor em água benta! Uma explosão de naturezas divinas e satânicas entrando em confronto mata até mesmo os peixes do oceano! Por fim temos uma reunião de ricos e poderosos evocando o próprio demônio. Entre eles se encontra até mesmo uma autoridade da igreja! É mesmo o fim do mundo anunciado! Saldo final: temos mais um bom episódio da série aqui! Aprovado! / The Exorcist 1.06 - Chapter Six: Star of the Morning (Estados Unidos, 2016) Direção: Jennifer Phang / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka.

The Exorcist 1.07 - Chapter Seven: Father of Lies  
A jovem possuída pelo diabo, Casey Rance (Hannah Kasulka), é capturada e levada para um convento de freiras. Essas religiosas já tinham aparecido em um episódio anterior, quando elas ensinaram ao padre Marcus um novo meio de exorcizar pessoas, usando para isso a misericórdia de Deus. Pois bem, as freiras tentam recuperar a jovem, a colocando confortável, dando um banho nele, servindo algumas taças de chá. Marcus porém não está certo se isso é uma boa estratégia. Ele quer algo mais incisivo. Enquanto isso o Padre Tomas Ortega (Alfonso Herrera) entra em contato com a mãe de Casey, Angela Rance (Geena Davis), e lhe diz onde ela se encontra! A cena final mostra a satisfação do demônio em saber que Angela está por perto (ela é na realidade a garotinha que foi possuída no filme original, "O Exorcista", por isso não vá se perder no meio do enredo). Será que o autor  William Peter Blatty iria gostar desse tipo de roteiro? Há dúvidas sobre isso... / The Exorcist 1.07 - Chapter Seven: Father of Lies (Estados Unidos, 2016) Direção: Tinge Krishnan / Roteiro:Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka.

The Exorcist 1.08 - Chapter Eight: The Griefbearers  
Depois de um longo exorcismo, finalmente a garota Casey Rance (Hannah Kasulka) é exorcizada. Ela está um trapo, toda suja, arranhada, com péssima aparência, porém o diabo parece mesmo ter ido embora. Enquanto Casey respira aliviada, sua mãe Angela Rance (Geena Davis) parece estar entrando no inferno novamente. Ela tem um flash de suas lembranças, que a levam ao passado, quando ela usou pela primeira vez o tabuleiro Ouija, o instrumento que o diabo usou até chegar a ela! É uma lembrança que ela queria apagar de sua mente. Infelizmente as notícias não são boas, pois tudo o que ela sente e vê é apenas o começo de sua própria possessão. Pois é, o diabo não ficou satisfeito de ter sido exorcizado de seu corpo, por isso fez de tudo para voltar. Com o demônio controlando sua mente e sua alma, Angela acaba cometendo um crime, matando sua própria mãe, que após ter seu pescoço quebrado, desce escada abaixo, em direção aos braços da morte! / The Exorcist 1.08 - Chapter Eight: The Griefbearers / (Estados Unidos, 2016) Direção: Louis Shaw Milito / Roteiro: Jeremy Slater / Elenco: Alfonso Herrera, Ben Daniels, Hannah Kasulka.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Outcast

Título no Brasil: Outcast
Título Original: Outcast
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox International Studios
Direção: Loni Peristere, Howard Deutch
Roteiro: Robert Kirkman, Paul Azaceta 
Elenco: Patrick Fugit, Philip Glenister, Wrenn Schmidt, Callie Brook McClincy, David Denman, Brent Spiner
  
Sinopse:
A vida não tem sido fácil para Kyle Barnes (Patrick Fugit). Anos atrás ele foi acusado de ter atacado sua própria filha em um caso que nunca ficou devidamente esclarecido. No passado ele ficou convencido que sua mãe e sua esposa tinham sofrido algum tipo de possessão que nem ele soube explicar muito bem. Isso o estigmatizou pelo resto de sua vida. Agora, ao lado do reverendo Anderson (Philip Glenister) ele tenta ajudar pessoas que estão passando pelo mesmo tormento.

Episódios Comentados:

Outcast 1.01 - A Darkness Surrounds Him
Kyle Barnes (Fugit) tenta deixar o passado para trás. Ele vive isolado, procurando não ter contato com outras pessoas. Deprimido e sentindo-se culpado pelo que aconteceu anos atrás ele acaba encontrando novamente o reverendo local para que juntos possam investigar o estranho caso envolvendo um garoto. Sua família está apavorada pelo estranho comportamento do menino. Ele parece estar possuído, comendo insetos, falando com vozes estranhas, se contorcendo e praticando estranhos rituais que lembram o satanismo e a magia negra. Esse primeiro episódio dessa nova série Outcast é muito bom. Valorizando um clima de terror e suspense os roteiristas acertaram em cheio no objetivo de causar medo nos espectadores. É curioso porque temos duas novas séries sobre possessões, essa Outcast e a transposição para a TV do famoso filme "O Exorcista". Pelo visto para quem gosta desse estilo de programa o menu estará bem variado nos próximos meses. Essa série aqui foi criada pelo mesmo criador do grande sucesso "The Walking Dead", usando como material original uma estória de quadrinhos de sucesso. As séries de terror, que há muito estavam esquecidas, parecem que voltaram com tudo para a programação das emissoras. Uma ótima notícia para os fãs do gênero. / Outcast 1.01 - A Darkness Surrounds Him (Estados Unidos, 2016) Direção: Adam Wingard / Roteiro: Robert Kirkman, Paul Azaceta / Elenco: Patrick Fugit, Philip Glenister, Wrenn Schmidt.

Outcast 1.02 - (I Remember) When She Loved Me
O segundo episódio começa com o reverendo  Anderson (Glenister) completamente decepcionado e indignado com a baixa frequência em seu culto de domingo. Os fiéis parecem ter desaparecido. Ele então resolve relembrar aos poucos presentes como é importante ir à igreja. Em momento de sinceridade até mesmo confessa que baixou a guarda nos últimos anos o que talvez explique o caso do garoto Joshua que foi recentemente possuído por forças das trevas. Enquanto isso Kyle (Fugit) tenta recompor os pedaços de sua vida. Ele vai visitar sua mãe e descobre que seu quarto está em mal estado. Há muitos anos ela vive em estado catatônico em uma casa de repouso. Ela não fala, mal se alimenta e não reage a fatores externos. Kyle então resolveu levá-la para casa o que se revela ser uma péssima ideia pois ele não tem condições de cuidar adequadamente de uma mulher doente naquele estado. Já o xerife Giles (Reg E. Cathey) resolve investigar a floresta pois recebeu uma denúncia de coisas estranhas vindas de lá. Ao adentrar o lugar acaba encontrando uma série de bichos pregados na árvores como se estivessem crucificados - obviamente algum ritual de magia negra que ele desconhece completamente. Por fim surge na série pela primeira vez o ator Brent Spiner! Não lembra dele? Ele foi por muitos anos o andróide Data da série "Star Trek - A Nova Geração". Aqui ele aparece como um personagem misterioso e sinistro. De roupas escuras, chapéu e sobretudo, ele entra no quarto da mãe de Kyle para lhe dirigir algumas palavras enigmáticas. Sua verdadeira identidade será revelada nos próximos episódios, vamos aguardar. / Outcast 1.02 - (I Remember) When She Loved Me (Estados Unidos, 2016) Direção: Howard Deutch / Roteiro: Paul Azaceta / Elenco: Patrick Fugit, Philip Glenister, Wrenn Schmidt, Brent Spiner.

Outcast 1.03 - All Alone Now  
Todos sozinhos agora! Porém nem tanto. O reverendo Anderson e seu "assistente" Kyle acabam se envolvendo em um novo caso. O possuído era um sujeito normal até o dia em que perde os sentidos, espanca, tortura, estupra e esquarteja a esposa do seu melhor amigo. Obviamente condenado e preso é enviado para um manicômio judiciário. Acontece que todos os sintomas indicam que ele está sob a possessão de algum demônio. Assim Anderson e Kyle vão até lá para um exorcismo. As coisas porém parecem mais sérias do que eles pensavam. A tal entidade parece ter grande poder a ponto inclusive de zombar e escarnecer os símbolos cristãos como o crucifixo e a bíblia. Pior do que isso, ele começa a jogar mentalmente com seus algozes, fazendo o reverendo duvidar de sua própria fé e Kyle pedir por esclarecimentos sobre seus supostos "poderes" sobrenaturais. O diabo então lhe informa que ele é um "Outcast"! O que exatamente significa isso? Bom, essa é uma resposta para os próximos episódios. Como destaque aqui chamo a atenção para o ótimo trabalho do ator Lee Tergesen como o criminoso sob possessão de Satã. Ele está ótimo, grande atuação. / Outcast 1.03 - All Alone Now (Estados Unidos, 2016) Direção: Howard Deutch / Roteiro: Robert Kirkman, Paul Azaceta / Elenco: Patrick Fugit, Philip Glenister, Wrenn Schmidt, Lee Tergesen.

Outcast 1.04 - A Wrath Unseen  
Essa série ainda não me pegou. Esse tema envolvendo exorcismo tem que ser muito bem trabalhado, caso contrário cai no ridículo. "Outcast" ainda não chegou nesse ponto, mas olha, devo confessar que alguns episódios deixam bem a desejar. Essa série está quase no meu cancelamento pessoal. Sim, estou pensando seriamente em abandonar pelo meio do caminho. Enquanto isso ainda não acontece aqui vai um breve resumo do que você verá nesse quarto episódio. Um sujeito que estuprou a esposa de um policial muitos anos atrás retorna e o encontra casualmente durante um jantar. Claro que o constrangimento é generalizado. Pior acontece depois quando o policial descobre tudo. Ele nem pensa duas vezes e resolve espancar o tal sujeito. Enquanto isso o pastor John Anderson (Philip Glenister) desconfia que uma velha senhora que ele fez exorcismo há algum tempo não está ainda liberada das forças satânicas. E ele está completamente certo sobre isso. Salve-se quem puder! / Outcast 1.04 - A Wrath Unseen (Estados Unidos, 2016) Direção: Julius Ramsay / Roteiro: Robert Kirkman, baseado nos quadrinhos de Paul Azaceta  / Elenco: Patrick Fugit, Philip Glenister, Wrenn Schmidt .

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

The Path - O Caminho

Título Original: The Path
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Television
Direção: Michael Weaver, Mike Cahill
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell
Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Sarah Jones, Hugh Dancy, Emma Greenwell
  
Sinopse:
A série mostra um grupo de pessoas que vive em uma comunidade que segue os ensinamentos de uma seita fundada por um sujeito chamado Dr. Meyer. Na década de 1960 ele criou as bases doutrinárias dessa nova religião, onde se prega uma vida de correção e busca por uma elevada inspiração espiritual. Todos vivem nessa comunidade onde trabalham, vivem e tentam chegar em um grau elevado de espiritualidade.

Comentários:  
The Path, que no Brasil recebeu o nome de "O Caminho" é uma série muito boa. Sua história, embora meramente ficcional, compila muitas coisas que fazem parte de seitas reais nos Estados Unidos, principalmente em estados como Califórnia. Nessas regiões, durante os anos 60, surgiram diversas seitas, com doutrinas levantadas por líderes carismáticos, alguns deles vindo diretamente do movimento hippie. É justamente o que vemos aqui. Um fundador que tem visões e começa a liderar um grupo de seguidores devotos do tal caminho que levará para a luz espiritual máxima. Só que apesar da doutrina trazer toda essa espiritualidade, os membros não são assim tão evoluídos espiritualmente como era de se supor. Eles brigam por poder dentro do movimento, perseguem os que abandonam a religião e não raro cometem crimes para esconder os "podres" do tal movimento. Uma série excelente mostrando a verdadeira face dessas seitas modernas. 

Pablo Aluísio.